Mostrando postagens com marcador Zinfandel. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Zinfandel. Mostrar todas as postagens

sábado, 2 de novembro de 2013

Reunião nº 161 - Zinfandel x Primitivo

Reunião nº 161

Dia: 26/10/2013

Tema: Zinfandel x Primitivo



Vinhos:

  • Château La Robertie, 13% álcool, ano 2007, vinho branco doce licoroso AOC Monbazillac. Brigitte Soulier Vigneron, Châteu La Robertie, Rouffignac-de-Sigoulés, Dordgne, França. Castas: não indicadas. Cor dourada, aromas mel compotas, na boca perfeito equilíbrio acidez-doçura. Acompanhou a entrada de foie de canard. Trazido da França pela anfitriã (nº669);
  • Crane Lake White Zinfandel, 10,5% álcool, ano 2011, vinho rose fino seco. Bronco Wine Company Crane Lake, Califórnia USA. Castas: 76% Zinfandel e 24% uvas tintas diversas. Rosa pálido, aromas frutados, boa acidez. Leve e bem fresco acompanhou a salada verde (670);
  • Morada Zinfandel, 13,5% álcool, ano 2009, vinho tinto fino seco. AH Wines, Lodi Califórnia USA. Castas: 100% Zinfandel. Rubi fechado sem muito brilho. Aromas frutas. Na boca acidez presente, taninos suaves, final longo (nº671);
  • Zinfandelic Old Vine Zinfandel, 14,9 % álcool, ano 2011, vinho tinto fino seco. Zinfandelic Wines, Ca. USA. Castas: 100% Zinfandel. Aromas de petróleo. Rubi escuro sem transparência. Acidez destacada no limite do desagradável. Não justifica ter o preço o dobro do anterior. R$119,90 na Sonoma (nº672) e
  • Sinfarosa Zinfandel, 15% álcool, ano 2007, vinho tinto fino seco DOC Primitivo di Manduria. Racemi s.l.r Manduria Itália. Castas: 100% Zinfandel, clones de cepas americanas, fazendo o caminho de volta. Aromas de compotas e frutas secas. Na boca bem encorpado, agradável. Foi o preferido da noite e acompanhou muito bem a carne de panela, como sempre ótima, da Vó Nega. Tomado no grupo em setembro 2010 com avaliação parecida (506).
Máquina para passar o vinho para o decanter sem sedimentos
Nesta reunião decantamos o vinho Zinfandelic Old Vine Zinfandel. As duas razões principais para se decantar um vinho são: para separar o liquido de seus sedimentos, em vinhos não filtrados (a borra) e para que o vinho entre em contato com o oxigênio, isto que provoca uma aceleração de sua maturação, intensifica os aromas da fruta, reduz a tanicidade do vinho, evapora um pouco do alto teor alcoólico (muito comum nos dias de hoje), perde um pouco dos eventuais exageros de madeira tanto nos aromas como sabor e ganha harmonia tornando-se mais macio e menos agressivo. Para isso usamos esta máquina, passando o vinho aos poucos e com uma iluminação por traz é possível ver quando começa a passar a borra, assim deve-se parar de passar o vinho para que não vá borra para o decanter.
http://falandodevinhos.wordpress.com/2009/03/05/decantar-vinhos-o-que-e-quando-e-porque-faze-lo/

Após a degustação foi servido um delicioso jantar. O cardápio foi:

Entrada
Amouse-bouche
Torrada com foie gras de canard
Monzillac 2007

Bouquet de folhas e flores com molho de framboesas
Crane Lake White Zinfandel 2011

Prato principal
Batatas ao forno com alecrim
Bife a role com molho

Sobremesa
Sorvete de creme com calda de frutas vermelhas





Nota sobre as uvas primitivo e zinfandel *

Primitivo - As primeiras referências à variedade na Puglia datam de 1799 quando o padre Francesco Filippo Indellicati anotou dados de uma variedade precoce, por isso chamada por ele de Primativo (do latim "primativus", ou seja que amadurece primeiro) e incentivou seu cultivo na Puglia onde se firmou por volta de 1820. O grafia Primitivo passou a ser usada a partir de 1860.

Zinfandel - Inúmeras hipóteses tentam explicar a Zinfandel na Califórnia. Desde que seria uma casta nativa, impossível pois a Vitis Vinífera não é da América, até a mais provada em que  a variedade ainda sem nome, teria chegado na América num conjunto de todas as variedades produzidas na Austria pela coleção Schonbrunn. O nome começou a aparecer em catálogos em Long Island a partir de 1820 como Zifardel, Zifendal, ou Zinfendel. A grafia moderna foi estabelecida em 1852 . Não se sabe a etimologia da palavra.

Em 1967 Austim Goheen patologista americano, em visita na Puglia, constatou a semelhança morfológica e funcional entre Zinfandel e Primitivo, gerando uma enorme polêmica e guerra comercial. Tecnicamente em 1994, por análise de DNA, Carol Meredith e John Bowers estabeleceram definitivamente a identidade entre as duas variedades, mas os interesses comerciais continuam ainda disputando o direito de usar uma ou outra denominação.

No entanto o interessante é que em 2011 Malenica et al. estabeleceram o DNA da antiga variedade autóctone croata Tribidrag, conhecida desde século 15 e que é idêntica à Primitivo e Zinfandel.

Por direito de antiguidade o nome principal da variedade deve ser Tribidrag. O interessante é que em Croata o nome da uva faz referência ao seu amadurecimento precoce com no caso da Primitivo. Daqui a pouco vão descobrir que a Tempranillo também é parente delas.

* Informações do livro Wine Grapes de Jancis Robinson, Julia Harding, e José Vouillamoz.




sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

2010, o décimo primeiro ano

Piquenique na propriedade dos Almeidas

Neste ano fizemos 10 reuniões com os seguintes temas: Vinhos da Sicilia, Alvarinhos x Albarinhos, Conhecer a propriedade dos Almeidas, Vinhos rosados, Lasagna comemorando seu 64ª aniversário, Vinhos dos EUA, Vinhos de uva Zinfandel, Vinhos de uva Pinot Noir, Vinhos orgânico e Vinhos e comida árabe.
Também viajamos para a Itália e para Santana do Livramento onde visitamos uma vinícola botique  da região de Palomas.

Os vinhos degustados foram:

Vinhos da Sicilia: Bedin Prosecco, Regaleali Bianco 2007, Regaleali Le Rose 2007, Regaleali Cygnus 2005, Tenuta delle Terre Nere Rosso 2004, Ferrandes Passito di Pantelleria 2004

Alvarinhos x Albarinhos: Espumante Salton Brut Reserva Ouro, Alvarinho Soalheiro Primeiras Vinhas 2007, Albarinho Pazo de Senhoran 2006, Alvarinho Quinta das Touquinheiras 2007, Albarinho Lagar de Cervera 2008

Conhecer a propriedade dos Almeidas: Cave Geisse nature 2007, Courmayeur Executive, Casa Valduga 130 Brut, Ortigão    Quinta do Ortigão, Raventós i Blanc Gran Reserva Cava 2002, Barnaut Champagne Grand Cru Blanc de Noir

Vinhos rosados: Vinha da Defesa 2007, Cave Pericó, Quinta de Gomariz 2007, Carmela Benegas 2007, Jean Luc Colombo Côte Bleue 2006, Crios Rosé de Malbec 2008

Lasagna comemorando seu 64ª aniversário: Antonio Zanelato Cabernet Sauvignon 2009, Antonio Zanelato Merlot 2009, Dom Roberto Merlot 2008, Crasto Douro 2006, Quinta do Crasto Douro Reserva 2007
Santa Julia Colheita Tardia

Vinhos dos EUA: linha Indian Wells Cabernet Sauvignon 2007, linha Indian Wells Syrah 2005, Assemblage Dal Pizzol, linha Indian Wells Sauvignon Blanc 2008, Casa Valduga ARINARNOA 2006, linha Indian Wells Riesling 2008, Vinho Santo da Pisoni 1998

Vinhos de uva Zinfandel: Kocabag Branco 2009, Kocabag Tinto 2008, Robert Mondavi Zinfandel 2005, Sinfarosa Zinfandel 2006, Hobo Zinfandel 2007, Francis Ford Coppola Rosso 2005

Vinhos de uva Pinot Noir: Trapiche Roble Pinot Noir 2007, Luigi Bosca Reserva Pinot Noir 2008, Wild Rock Cupids Arrow Pinot Noir 2008, François Labet Bourgogne Pinot Noir 2008, Quinta Santa Maria Utopia Noir 2005

Vinhos orgânicos: Saladini Pilastri Rosso Piceno 2008, Nativa Terra Reserva Carmenere 2008, Altano Biológico Douro 2008, Chivite Biológico Merlot 2007, Antonopoulus Mavrodaphne 2000

Vinhos e comida árabe: Castellani Santovino Sommavite, Luigi Bosca Reserva Riesling 2007, Salton Intenso, Brumont Gros Manseng-Sauvignon 2009, Château Bel Air Perponcher Rouge 2007, Pago de Cirsus 2006

Neste ano provamos 54 vinhos novos e repetimos 10 rótulos. Nossa contagem já estava em 520 rótulos diferentes (em reuniões oficias, não contado os das viagens).