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segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Reunião nº 213 - Vinícola Pitars Friuli Itália

Reunião nº 213

Dia: 23/03/2019

Tema: Vinícola Pitars Friuli Itália


Vinhos:

  • Casal Piccoli Espumante Brut Chardonnay, 11% álcool, ano não indicado, vinho branco espumante brut método tradicional. Piccoli Ind. e Com. de Vinhos Ltda., Pinheiro Preto SC, Brasil. Casta: Chardonnay. Branco esverdeado, com borbulhas finas e persistentes. Na boca agradável, bom corpo com acidez presente e equilibrada (915);
  • Pitars Sauvignon, 12,5% álcool, ano 2015, vinho branco seco fino DOC Friuli Grave, Pitars snc. S. Martino de Tagliamento, Itália. Castas: Sauvignon Blanc. Branco com reflexos dourados, límpido. Aromas não muito intensos agradáveis frutas tropicais, pêssegos, e herbáceos. Na boca agradável, corpo médio com boa acidez (916);
  • Pitars Refosco, 12,5% álcool, ano 2015, vinho tinto seco fino DOC Friuli Grave, Pitars snc. S. Martino de Tagliamento, Itália. Castas: 100% Refosco Dal Peduncolo Rosso, varietal exclusiva da região, com passagem em carvalho. Rubi escuro, límpido. Aromas agradáveis de frutas, em especial ameixas e amoras. Na boca, agradável, macio, potência média taninos e acidez equilibrados (917);
  • Pitars NAOS, 14% álcool, ano 2012, vinho tinto seco fino. Pitars snc. S. Martino de Tagliamento, Itália. Castas: Refosco dal Pedunculo Rosso, Merlot, Cabernet Franc com passagem de meses em carvalho francês e americano. Límpido, granado escuro. Aromas madeira, frutas maduras, especiarias.  Na boca encorpado, equilibrado. Taninos bem presentes (918);
  • Alcubíssimo, 12,5% álcool, ano não indicado, vinho branco doce fino. João Manuel Gomes Serra, Alcube, Azeitão, Portugal. Castas: Moscatel de Setubal. Vinho de uvas sobre maduras tem o visual límpido, dourado. Aroma de frutas bem maduras e mel. Na boca, passas, mel, melado. Agradável, tem a acidez no limite mínimo (913).
Após a degustação, foi servida a janta, salada e lasanha de filé mignon com quatro queijos.



quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Reunião nº 198 - Vinhos com a uva Sangiovese

Reunião nº 198

Dia: 29/07/2017

Tema: Vinhos com a uva Sangiovese



Vinhos:

  • Castellani Sangiovese, 12,5% álcool, ano 2015, vinho tinto fino de mesa seco IGT Puglia. Castellani S.P.A. Pontedera, Italia. Casta: Sangiovese. Cor vermelha e de tom mais claro, um aroma de cereja e um paladar seco com boa acidez. Vinho sem grande complexidade, mas fácil de gostar e com bom custo-benefício (835);
  • Cristobal 1492 Sangiovese, 13,5% álcool, ano 2016, vinho tinto fino de mesa seco. Bodega Don Cristobal Latinfina S.A. Luján de Cuyo, Mendoza, Argentina. Casta: Sangiovese. Frutas frescas com mais corpo e taninos que o anterior. Foi o menos apreciado da noite (836);
  • Ceppaiano, 13% álcool, ano 2015, vinho tinto fino de mesa seco IGT Toscana. Tenuta di Ceppaiano, Toscana, Italia. Uvas 90% Sangiovese e 10% Cabernet Sauvignon.  Vinho supertoscano com colheita feita a mão e com 12 meses em barril de carvalho francês. Rubi intenso e escuro. No nariz, complexo com aromas de frutas vermelhas, resina e café tostado. Na boca acidez equilibrada e notas de baunilha e persistente (837);
  • Poggio al Casone, 12,5% álcool, ano 2015, vinho tinto fino de mesa seco DOCG Chianti. Castellani S.P.A. Pontedera, Italia. Castas: 90% Sangiovese, 10% Canaiolo. Cor rubi viva, perfume intenso com notas de violetas. Redondo e frutado na boca. Foi um dos destaques da noite (93);
  • Cossasrt Gordon Madeira,19% álcool, vinho fortificado doce. Madeira Wine Company, Funchal, Ilha Madeira (838);
  • Quinta Santa Eufêmia Porto Tawny, 19,5% álcool, Vinho fortificado doce. Quinta Santa Eufêmia, Parada do Bispo, Portugal. Castas: 30% Touriga Nacional, 30% Touriga Franca, 20%Tinta Roriz, 20% Tinta Barroca (676).




A degustação foi feita as cegas, sem sabermos qual eram os vinhos servidos. Após a degustação, foi servida uma maravilhosa lasanha (receita da nona).

Acompanhando a sobremesa foram oferecidos vinhos fortificados do Porto e Madeira.


terça-feira, 16 de maio de 2017

Reunião nº 195 - Vinhos cepas nativas italianas

Reunião nº 195

Dia: 21/04/2017

Tema: Vinhos cepas nativas italianas


Vinhos:

  • Orzada Carignan, 15,5% álcool, ano 2015, vinho tinto fino de mesa seco. Odfjell Vineyards, Padre Hurtado, Valle de Maule, Chile. Casta: Carignan. O nome "Orzada" se refere ao termo náutico que denomina a manobra de navegar contra o vento. Vinho orgânico. Escuro, límpido e brilhante com reflexos violeta. A principal qualidade do vinho é seu perfeito equilíbrio entre a acidez, o álcool e o tanino. Apesar do elevado teor alcoólico está perfeitamente integrado resultando um vinho saboroso, encorpado, macio e com um retrogosto prolongado e delicioso (823);
  • Cantaro Frappato 12,5% álcool, ano 2013, vinho tinto fino seco IGT Terre Siciliane. Castellani SPA Pontedera, Itália. Casta: Frappato. Uva da  Sicilia, Itália que produz vinhos frutados, leves e de pouca guarda. Usada também em cortes. Na garrafa provada tinha cor escura rubi,. A principal característica anotada foi sua acidez acentuada que não melhorou mesmo provada com comida. O grupo achou a mostra aguada e sem personalidade, talvez por comparação com o vinhos anterior (824);
  • Cantólio Arunte Negroamaro, 13,5% álcool, ano 2015, vinho tinto fino IGP Salento Negroamaro. Cantolio Manduria s.c.a. Manduria Itália. Casta: Negroamaro. Granada amarrozada, sem brilho, escuro. Aromas de oxidação confirmadas na prova de boca. Apesar da rolha estar íntegra a garrafa com certeza estava passada (825);
  • Paololeo Primitivo, 13,5 % álcool, ano 2015, vinho tinto fino seco IGP Salento. Cantine Paolo Leo srl, San Donaci Itália. Castas: Primitivo. Escuro, rubi, corpo médio, agradável. Acompanhou bem o jantar servido (nº826).
    

    O jantar, com a qualidade e sabores já tradicionais na casa da anfitriã, foi: salada, costeleta de porco ao molho de laranja, arroz de alecrim, pure de maçã com pimenta dedo de moça e batata doce (alaranjada) direto de Urussanga.

domingo, 5 de abril de 2015

Reunião nº 175 - Pasta e vino

Reunião nº 175

Dia: 28/03/2015

Tema: Pasta e vinho


Vinhos:
  • Casa Del Nono Goethe Spumante, 11% álcool, ano N.D., vinho branco espumante brut, método tradicional. Produzido e engarrafado por Vitivinícola  Urussanga Ltda. ME, SC, Brasil. Castas: Goethe casta híbrida criada nos Estados Unidos em 1851 e introduzida na região sul catarinense por volta de 1870. Amarelo palha, perlage abundante. Aromas marcantes de flores e frutos. Na boca tem personalidade própria com boa acidez e muito frutado. Agradou como aperitivo ou entrada. Deve estar no limite superior de açúcar residual na categoria Brut. Com a pasta não combinou (nº 731);
  • Cusumano Insolia, 12,5% álcool, ano 2013, vinho branco fino de mesa seco IGT Terre Siciliane. Cusumano s.r.l. Soc. Agrícola, Partinico, Itália. Castas: 100%  Insolia. Límpido, amarelo palha brilhante, aromas agradáveis de cítricos e flores. Na boca refrescante com um leve final agradável amargo. Boa permanência. Com o molho da pasta de linguiça Blumenau, não combinou tão bem, mas enfrentou com coragem (nº 732);
  • Cusumano Benuara, 14,5 % álcool, ano 2013, vinho tinto de mesa fino seco IGT Terre Siciliane. Cusumano s.r.l. Soc. Agrícola, Partinico, Itália. Castas: 70% Nero d'Avola, 30% Syrah. Oito a dez meses em toneis de carvalho. Púrpura escuro fechado. Aromas madeira, álcool no início abrindo para frutas depois. Na boca potente, taninos presentes. Combinou com o espaguete  de espinafre ao molho de linguiça Blumenau servido. Dividiu com o vinho seguinte a preferência do grupo (nº 733);
  • Sartori Rosso Veronese, 13% álcool, ano 2013, vinho tinto de mesa fino seco, IGT. Sartori, Vêneto Itália. Castas: Corvina, Merlot, Cabernet Sauvignon. Rubi menos fechado que o anterior. Aromas café, tostados frutas.  Na boca corpo médio, macio com boa permanência. Combinou muito bem com a pasta (nº 734);
  • Planeta Passito di Noto, 11 % álcool, ano 2012, vinho branco de mesa licoroso DOC Passito di Noto. Aziende Agricole Planeta ss, Menfi, Itália. Castas: 100% Moscato Bianco. Amarelo dourado, límpido, brilhante. Aromas de flores, mel, castanhas. Na boca perfeito equilíbrio entre a acidez e doçura. Muita persistência (nº 735).



A primeira proposta para o jantar seria pizza assada em forno a lenha, antiga promessa dos anfitriöes, mas como o tempo não cooperou o cardápio foi alterado. A pizza ficou para outra oportunidade e foi servido pasta de espinafre com molho de tomate e linguiça Blumenau, que estava deliciosa e agradou a todos. Para sobremesa tivemos sagu invertido e canjica.


segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Reunião nº 171 - Castas italianas pouco conhecidas

Reunião nº 171

Dia: 22/11/2014

Tema: Castas italianas pouco conhecidas


Vinhos:

  • Psagot Edom, 14,8% álcool, ano 2008, vinho tinto de mesa fino seco. Psagot Winery Ltd. Psagot Israel Castas: 81% Cabernet Sauvignon, 4% Merlot, 4% Cabernet Franc, 11% Petit Verdot. Envelhecido por 14 meses em barricas de carvalho francês, aromas ativos e muito agradáveis de baunilha, frutas e especiarias em especial anis. Coloração rubi escuro. Muito bom corpo, taninos e acidez equilibrados sem distorções apesar de alto teor alcoólico. Foi um dos preferidos da noite (713);
  • Ronchi San Giuseppe Schioppettino, 13 % álcool, ano 2009, vinho tinto de mesa fino seco DOC Colli Orientali del Friuli. Azienda Agricola Ronchi San Giuseppe , Friuli Itália. Castas: 100% Schioppettino, cepa de origem Friuli-Venezia Giulia tem registros desde 1282. Declinante até quase a extinção no século 19, foi recuperada nos anos 70 do século XX. Coloração rubi escuro, aromas iniciais não muito agradáveis. Corpo médio, tem uma certa complexidade, com destaque para acidez quase no limite do desagradável (nº714);
  • Apollonio Elfo, 13 % álcool, ano 2012, vinho tinto de mesa fino seco IGP Salento. Apolonio Casa Vinicola, s.r.l. Monteroni di Lecci Itália. Castas: 100% Susumaniello, casta de origem na Dalmátia que tem hoje apenas cerca de 200 acres cultivados na Itália. Coloração rubi escuro, passa por um estágio de 3 meses em barricas americanas. Corpo médio apresenta algum taninos e também acidez pronunciada. Pouca permanência (715);
  • Zito Krimisa Cirò, 13,5%  álcool, ano 2008, vinho tinto de mesa fino seco DOC Cirò. Vinicola Zito V.& F, Cirò Marina, Itália. Castas: 100% Gaglioppo, casta de origem grega, considerada pelos locais como sendo a mais antiga do mundo. Era oferecida aos vencedores dos Jogos Olímpicos. Coloração rubi concentrada. Aromas de frutas, especiarias. Macio, muito saboroso e equilibrado, enche bem a boca. Dividiu com o primeiro a preferência da noite (nº716).

Todos os vinhos acompanharam bem a pasta, talharim e spetzel, com ragu de carne e galinha caipira.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Reunião nº 170 - Chianti e lasanha

Reunião nº 170


Dia: 17/10/2014


Tema: Chianti e lasanha


Vinhos:

  • Bedin Prosecco Extra Dry, 11% álcool, ano ND, vinho branco espumante extra seco DOC Treviso. Soc. Agr. Colli Asolani di Bedin Enrico & C.s.s. Cornuda Treviso Itália. Castas: 100% Glera. "Delicadamente aromático, com flores brancas, cítricos e fruta de polpa branca" (da ficha técnica). Apesar de chamado "extra dry" tem 16 g/l de açúcar residual o que se percebe bem no paladar. Tomado em 2010 (469);
  • Roca delle Macie Vernaiolo Chianti, 13 % álcool, ano 2013, vinho tinto de mesa fino seco DOCG Chianti. Roca delle Macie S.p.A Castellina in Chianti Siena Itália. Castas: Sangiovese (nº709);
  • Roca delle Macie Rubizzo Chianti Colli Senesi, 13 % álcool, ano 2012, vinho tinto de mesa fino seco DOCG Chianti Colli Senesi. Roca delle Macie S.p.A Castellina in Chianti Siena Itália. Castas: 95% Sangiovese, 5% Merlot. "Coloração rubi de média intensidade. De intenso frutado, com rosa e algum fruto seco. Resolvido nos taninos, prazeroso equilíbrio" (da ficha técnica) (710);
  • Basciano Chianti Rufina, 13,5%  álcool, ano 2011, vinho tinto de mesa fino seco DOCG Chianti Rufina. Fattoria di Basciano da Renzo Masi, Rufina Itália. Castas: 95% Sangiovese, 5% Colorino . "Doze meses em barricas de carvalho francês de 2º e 3º uso.  Coloração rubi concentrada. Aromas de frutas negras confitadas, especiarias doces e tons balsâmicos. Macio, sápido(que tem sabor)A, bela estrutura tânica" (da ficha técnica) (nº711);
  • Vigneto Edoardo Beccari Chianti Classico Riserva, 14%  álcool, ano 2007, vinho tinto de mesa fino seco DOCG Chianti Classico Riserva. Fattoria Vigna Vecchia s.s., Rada in Chianti, Itália. Castas: Sangiovese. 'Violetas  alcatrão, rochas moídas, cerejas pretas e carvalho francês se reunem neste majestoso, imponente vermelho. Texturalmente lindo , possui toneladas de frutas suportados por taninos refinados." ( do Wine Advocate) (nº712);
  • Warre’s King Tawny Port 19% álcool, ano não indicado, vinho doce fortificado. Symington Family Estates, Vila Nova de Gaia, Portugal. Casta: portuguesas.
Um capricho de salada

A lasanha, como sempre estava fantástica.

Lasanha deliciosa, não deu tempo de fotografar inteira

domingo, 10 de março de 2013

Viagem para a Itália (Parte 6 - Sardenha)

03-05-2010

Costa Esmeralda.

Após a travessia, chegamos a Sardenha, fizemos um passeio pela Costa Esmeralda.  A Ju (nossa guia) falou sobre o beco dos bilionários, Graziano Mesina e seus sequestros e sobre o pane Carasau (ou pão carta de música) que é um pão muito fino em formato de disco (como pizza) e quando comemos faz barulho ao se quebrar na boca, dai o motivo do nome.

Restaurante em Su Gologone.

Almoçamos num dos lugares mais característicos da Sardenha, SU GOLOGONE. Um restaurante bonito, longe de tudo, sendo que, segundo nos foi falado, é necessário reservar com antecedência de um ano e meio. Lá comemos um churrasco assado em uma lareira grande. O lugar era uma vila, tinha até museu de arte, muito bonito.


Fizemos uma visita à cantina CANTINA OLIENA, simpática, mas os produtos não impressionaram. Na Sardegna, além do italiano, é falada a língua sarda, que tem influência do italiano e do catalão, inclusive, têm algumas palavras que lembra o português.



Vimos nossos primeiros Nuragues (mais detalhes em italiano), que são construções de pedra em formato circular feitas por uma civilização anterior a dos romanos (a qual viveu entre 1.800 e 1.100 a.C). Os nuragues eram habitações, também servindo de fortaleza para se defenderem dos inimigos.
Na sequência,  seguimos até Oristano, onde ficamos hospedados no Hotel Mariano IV.

04-05-2010


Na visita à CANTINA CONTINI fomos muito bem recebidos pela Sra. Giovana. Cantina particular, com 115 anos. Destaque para os Vernaccia di Oristano que tem, no mínimo, 15° de álcool.
Ali têm vinhos brancos envelhecidos 40 anos pelo sistema parecido com o do Jerez, o solera. O barril é preenchido com apenas ¾ da capacidade, sendo assim, uma camada, que aparenta espuma e é conhecida como flor, se desenvolve na superfície do vinho. Trata-se de um fungo conhecido como saccharomyces cerevisiae.

Reparem na superfície do vinho.

Fomos visitar a praia Is Arutas, na Península del Sinis, cuja areia é composta de pequenas bolinhas de pedras de quartzo brancas e rosadas, sendo que há outra praia com “areia” completamente rosa, mas está fechada para visitação.


Nosso almoço foi no restaurante SA PISCHERA, onde foram servidas comidas típicas pene, miggine e fregula e muito peixe. A fregula é uma comida típica da Sardenha e consiste em pequenas bolinhas feitas de sêmola parecido com cus-cus israeliano.


Visita à cantina social DELLA VERNACCIA di Oristano (cooperativa de porte médio).
Fomos comer doces sardos com Vernaccia di Oristano.

05-05-2010

Fizemos uma visita à cidade de Alghero e visita à cantina SANTA MARIA LA PALMA (cooperativa grande com muitos rótulos). Boa recepção.

06-05-2010

Transfer para o aeroporto para o voo de retorno à Florianópolis.

Veja também:
Viagem para a Itália (parte 1)
Viagem para a Itália (parte 2)
Viagem para a Itália (Parte 3 - Trento)
Viagem para a Itália (Parte 4 - Veneto)
Viagem para a Itália (Parte 5 - Toscana)

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Viagem para a Itália (Parte 5 - Toscana)

29/04/2010 (Toscana)

A caminho da Toscana, visitamos uma fábrica de queijo reggiano padano. No processo de cura havia muito mais peças de queijo do que na Lattebusche (visitada anteriormente). O aroma era maravilhoso.




Vinicola Medici Ermete, a administração é familiar, com uma grande produção, tem muitos rótulos disponíveis. O diferencial é a produção do Aceto Balsâmico Clássico. Artesanalmente, produzem o tradizionale em sistema de solera, com barricas de diversas madeiras, sendo que o padrão Ouro fica até 30 anos em barrica para atingir os requisitos da denominação. Recepção muito hospitaleira, com a Mama preparando gnocco frito - que é uma massa de pastel frita, diferente do popular gnocchi. Também foi servido queijo Parmeggiano Reggiano, Prosciuto di Parma e mortadela di Bologna. Contaram que quando nasce o(a) filho(a), os pais começam a produzir um barril de aceto balsâmico que lhe é dado como dote de casamento.

Produção de aceto balsâmico clássico

Chegamos em Montalcino somente no final da trade, quando fomos presenteados com um belo por do sol. Estávamos, literalmente, sob o sol da Toscana.

Vista da sacada do hotel, em Montalcino, Toscana.

30/04/2010

No dia seguinte, pela parte  da manhã, visitamos a cantina CIACCI PICCOLOMINI D’ ARAGONA. Bela propriedade herdada pelo pai dos atuais proprietários (Lucia e Paolo), que era um "faz tudo" da antiga Condessa proprietária. A propriedade é histórica e muito bonita. Foi construída para o Bispo Fabius de Montalcino. Tem 40 hectares e produz 200.000 garrafas/ano. Apresentada pela Martina, que lembrava a Claudia Raia.


Depois fizemos visita à cantina CAPRILI. Empresa familiar fundada em 1965, 70 .000 garrafas por ano, bons vinhos. Os Brunelos passam três anos na barrica de carvalho. O furo da barrica para inspeção dos vinhos na parte superior, é chamado de colmatore, são de vinho e tem uma tampa com água. A medida que evapora o vinho, o nível da água baixa, indicando a possível manutenção do nível do vinho. Fizemos a degustação e o almoço no pátio da vinícola. Foram servidas crostatas muito saborosas de morango e figo. Durante o almoço, lembro que alguém soltou a seguinte expressão: - Que chiqueleza!!!



Enquanto estávamos degustando e provando excelentes vinhos Brunello di Montalcino, nosso enomotorista, que não podia beber, ficou chupando o dedo, só na vontade.



Fizemos uma visita a um borgo medieval de Bagno Vignoni, com suas termas datada da época dos romanos.


Após, seguimos para o CASTELO BANFI, vinícola famosa e de grande porte. Propriedade histórica muito bonita, com um museu do vidro interessante.
O atendimento foi frio, impessoal e um pouco apressado, mas os produtos agradaram. Os vinhos das linhas top são bem caros e investem muito em pesquisa. Não demos conta dos queijos, prosciutos, salames, specks etc. que foram servidos com a degustação. Produz vinho desde 1888 e hoje pertence a um ítalo-americano. A área com vinhedos tem 30.000 hectares (produzindo 10 milhões de garrafas por ano).
A casta san giovesi é plantada há cerca de 3.000 anos (desde os etruscos) e são usadas barricas de 350 litros.


01/05/2010

Fizemos uma visita à cidade de San Giminiano, conhecida como a cidade das torres.
Em San Giminiano estava tendo o maior festejo, pois era 1º de maio, dia do trabalhador. A guia explicou que as torres foram feitas para secar os panos tingidos de vermelho e que esta cidade tinha uma técnica desconhecida de outras na idade média. Também servia para observação de inimigos.

Visitamos a cantina CESANI. Empresa familiar, 25 hec, 130.000 garrafas por ano. Recebidos pela Maria Luisa, filha do dono. Tem também produção de açafrão. Produzem principalmente vernaccia e san giovesi. Para os vinhos DOC e DOCG não pode ter irrigação. Usam barrica de concreto, para os vinhos tintos. Segundo Maria Luisa, mantêm a temperatura mais constante. A uva vernaccia é conhecida por produzir um vinho tinto vestido de branco, pois é encorpado e difícil extrair aromas.

A vinícola está em conversão para o processo biológico, usando pouco SO4. Todas as barricas são de carvalho francês, usadas por, no máximo, 2 a 3 anos. Cada uma custa entre 500 e 600 euros.

Produzem também óleo de oliva e as variedades de oliva são frantoio, coratina, leccino. Fomos os primeiros clientes a provar um vinho rose de san giovesi (produção daquela safra). A garrafa vem com "rolha" de vidro.

Fizemos um passeio à Siena, onde visitamos o duomo do século XIII, com seu lindo piso em mosaico. A catedral de Siena está inacabada, pois a população da época reduziu muito por causa de uma peste. Chegamos na véspera da disputa do palio, uma corrida de cavalo na praça principal, e a cidade estava toda enfeitada com as bandeiras das contradas, times que disputam o palio de Siena.


Fizemos uma degustação na Enoteca de Siena. Provamos uma vinho Falanghina, da região de Campagna, um Moreder da região de Marche, um Rosso de montalcino e um Vino nobile de montepulciano. Degustação muito ruim, impessoal e com vinhos mais ou menos.

No jantar bebemos um Brunelo 1995. Foi servido gnocchi, farfale a bolognesa e porco (carne branca e costela). Depois bebemos na sobremesa o vinho riceta e vinho santo (e molhamos o biscoito), o riceta era muito melhor (ambas as garrafas compradas em nossas visitas às vinícolas).

02/05/2010

Acordamos com chuva, estava frio. Caminhamos um pouco por Montalcino, iríamos embora neste dia. Fechamos a conta do hotel e fizemos uma visita à CANTINA DEL REDI. Cantina dentro da cidade de Montepulciano, no Palazzo Ricci, construção renascentista feita sobre castelo medieval que, por sua vez, também foi construída sobre construções etruscas. Pode-se ver todas as fases na cantina. Muito interessante.


Visitamos a cantina RELAIS DI ROCCA DELLE MACIE NEL CHIANTI, onde fomos recebidos pela Valentina, amiga da Ju, muito simpática. Produção média para grande de 4,5 milhões de garrafas ao ano (600 hectares de vinhedos). A primeira fermentação é feita em tanques de inox que estão ao tempo e a malolática é feita em tanques de concreto no interior da cantina para manter a temperatura estável. Utilizam barrica de carvalho esloveno (que tem pouca celulose), as quais tem mais de 30 anos. Já as barricas de carvalho francês (da cote d'azur) e são trocadas a cada 12/15 anos e são utilizadas somente para os supertoscanos. Os chiantis só ficam na barrica pelo tempo determinado na lei do DOC ou DOCG.

O dono da vinícola é um ator de hollywood. Não é usada irrigação. Produzem também olivas, sendo que na Itália existem mais de 60 variedades de oliveiras. Em 1999, após um frio muito intenso, as oliveiras morreram e, na Toscana, todas as oliveiras são novas. Produzem 20.000 garrafas de extra virgem de qualidade.

Rocca delle macie - força da pedra da idade media.

E, depois de algumas taças de vinho, saiu a seguinte 'máxima': - “A gente é rico, mas é feliz”.

Na lojinha desta vinícola, encontramos a venda um vinho brasileiro, o Rio Sol, da Vinicola Santa Maria.
O dono da Rocca delle macie, em passeio pelo Brasil, achou muito interessante a produção de vinho na latitude 8º sul, onde viu três linhas de videiras e cada uma num estágio de produção (dormência, com flor e com fruto). Achou tão curioso que resolveu vender na Itália o vinho desses vinhedos.

Tempo livre em MONTEPULCIANO, chovia e estava frio. Quando chegamos paramos para visitar a Igreja de San Biagio e tinha um coral cantando, foi muito emocionante.
As casas da cidade estavam enfeitadas com flores e vimos escavações mostrando restos da civilização etrusca para visitação dentro de uma loja.


Viajamos para Livorno, onde embarcamos para Olbia, Sardegna. Chegamos de noite e ficamos esperando na fila para poder entrar no navio. Lá tínhamos quartos reservados para passar a noite, enquanto era feita a a travessia (o navio transportava carros, ônibus e caminhões).



Veja também:
Viagem para a Itália (parte 1)
Viagem para a Itália (parte 2)
Viagem para a Itália (Parte 3 - Trento)
Viagem para a Itália (Parte 4 - Veneto)
Viagem para a Itália (Parte 6 - Sardenha)

sábado, 26 de janeiro de 2013

Viagem para a Itália (Parte 4 - Vêneto)

27/04/2010

Iniciamos nosso dia passando pela estrada VALSSUGANA até Conegliano.

Piave ouro da LATTEBUSCHE

No caminho fizemos uma visita na fábrica de queijos LATTEBUSCHE (na cidade de FELTRE), onde vimos o processo produtivo, a cura do queijo e fizemos uma rápida degustação do queijo Piave Ouro.

É impressionante as centenas/milhares de peças de queijo nas prateleiras, curando. O aroma é, simplesmente, ma-ra-vi-lho-so.

Também passamos por Beluno, uma cidade medieval, murada, que fica no alto de um morro, sendo que para visitarmos seu centro histórico, o ônibus ficou estacionado nos arredores da cidade e tivemos subir três escadas rolantes grandes, um desnível realmente grande. Chegamos por volta do meio-dia e a cidade estava toda fechada para a siesta (descobrimos que a Itália também tem disto, não é só a Espanha).

De tarde fizemos uma visita com degustação na Cantina Fasolmenin. A cantina  é familiar, produzindo 100.000 garrafas por ano, é administrada por Máximo e Silvana, sendo que seu símbolo é um divertido camaleão. A recepção foi muito amistosa. Conhecemos o vinhedo.  A vinícola expõe obras de arte e também promove encontros de músicos, tudo regado a vinho.
Lá provamos Vinho Base Prosecco, L’Extra dry e Il Brut.

Dormimos no Hotel Tergozo.

28/04/2010

Pela manhã visitamos a Vinícola Serego Aliglieri, muito charmosa, sediada num edifício histórico (é associada da Masi, uma potência que produz 10 milhões de garrafas/ano), mais parece uma  boutique e produz 800 mil garrafas/ano. Fomos recebidos pela Sra. Marta, que além de ser simpática, encantou-nos com sua fala. Bons vinhos, de fato. Marta contou que em 1353 o filho de Dante Alighieri comprou esta propriedade. Explicou, ainda, que na propriedade existem videiras de 1875, as quais escaparam da filoxera. Nesta vinícola usam bote (barricas italianas que não estão no padrão bordalês de 225 litros), armazenam 500 litros de vinho, havendo botes de cerejeira, além dos de carvalho.

Degustação na Vinícola Serego Aliglieri


Depois fizemos uma visita na Cantina Tessari, mais uma cantina familiar no roteiro (30 mil garrafas/ano), lá fomos recepcionados pela Sra. Corneglia (o nome não faz jus à beleza da moça). Almoçamos risoto de aspargos feito pela mama Bianca. Recepção com espumante de Garganega, 12% de álcool, muito interessante.
Próxima visitação - Cantina  CARPENÈ – MOLVOLTI. Empresa de porte grande, cuja principal produção é o espumante Prosecco, produzindo 5 milhões de garrafas/ano.
A visita foi alterada de dia pelo falecimento do decano da família. Fomos atendidos pelas Sras. Luiza e Antonella e o enólogo Sr. Spinazzi. Produz espumante prosseco (nos métodos clássico e charmat), grapa e conhaque. A diferença entre a grapa e a o conhaque é que a grapa é destilado do bagaço e o conhaque é destilado de vinho. O conhaque fica no barril de 7 a 21 anos, a grapa reserva fica 2 anos na barrica de carvalho esloveno ou francês.

Interior da Carpene Molvolte

No jantar (do hotel) foi servido minestra de fagiole, talharini de carne moída e faraona ripiena (recheada).



Veja também:
Viagem para a Itália (parte 1)
Viagem para a Itália (parte 2)
Viagem para a Itália (Parte 3 - Trento)
Viagem para a Itália (Parte 5 - toscana)
Viagem para a Itália (Parte 6 - Sardenha)

sábado, 5 de janeiro de 2013

Viagem para a Itália (Parte 3 - Trento)


Gostaria de compartilhar algumas histórias da viagem que fizemos à Itália no ano de 2010:

Nosso grupo, sempre muito alegre, fica ainda mais alegre quando o assunto é viajar para degustar novos vinhos, conhecer novas culinárias e novos lugares.
E, ‘embevecidos’ nessa experiência ímpar é comum acontecer situações engraçadas, contarem piadas que, ou já foram contadas, ou de tão sem graça, passam a ser engraçadas...
Para ver a relação completa dos vinhos degustados nesta viagem vejam em
http://solerafloripa.blogspot.com.br/2011/06/viagem-para-italia-parte-2.html

24/04/2010 (Milão - Trento)

Fomos recepcionados, em Milão, por Ruggero (nosso motorista durante toda a viagem) e pela guia Ju, que organizou um passeio mais que especial. Eles também apreciavam um bom vinho e boas comidas. Fizemos uma pequena viagem até chegar na pequena cidade trentina onde ficamos hospedados (Hotel Alpenrose) em Vattaro. Passamos por belas paisagens, vimos muitas videiras, vales, castelos e montanhas nevadas. Chamou nossa atenção os campos de flores amarelas, era a plantação de colza, planta da qual se faz o óleo de canola (canadian oil).


Durante a viagem o Ruggero comentou que pelo vale em que passávamos, o lado direito tem solo calcário e é onde se planta a uva cabernet sauvignon e, do lado esquerdo, que tem solo sedimentar, planta-se merlot. Na região trentina colhe-se, por determinação legal, até sete toneladas de uva por hectare e a condução das videiras é feita em 'V', chamada de pérgola trentina. Para a produção das uvas brancas a forma de condução é outra. No Trento existe uma uva típica chamada Marzemino, autóctone e muito forte. Nosso hotel ficava ao pé um uma montanha dos dolomites com pico nevado, um lugar maravilhoso. O primeiro jantar servido no hotel teve lasanha de urtiga e torteloni de speck (pernil defumado com ervas) servido com nozes; bebemos vinho tinto Concilio, DOC, marzenino trentino, 13%, 2008.


25/04/2010 (Trento)

Visitamos a cantina ELENA WALCH, região do Alto Adige. Bela vinícola, fomos bem recepcionados e os vinhos eram equilibrados e elegantes. A cantina tinha sido um mosteiro. As caves tem 400 anos e eram antigas cisternas (de vinho), pois, antigamente, preferia-se quantidade e há 25 anos preferem qualidade. Os tonéis de aço inox foram montados nas caves.

Almoçamos na beira do Lago de Caldaro, no Castel Chiaro. Ao fundo, um grande vinhedo e no alto de uma montanha podíamos ver um castelo com uma bandeira panejando. No final da tarde fomos conhecer a cidade de Trento, jantamos numa pizzaria e, para variar, bebemos cerveja.

26/04/2010 (Trento)

Pela manhã fizemos uma visita ao SPUMANTIFICIO FERRARI de TRENTO (a visita nos decepcionou, pois esperávamos mais). Atendimento frio e sem cuidado. O espumante servido já estava aberto desde o dia anterior. Depois fomos à Cantina Pisoni, estabelecimento familiar, com agricultura biológica, recepção cordial, serviram, além dos vinhos, produtos locais, como: queijos, salames etc. Muito saborosos. Porém, é mais conhecida pela produção de grapas e licores. Um lugar muito bonito, na base de uma montanha que era uma imensa rocha.


De tarde fomos à vinicola Di toblino, cuja especialidade é a produção de "Vino Santo", por isso os vinhos normais não impressionaram muito.
Esta vinícola fica a beira do lago Toblino, onde tem o castelo Toblino (explicaram que quando o castelo tem bandeira é porque tem alguém morando nele. Nesta vinícola vimos "bombas" (como as de gasolina nos postos), só que eram de vinho e as pessoas levam suas garrafas/garrafões para abastecer.


Nesta vinícola foi explicado que lá as videiras estão plantadas em um lugar que tem o vento da hora. O vento que vem do Lago di Garda e que mantem seco o vinhedo e as uvas, além de manter a temperatura. Este vento tem esse nome porque vem sempre na mesma hora.

Uma pessoa do nosso grupo tropeçou e caiu; após a visita, caiu novamente, e outro amigo falou: “cuidado, na terceira vez Cristo foi crucificado”, rimos muito.

Cantucci e o Vino Santo

Após provarmos o vinho santo o Rugero nos explicou que em Siena este vinho é servido com um biscoito (chamado cantucci) que é comido molhado no vinho. Então, as piadas foram inevitáveis: “vamos molhar o biscoito (no vinho santo)”.

O vino santo é feito com a uva nosiola, e tem esse nome porque é pisado (espremido para fazer o mosto) na semana santa. Da colheita até a espremedura a uva seca e o vinho é feito desta uva passa.
É um vinho de sobremesa (doce).
Também visitamos a casa onde a Madre Paulina nasceu em Vigolo Vattaro (moradora de Nova Trento em Santa Catarina), considerada a primeira santa brasileira.


Os vinhos da Cantina Francesco Moser foram degustados no Hotel Alpenrose. Foi apresentado pelo Rudgero nosso Enoautista (no bom português eno motorista), pois o dono da vinícola não pode ir, mas mandou os vinhos. A janta foi panqueca com funghi e queijo, risoto de teroldego, filé de vitela à pimenta verde, salada e tiramisu. Depois de tanto vinho chegamos a conclusão que estávamos fazendo “enodialise” (besteirol).
Descobrimos os três pecados capitais da Itália:
  1. roubar para os outros;
  2. tomar vinho ruim e
  3. arranjar uma amante mais feia que a esposa.


Veja também:
Viagem para a Itália (parte 1)
Viagem para a Itália (parte 2)
Viagem para a Itália (Parte 4 - Veneto)

Viagem para a Itália (Parte 5 - toscana) Viagem para a Itália (Parte 6 - Sardenha)