terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Viagem à África do Sul (Parte 1)

Trip to South Africa
Flor símbolo da África do Sul - Protea.

Em 2008 fomos à África do Sul, lá ficando do dia 04 a 17/10/08.
Na região da Cidade do Cabo visitamos 18 vinícolas: Boekenhoutskloof, Boschendal, Bouchard Finlayson Winery, Buitenverwachting, Cabriere Estate, Glen Carlou, Groot Constantia, Hamilton Russell Vineyards, Kanonkop Wine Estate, Klein Constantia, Laborie Wine Estate, L´Ormarins, Nederburg, Rustenberg, Rupert & Rothschild, Steenberg, Thelema, Vergelegen e Veenwouden) em 5 cidade/regiões (Constantia, Franschhoek, Hermanus, Paarl e Stellenbosch.

Roteiro da viagem na região da Cidade do Cabo

Após visitar as vinícolas da região do Cabo e ver suas lindas paisagens, voamos para a Reserva do Kapama, ficamos hospedados no Kapama River Lodge
(http://www.kapama.co.za/kapama-river-lodge/), onde passamos dois dias, descansando e fazendo safaris fotográficos (dois por dia: um às 5:30h, no amanhecer, e outro no final do dia).

04/10/2008 - Florianópolis - São Paulo - Johanesburgo

Os voos saíram e chegaram na hora. Voamos pela South Africa Airlines (SAS).  As opções para a janta. no voo para Johanesburgo, eram - frango, arroz com açafrão ou carne com macarrão instantâneo. Para acompanhar bebemos vinho Balance Merlot/Cabernet, 2006, W.O. Western Cape, 13,5%, ácido na nossa opinião. O interessante é que entre o tempo de voo da ida e o da volta teve uma diferença de 2h. Procurei me informar e a resposta foi que os ventos naquela altitude influenciam.


05/10/2008 - Johanesburgo - Cape Town

No café da manhã, a comissária falava tão rápido que não conseguíamos entender quais eram as opções do menu, mas conseguimos escolher: pão, queijo e presunto.
Trocamos dólares por rands no aeroporto. No vôo para Capetown, comemos um sanduíche de atum com vinho isiLIMELA - VUNANI - chardonnay 2006 – 12%.
Ao chegarmos em Capetown fomos recebidos pelo nosso guia, Isako John Shivuri.
No caminho para o hotel o John nos apresentou à África do Sul, dando algumas informações. Explicou que região de Constantia, local onde ficava o nosso primeiro hotel, é uma região de ricos tradicionais, onde pudemos observar muitas casas no estilo holandês. As casas tinham cercas elétricas que foram colocadas no término do regime de segregação racial, demonstrando o medo de possíveis reações dos negros para com os brancos, mas a cidade é segura. No caminho, passamos pela Universidade de Capetown (1913) e pela embaixada dos Estados Unidos.
Os esportes preferidos dos sul africanos são rugbi, criquet e golf.

A cidade de Capetown tem lindas praias e a famosa Table Montain. Ele nos contou que na época do apartheid ele e sua família foram morar em Angola e quando começou a guerra civil eles se mudaram para a Alemanha. Ao término do apartheid voltaram para a África do Sul. Ele contou que morou no Brasil, onde trabalhou em uma fazenda de avestruz em Goiás, pois é formado em Ornitologia com especialização em aves que não voam. Assim, nosso guia falava  português fluente - que tranquilidade!!!

Chegamos ao hotel por volta das 14:30 h. O Hotel Steenberg tem arquitetura “rural” holandesa, classificação cinco estrelas, onde fomos recebidos com chá gelado e limão. Junto ao hotel tinha um condomínio fechado, um campo de golfe e videiras plantadas. http://www.steenberghotel.com

Fazendo o check-in...

Em todos os quartos havia um ramalhete de flores típicas da África do Sul e um cartão de boas vindas escrito de próprio punho pelo gerente e outro da nossa agente de turismo, além de flores nos criados-mudos, na banheira, na pia do banheiro etc. No criado mudo tinha uma lista com os ramais dos quartos de cada integrante do grupo. Um verdadeiro luxo...
Meu quarto ficava nessa parte do hotel
Não deu para descansar muito, pois às 16h iniciamos o trabalho duro, nossa primeira degustação, no próprio hotel. Experimentamos 8 vinhos: Steenberg 1682 Brut, Steenberg Sauvignon Blanc 2008 (Loire Clone), Magna Carta 2007, Steenberg Sauvignon Blanc Reserve 2005, Steenberg Shiraz 2007, Steenberg Merlot 2006, Steenberg Catharina Red 2002 e Steenberg Catharina Red 2005.

Vinhedos no Hotel Steenberg

Mais tarde nos reunimos na saleta da lareira para esperar o jantar agendado para às 20h. Alguns foram para o quarto descansar e outros se refestelaram nos sofás da recepção, pois, na verdade, todos estavam muito cansados...

O jantar foi especial, solicitamos ao somelier que compatibilizasse o vinho com os pratos que seriam servidos. Primeiro prato: salada de folhas verdes, salmão defumado,  azeitonas, tomate cereja e abacate com um Steenberg Semillon 2005 (prêmio 2007 do melhor enólogo do país com a safra 2005). Segundo prato: carne mal passada (houve uma discussão sobre que corte era, mas parece que era contra-file ou alcatra), batata cozida, tomilho, molho de manjericão que foi compatibilizado com um Graham Beck “The Joshua” 2003 e a sobremesa foi torta de limão com sorvete. Jantar especial, mas arrebentou o nosso orçamento com um Vin de Cosntance 2004, servido com a sobremesa.



06/10/2008 - Constantia

Café da manhã apreciando as videiras do hotel-vinícola Steenberg

O café da manhã foi outra boa surpresa, Espumante para abrir os serviços e frutas descascadas (toranja, laranja, kiwi...), frutas em compota (goiaba, lichia...), pães, queijos variados (gorgonzola, brie...). Pedi um omelete holandês (pão com queijo, ovo frito e um creme).


Fizemos degustações na Klein Constancia dos vinhos brancos Klein Constancia Rose, Klein Constancia Riesling 2007, Klein Constancia Sauvignon Blanc 2008 e Mme Klein Constantia Marlbrook 2006 e dos vinhos tintos Klein Constancia Cabernet Sauvignon 2006 e Klein Constancia Marlbrook 2006 (50% cabernet sauvignon, 40% merlot and 10% cabernet). www.kleinconstantia.com

Então visitamos a Groot Constancia, berço da industria vinícola sul-africana, iniciada por Simon van der Stel em 1685. Provamos Gouverneurs Sauvignon Blanc 2007, Gouverneurs Chardonnay 2007, Pinotage 2006, Groot Constantia Gouverneurs Reserve 2005 e Groot Constantia Cape Ruby Port 2005. www.grootconstantia.co.za

Fomos conhecer a Buitenverwachting que significa algo como “além das expectativas”.  Visitamos a vinícola antes do almoço e fomos recebidos pelo enólogo Herman. Segundo ele, a Buitenverwachting  produz vinhos “para acompanhar comidas”. Boa relação custo benefício. Experimentamos vinhos tirados diretamente dos tonéis e barricas. Interessantes e bastante velados antes da clarificação com bentonite e resfriamento para engarrafar. Provamos Buiten Blanc 2008, Sauvignon Blanc 2008, Blanc de Noir, Cabernet Sauvignon 2004, Christine (14,55 % de álcool. Foi o destaque da degustação. Muito bom. O Nome seria em homenagem à mulher do dono. “Notável”, segundo o Heman), Meifort 2005 e Merlot 2005. buitenverwachting.co.za

Herman servindo vinho branco da tina de aço inox

Depois voltamos à Klein Constancia para almoçar. Almoçamos na propriedade junto à mansão do primeiro governador da Cidade do Cabo. O cardápio foi: primeiro prato - Smoked snoek torrada com pasta de peixe e doce de laranja (opção butternut soup); segundo prato - Grilled kinggrilled peixe com batata (opção gwareped chicken breast); sobremesa - brownie de chocolate com sorvete.

Almoço na Klein Contantia

Voltamos para o hotel para nos preparar para o jantar. O John havia sugerido um restaurante de comida típica, mas estava fechado (2ªf), então jantamos no porto de Capetown, o See Food Baia: pedimos peixe, lula, camarão, lagostinho e lagosta.

Passeamos no porto onde vimos um navio nuclear americano e um navio-escola chileno de quatro mastros.



Atualização:  Contato do nosso guia na África do Sul, Isako John Shivuri, celular +27 78 796 8276, +27 72 801 2270, office  +27 21 823 8520, info@hellobrazil.co.za, http://www.hellobrazil.co.za

Veja também:
Viagem à África do Sul (Parte 2)
Viagem à África do Sul (Parte 3)
Viagem à África do Sul (Parte 4)
Viagem à África do Sul (parte 5)

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Destilados de uva

Os destilados de uva degustados

Reunião nº 141

Dia: 11/02/2012

Tema: Destilados de uva


Destilados:

Um pouco sobre  os destilados de uva

A grappa italiana, o orujo espanhol e bagaceira portuguesa, são feitas a partir de bagaço da uva, um subproduto do processo de vinificação. Possui entre 37,5% e 60% de álcool por volume. São feitas por destilação de resíduos de bagaço de uva (principalmente as peles, mas também os caules e sementes).

O conhaque, brandy ou brande é o produto decorrente da destilação de vinho, geralmente contendo cerca de 40–60% de graduação alcoólica por volume.
O armanhaque (em francês: armagnac) é uma aguardente vínica de grande qualidade, semelhante ao conhaque, proveniente da destilação de vinhos de baixa qualidade, que apresentam características próprias para o envelhecimento. Suas origens estão ligadas à região francesa de Armanhaque.

Pisco é o nome de duas variedades diferentes de aguardente de uva, produzidas no Peru e no Chile. É baseado fundamentalmente na destilação do mosto proveniente de uvas.
Para o pisco do Peru as variedades de uvas principalmente utilizadas são as denominadas Quebranta, Uvina, Mollar e Negra para os piscos "não aromáticos", enquanto que Albilla, Itália, Moscatel e Torontel são para os piscos "aromáticos" e uma mistura de diversas uvas para o que em termos gerais se chama pisco "acholado". Uma variedade que se encontra no Peru procedendo à destilação dos mostos que não terminaram a fermentação se denomina "mosto verde".
No exemplo do pisco chileno, a uva usada é a moscatel, em variedades diversas, e, a pouca extensão, Pedro Jiménez e torontel.

Os Destilados degustados
  • Esdor Orujo de uvas 45% álcool, ano nd, destilado de mosto de uva e bagaços fermentados. Destilerias del Duero Ribera del Duero Espanha. Castas: não indicadas. Branco transparente, aroma e gosto fortes, um pouco agressivos, mas com retro gosto agradável.
  • Aurora Grappa Cabernet Sauvignon  38,5% álcool, ano nd, destilado de mosto de uva e bagaços fermentados. Cooperativa Vinícola Aurora, Bento Gonçalves, RS, Brasil. Castas: Cabernet Sauvignon.  Aroma e gosto desagradável. Foi o que menos agradou.
  • Casa Valduga Grappa Cabernet Sauvignon 40,5 % álcool, ano nd, destilado de mosto de uva e bagaços fermentados, envelhecido em carvalho. Casa Valduga Vinhos Finos Ltda. Castas: Cabernet Sauvignon. Amarelo dourado, bem mais macia e agradável que a anterior.
  • Control Gran Pisco 43% álcool, ano nd, destilado de mosto de uva fermentado. Control Pisquera Ltda, La Serena Chile. Castas: não indicada. Amarelo Claro bem aromático, um pouco enjoativo.
  • Osborne Brandy 38% álcool, ano nd, destilado de vinho fino envelhecido em barris de carvalho. Fazenda Ouro Verde Ltda, grupo Osborne, Bahia Brasil. Castas: não indicada. Amarelo dourado com aromas de carvalho. Forte, mas macio foi o destilado preferido.
 Vinhos:

  • Familia Gabrielli Gran Malbec 14% álcool, ano 2009, vinho tinto fino seco. Bodegas y Viñedos Gabrielli S.A. Mendonza Argentina. Castas: 100% Malbec Límpido cor granada. Gosto agradável  macio, mas com um pouco de excesso de carvalho. Combinou bem com rondeli a bolonhesa servido (nº583).
  • Paulo Laureano Tradições Antigas  13,5% álcool, ano 2010, vinho tinto da talha seco DOC Alentejo. Paulo Laureano Vinus, Portugal. Castas: Alfrocheiro, Alicante Bouschet, Aragonez, Tinta Grossa Trincadeira.  Granado, límpido, aromas agradáveis com alguma especiaria. Na boca elegante e fresco com boa acidez e permanência. Cresceu muito com a comida  (nº584).
  • Paulo Laureano Premium 14 % álcool, ano 2010, vinho tinto fino seco DOC Alentejo . Paulo Laureano Vinus Portugal. Castas: 20% Alicante Bouschet, 40% Aragonez, 40% Trincadeira. Estágio de 6 meses em barricas de carvalho. Cor granado. Aromas madeira, frutas e compotas. Na boca corpo médio, taninos e acidez presentes, mas não desagradáveis. Macio, também combinou com as pastas (nº585).
  • Paulo Laureano Reserve 14 % álcool, ano 2008, vinho tinto fino seco DOC Alentejo. Paulo Laureano Vinus Portugal. Castas: 30% Alicante Bouschet, 40% Aragonez, 30% Trincadeira. Estágio de 18 meses em barricas de carvalho. Cor granado bem escuro, quase negro. Mais encorpado que os anteriores, apresenta a presença de madeira um tanto forte de acordo com a preferência internacional de hoje em dia. Para o meu gosto não justifica a diferença de preço (nº586).
Os pratos servidos na janta

Após a degustação foram servidos:
Tomates da casa recheados com ovos cozidos, queijo meia cura, maionese e temperos
Rotollo de presunto e queijo com molho branco e funghi
Rondele à bolonhesa
Mousse de cupuaçu simples e com chocolate
Acompanhando a sobremesa de musse de cupuaçu e chocolate tomamos um Curaçao Blue.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Grappa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Conhaque
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pisco-licor

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O ano de 2008 do grupo solerafloripa

Ilha do Arvoredo ao fundo.

Em 2008 fizemos 11 reuniões com os seguintes temas: cervejas, degustação “al mare”, vinhos argentinos da uva Malbec, vinhos para o dia a dia, vinhos peruanos, vinhos Borgonha e Côte Du Rhone, vinhos do Vale do São Francisco, Malbecs da Viña Doña Paula, vinhos italianos, vinhos da Vinícola Salton e jantar de fim de ano.

No mês de fevereiro de 2008 a degustação foi feita em um barco, nos arredores da Ilha do Arvoredo (em local permitido pela Marinha, fora da reserva).
A degustação foi acompanhada por um piquenique com sanduíches, frutas, queijos, salames, biscoitinhos, frutas secas etc. Dia com sol e vento sudeste encrespando um pouco o mar. Água quente e limpa. Três pessoas do grupo fizeram um mergulho autônomo.

Preparando-se para pular na água.

Nossas degustações foram:

Cervejas: Bohemia Weiss, Eisenbahn Lust, Eisenbahn Weizenbier, Hoegaarden Witbier, Licher Weize;
Degustação “al mare”: Rustico Nino Franco, Goats do Roam 2006;
Vinhos da uva Malbec argentinos: Humberto Barberis Malbec 2001, Crios Malbe 2006, Luigi Bosca Malbec 2005;
Vinhos para o dia a dia: Boscato Reserva Merlot 2005, Etchart Privado Torrontés 2007, Panul Merlot 2006, Moutier Malbec 2006, Tamaya Late Harvest Muscat de Alexandria 2003, Michele Carraro Merlot 2005;
Vinhos peruanos: Anna de Codorniu, Tabernero Blanco de Blancos 2006, Mecenas Tinto 2007, Tabernero Gran Tinto 2005, Cosecha Tarapacá Sauvignon Blanc 2007;
Vinhos Borgonha e Côte Du Rhone: Beaujolais-Villages 2006, Couvent des Jacobins 2004, La Petite Chapelle Millésime 2002, Parallèle “45” 2005;
Vinhos do Vale do São Francisco: Rio Sol Reserva 2005, Adega do Vale Cabernet Sauvignon 2006, Rio Sol Cabernet Sauvignon/Syrah 2006, Rio Sol Winemaker’s Selection Alicante Bouchet 2006, Paralelo 8 Super Premium 2006;
Malbecs da Viña Doña Paula: Santa Rita 120 Merlot  2005, Santa Rita 120 Carmenere 2005, Santa Rita Reserva Cabernet Sauvignon 2005, Doña Paula Los Cardos Malbec 2007, Doña Paula Estate Malbec  2006, Doña Paula Seleccion de Bodega Malbec 2004, Aurora Colheita Tardia 2008;
Vinhos italianos: Case Bianche Prosecco 2006, Rupestro 2007, Costamaran 2004, Dunico Primitivo di Maduria 2005, Pineau de Laborie;
Vinhos Salton: Salton Evidence, Salton Volpi 2007, Salton Desejo Merlot 2005, Salton Talento 2004, Salton Intenso;
Jantar de fim de ano: Malma, Premium Casa Valduga Prosecco, Casa Valduga Gran Reserava Chardonnay 2008, Estampa Carménère/Merlot 2007, De Martino Reserva 2007.

No ano degustamos 5 cervejas, 44 vinhos novos e 2 repetidos.
Assim,  até 2008 já havíamos degustados 397 rótulos diferentes.

Neste ano viajamos para a África do Sul e para o Vale do Itajaí (região de Blumenau) para visitar cervejarias artesanais.



Reunião nº 98

Dia: 31/05/2008

Tema: Vinhos peruanos

Vinhos:

  • Anna de Codorniu, 11,5% álcool, ano nd, vinho branco espumante cava reserva brut. Codorniu S.A. Sant Sadurni d’Anoia Espanha. Castas: Chardonnay. Aparência: límpido, cor palha, perlage fina e persistente. Aroma agradável de fermentos e cítricos. Sabor muito agradável enchendo bem a boca. Acidez alta e equilibrada. Bebido para comemorar a notícia da gravidez da Anna e Fabrizio (temos uma enoavó no grupo) nº 256;
  • Tabernero Blanco de Blancos, 12% álcool, ano 2006, vinho branco fino seco. Bodegas e Viñedos Tabernero S.A.C. Ica Peru. Castas: Chardonnay, Chenin Blanc, Sauvignon Blanc. Aparência: límpido, amarelo palha. Aroma intenso frutado tropical. Sabor agradável, mas meio “festivo” demais. Deixa uma sensação de doce (nº363);
  • Mecenas Tinto, 13 % álcool, ano 2007, vinho tinto fino seco. Bodegas Vista Alegre Ica Peru. Casta: Malbec (90%) Cabernet Sauvignon (10%). Aparência: um pouco turvo, cor granado com reflexos amarronzados.  Aroma pouco intenso, não muito agradável. Sabor não muito agradável bastante áspero e com toques amargos no final. Não agradou (nº364);
  • Tabernero Gran Tinto, 13,5 % álcool, ano 2005, vinho tinto fino seco. Bodegas e Viñedos Tabernero S.A.C. Ica Peru. Casta: Malbec. Aparência: límpido, cor púrpura fechado.  Aroma mais agradável que o anterior, mas de fraca intensidade. Sabor agradável com taninos ainda ásperos (nº365);
  • Cosecha Tarapacá Sauvignon Blanc, 13% álcool, ano 2007, vinho branco seco. Viña Tarapacá Islã de Maipo, Chile. Casta: Sauvignon Blanc. Aparência: límpido, brilhante, amarelo esverdeado. Aroma agradável, intensidade média, frutado. Sabor agradável, macio, acidez presente (nº366).

Foi servido para acompanhar: entrada pisco sauer, ceviche de linguado e salada verde; prato principal camarões no coco verde. Fantásticos. Após comparamos o pisco chileno e o peruano.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Visitação à Vinícola Villa Francioni - São Joaquim/SC


02/09/2006

Saímos às 07h (de micro-ônibus) de Florianópolis com destino a São Joaquim, na serra catarinense, com o objetivo principal de visitar a Vinícola Villa Francioni, produtora de vinhos de altitude, com a promessa de ser um dos melhores do Brasil. Pegamos a BR-282, rodovia tortuosa, mas com paisagens muito belas.

Nosso almoço foi em Urubici, onde visitamos a produção de trutas do Professor Hélio Antunes de Souza. Lá vimos o processo de reprodução e criação das trutas espalhados em 67 tanques nas variedades arco-íris, dourada e azul, desde o processo de incubação até o peixe ficar no peso de abate (a partir de 300g).

Criação de trutas do Professor Hélio, em Urubici.

Almoçamos no restaurante da propriedade, onde comemos diversos pratos feitos com trutas.

No caminho entre Urubici e São Joaquim, passando por Bom Retiro, vimos plantações de videiras pertencentes a Villa Francioni.


Chegando em São Joaquim, visitamos a Estação Experimental da EPAGRI, onde vimos os experimentos com videiras e macieiras, assim como, os pés de cerejeiras completamente floridos. Apesar de ser setembro, ventava e fazia muito frio.


Depois fomos à Vinicola Villa Francioni.
Na chegada vimos as videiras com coberturas plásticas para proteger da geada e do granizo.

A Villa Francioni foi o sonho de vida do empresário Dillôr Freitas, um dos fundadores do importante grupo CECRISA. Fundada em 2004, os vinhedos estão há 1.260m de altitude, onde um terroir peculiar permite vinhos de expressão única. Alta tecnologia, baixíssima produção para produzir um vinho de ótima qualidade.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Villa_Francioni


Havíamos viajado e visitado várias vinícolas no Chile, na Argentina, em Portugal e em Bordeaux, na França, mas as instalações da Villa Francioni realmente impressionaram, literalmente, coisa de primeiro mundo com elevador panorâmico, vitrais, mosaicos, exposição de obras de artes e toda a produção do vinho acontecendo por gravidade, sem o uso de bomba para transportar o vinho no processo de sua elaboração.


Os vinhos têm qualidade, porém são muito caros.
Na degustação provamos um Chardonnay, um Rosé 2005 e um tinto nomeado Joaquim, ano 2004.

Além de termos provado na vinícola, provamos os vinhos da Villa Francioni em outras oportunidades:
  • na reunião de 15/09/06 (tema - Vinhos Catarinenses), o Joaquim foi avaliado da seguinte maneira: 
...límpido, púrpura/rubi bem fechado, brilhante. Aroma agradável, intensidade média, madeira, carvalho. Sabor agradável enchendo bem a boca, acidez média e equilibrada com os taninos presentes. Pode envelhecer. Foi considerado por todos os presentes o melhor da noite
  • em 12/01/07,  o Rosé, na reunião sobre vinhos de verão, teve a seguinte avaliação:
...límpido, tons de laranja aguados. Aroma agradável no geral, maçã, mas com um toque de plástico e petróleo no final. Sabor agradável fresco com mais acidez que os anteriores.

De noite, para comemorar o aniversário do nosso 'mestre', jantamos vários tipos de fondue (carne, queijo e chocolate), acompanhado de um bom vinho.

Quando voltamos para o hotel, o termômetro de rua estava marcando +2ºC, estava muito frio mesmo. Ainda bem que o hotel tinha calefação e até o piso era aquecido.



03/09/2006

De manhã fizemos um citytour. Visitamos a praça principal, a prefeitura, a escultura sobre os tropeiros em um tronco de pinheiro e a igreja construída em pedra basalto no começo de 1918.


Iniciamos nossa viagem de volta descendo a rodovia SC-438 (Serra do Rio do Rastro), uma rodovia impressionante pela beleza, antes da descida propriamente dita, paramos no mirante para uma foto, como o vento estava forte, passamos muito frio.


Antes de pegarmos a BR-101, visitamos o Castelo Henrique Lage, em Lauro Müller. Henrique Lage foi o principal idealizador do Porto de Imbituba, o segundo maior de Santa Catarina. Fundou a Companhia Docas de Imbituba (1922) e foi casado com a cantora lírica italiana Gabriella Besanzoni.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Henrique_Lage

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Arroz com bacalhau

Rice with cod
Bacalhau com arroz ou Arroz de bacalhau
Ingredientes:
  • 1/2 cebola picada;
  • 3 dentes de alho picados;
  • 3 xícaras de chá de arroz;
  • 1 xícara de azeite de oliva;
  • 6 xícaras de chá de água;
  • 100 g de azeitonas pretas;
  • 2 ovos cozidos;
  • 500 g de bacalhau desfiado.
Modo de preparo:

Primeiro de tudo, dessalgue o bacalhau. Há várias formas para dessalgar: com água gelada, com leite ou só trocando a água sucessivas vezes. Faça da forma que melhor lhe convir.
Por fim, ponha o Bacalhau em uma panela com a água e ferva-o. Reserve esta água.
Doure a cebola e o alho picado no azeite até a cebola ficar transparente, acrescente o bacalhau e refogue.
Após, acrescente o arroz e a água da fervura do bacalhau e cozinhe tudo junto.
Por fim, ponha as azeitonas e, se necessário, salgue a gosto.
Enfeite com pimentões, ovos cozidos ou lascas de amêndoas.

Serve 8 pessoas


Compatibilização com vinho:
Combina com vinho verde, vinho branco ou um vinho tinto leve.
No nosso grupo provamos com Condes de Barcelos, Vinho Verde, Quinta do Cerrado Dão Encruzado e Quinta do Cerrado Dão Reserva, sendo este último muito forte para o bacalhau, não combinou.
Mais informações sobre a degustação em:
http://solerafloripa.blogspot.com/2012/01/reuniao-do-grupo-solerafloripa-de.html


Azeite Cortes de cima 0,2% acidez e azeite Galo.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Reunião do grupo solerafloripa de Janeiro/2012: Vinhos portugueses

Portugueses wines
Os vinhos degustados.
Dia: 07/01/2012

Tema: Vinhos portugueses

Vinhos:
  • Condes de Barcelos, Vinho Verde 11% álcool, ano 2010, vinho branco fino seco, DOC Vinho Verde. Adega Cooperativa de Barcelo, Barcelos Portugal. Castas: Loureiro, Pedernã, Trajadura. Amarelo esverdeado, aromas frescos cítricos e maçã verde. Gosto agradável  refrescante com muita acidez. Combinou bem com o arroz de bacalhau servido. R$18.50 na Porto Vinhos  (nº579);
  • Quinta do Cerrado Dão Encruzado  13,5% álcool, ano 2009, vinho branco fino seco DOC Dão. União Comercial da Beira, Carregal do Sal, Portugal. Castas: Encruzado.  Amarelo esverdeado, aromas florais, mel e mineral. Untuoso e amanteigado agradou muito no primeiro contato. Com a comida ficou um pouco enjoado. Talvez tenha faltado acidez. R$48,40 na Porto Vinhos  (nº580).
  • Quinta do Cerrado Dão Reserva 13 % álcool, ano 2006, vinho tinto fino seco DOC Dão . União Comercial da Beira, Carregal do Sal, Portugal. Castas: Jaen, Tinta Roriz e Touriga Nacional. Púrpura escura, quase negro. Aromas madeira e frutas. Na boca corpo médio, taninos presentes e um amargo no final. Não combinou com o bacalhau, mas foi muito bem com as batatas gratinadas. R$48,50 na Porto Vinhos (nº581).
  • Burmester Porto LBV 20% álcool, ano 2005, vinho liquoroso tinto doce, DOC Porto. Sogevinus Fine Wines  Vila Nova de Gaia Portugal. Castas: não indicada. Cor rubi fechado, alcoólico, potente. Servido com sobremesas caseiras. R$49,90 no Porto Vinhos. (nº582).
O vinho do porto servido
com a sobremesa
 Após a degustação foi servido um delicioso bacalhau com arroz, salada e batata gratinada com requeijão cremoso.

Bacalhau com arroz ou Arroz de bacalhau

E como não podia faltar a um bom bacalhau, foram servidos azeites portugueses para acompanhar.


Azeite Cortes de cima 0,2% acidez e azeite Galo.



terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Bordeaux

22/05/2006 Porto - Bordeaux.

Partimos do aeroporto da cidade do Porto pela Air France Regional em um avião Embraer EMB-145 para a cidade de Bordeaux que, em 2005, tinha cerca de 230.000 habitantes, sendo que a área metropolitana de Bordeaux-Arcachon-Libourne contava 996.000 residentes. O rio Garonne cruza a cidade. Fomos recebidos pela guia Lúcia e um ônibus de 40 lugares (grande demais para nosso grupo de 10 pessoas). Nosso hotel: QUALITY HOTEL SAINTE CATHERINE,  http://www.holidaycityeurope.com/quality-sainte-catherine-bordeaux/index.htm

Fomos almoçar e tivemos a tarde livre. Próximo ao hotel tinha uma FNAC, onde pudemos copiar as fotos em CD e usar a internet.
A nossa guia foi um desastre, só falava francês e um pouco de espanhol. Como o pacote incluía guia falando em português, a agência mandou um intérprete português, mas que deixou muito a desejar.

23/05/2006 – Saint-Émilion

Pela manhã visitamos o Chateau Belair, um produtor de vinhos de  Bordeaux com appellation Saint-Émilion, é classificado como Premier Grand Cru classé B na classificação de vinhos Saint-Émilion. A propriedade tem 12,5 hectares, dos quais 70% produzem Merlot, 15% Cabernet Sauvignon e 15% Cabernet Franc. Vimos onde são produzidos os vinhos e a cave. A cave é formada por túneis escavados na rocha calcária, na parte subterrânea da propriedade. A rocha calcária é muito comum e dela foram retidas as pedras para a construção da cidade.

Adega nos túneis de pedra calcária

Na degustação foi servido Chateau Belair Dubois-Challon, Premier Grand Cru Classé, Saint Emilion Grand Cru (http://chateaubelair.fr/english.aspx).


Chateau Belair

Depois passamos pela pequena comuna de Saint Emelion e fomos ao Chateu Haut Sarpe. Lá degustamos vinho retirado da barrica com pipeta. Após o passeio pela vinícola fomos conduzidos a um salão onde almoçamos entrecôte (assado sobre fogo feito em galhos de videiras) com batata cozida e pão. Para acompanhar Chateu Haut Sarpe Grand Cru Classe 2001 e Chateu De Sarpe 2003 (http://www.josephjanoueix.com/).

Chateu Haut Sarpe e
o "churrasco sapecado"


De tarde voltamos a Saint Emilion e fizemos um city tour. No século VIII, um monge chamado Emilion resolveu afastar-se do resto dos homens e escolheu um local chamado Ascumbas para viver como eremita, no entanto as boas ações e "milagres" realizados por este homem acabaram por transformar a terra num centro monástico que cresceu à volta do monge e da sua reputação. Visitamos a igreja monolítica, construída dentro de uma rocha calcária (a exemplo da adega do Chateau Belair), Le Cloître, Palais Cardinal e as catacumbas (segundo a lenda, quem beber a água e sentar no banco de pedra, engravida). Depois fomos a um bar que ficava dentro dos muros de um mosteiro semidestruído e bebemos um Crémant (um vinho espumante francês que não é da região de Champagne) e macarons (sobremesa típica francesa). Também visitamos as catacumbas e vimos a câmara mortuária de templários.

Passeio em Saint-emilion e
prova de um Crémant

23/05/2006 – Margaux

No período da manhã fomos ao Château Palmer. Lá visitamos a adega e degustamos um Château Palmer 1996, um Château Palmer 2003 e um Alter Ego 2003. A propriedade conta com 55 hectares de vinhedos sendo que  47% são Cabernet Sauvignon, 47% Merlot e 6% Petit Verdot. Ótimos vinhos.

Château Palmer 1996, Château Palmer 2003
e Alter Ego 2003


No caminho vimos o Chateau Margaux e durante o almoço bebemos um Chateau Haut-Bages Averous/Paulliac e um Château Palmer Alter Ego 2001. De tarde fomos ao Chateau Beychevelle, na região de Médoc. Este castelo tinha a frente virada para o rio por onde se chegava com barcos/navios.
Chateau Beychevelle e sua forma de virar as barricas

24/05/2006 – Baía de Arcachon

No restaurante La cabane 301 provamos ostra cruas produzidos na baia, com vinho branco bag in box de Entre duex mers. Depois tivemos tempo livre, caminhamos no calçadão a beira mar e almoçamos. De tarde subimos a maior duna da Europa, duna de Pilat, com 110 metros de altura. O interessante é que tinha escada para subir a duna. Regressamos a Bordeaux no fim da tarde.

Duna Pilat e a escada para subir
os 110 metros de altura


25/05/2006 - Dia livre

Nos encontramos com um conhecido, o Régis, natural de Bordeaux. Fomos a casa dele tomamos café e vimos alguns álbuns de fotos das viagens dele e da esposa, no deserto do Saara e na amazônia. Depois ele nos levou para um citytour a pé pela cidade de Bourdeuax. Visitamos a praça e a Igreja de Saint Pierre, a praça da bolsa, o teatro da Ópera de Bordeaux, o monumento aos republicanos, o Grosse cloche (o grande sino do século XVI), vimos a torre do Fort du Hâ, as ruínas do anfiteatro romano do século I e a casa onde morou José Bonifácio, em 1824.

Monumento aos republicanos, o Grosse cloche,
ruínas do anfiteatro romano do século I e o piquenique.
Fizemos um piquenique no jardim público de Bordeaux, bebemos um Herdade Esporão branco, um Herdade Esporão tinto, um Le Tourelles Longeville 2003 (Paulliac), um Tapada dos coelheiros e um porto Ramos Pinto 10 anos Quinta de Ervamoira.

26/05/2006 – Despedindo-se de Bordeaux

Manhã livre. Nosso voo para Paris saiu 15h05min para o Aeroporto Orly. Chegando a Paris, nossa viagem estava terminando.  Ficamos hospedados no HOTEL LE BRUM (Rue Le Brum, 33, 75013, telefone 014 7079702, 014 3362345 - hotel simples, mas que deu para o gasto). Fomos a igreja de Saint-Sulpice e lá chegando tinha uma orquestra e um coral ensaiando. Vimos a linha rosa e explicações sobre fatos e mitos do livro O Código Da Vinci.

Jantamos no restaurante 'nos ancêtres les gaulois', 39, rue Saint-Louis-en-l'Ile, Paris, França (lembrava muito as estórias do Asterix e Obelix). Foi servida uma cesta gigante de legumes e verduras cruas e também canecas de estanho para beber vinho (sendo que nós mesmos nos servíamos à vontade nos tonéis de madeira ). O serviço é um buffet de comidas simples, porém saborosas, com carnes grelhadas. A especialidade é Javali.
Cesta de legumes e verduras cruas

27/05/2006 - Voltando para casa

Fomos no museu do Rodin, na Torre Eifel, na ponte de Alexandre III (filme da Anastásia – desenho animado), no Arco do Triunfo, na Place de la Concórdia e vimos o Obelisco de Luxor. Para encerrar nossa viagem fomos ao museu do Victor Hugo.

Veja também:
Viagem para Portugal (parte 1, Alentejo)
Viagem para Portugal (parte 2, Porto e Vila Nova de Gaia)
Viagem para Portugal (parte 3, Minho e Douro)