sábado, 23 de junho de 2012

Viagem à cervejarias do Vale do Itajaí/SC

Em 07 e 08 de Junho de 2008, nosso grupo (solerafloripa) visitou a região do vale do Itajaí (Gaspar, Blumenau, Timbó, Rodeio) para conhecer as cervejarias artesanais.

Sábado, 7 de junho de 2008

Saímos de Florianópolis às 08:00 horas.
A primeira parada foi na Cervejaria Bierland em Blumenau.


O mestre cervejeiro que nos atendeu explicou o método e os ingredientes que são usados na fabricação da cerveja.


  • A cevada é um dos grãos usados
  • Malte é o grão que começa a germinar e então é seco
  • Lúpulo dá o amargor
  • Trigo é outro grão utilizado
  • É controlada a temperatura e o tempo do mosto
  • O levedo alimentado por aminoácidos e transforma o açúcar em álcool (fermento)
  • O amido é transformado em açúcar
O mestre cervejeiro explicou que as cervejarias do vale seguem a lei da pureza da cerveja alemã. Segundo o http://pt.wikipedia.org/wiki/Reinheitsgebot:

“A Reinheitsgebot  (lei da pureza da cerveja) foi uma lei promulgada pelo Duque Guilherme IV da Baviera, em 23 de Abril de 1516. A Lei da Pureza da Cerveja instituiu que a cerveja deveria ser fabricada apenas com os seguintes ingredientes: água, malte de cevada e lúpulo (a levedura de cerveja não era conhecida à época).”

Marreco com repolho roxo e purê de maçã

Almoçamos no Restaurante Frohsinn, em Blumenau, a comida estava maravilhosa. Após, visitamos a Cervejaria Eisenbahn e, ao entrarmos na área de produção, sentimos um cheiro forte, o qual lembrava estábulo. A visita foi interessante, apesar do apelo comercial. Provamos cerveja direto do barril de aço inox e com muita espuma; provamos a Lust (comprada a parte), cerveja feita através do método champenoase (produzida na Vinícola San Michele, em Rodeio); e, por fim, um licor de cerveja muito bom.

Toda a linha da Eisenbahn, a produção e a degustação
da cerveja Lust produzida através do método Champenoise


Seguimos viagem e fomos para Timbó.  Lá visitamos a Cervejaria Borck,  a primeira micro cervejaria do vale do Itajaí, a qual conta com tecnologia e equipamentos húngaros. Foi a única a oferecer cerveja do tipo malzbier.


Ida degustando uma malzbier ao lado
do velho equipamento húngaro
(utilizado na fabricação da cerveja).


Malzbier é um tipo de cerveja doce e com médio teor alcoólico (geralmente entre 3 e 7%), tem cor escura, é fermentada como uma cerveja normal, porém a fermentação do levedo ocorre por volta de 0°C. O gás carbônico e o açúcar são adicionados depois. A malzbier, geralmente, é usada como uma bebida energética. Muito famosa no Brasil, não possui muitos similares fora daqui. Na Alemanha, seu país de origem, nem sequer é tratada como cerveja, mas como bebida energética.

Fizemos checkin no Timbó Park Hotel, descansamos em pouco e nos encontramos na beira da piscina para tomar uma cerveja de trigo que a Didi comprou na Das Bier. Jantamos no Thapyoka, onde comemos tilápia com nozes e arroz selvagem, cansados da cerveja, bebemos vinho espanhol.


Domingo, 8 de Junho de 2008

Após o café da manhã, seguimos para Rodeio, cidade que recebeu muitos imigrantes da Região do Trento (Itália), no final do século XIX. Lá visitamos a Igreja de São Francisco. Fomos recebidos pelo Monge Antônio que nos contou a historia de São Francisco e da figura do desenho, muito bonito, feito pelo Lorenz Johannes Heilmair.


Depois visitamos a Vinícola San Michele. Na saída vimos duas borboletas azuis e uma amiga lembrou do seguinte poema da sua infância: ...pés descalços, braços nus, atrás das borboletas azuis...

Fomos degustar e comprar queijos com a Giacomina, uma italiana que parlava molto. Contou como conheceu o marido e como veio parar no Brasil.
Frase da simpática Giacomina: ...queijo é que nem a gente, envelhece, mas não estraga, fica melhor...

Nota: em novembro de 2008, soubemos da triste notícia do falecimento da Giacomina e de seu marido. Mortes provocadas pelo deslisamento de terras na propriedade deles ocasionado pelas fortes chuvas ocorridas na região do vale do Itajaí.

Almoçamos sequência de trutas: pão com patê de truta defumada, truta com castanha, pirão de truta, truta com alcaparra e champinhom, truta frita, truta com frutas (agridoce), truta ao vinagrete, truta com molho branco recheada com ervas e truta ao alho e óleo. O almoço estava delicioso!!! Inesquecível...


Já na rota de retorno para a Capital, seguimos para a Das Bier, em Gaspar.
O mestre cervejeiro chamava-se Antônio e era do nordeste. O lugar era muito agradável e com boas cervejas.




Outras informações sobre cerveja

A cerveja (do latim cerevĭsĭa, que por sua vez vem do celtico cerevisla) é uma bebida produzida a partir da fermentação de cereais, principalmente a cevada maltada, e acredita-se que tenha sido uma das primeiras bebidas alcoólicas a serem desenvolvidas pelo ser humano. A notícia mais antiga que se tem da cerveja vem de 2.600 a 2.350 a.C. Mas o vinho possui uma longa história que remonta pelo menos a aproximadamente 6.000 a.C.

O chope (do alemão Schoppen, "copo de meio - litro", pelo francês chope) é como se denomina, no Brasil, a cerveja sem pasteurização, servida sob pressão.

Via de regra, as cervejas são feitas com água, cevada maltada e lúpulo, fermentados por levedura. A água corresponde a aproximadamente 90% da composição da cerveja. Mas não importa de qual localidade ela venha, pois a água utilizada nas atuais cervejarias passa por um processo de “preparação”, que a transforma em água cervejeira.

Dentre os maltes, o de cevada é o mais frequente e largamente usado devido ao seu alto conteúdo de enzimas, mas outros cereais maltados ou não maltados também são usados, inclusive: trigo, arroz, milho, aveia e centeio.

O uso do lúpulo para dar o gosto amargo e preservar é uma invenção medieval, atribuída aos monges do Mosteiro de San Gallo, na Suíça. O mais antigo escrito remanescente a registrar o uso do lúpulo na cerveja data de 1.067 pela Abadessa Hildegarda de Bingen.

As cervejas costumam ter entre 4 a 5% de teor alcoólico, ainda que este possa variar consideravelmente conforme o estilo e o cervejeiro. De fato, existem cervejas com teores alcoólicos de 2% até mais de 20%.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Malzbier
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cerveja
http://pt.wikipedia.org/wiki/Chope

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Espaguete com camarão


Ingredientes:
  • 500 g de camarão limpo e descascado
  • 4 dentes de alho
  • 1 cabeça de cebola pequena picada
  • 1 pacote de espaguete
  • 1 copo (150 ml) de vinho branco
  • 1/2 pimenta dedo-de-moça sem as sementes
  • sal a gosto e manteiga

Modo de preparo:

Frite os camarões na manteiga para da uma selada; durante a fritura, caso o camarão solte água, retire-a e reserve; ponha o sal por cima e também pode ser posto pimenta do reino e/ou Fondor Maggi. Reserve.


Frite o alho picado bem miudinho junto com a cebola; acrescente o vinho branco e a pimenta dedo-de-moça; adicione a água que por ventura tenha sobrado do camarão.
Depois de evaporar o álcool, adicione o camarão. Reserve.

Coloque o espaguete para cozinhar em água, sal e um fio de óleo. Espere ficar "al dente". 

Agora é só misturar o molho com o espaguete, mexendo cuidadosamente com um garfo.

Serve 4 pessoas.

sábado, 9 de junho de 2012

Nova Zelândia


Em 02 de abril de 2011, nosso grupo – Solerafloripa, viajou para a Nova Zelândia. Mais uma vez com o espírito de degustar novos vinhos e, também, conhecer o país, seu povo, sua cultura, culinária e tudo que for possível durante nossa visita. Nossa viagem à longínqua Nova Zelândia foi especial, pois representamos o clube do Frienship Force de Florianópolis e fomos recebidos pelo clube do Friendship Force de Blenheim (capital da região de Marlborough, NZ).



O Friendship Force International (FFI) é uma rede mundial de clubes de pessoas com a missão de promover a compreensão mundial, cruzando as barreiras que separam as pessoas e conectando pessoas de diferentes países a nível pessoal. Quando os anfitriões locais abrem suas casas para visitantes de outros países e culturas, a verdadeira compreensão desenvolve-se através da partilha de refeições, conversas e a vivência das rotinas da vida diária (http://www.friendshipforce.org). As viagens pelo Friendship Force International combinam a estadia nas casas dos associados do clube local com um programa para conhecer a cidade, aprendendo sobre a cultura através do estabelecimento de um relacionamento pessoal com os anfitriões.

Nossa viagem para a Nova Zelândia, através do Friendship Force teve um diferencial, pois foi uma viagem temática, cujo tema era conhecer a região vinícola de Blenheim, além de promover o intercâmbio entre as pessoas.


Nosso programa:
04/04/2011 - chegada em Blenheim e descanso da viagem;
05/04/2011 - visita ao prefeito, plantio da árvore, degustação na Wither Hills Winery com almoço. Visita ao Marlborough Wine Museum;
06/04/2011 - observação de baleias em Kaikoura (como tinha muito vento, o passeio de barco foi desmarcado e fomos conhecer a cidade de Nelson, onde visitamos World of  Wearableart & Collectable Car);
07/04/2011 – degustação na Montana Winery, Degustação na Alan Scott Winery seguida de almoço e degustação na Drylands Winery;
08/04/2011- degustação na Joanneshof Winery, visita ao museu Edwin Fox. Piquenique em frente a costa de Picton e, após, passeio na baia de Picton. No passeio de barco tivemos uma grata surpresa com degustação dos vinhos da Saint Clair.
09/04/2011 - degustação na vinícola Yealands; degustação e almoço na Hunter's winery, visita ao museu da aviação Omaka Aviation Heritage Centre;
10/04/2011 (domingo) - dia livre;
11/04/2011 - fim do intercâmbio e início do passeio pelo sul da ilha sul da Nova Zelândia. Parada na vinícola Oyster Bay; conhecemos o Nelson Lake e as Pancake rocks.

Em resumo, nosso programa incluiu as seguintes visitas:
11/04/2011 – Greymounth, Lake Lanthe;
12/04/2011 - Visita aos Glaciares Franz Joseph e Fox. Haast;
13/04/2011 - Visitamos a Puzzle World, Thunder Creek Falls, Fantail Falls e a cidade de Alexandra;
14/04/2011 - Queenstown;
15/04/2011 - Queenstown  → teleférico, cruzeiro no Earnslaw à Walter Peak. Cidade de Te Anau. Visita às cavernas dos vermes luminosos.
16/04/2011 - Visita ao Milford Sound.
17/04/2011 – Dunedin → Christchurch.

Plantio da árvore FriendShip Force
Máquina colhendo uva
Subimos de helicóptero no Glaciar
Milford sound



Veja também:
Viagem para a Nova à Zelândia (Intercâmbio, parte 1)
Viagem à Nova Zelândia (Intercâmbio, Parte 2)
Viagem a Nova Zelândia (Sul da Ilha sul, parte 3)
Viagem a Nova Zelândia (Sul da Ilha sul, parte 4)

sábado, 2 de junho de 2012

Vinhos eslovenos e americanos


Reunião nº 144


Dia: 26/05/2012

Tema: vinhos eslovenos e americanos


Vinhos:

  • Simcic Sivi Pinot  13,5% álcool, ano 2009, vinho branco fino seco. Marjan Simcic, Goriska Brda, Dobrovo Eslovênia. Castas: 100% Sivi Pinot (Pinot Grigio).  Cor acobreada de média intensidade, aromas agradáveis de flores. Fresco com bom corpo e um final de boca com um certo amargor mineral. Permanência média. 8 meses sobre as lias em tanque de inox. Foi o que melhor acompanhou o camarão servido  (nº594);
  • Simcic Rebula.12,5 % álcool, ano 2009, vinho branco fino seco. Marjan Simcic, Goriska Brda, Dobrovo Eslovênia. Castas: 100% Rebula. Amarelo palha dourado com menos intensidade olfativa que o anterior. Tem um toque salgado que para nosso paladar é estranho. Boa acidez (nº595);
  • Painter Bridge Chardonnay  13 % álcool, ano 2009, vinho branco fino seco. J. Lohr Winery, San Jose, California USA. Castas: 91,3% Chardonnay, 7,6% Moscato Canelli, 1,1% Gewurztraminer. Amarelo palha aromas intensos mel e baunilha. Na boca pouca acidez e meio enjoado. Muita madeira (nº596);
  • Painter Bridge Zinfandel 13 % álcool, ano 2009, vinho tinto fino seco. J. Lohr Winery, San Jose, California USA. Castas: 88% Zinfandel, 7% Petite Syrah, 4% Syrah, 1% Granache. Rubi, aromas de frutas e especiarias. Tomado após os brancos ficou com gosto estranho (nº597).

Após a degustação foi servido um espaguete com camarão e de sobremesa brigadeiro gourmet, brigadeiros de chocolate amargo, de vinho, de macadâmia, limão siciliano e de café.
    Spaghetti com camarões

    sexta-feira, 25 de maio de 2012

    Vinhos Fortificados

    Os vinhos “fortificados” são assim chamados por terem o seu teor alcoólico elevado pela adição de aguardente vínica.

    Vinho do porto LBV

    Alguns vinhos fortificados são:

    • Vinho do Porto. Talvez o mais conhecido dos vinhos fortificados, começou a surgir a partir de 1820, quando uma safra excepcional produziu vinhos muito apreciados pelos clientes ingleses, nos quais o açúcar não foi todo transformado em álcool. Os produtores procurando imitar a safra de 1820, adicionavam aguardente vínica em quantidades variáveis,  para interromper a transformação. A partir de 1900, o processo foi padronizado para a produção dos diferentes tipos de vinho do Porto. Os vinhos do Porto são divididos em duas famílias: os envelhecidos na garrafa (Vintage) e os envelhecidos nos tonéis de madeira. Os vinhos do Porto, apesar dos franceses os usarem como aperitivo, combinam maravilhosamente com sobremesas, com frutas secas, nozes, castanhas, e por contraste com queijos salgados e de gosto forte como o Roquefort ou Stilton ou até mesmo numa refeição como um filé ao molho de pimenta. Os envelhecidos em barrica são:
      • Ruby é o mais novo,  frutado com a cor que lhe dá o nome;
      • Tawny um produto mais velho com 5 ou 6 anos nos tonéis. O vinho do Porto nasce bem escuro e vai clareando, “aloirando” tornando-se tawny;
      • Porto com indicação de idade: são Tawny com indicação aproximada da idade, podem ser 10, 20, 30, 40 anos sendo vinhos de mais classe;
      • Late Bottled Vintage: ficam entre os Tawny e os Vintage.
    • Jerez. Também chamado de xerès ou sherry. Vinho muito antigo é produzido na Andaluzia, no sul da Espanha. A região demarcada compreende nove municípios sendo o mais importante Jerez de la Frontera,  que deu o nome ao vinho. As condições de terra e clima dão ao vinho características únicas que não foram imitadas em nenhum lugar. As variedades de uva são a Palomino , a Pedro Ximenez e Moscatel que dão aos vinhos o seu nome. As uvas Pedro Ximenez e Moscatel são deixadas ao sol para aumentar o teor de açúcar. Após prensadas, é adicionada a aguardente vínica ao mosto sem fermentação. Colocado para envelhecer em barris de carvalho, permanece alguns anos dando origem a um vinho doce, extremamente aromático e saboroso. Terminada a fermentação tumultuosa, cria-se uma película de cor branca amarelada, chamada “flor”, um tipo de levedura. Outro detalhe interessante do processo do Jerez  é o uso do sistema de “solera”. Neste sistema os vinhos mais velhos e mais novos são misturados de maneira sistemática, de modo que os mais novos alimentam a “flor” dos mais velhos e são educados por eles. Os tipos de vinho resultantes de processo com “flor” não são oxidados e devem ser consumidos tão logo se abra a garrafa. Já os que se desenvolveram sem a “flor” poderão ser consumidos em um ou dois meses. Os tipos de Jerez são:
      • Fino : vinho seco cor de ouro palha, pálido. Aroma pronunciado mas ao mesmo tempo delicado, lembrando amêndoas. Ligeiro e pouco ácido. 
      • Montillado: cor âmbar, aroma mais atenuado de avelãs. Suave e pleno ao paladar, seco.
      • Oloroso: cor escura muito aromático. Corpo pronunciado, denso, aromas a nozes, variando do tipo seco até o doce.
      • Palo Cortado: intermediário entre os dois anteriores, com aroma de Amontillado e paladar de Oloroso. Raro de ser encontrado.
      • Moscatel: também doce, feito com a uva de mesmo nome. É raro, apresentando cor escura e aromas primários da uva que lhe dá o nome.
      • Manzanilla: é o mesmo tipo do Fino mas produzido na cidade de Sanlúcar de Barrameda, próximo ao mar. È um vinho pálido aromático, ligeiro, seco e pouco ácido.
      • Cream: sempre feito da combinação de um vinho oloroso com parte de Pedro Ximenez. Normalmente suave, aromático e ligeiramente doce. Serve como aperitivo mas também para depois da comida.
    • Madeira. Produzidos na ilha Madeira, tem também adição de aguardente vínica na sua fermentação. Os de mais classe são feitos com as uvas Sercial, Verdelho, Bual e Malvásia. Devem ter a indicação da cepa no rótulo. Se não houver indicação devem ter sido feitos com a variedade inferior Negra Mole. A principal característica do vinho Madeira é que o seu envelhecimento é feito durante muito tempo com o vinho sendo exposto a grandes variações de temperatura. Para acelerar o processo  o envelhecimento é feito em estufas a temperaturas de 30 a 50 º C. Os melhores no entanto não passam por processos artificiais. Podem ser seco, meio seco ou doce. De acordo com o envelhecimento são classificados como:
      •  Finest: vinho leve, de uvas não muito nobres, com perto de 3 anos, passando por estufagem artificial.
      • Reserva: Mistura de vinhos com perto de cinco anos. Pode passar por estufa.
      • Reserva Especial: o vinho mais novo tem pelo menos dez anos de idade. Envelhecido naturalmente.
      • Reserva excepcional: o vinhos mais novo no corte tem pelo menos 15 anos.
      • Vintage: feitos com uvas de uma só safra envelhecidos durante um mínimo de 20 anos nos tonéis e mais dois nas garrafas.
      •  De acordo com as uvas tem as características:
        • Sercial: vinho leve, seco. Precisa amadurecer. Jovem é adstringente demais.
        • Verdelho: de meio seco a meio doce é mais elegante que o anterior.
        • Bual: doce, escuro e de grande classe. Não é enjoativo pela alta acidez.
        • Malvásia: o mais doce. Não é enjoativo pela alta acidez. Escuro frutado encorpado. Pode durar 100 anos ou mais.

    Vinho Madeira H&H
    • Marsala. Produzido na Sicília, foi “inventado” por um inglês, baseado nos métodos de produção do Porto e Jerez. São todos doces. O tipo Secco tem 40gr de açúcar por litro. O doce tem mais de 100gr por litro. Quanto à cor pode ser Oro, Ambra e Rubino. O Marsala é conhecido pelo seu uso na preparação do Zabaglione, sobremesa afrodisíaca. Quanto ao envelhecimento a classificação é: 
      • Fino ( um ano nos tonéis),
      •  Superiore (dois anos), 
      • Superiore Riserva (quatro), 
      • Vergine (cinco) e
      • Stravecchio (dez anos).

    • Málaga. Não consegui muitas informações, a não ser que é um vinho de sobremesa produzido na região demarcada ao redor da cidade de Málaga no sul da Espanha e que os melhores chegam a lembrar o Porto Ambar.
    • Moscatel de Setubal. Como no caso do Porto a vinificação é interrompida e faz com que ele fique doce e com teor alcoólico elevado. É feito na região de Setubal, Portugal, com a uva Moscatel e para o envelhecimento é “esquecido” nos tonéis de madeira. Assim o aroma, e o sabor se concentram, o que explica a excelência dos vinhos velhíssimos.
    • Vin Santo. Produzido na Toscana, Itália, é feito com uvas Trebbiano e Malvásia, colhidas super maduras e deixadas secar (ficando uma uva passa), o que concentra o açúcar e gera vinhos de altas graduações alcoólicas. As frutas são vinificadas e em pequenos tonéis onde permanecem de quatro a dez anos. Como no Jerez  às vezes se forma uma película de levedura na superfície. Podem ser seco, meio seco e doce. Os doces são mais comuns e gostosos e acompanham muito bem sobremesas.

    Fontes das informações: Saul Galvão – Tintos e Brancos; Hugh Johnson – Guia de Vinhos 99; ABS artigos – Jerez o vinho da maturidade; Pasquale Locca – Vinho do Porto.

    Nosso grupo fez uma reunião para degustação de vinhos fortificados, mas em diversas outras ocasiões provamos vinhos do porto e Jerez.
    O vinho madeira, não é tão fácil de se achar para comprar e são caros. Por esta razão não foi provado na reunião dos vinhos fortificados, mas provamos na reunião n° 135.


    Trajinero, Málaga seco

    Reunião nº 15

    Dia: 02/09/2000

    Tema: vinhos fortificados.

    Vinhos:
    • Tio Pepe, 15,5º G.L., Jerez Fino Muy Seco, sem indicação de ano de engarrafamento. Gonzalez Byass S.A. - M.M. Gonzales 12 , Jerez de la Frontera, Espanha. Uvas Palomino, criado em tonéis de carvalho no sistema de Soleras e Criaderas. Cor amarelo claro, lágrimas grossas, aromas de palha seca, mel, amêndoas, frutas secas. Sabor bem marcado, com bastante persistência, bem seco mas sem acidez e adstringência  (070);
    •  Coquinero, 17,5º G.L., Jerez Amontillado, sem indicação de ano. Osborne  El Puerto de Santa Maria, Espanha. Uvas Palomino, sistema de Soleras. Cor amarelo ouro, um pouco mais viscoso que o anterior, aroma mais pungente, lembrando algo torrado. Sabor muito seco, mais encorpado que o anterior (071);
    • Pellegrino Marsala Superiore DOC, secco, 18º G.L. sem indicação de ano. Carlo Pellegrino & C.S.p.A. Marsala- Italia. Uvas Grillo e Catarratto envelhecido dois anos em tonéis de carvalho. Cor amarelo amarronzado, lágrimas grossas. Aromas próximos do vinho do porto. Quase doce apesar da indicação de seco. Combinou muito bem com os queijos Roquefort e Gorgonzola e as frutas secas (072);
    • Pellegrino Marsala Fine DOC, 17º G.L., sem indicação de ano. Carlo Pellegrino & C.S.p.A. Marsala- Italia. Uvas Grillo e Catarratto envelhecido um ano em tonéis de carvalho. Cor marrom escuro. Aromas parecidos com o anterior mas menos intensos, lembrando vinhos oxidados. Vinho mais doce que os anteriores (073);
    • Trajinero, Málaga seco, 18º G.L., sem indicação de ano. Lopez Hermanos S.A. Málaga Espanha. Uvas Ximén e Moscatel, envelhecido em tonéis de carvalho. Cor amarelo ouro. Aroma parecido com o Jerez Amontillado lembrando óleo de amêndoas. Sabor com um toque metálico para alguns. (074);
    • Porto Adriano, Tawny, 19º G.L. , engarrafado em 1999. Adriano Ramos Pinto, Vila Nova de Gaia Portugal. Cor “vermelho Tizziano”. Aromas pronunciados de frutas secas, doce sem ser enjoativo, encorpado, combinou maravilhosamente com os queijos roquefort e gorgonzola, bem como frutas secas e doces. Foi a estrela da noite. Depois de provado o Porto, os Jerez ficaram meio sem graça. Só lamentamos que a garrafa era de 500 ml. (075)

    quinta-feira, 17 de maio de 2012

    Ata da reunião Vinho e música II


    Reunião nº 143

    Dia: 27/04/2012

    Tema: vinho e música II


    Vinhos:

    • Le Rosé du Prince de Danemark  12,5% álcool, ano 2010, vinho rosado seco. Chateau de Cayx, Luzech, Cahors França. Castas: 100% Malbec.  Bela cor rosada, agradável e fresco acompanhou a Salada Francesa (folhas nobres, queijo azul, pera, e molho especial) ao som de standards do Cole Porter (nº589);
    • Camp du Rouss Barbera D'Asti.13,5 % álcool, ano 2008, vinho tinto fino seco DOCG Barbera D'Asti. Luigi Coppo S.r.l. Canelli Piemonte Itália. Castas: 100% Barbera. Estágio de 12 meses em barricas de carvalho francês sendo 20% novas. Frutado com boa acidez e carvalho bem incorporado (nº590);
    • Lungarotti Sangiovese  13 % álcool, ano 2009, vinho tinto fino seco IGT Umbria Sangiovesi. Cantine Lungarotti, Torgiano, Umbria, Itália. Castas: 100% Sangiovese. Sem passagem por madeira é fresco e agradável (nº591);
    • L'Avvocata 14 % álcool, ano 2009, vinho tinto fino seco DOCG Barbera D'Asti. Luigi Coppo S.r.l. Canelli Piemonte Itália. Castas: 100% Barbera. Com menor contato com madeira pois é maturado 6 a 8 meses em grandes toneis de madeira, tem ressaltado sua fruta. Bom acompanhamento das massas servidas (nº592);
    • Graham's 10 anos Tawny Port  20 % álcool, ano diversos, vinho tinto licoroso. Syminton Family Estates Vinhos Ltda, Vila Nova de Gaia, Portugal. Castas: portuguesas. (nº593).

    Os 3 vinhos italianos acima acompanharam a Foccacia Genovese, a Lasanha de camarão com molho branco e a Lasanha bolonhesa com molho de tomate ao som da bossa nova de Tom Jobim e clássicos italianos do Andrea Bocelli. O Vinho do porto acompanhou os profiteroles da sobremesa ao som da Banda Donna Maria cantando a cidade do Porto.


    Veja também:
    Vinho e música
    Jantar “Vinho & Música” 2

    sábado, 12 de maio de 2012

    Jantar “Vinho & Música” 2


    Solera Abril/2012
    Jantar “Vinho & Música”

    Vinho Rosé Francês com standards de Cole Porter
    Os standards desse compositor americano embalaram as grandes festas dos anos 20.
    Com este rosé ouvimos:
    • C´est Magnifique
    • I Love Paris
    • Let’s Do It (Let’s Fall in Love)

    Entrada:
    Salada francesa (folhas nobres, queijo azul, pêra e molho especial)
    • Le Rosé du Prince de Danemark 2010 (Château de Cayx), França, Cahors.


    Vinhos Tintos italianos com Bossa Nova de Tom Jobim.
    • Barbera d'Asti Camp du Rouss 2008 (Luigi Coppo), Itália, Piemonte;
    • Barbera d'Asti L'Avvocata 2009 (Luigi Coppo), Itália. Piemonte e
    • Sangiovese 2009 (Lungarotti), Itália, Umbria.

    Numa gravação de 1967 com Frank Sinatra, Tom Jobim nos apresenta:
    • Off Key (Desafinado) 
    • One Note Samba 
    • The Girl From Ipanema


    Os mesmos vinhos com canções interpretadas por Andrea Bocelli:
    • Con te partiro
    • Vivo per lei
    • Cuando me enamoro

    Prato principal:

    • Foccacia Genovese
    • Lasanha de camarão com molho branco
    • Lasanha bolonhesa com molho de tomate



    Vinho do Porto com canção interpretada pela banda portuguesa “Donna Maria”.
    Em 2008, no CD “Tributo a Carlos Paião” encontramos:
    • Vinho do Porto

    Sobremesa:

    Profiteroles (carolinas recheadas com sorvete e calda de chocolate quente)
    • Tawny Port, Graham’s, 10 anos.

    E, já que o assunto é música, o gran finale deste post é o Paul McCartney tocando em Florianópolis (SC) em 25.04.2012:
     


    Veja também:
    Vinho e música
    Ata da reunião Vinho e música II