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domingo, 3 de outubro de 2021

Reunião nº 234 - Manzanilla e Pedro Ximenes

Reunião nº 234

Dia: 26/09/2021

Tema: Manzanilla e Pedro Ximenes




Vinhos:

  • Yuste Aurora Manzanilla 15% álcool, ano não aplicável., vinho licoroso branco seco DO Manzanilla. Bodegas Francisco Yuste, Sanlucar de Barameda, Espanha. Castas: 100% Palomino com passagem durante 8 anos em barris de carvalho americano nos sistemas de criadeira e solera. Límpido e brilhante. Coloração amarelo dourado. Aromas típicos dos Jerez, leveduras, frutas secas, mineralidade. Na boca é seco, leve, persistente e muito equilibrado. Harmonizou bem com as ostras ao bafo servidas e foi um pouco menos feliz com o arroz de polvo (975);
  • Casillero del Diablo Pedro Jimenez, 12% álcool, ano 2020, vinho branco fino seco. Viña Concha Y Toro, Valle del Limari, Chile . Castas: 100% Pedro Jimenez. No rótulo do vinho indica ser esta cepa endêmica do Chile o que nos leva a crer tratar-se de uva diferente da Pedro Ximenes espanhola, mesmo porque as características são bem diversas. Consultado, o livro Wine Grapes da Jancis Robinson confirma a existência de uma cepa da Argentina incluída na denominação Criollas chamada Pedro Jimenez ou Pedro Gimenes que é plantada também no Chile e que, comprovada por comparação de DNA, não tem qualquer ligação com a PX espanhola. Coloração branco com reflexos esverdeados. Aromas florais e cítricos. Na boca fácil de gostar, agradável, fresco com uma acidez presente e muito equilibrada. Combinou bem tanto com as ostras como com o arroz de polvo (976);
  • Calvet Bourgogne Pinot Noir, 12,5% álcool, ano 2006, vinho tinto fino seco AOC Bourgogne. Calvet, Fleurie França. Castas: 100% Pinot Noir. Coloração rubi com reflexos granado. Aromas de frutas e especiarias. Na boca, macio, corpo médio, com taninos presente mas bem afinados. Excelente equilíbrio álcool/taninos/acidez. Combinou em especial com o arroz de polvo (977);
  • Yuste Aurora Jerez Pedro Ximenez, 15% álcool, ano não aplicável., vinho licoroso branco doce DO Jerez. Bodegas Francisco Yuste, Sanlucar de Barameda, Espanha. Castas: 100% Pedro Ximenez com passagem em barris de carvalho americano nos sistemas de criadeira e solera. Escuro com tons dourados. Aromas marcante, frutas secas em especial figos e damascos e mel. Na boca é bem doce com alta acidez não sendo enjoativo, sabor marcante e muito persistente. Ficou ótimo com o chocolate amargo (978).
Após a degustação foi servido ostras ao bafo de entrada e arroz de polvo.

Ostras ao bafo
 
arroz de polvo


domingo, 10 de dezembro de 2017

Nava del Rey, Festa de casamento e Tordesillas

14 e 15 de setembro: viajando...

Voamos de São Paulo para Madri pela Air China (voo 908).
Voo tranquilo, o sistema de entretenimento não tinha opções de legenda, sempre em mandarim; o cardápio também não tinha muitas opções, era peixe ou frango, com arroz, em resumo; experimentamos cerveja e vinho chineses (Vinho Great Wall – apesar do nome, não era um grande vinho).


Do aeroporto (Barajas) pegamos um trem para a estação de trem Chamartin e de lá seguimos para Medina del Campo, cidade próxima de Nava del Rey, onde estávamos sendo esperados pelos noivos. Ao chegarmos em Nava nos acomodamos no Hotel Doña Elvira.

Visão panorâmica de Nava de Ray
À noite, jantamos com nossos amigos no restaurante Bodegón de Nava del Rey (especialidad em chuletón, lechazo asado y tablas variadas), o restaurante fica numa adega, lugar agradável, comida e companhia muito boas.

Iglesia de los Santos Juanes (noturno)

16 de setembro: Nava del Rey

City tour na pequena cidade. Iniciamos visitando a igreja “de los Santos Juanes”, iniciada no século XVI, possui retábulo maior de Gregorio Fernández e Francisco Velázquez de 1620.


Conhecemos algumas caves (subterrâneas), interligadas por túneis, onde vimos tonéis de madeira e de cimento, as vezes enterradas (existe uma cidade subterrânea de adegas, que antigamente funcionavam plenamente, cada casa tinha a sua adega subterrânea, inclusive a igreja). Também conhecemos a praça de touros, onde as casas têm balcões que são vendidos, com registro em cartório, para uso na época das touradas e procissões.



Finalizamos o city tour com uma rápida degustação e seguimos para a festa de casamento no meio do vinhedo.


A festa foi muito alegre, foram servidas comidas típicas (paẽs, picos, presunto espanhol, copa, morcilha, linguicinha, costelinha de porco assada...), regadas a muito vinho e caipirinha, tudo bem a vontade e no capricho. Anfitriões bons de festa, com homenagens para o casal e música tocando até tarde da noite. A festa foi brindada com um por de sol maravilhoso.

casamento

17 de setembro: Tordesillas

Ponte romana em Tordesilhas

A cidade do tratado de 07 de junho de 1.494 (acordo entre os reinos de Castela e Portugal que definia os limites que corresponderiam a cada Coroa das terras descobertas ou ainda por descobrir no continente americano), fica bem perto de Nava de Rey. Em Tordesilhas viveu Dona Joana I (conhecida como “Joana a Louca”), rainha de Castela (filha dos Reis Católicos), de 1.509 até 1.555.
Visitamos Museo de Arte Sacro San Antolín (edifício dos séculos XVI e XVII), com várias obras sacras; do terraço pode-se admirar uma bela vista panorâmica da cidade e as margens del Duero. Seguimos para a casa onde foi assinado o tratado (Casas do Tratado), onde vimos objetos relacionados com o processo de negociações (mapas, instrumentos de navegação, etc), havia uma cópia do documento e réplicas das caravelas de Colombo - Santa Maria, Pinta e Nina.
Retábulo do Museo de Arte Sacro San Antolín

Depois fomos ao Real Monasterio de Santa Clara, construído por volta do ano 1.340, originalmente para ser um castelo real e mais tarde transformado em mosteiro. O palácio tem estilo mudéjar, estilo artístico que se desenvolveu entre os séculos XII e XVI nos reinos cristãos da Península Ibérica, que incorpora influências, elementos ou materiais de estilo ibero-muçulmano, pois para a sua construção vieram artistas de Toledo.


Nesse dia quase perdemos o almoço, pois quando pensamos em almoçar já era 15:30 h e os restaurantes já estavam com a cozinha fechada.
Finalizamos o passeio parando numa chocolateria.

18 de setembro: viajando…

Pegamos o trem em Nava del Rey às 09:08 h, destino Valadolid - Madrid - Jerez de la Frontera. Chegamos em Jerez às 19:32 h. Hospedagem no hotel El Coloso. Jantamos no restaurante Las Banderillas, comemos tapas variadas (croquetas, lula e rabo de touro) e bebemos fino. De 18 a 22 de setembro ficamos em Jerez, conhecendo a cidade e, principalmente, seu famoso vinho.

Restaurante Las Banderillas

Viagem a Espanha, Casamento (parte 1)









segunda-feira, 27 de junho de 2016

Reunião nº 189 - Relembrando viagem à Espanha 2007

Reunião nº 189

Dia: 11/06/2016


Tema: Relembrando viagem à Espanha 2007

Vinhos:

  • Hermann Lírica crua, 11,8% álcool, ano 2015, vinho branco espumante natural. Produzido e engarrafado por Vinícola Geise Ltda., Pinto Bandeira para Hermann Vinhas e Vinhos Ltda. , Pinheiro Machado RS Brasil. Casta: 80% Chardonnay, 10% Gouveio, 10% Pinot Noir sem dègorgement mantendo as leveduras na garrafa. Amarelo pálido, um pouco turvo pela presença das lias. Aromas agradáveis, fermentos, pão e cítricos. Enchendo bem a boca é refrescante com boa acidez e permanência (794);
  • Arteso, 13,5% álcool, ano 2004, vinho tinto fino de mesa seco DOC Rioja. Bodegas Ontañon, Logroño, Espanha, vinícola visitada na viagem de 2007. Castas: Tempranillo, Graciano, Garnacha com passagem por madeira. Com a rolha colada e cor granado com reflexos marrons, inspirou cuidados quanto a um possível envelhecimento excessivo, no entanto estava perfeito. Aromas complexos de compotas e frutas secas. Na boca taninos e acidez equilibrados. Com bom corpo e excelente permanência combinou muito bem com a tradicional lasanha (795);
  • Finca San Martin Criança, 13,5% álcool, ano 2010, vinho tinto de mesa fino seco DOC Rioja. Torre de Oña S.A. Laguardia, Espanha . Castas: Tempranillo. Rubi escuro brilhante. Aromas de frutas maduras e alguma madeira. Na boca agradável, com taninos e acidez perceptíveis, mas não agressivas. Corpo médio. Também combinou com a lasanha (nº796);
  • Prado Rey TempranilloTinto Jovem, 14,5% álcool, ano 2012, vinho tinto de mesa fino seco DO Ribera Del Duero. Real Sitio de Ventosilla, Burgos, Espanha, também visitada na viagem 2007. Castas: Tempranillo. Também rubi escuro. No início bastante álcool. Na boca apesar de maior teor alcoólico passa uma sensação de mais leve que os anteriores, talvez por menos tempo na madeira. Também combinou com a lasanha (nº797);
  • Milcampos Tempranillo viñas viejas, 13,5% álcool, ano 2012, vinho tinto de mesa fino seco DO Ribera Del Duero. Bodega La Milagrosa, S.C., Milagros,  Espanha . Castas: Tempranillo. De características parecidas com os anteriores foi menos apreciado apesar de ter sido considerado também bom (nº798);
  • AAlto, 15% álcool, ano 2004, vinho tinto de mesa fino seco DO Ribera Del Duero. Bodegas AAlto, Valladolid, Espanha . Castas: Tempranillo. Trazido da vinícola por ocasião de nossa viagem de 2007, foi a estrela da noite. Potente, equilibrado, muito agradável. Já está perfeitamente maduro para ser consumido, mas sua cor rubi/púrpura indica que, se desejado, poderia ainda ser guardado mais (nº799);
  • Solera 1847Jerez Cream, 18% álcool, ano não indicado, vinho fortificado branco doce. Bodega Gonzalez Byass, Jerez de La Frontera, Espanha. Castas: Palomino e Pedro Ximenez. Muito aromático tem a cor ambar acobreado, límpido, brilhante. Aromas figos e uvas passa. Foi um bom acompanhamento do tiramisú e dos flocos em neve servidos de sobremesa (nº800).

Reuniao

Em nossa Viagem para a Espanha, no dia 11/09/2007, fizemos uma visita à Bodega Aalto. Nova e moderna, lá fomos atendidos pelo Xavier, os tanques de fermentação são troncos cônicos. Utilizam barricas de carvalho francês. Tem como proposta vinhos de alta qualidade. Lá cada casal ganhou uma garrafa de vinho Aalto 2004, que degustamos uma garrafa nesta reunião (06/2016).
Veja também as Bodas, Rioja e Ribeira del duero.


Viagem











domingo, 16 de setembro de 2012

Viagem para a Espanha (Parte 3, Ribeira del duero)

08/09/2007 - Briñas -> Valladolid

Após o café da manhã seguimos para Valladolid. No caminho paramos em Burgos, cidade de El Cid, lá visitamos a igreja mais gótica da Espanha, a Catedral de Burgos,  onde fica a tumba de El Cid. Também visitamos a Plaza Mayor e o passeo.


Como  nosso ônibus era grande demais, quando chegamos em Valladolid fomos conduzidos por batedores da polícia até o nosso hotel.
HOTEL OLID MELIA
PLAZA DE SAN MIGUEL, 10
47003 VALLADOLID
TFNO 34 983 357 200
www.solmelia.com



Estava acontecendo a Festa Nuestra Señora de San Lorenzo, patrona de Valladolid, assim como a Feria de Folklore y Gastronomia de Valladolid. Na feira de folclore tinha danças típicas, comidas e vinhos das regiões da Espanha.

09/09/2007 - Zamora

Lá chegando deparamo-nos com uma apresentação a caminho da igreja:

Gigantes e cabezudos de Zamora.



Fizemos visita a Bodegas Estância de Piedra, em Toro.
Provamos Cantadal, 2001, 13%, verejo, 2001, 13% fermentado em barrica; azul 2006, 14%, masseração carbônica, joven e paredinas, 2001, 14%, Crianza (vinhedos de 107 anos).

Almoçamos em Toro. Após, fizemos outra visita à Bodega Antaño – Rueda e degustamos Cobranza 2004 e Señorio de Villegas. Uma bela vinícola onde visitamos a pinacoteca do proprietário.

Garrafa de cava com um manômetro marcando quase 7 bars


10/09/2007 - Valladolid -> Peñafiel


No caminho paramos para conhecer as Bodegas de La Abadia Retuerta. Localizado em um antigo convento-fortaleza de 1.146 (Monastério de Nuestra Señora Santa Maria de Retuerta).

Sistema de barricas suspensas para facilitar o trasiego

Degustamos o vinho Abadia Retuerta Primicia, 2006, o Rívola, 2004, 14,5% crianza,  o Selección especial, 2004.

No início da tarde chegamos ao Hotel Ribera del Duero. Almoçamos e fizemos uma visita a Bogega Convento San Francisco, provamos um Bodega Convento San Francisco, 2004, 14,5%. Lá funcionava o antigo convento de São Francisco em Peñafiel, edificação do século XIII.
Vimos uma pereira carregada de frutos.

Foto sob pereira carregada de frutas

À noite fizemos um piquenique no hotel. Fomos a um supermercado local e compramos algumas comidas. O hotel nos cedeu uma sala com uma mesa comprida e foi uma noite muito agradável. Nosso piquenique foi regado aos vinhos que havíamos comprado nas bodegas que visitamos até então. Aproveitamos para descarregar um pouco nossas malas, pois a viagem já estava acabando.

Comidas e bebidas do piquenique


11/09/2007 - Peñafiel

Pela manhã fizemos uma visita à Bodega Aalto. Nova e moderna, lá fomos atendidos pelo Xavier, os tanques de fermentação são troncos cônicos. Utilizam barricas de carvalho francês. Tem como proposta vinhos de alta qualidade.


Após a Bodega Aalto, visitamos a Bodega Real Sitio de La Ventosilla. Degustamos o Prado Rey Verdejo, 2006 e o Prado Rey Roble 2005, 13,7%.


Almocamos em Aranda del Duero uma deliciosa paella.

Paella

Após o almoço fizemos visita com degustação na Bodega Pañalba Lopez
No jardim da frente tinha uns falcões acorrentados e dentro vimos uma tanoaria.


Degustamos Torremilanos crianza, 2003 e o Vega Lara, 2006, 13,5%.

Ao retornarmos para Peñafiel, fomos visitar o Castelo de Peñafiel.
Um castelo do século XI em forma de navio - muito bonito. Está localizado em cima de uma montanha e de lá tem se uma bela vista da região.
Do alto do Castelo de Peñafiel e
bela vista dos campos de Ribeira del Duero.
Vista de cima do castelo de Peñafiel
Por do sol

12/09/2007 - Peñafiel

No período da manhã tivemos tempo livre para explorar Peñafiel. A plaza mayor estava preparada para um tourada.


As 12:30 h fizemos uma visita à Bodega Pesquera. A vinícola fica em Pesquera del Duero e o Centro em Valbuena del Duero.

Decantadores na Bodega Pesquera
Após o almoço visitamos a Arzuaga Navarro. Provamos  Arzuaga crianza, 2004, Pago Florentino, 2004 e La Planta, 2006.

Para facilitar a remuage

Veja também:
Viagem para a Espanha
Viagem para a Espanha - As Bodas
Viagem para a Espanha (Parte 2, Rioja)

domingo, 19 de agosto de 2012

Viagem para a Espanha (Parte 2, Rioja)

03/09/2007

Saímos de Madri e iniciamos nossa viagem à região de Rioja, o ônibus era grande e o motorista (Sr. Manolo) fumava demais. Almoçamos em Tudanco, Aranda del Duero Sur, lá tomamos o vinho da casa - Tudanco 2005, Ribera del Duero, DO, 13,5%, tinto roble, 6 meses em barrica. Comemos chuleta de cordeiro, cerdo, conijo en salsa, chorizo asado, minestra de verduras, ensaladas, fritas, natillas, helado de café.

Chegamos em Haro às 17:00 h. O dono da Casa de Legarda, Jesus, encontrou-nos na Plaza de Toros para nos guiar até Briñas, um pequeno município de 2,44 Km² e 250 habitantes.
O lugar era rodeado de vinhedos, simplesmente lindo!

Casa de Legarda

Ficamos hospedados na casa rural, Casa de legarda.

CASA RURAL DE LEGARDA
CALLE REAL 11
26290 BRIÑAS
LA RIOJA

Jesus nos recepcionou com um vinho da casa “a palo seco” (sem acompanhamento), um tempranillo, 2005, sin crianza. Em seguida, serviu um Banda Oro, crianza, 2001, panternina, 12%.
Após, convidou-nos para um passeio pelos vinhedos, pela vila, margeada pelo Rio Ebro.
Apesar da hora (19:00 h), estava muito claro, pois era final do verão e com horário especial (duas horas a mais de diferença).
Fomos ver um marco das origens da Casa de Legarda, do ano de 1639.


O passeio foi muito agradável, apesar do vento forte. Os vinhedos já estavam com os cachos (racimos) quase maduros para a vindímia.Haviam cachos no chão, em consequência do raleio.
O raleio de frutos ocorre "para obter-se produção de frutos com boa qualidade e com rentabilidade satisfatória. Em geral, a planta fixa muito mais frutos do que o necessário para a produção com qualidade. Como os frutos competem entre si e também com o crescimento vegetativo por água e nutrientes, o desenvolvimento das plantas e dos frutos fica prejudicado com o excesso de frutos." 1

Do alto da colina pode-se ver toda a região de Briñas.

Vinhedos com Briñas ao fundo.

Vimos lagares rústicos, que datavam do início do cultivo das vinhas na região, lapidados nas rocha.


Jantamos na Meson Chomin.Vinho da casa, tempranillo 2006 (não foi muito apreciado pelo grupo). Solicitamos, então, outro vinho, o Tobelos 2003, tempranillo também, 13%, vinícola La Encina.
O menu da casa era composto de sopa, minestra (legumes com ovo, como um omelete), linguiça, salada de aspargos, coelho ensopado e costeletitas de cordeiro. A sobremesa servida foi torta de whisky e profiteroles.

04/09/2007



O café da manhã foi servido no antigo lagar, decorado com um vitral desenhado pelo próprio Jesus (dono da casa), muito saboroso e bem diversificado: o pão era muito fresquinho e a cada dia foi servido um tipo diferente, havia jamon (muito gostoso) e suco de laranja, feito na hora, delicioso.

Todos, pontuais como de costume, prontos para iniciar nossa viagem ao mundo do vinho riojano.

A atendente não era de muita conversa, mas fazíamos todo barulho que tínhamos direito, pois a pousada era só nossa, ao menos nesse primeiro dia (os outros hóspedes só chegariam no dia seguinte).

VISITA A BODEGAS BILBAINAS EM HARO

Situada no bairro da Estação, ao lado de dezenas de outras bodegas, esta vinícola pertence ao grupo Codorniú desde 1997.
Em 1859 estabeleceu-se em Haro, vindo da França, de onde trouxe a cepa sauvignon.
Em 1901 tornou-se Sociedade Bilbainas.
Hoje possui 250 hectares de vinhedos próprios, tempranillo, viura e malvasia, esta última era utilizada para cava, cultivadas num solo calcário típico da região.

Um quilo de uva fornece 700 ml de vinho.
As vinhas são dispostas em vaso e espaldeira, sendo que a colheita é manual nas vinhas em vaso e mecanizada nas espaldeiras.

Em uma das dependências da bodega estavam fazendo o "trasiego", que consiste no seguinte processo: retira-se o vinho da barrica, lava-se com água quente, após, queima-se uma pastilha de enxofre para desinfetá-la e, no final, a barrica recebe o vinho novamente.
Nesta bodega é tudo automatizado, com transportadoras automáticas que fazem todo o serviço, possuem várias salas para degustação. Degustamos um Viña Pomal, crianza, 2003, 13% e La Vicalanda, Reserva, 2001, 13%, ambos de uva tempranillo, 13%

A tarde fizemos uma VISITA A BODEGAS DINASTIA DE VIVANCO

Fica em Brinhones, a 12 km de Haro.
Visitamos o Museu sobre a cultura do vinho, muito moderno e completo.
Provamos Dinastia Vivanco, crianza, 2004

Jantamos no restaurante Terete, em Haro, cozinha riojana típica, comemos carnero asado en horno a leña. Para acompanhar bebemos um vinho Terete Reserva Especial 2000.


O corderio estava desmanchando, uma delícia!

05/09/2007

Pela manhã, visitamos a Bodegas Ontañon
Esta bodega fica na cidade de Logronho e tem um museu de esculturas de deuses mitológicos gregos. Na fachada tem uma escultura grande que batizamos de "Tonhão".

"Tonhão"



Da esquerda para a direita de cima para baixo:
Cavalo, Perséfone, Noé (o primeiro borracho), Dionísio e Ariadne, vitral "Me introdujo en su bodega", Baco jovem, Centauro e Eurapion, reflexos de Perséfone no mármore.
Mais informações sobre o museu e suas obras de artes veja em http://www.ontanon.es/index.php?menu=10

Depois visitamos a Logroño que faz parte do caminho de santiago de compostela, onde vimos a Catedral Santa Maria de la redonda, a Igreja Imperial Santa Maria de Palacios, a fonte dos pelegrinos e a igreja de Santiago.

De tarde visitamos a Bodegas Marques de Riscal. As Bodegas Marqués de Riscal aliam tradição e prestígio. Sua unidade da Rioja data de 1858, tendo sido a primeira da região a adotar os métodos de vinificação de Bordeaux.
Bodega Marques de Riscal

Belíssima vinícola com o projeto de Frank Owen Gehry, arquiteto canadence que entre outas obras, assina Museu Guggenheim Bilbao. Na arquitetura temos o destaque com o uso do titânio  e que tem o rosa representando o vino tinto, o dourado a malha característica das garrafas de Riscal e o prata que representa a cápsula das garrafas.

Degustamos um Heredeiro Marques de Riscal, Rueda, branco, 13,5%, 2006 e Heredeiro Marques de Riscal Rueda, tinto, Elciego (Alava), reserva, 14%, 2003.

06/09/2007

Pela manhã visitamos a Granja Remelluri. A história da La Granja Ntra. Sra. de Remelluri remonta ao século X de onde temos uma necrópole escavada na rocha e produção de vinho no século XIV por monges Jerônimos.

Provamos um Remelure reserva, 2002, 13%.

De tarde fomos à Bodega El fabulista. Localizada em Laguardia, provincia de Álava. Degustamos Decedido blanco, 2003, 11,5%, Decidido Tinto de año, 2005, 13%, Fabulista Tinto Crianza ****, 2000, 13,5%, Decidido Tinto Selección (12.000 garrafas) e Fabula Tinto Selección (2.000 garrafas).


Voltamos para Briñas e aproveitamos nosso tempo livre para conhecer a vinícola local, a Bodegas heredad baños bezares. Degustamos Gran Bohedal blanco, fermentado em barrica, 2006, Bohedal joven, 2006, Gran Bohedal Crianza, 2002, Gran Bohedal Reserva, 2001

07/09/2007

Visitamo Vitoria-Gasteiz no País Basco, fundada em 1181. É considerada a cidade mais mais arborizada da Espanha. Lá visitamos a Basílica de San Prudencio de Armentia (cuja construção começou nas últimas décadas do século XII, em estilo românico), o Paseo de La Senda (onde vimos a casa do governador e o Museo de Bellas Artes), a Catedral de María Inmaculada (Catedral Nova - construída no século XX, em estilo neogótico, tem até gárgulas falando no telefone e no rádio), a Catedral de Santa Maria (Catedral velha, que está em processo de restauração, onde fizemos uma visita guiada na obra, onde vimos escavações arqueológicas). O Centro histórico também estava sendo restaurado e haviam murais pintados em paredes de casas medievais.

Facistol
Em Najera visitamos o Monastério de Santa María La Real e o Monasterio de San Millán de la Cogolla, fundado no século VI d.C. no município de San Millán de la Cogolla.
É composto de duas edificações San Millán de Suso (no alto da montanha) e San Millán de Yuso (em baixo, a qual visitamos, no fundo do vale) onde vimos as primeiras anotações em castelhano e basco.
Vimos também um Facistol onde é posto livros de canto da igreja. Um relicário com os restos mortais de Santo Emelion. Após, fomos para Haro onde estava tendo uma festa popular - a Festividad de Nuestra Señora la Virgen de la Vega. Lá jantamos.

Fonte:
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Pessego/PessegodeMesaRegiaoSerraGaucha/conducao.htm



Veja também:
Viagem para a Espanha
Viagem para a Espanha - As Bodas
Viagem para a Espanha (Parte 3, Ribeira del duero)