domingo, 3 de outubro de 2021

Reunião nº 234 - Manzanilla e Pedro Ximenes

Reunião nº 234

Dia: 26/09/2021

Tema: Manzanilla e Pedro Ximenes




Vinhos:

  • Yuste Aurora Manzanilla 15% álcool, ano não aplicável., vinho licoroso branco seco DO Manzanilla. Bodegas Francisco Yuste, Sanlucar de Barameda, Espanha. Castas: 100% Palomino com passagem durante 8 anos em barris de carvalho americano nos sistemas de criadeira e solera. Límpido e brilhante. Coloração amarelo dourado. Aromas típicos dos Jerez, leveduras, frutas secas, mineralidade. Na boca é seco, leve, persistente e muito equilibrado. Harmonizou bem com as ostras ao bafo servidas e foi um pouco menos feliz com o arroz de polvo (975);
  • Casillero del Diablo Pedro Jimenez, 12% álcool, ano 2020, vinho branco fino seco. Viña Concha Y Toro, Valle del Limari, Chile . Castas: 100% Pedro Jimenez. No rótulo do vinho indica ser esta cepa endêmica do Chile o que nos leva a crer tratar-se de uva diferente da Pedro Ximenes espanhola, mesmo porque as características são bem diversas. Consultado, o livro Wine Grapes da Jancis Robinson confirma a existência de uma cepa da Argentina incluída na denominação Criollas chamada Pedro Jimenez ou Pedro Gimenes que é plantada também no Chile e que, comprovada por comparação de DNA, não tem qualquer ligação com a PX espanhola. Coloração branco com reflexos esverdeados. Aromas florais e cítricos. Na boca fácil de gostar, agradável, fresco com uma acidez presente e muito equilibrada. Combinou bem tanto com as ostras como com o arroz de polvo (976);
  • Calvet Bourgogne Pinot Noir, 12,5% álcool, ano 2006, vinho tinto fino seco AOC Bourgogne. Calvet, Fleurie França. Castas: 100% Pinot Noir. Coloração rubi com reflexos granado. Aromas de frutas e especiarias. Na boca, macio, corpo médio, com taninos presente mas bem afinados. Excelente equilíbrio álcool/taninos/acidez. Combinou em especial com o arroz de polvo (977);
  • Yuste Aurora Jerez Pedro Ximenez, 15% álcool, ano não aplicável., vinho licoroso branco doce DO Jerez. Bodegas Francisco Yuste, Sanlucar de Barameda, Espanha. Castas: 100% Pedro Ximenez com passagem em barris de carvalho americano nos sistemas de criadeira e solera. Escuro com tons dourados. Aromas marcante, frutas secas em especial figos e damascos e mel. Na boca é bem doce com alta acidez não sendo enjoativo, sabor marcante e muito persistente. Ficou ótimo com o chocolate amargo (978).
Após a degustação foi servido ostras ao bafo de entrada e arroz de polvo.

Ostras ao bafo
 
arroz de polvo


segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Reunião nº 233 - Degustação às cegas e uva Petit Verdot

Reunião nº 233

Dia: 28/08/2021

Tema: Degustação às cegas e uva Petit Verdot



Vinhos:

No inicio do encontro foi proposta uma degustação às cegas: dois vinhos brancos para identificarmos as uvas. Ninguém acertou. A pegadinha era que as cepas de ambas eram de uvas tintas vinificadas em branco.

  • Foffani Merlot Branco 12,5 % álcool, ano 2015, vinho branco seco. Azienda Agricola Foffani, Trivgnano, Itália. Castas: 100% Merlot vinificado sem as cascas.  Vinho claro, esverdeado límpido. Aromas herbáceos. Na boca um vinho amorfo, sem personalidade, desequilibrado pela ausência de acidez sem nenhuma das qualidades da cepa. Não chegamos à conclusão se esta avaliação é porque o vinho  já tem 6 anos ou se o processo de fabricação o deixa assim (970);
  • Trivento White Malbec 12% álcool, ano 2020, vinho branco seco. Trivaento Bodegas e Viñedos, Mendoza, Argentina. Castas: 100% Malbec com um prensado suave e vinificado sem as cascas. Vinho totalmente branco com um leve toque rosado. Aromas de anis e maçãs verdes. Na boca tem mais personalidade que o anterior com acidez marcada, mas nem de longe lembra a generosidade que se espera de um Malbec argentino (971); 
  • Qvevris Rkatsiteli, 12%, ano 2015, vinho laranja fino seco. JSC Tbilvino Tbilisi, Georgia. Castas: 100% Rkatsiteli. Uva muito antiga nativa da Geórgia fermentada e envelhecida com cascas em grandes ânforas de barro enterradas, no método antigo da Geórgia. Coloração ambar/amarelo dourado. Aromas de frutas secas. Na boca bom corpo e acidez presente. Gosto bem marcante lembrando para alguns o Jerez (972);
  • Suzin Petit Verdot, 14,2% álcool, ano 2019, vinho tinto fino seco. Vinícola Suzin, São Joaquim SC Brasil . Castas: 100% Petiti Verdot com passagem de 18 meses em barricas novas de carvalho francês e americano. Coloração bem escura com reflexos púrpura. Aromas no início com preponderância de álcool e após de frutas e chocolate. Na boca vinho poderoso, com bom equilíbrio de acidez, taninos e álcool. Muito boa permanência. Apesar do longo estágio em madeira esta não predomina. A princípio parecia excessivo para harmonizar com as costeletas de porco servidas mas combinou perfeitamente (973);
  • Chaski Petit Verdot, 14,5% álcool, ano 2017, vinho tinto fino seco. Vitivinícola Perez Cruz, Valle Del Maipo, Chile. Castas: 100% PetitVerdot. Coloração escura rubi com reflexos granado. Aromas de frutas e especiarias. Na boca, também encorpado e equilibrado mas um pouco menos marcante que o anterior. A boa notícia é que entre este vinho que é de uma vinícola chilena renomada e o anterior, de mesma faixa de preço, o nacional foi o preferido pela maioria (974).

Não temos tido experiências com outros tipos de vinhos brancos a partir de uvas tintas, mas aparentemente é apenas uma curiosidade que não vale a pena, com a notável exceção da uva Pinot Noir nos espumantes. 


Após a degustação foi servida uma janta deliciosa, salada, arroz negro, costelinha de porco, purê de maçã e de sobremesa pana cota com molho de frutas vermelhas. 



Reunião nº 232 - - Encontro na Pandemia Covid 19 XI

Reunião nº 232

Dia: 24/06/2021

Tema: Chianti

Local: Virtual, cada um na sua casa


Vinho:

  • Mazzei Fonterutoli Chianti Classico 13,5 % álcool, ano 2018, vinho tinto fino seco DOCG Chianti. Produzido por Marchesi Mazzei S.P.A. Agricola, Fonterutoli, comune Castellina in Chianti, Toscana Italia. Castas: 90% Sangiovese, 5% Malvasia Nera, 5% Colorino, com passagem de 12 meses em toneis de 225 a 500 litros, de carvalho francês. Vinho límpido, brilhante, transparência mediana, rubi. Aromas bem típicos do Chianti. Álcool e madeira no início e frutas, (ameixa) e especiarias depois. Sentimos cheiro de ovo (sufitos talvez?). Na boca, corpo médio, com presença acentuada da acidez o que por um lado traz um certo desequilíbrio e por outro confirma a vocação gastronômica do Chianti. De acordo com os depoimentos dos participantes o vinho combinou com diversos pratos acompanhantes confirmando sua versatilidade. Na avaliação geral o vinho foi considerado bom mas perdeu na comparação para o último Chianti que provamos em novembro 2020: Rocca delle Macie Vernaiolo Chianti que inclusive apresentou uma relação benefício-custo mais favorável (969).




segunda-feira, 26 de julho de 2021

Reunião nº 231- Espumantes “sur lie” e uva Primitivo

Reunião nº 231

Dia: 26/06/2021

Tema: Espumantes “sur lie” e uva Primitivo


Vinhos:

  • Cave Amadeu Rústico Nature, 12% álcool, ano 2016, vinho espumante branco, método tradicional, nature, sem remoção das borras das leveduras. Vinícola Geisse Ltda. Pinto Bandeira, RS Brasil. Castas: 80% Chardonnay, 20% Pinot Noir. “As borras (lies) presentes neste espumante são compostas por células de leveduras. Quando a fermentação termina elas se desativam, rompe-se o núcleo e liberam para o líquido mono proteínas, proteínas, aminoácidos e muitos outros compostos. O período que o espumante permanece sobre as borras proporciona maior complexidade, estrutura e cremosidade.além de conserva-lo em perfeito estado” (do rótulo).  Vinho claro, esverdeado, apresentando alguma turbidez decorrente das borras. Borbulhas finas e persistentes.  Aroma agradável de fermentos e pão. Na boca agradável, persistente, bom corpo, cremoso, complexo e com acidez presente e equilibrada. Foi o preferido na comparação com o outro espumante (964);
  • Casa Valduga Sur Lie, 12% álcool, ano 2016, vinho espumante blanc nature, método tradicional, sem remoção das borras das leveduras. Casa Valduga Vinhos Finos Ltda. Bento Gonçalves, RS Brasil. Castas: 80% Chardonnay, 20% Pinot Noir. Coloração amarelo palha com característico aspecto turvo. Borbulhas finas e persistentes. Aromas de frutas tropicais. Alguns participantes sentiram frutas passadas. Na boca bom corpo e cremosidade. Acidez maior que do anterior, no limite do desagradável. Ficha técnica do fabricante menciona aromas e gosto de amêndoas o que não foi percebido pelos participantes (965);
  • Cantine Paradiso Posta Piana, Primitivo, 14% álcool, ano 2019, vinho tinto fino seco IGP Primitivo Puglia. Vinolea Paradiso S.l.r. Cerignola, Itália . Castas: 100% Primitivo tendo parte da produção com passagem de 12 meses em carvalho e o restante em tanques de aço inox. Coloração escura rubi com reflexos púrpura. Aromas de frutas e especiarias. Na boca redondo, bem equilibrado, com acidez presente e taninos domesticados. O teor alcoólico e a passagem por madeira não chegam a se destacar comprovando o equilíbrio do vinho (966);
  • Masso Antico, Primitivo, 14% álcool, ano 2019, vinho tinto fino seco IGT Primitivo Salento. Vinolea Paradiso S.l.r. Cerignola, Itália . Castas: 100% Primitivo parcialmente passificado na planta com passagem de 6 meses em carvalho francês. Coloração escura rubi com reflexos granado. No início aromas de frutas e especiarias características da varietal, depois aromas de compotas, castanhas e frutas secas. Na boca tem mais corpo que o anterior, mas é igualmente redondo, bem equilibrado de acidez, taninos e álcool. Mais complexo que o anterior. Na comparação com o Posta Piana foi o preferido quando bebidos solos. Na harmonização com o frango grelhado servido dividiu com o anterior a preferência (967);
  • Cantine Pelllegrino Marsala Superiore Garibaldi Dolce, 18% álcool, ano ND, vinho branco fortificado licoroso doce, teor de açúcar 110 g/l DOP  Marsala. Carlo Pellegrini & C SPA, Marsala, Itália . Castas: Nero d’Avola, Grillo, Catarratto e Inzolia com passagem de 24 meses em carvalho. Coloração ambar. Apesar do alto teor de açúcar é equilibrado pela acidez alta não se tornando enjoativo. Acompanhou muito bem as sobremesas de chocolate e Cheese Cake (968).


 

terça-feira, 15 de junho de 2021

Reunião nº 230 - Encontro na Pandemia Covid 19 X

Reunião nº 230

Dia: 29/05/2021

Tema: Encontro na Pandemia Covid 19 X

Local: Virtual, cada um na sua casa


Vinhos:

  • Filipa Pato Dinamica Baga 12% álcool, ano 2019, vinho tinto fino seco. Produzido por F. Pato Vinhos Unipessoal Ltda., Anadia, Bairrada, Portugal, participantes do movimento “Vinhos autênticos sem Maquilhagem”. Castas: 100% Baga sem passagem por carvalho. Vinho límpido, brilhante, escuro, púrpura. O detalhe da ausência de capsula externa indica a produção de vinhos orgânicos. Aromas não muito marcantes. Álcool no início e alguma fruta depois. Alguns sentiram tostados e tabaco que é compatível com a literatura apesar da informação ser de que não tem passagem por carvalho. Na boca, intenso, encorpado, muito saboroso. Apesar do álcool ser 12% passa uma sensação de teor maior. Taninos macios. Muito equilibrado com persistência alta e agradável. O vinho agradou a todos. O vinho está pronto para beber e teria potencial de guarda, mas as rolhas, que tem a informação de serem feitas com “cortiça biológica”, apresentaram infiltração em todas as garrafas, o que impede uma guarda maior. Vinho gastronômico, combinou muito bem com uma grande gama de comidas: bacalhau, mignon, queijos, presuntos, costeletas de porco e leitão à Bairrada (963).



Vinhos de uva Baga

A uva Baga é originária da região do Dão onde é ainda hoje muito plantada, mas estranhamente não é permitida no DOC Dão. Na vizinha Bairrada é onde a uva tem sua maior representação sendo obrigatória sua participação em ao menos 50% nos vinhos DOC Bairrada.

É uma variedade de difícil cultivo pois tem uma maturação tardia, obrigando o produtor a ter que escolher entre esperar a maturação completa, quando produz vinhos excelentes, arriscando perder a safra para a podridão se chover em setembro, ou colher mais cedo e ter vinhos pálidos, verdes e adstringentes.

Tradicionalmente tem fama de ser um vinho duro que necessita de envelhecimento. Por isso é normalmente oferecida em blends com cepas nobres. De uns 20 anos para cá os cuidados dos enólogos com a remoção dos engaços e dosagem da permanência das cascas conseguem vinhos que podem ser bebidos mais jovens sem perda das boas qualidades da uva. Ainda assim produzir vinhos com 100% de Baga é para os craques.


Felipa Pato é filha e herdeira de Luís Pato enólogo emérito em Portugal e divulgador pioneiro de vinhos da uva Baga.

Do vinho pode-se esperar inicialmente aromas de frutas do bosque, quando jovem, e com mais complexidade ameixas pretas, ervas, olivas, fumaça, tabaco.

A harmonização clássica da região é: leitão à moda da Bairrada com vinhos de uva Baga.

Fontes: Jancis Robinson – Wine Grapes ; Saul Galvão – Tintos e Brancos

sábado, 29 de maio de 2021

Reunião nº 229 - Encontro na Pandemia Covid 19 IX

Reunião nº 229

Dia: 24/04/2021

Tema: Encontro na Pandemia Covid 19 IX

Local: Virtual, cada um na sua casa



Vinhos:
  • Pireneus Terroir Tempranillo, 15,5% álcool, ano 2019, vinho tinto fino seco. Produzido por Vinhos Finos do Planalto para Pireneus Vinhos e Vinhedos. A empresa elabora vinhos no Cerrado Brasileiro de Altitude em Goiás, Brasil. Buscando vinhos de classe internacional usa tecnologia vitivinícola de ponta. Mediante o uso de podas e irrigação controladas deslocam a colheita para setembro, época seca de muito calor durante o dia e frio à noite, otimizando a maturação e propiciando uvas de alta qualidade para a produção dos vinhos.  Castas: 100% Tempranillo com 6 meses de carvalho de segundo uso. Na nossa degustação identificamos o vinho como límpido, brilhante, muito escuro com reflexos púrpura. Aromas de tostados e alguma fruta. Apesar do teor alcoólico ser muito alto não sobressai no nariz. Na boca muito intenso, encorpado, muito saboroso. Muito equilibrado na trinca álcool–acidez–taninos e com persistência alta e agradável. O vinho agradou a todos. O vinho está pronto para beber, mas acho que suas características permitem alguns anos de guarda melhorando ainda mais. Torcemos que o produtor consiga manter esta qualidade nas próximas safras.



A Tempranillo é a uva ícone da Espanha. Tem este nome pela precocidade no amadurecimento (temprano = cedo). É mencionada desde o século 13 na região de Ribeira del Duero. O local de origem mais provável é La Rioja e Navarra com ampla distribuição em toda Espanha. O estudo genético indica uma uniformidade que seria proveniente de uma rápida multiplicação a partir de poucos clones originais. Na Espanha é conhecida também por outros nome como Tinta del Pais e Tinta de Toro. Em Portugal á a Tinta de Roriz (Douro) e Aragonez (Alentejo). A maior distribuição é na Espanha, mas é encontrada em diversos outros países. O vinho da Tempranillo é em geral de médio teor alcoólico, taninos marcados, e acidez média para baixa. Tem toques de especiarias, couro, tabaco e algumas vezes morango. Um Tempranillo puro, sem carvalho pode ser atraentemente frutado. A vantagem do Tempranillo com ou sem madeira, é casar bem com grande variedade de comidas desde as de sabor leve até a bem marcados.

terça-feira, 30 de março de 2021

Reunião nº 228 - Encontro na Pandemia Covid 19 VIII

Reunião nº 228

Dia: 27/03/2021

Tema: Encontro na Pandemia Covid 19 VIII

Local: Virtual, cada um na sua casa

Vinhos:


  • De Martino, Gallardia 12,5 % álcool, ano 2017, vinho branco fino seco. De Martino Manoel Rodrigues, Isla de Maipo Chile. Castas: 70% Moscatel de Alexandria, 30% Corinto (Chasselas).  Na nossa degustação identificamos o vinho como límpido, brilhante, cor amarelo palha, forte. Ao contrário do esperado para um vinho de Moscatel não foram identificados aromas florais. Na boca corpo médio. Predominância de forte mineralidade com toques de trufas no retrogosto o que foi desagradável para alguns. Acidez média. Boa persistência. Vinho austero com muita personalidade, talvez conferida pela Corinto (Chasselas), bem gastronômico, agradou a todos (961).  


A Moscatel de Alexandria é uma cepa muito antiga originária de entorno do Mar Mediterrâneo. Tem centenas de denominações a maioria começando com Muscat, Moscato, Moschato ou Moscatel. É uma uva de clima quente e seco e seus cachos e grãos grandes produzem frutos com alto teor de açúcar. É vendida também como uva de mesa. A maioria dos vinhos produzidos com a Moscatel é de vinhos doces naturais, alguns bastante simples outros bem sofisticados como o Passito de Panteleria (no caso chamam a uva de Zibibbo) ou fortificados como o conhecido Moscatel de Setubal. No Peru e Chile são destilados para a produção de Pisco. Os vinhos produzidos são bastante aromáticos: florais, rosas e lírios. Corinto: não consegui identificar qual seria a uva identificada como Corinto na ficha técnica da Decanter. A Jancis Robinson identifica uma uva grega chamada de Korinthiaki que é também conhecida como Corinto Negro. É uma uva de grãos pequenos sem semente usada quase na sua totalidade para a produção de uvas passa. Existe uma uva chamada Corinto Branca que não tem parentesco com a esta cepa. A Corinto Branca seria a nossa já conhecida Pedro Ximenes de Jerez. Na ficha técnica do fabricante ele identifica, entre parênteses, a Corinto como Chasselas que é uma terceira cepa, desta vez originária da Suiça onde é sinônimo de vinho branco. É uma varietal branca que produz vinhos leves, alguns que se distinguem, mas a maioria bastante ordinários. Como, de acordo com ficha técnica da Decanter, as videiras foram plantadas em 1911 é bastante provável que nem o fabricante saiba com certeza que cepa é na verdade.

sexta-feira, 12 de março de 2021

Reunião nº 227 - Encontro na Pandemia Covid 19 VII

Reunião nº 227


Dia: 27/02/2021  

Tema: Encontro na Pandemia Covid 19 VII

Local: Virtual, cada um na sua casa

Vinhos:

  • Tetramythos Roditis, 12% álcool, ano 2018, vinho branco fino seco DOP Patra. Tetramythos Ltda Achaia Peloponeso Grecia. Castas: 100% Roditis. Na nossa degustação identificamos o vinho como límpido, brilhante, cor amarelo citrino bem acentuada. Diferentemente do informado nas descrições técnicas não foram identificadas notas cítricas e frutadas no aroma, mas basicamente minerais. Identificamos também camomila. Na boca corpo médio. Predominância de forte acidez e mineralidade. Retrogosto agradável com boa persistência. Em geral combinou bem com os diversos pratos preparados por cada participante:  pratos com camarão, comidas japonesa e thai, ceviche (960).

 



No livro da Jancis Robinson é identificada como uma variedade grega extensamente plantada, com muitas variações clonais, mas geralmente pouco ambiciosa. A origem do nome mais provável é que seria proveniente da ilha de Rodes. Uma outra possível explicação é pela cor rosada das uvas quando maduras (rodon = rosado). Existem referências muito antigas de uvas quase rosadas e chamadas com nomes parecidos, mas não existe evidência segura que sejam a moderna Roditis. Existem muitos clones da Roditis e em geral são plantados e vinificados juntos sendo na maioria os vinhos resultantes portanto um blend de campo. Destaque para o clone/variedade Roditis Alepou que produz vinho com mais qualidade com bom corpo, aromas de melão e maçã, acidez moderada e frescor agradável. Na ficha técnica do vinho não indica ser este o clone usado, mas como informa ser DOP Patra existe boa chance que seja, pois nesta região do norte do Peloponeso os produtores estão investindo neste clone. Com exceção desta variedade as demais produzem vinhos sem destaque e muitos são usados para a produção de Retsina.

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Reunião nº 226 - Encontro na Pandemia Covid 19 VI Sauvignon Blanc

Reunião nº 226

Dia: 23/01/2021  

Tema: Encontro na Pandemia Covid 19 VI

Local: Virtual, cada um na sua casa


    Vinhos:

  • Villaggio Bassetti Sauvignon Blanc, 14% álcool, ano 2020, vinho branco fino seco. Villaggio Bassetti Agronegócios Ltda, São Joaquim SC Brasil. Castas: 100% Sauvignon Blanc sem passagem em carvalho. Límpido, brilhante, cor amarelo esverdeado claro. Aromas pouco intensos. Na boca corpo médio. Apesar do alto teor o álcool não sobressai, mas traz uma sensação de doce identificada por alguns do grupo. Além de fresco, ácido e herbáceo, característicos da cepa, foram identificados os sabores: lima da pérsia, abacaxi e minerais. Retrogosto agradável com boa persistência. Combinou muito bem com os diversos pratos preparados por cada participante: comidas japonesa e thai, paella, caranguejo, arroz de cogumelos, queijos etc (959).  

Esta reunião teve como tema o vinho da uva  Sauvignon Blanc, foi escolhido um vinho da serra catarinense feito a degustação e coletado a opnião de cada participante. Cada participante preparou uma refeição de forma que após a degustação ver se compatibilizou com o vinho.



Algumas informações adicionais

Safra 2020 - A safra das safras nas serras gaúcha e Catarinense

  • Não choveu, especialmente durante a vindima (causando problemas hídricos nas cidades);
  • o “clima perfeito” começou, segundo dados da Embrapa Uva e Vinho, em novembro/19
  • Nos tintos houve maturação fenólica plena;
  • os baixo índices de chuva foram determinantes para amadurecer as uvas de maneira uniforme, tanto os açúcares quanto os fenóis;
  • em janeiro, tivemos dias batendo 30ºC e noites indo a 18ºC - 22ºC.

Fonte:
https://revistaadega.uol.com.br/artigo/safra-das-safras_12492.html

 

SAUVIGNON BLANC

https://winefolly.com/deep-dive/sauvignon-blanc-wine-taste-food-pairing/

A SAUVIGNON BLANC é uma cepa originária do Vale do Loire no interior da França.
Até hoje é a uva ícone da região que tem, entre outras, as denominações de origem
SANCERRE e POULLY FUMÉ com seus vinhos da cepa. Ela é descendente da
SAVAGNIN. Junto com a CABERNET FRANC, é pai (ou mãe), por cruzamento
espontâneo, da famosa CABERNET SAUVIGNON. É parente próxima da CHENIN
BLANC e SÉMILLON.

Por suas características um SAUVIGNON BLANC em geral pede comida. Peixes,
moluscos e frutos do mar são as combinações usuais. Queijo de cabra, pratos com
tomate, sashimi, ceviche e comida Thai também são indicações clássicas.
Fontes:
Wine Grapes – Jancis Robinson