sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Viagem para Portugal (parte 1, Alentejo)

Trip do Portugal (part 1, Alentejo)


Para  que este post sobre a viagem para Portugal e Bordeaux, não fique muito longo, será dividida em 3 posts, o primeiro sobre o período da chegada e alentejo até chegarmos à cidade do Porto, o segundo sobre o Porto, Douro e Minho, e o terceiro sobre Bordeaux e o retorno.
Em Portugal, como em outros países da Europa, são usadas numerosas castas de Vitis vinifera.
A vastíssima quantidade de castas nativas, cerca de 285, permite produzir uma grande diversidade de vinhos com personalidades muito distintas. O guia 'The Oxford Companion to Wine' descreve o país como um verdadeiro "tesouro de castas locais".
http://pt.wikipedia.org/wiki/Castas_portuguesas


13/05/2006 – Lisboa

Nesta viagem um casal  de Brasília viajou conosco. Uma bela aquisição, muitos simpáticos e se encaixaram perfeitamente ao nosso grupo.

Chegamos em Lisboa e, no aeroporto, fomos recepcionados pela guia que se chamava Berta, ela nos esperava com uma placa onde estava escrito: “ENÓLOGOS DO BRASIL”. Explicamos que não éramos enólogos, mas sim enófilos. Amigos, amantes e estudiosos do vinho. Acho que este equívoco veio a calhar, pois fomos muito bem recebidos em todas vinícolas que visitamos, como verdadeiros enólogos.

Levamos nossa bagagem para o hotel, no qual passamos somente uma noite.
Do quarto tínhamos a vista do Aqueduto das Águas Livres.
HOTEL OLISSIPO MARQUES DE SÁ, Av. Miguel Lombarda , 130 – Lisboa – código postal – 1050-167, Tel.: 217 911 014  217 936 983.

Saímos logo em seguida para dar uma volta em Lisboa.
Pegamos o metrô e fomos para a cidade baixa onde pegamos o  Eléctrico 28.

 Foto do Electro 28

Chegando na cidade alta, fizemos uma parada para lanchar, comemos pastel de nata (pastel de Belém). Descemos caminhando pelo bairro de Alfama e ouvimos, em uma tasca, um show de fado. Voltamos de táxi e avistamos a Ponte 25 de abril, o Convento de São Jorge e a Torre de Belém.

Bairro da Alfama

Jantamos no Solar dos presuntos, onde comemos bacalhau com batatas ao murro, muito bom e bem apresentado.  Já no primeiro dia, descobrimos os doces portugueses, muito bons. Bebemos um vinho Quinta Foz de Arouce tinto 2002, água mineral (água do fastio, ;-)) e vinho do porto Taylor's reserva 1989 com a sobremesa. Ganhamos as taças do Solar dos Presuntos para recordação.
http://www.solardospresuntos.com/

Sobremesas portuguesas


14/05/2006 – Lisboa/Évora

Após o café da manhã, saímos do hotel em direção a Évora. No caminho paramos em um posto para um lanche e irmos ao toilete. Uma amiga do grupo, quis bater uma foto de perto de uma flor de cacto, só que ela se aproximou tanto que saiu com a bunda cheia de espinhos, então ela foi com outra colega do grupo ao banheiro para tirar os espinhos, eis que entraram no banheiro muitas mulheres de um ônibus de excursão alemão que vendo aquilo, não entenderam nada. Foi uma situação no mínimo estranha (na verdade, muito engraçada) e nós rimos muito naquele momento e até hoje é motivo de muitas risadas.

O cacto, sua flor e seus espinhos


Os vinhos do Alentejo são macios, quentes e envolventes, elaborados a partir de 6 castas principais: 3 brancas (Roupeiro, Rabo de Ovelha e Antão Vaz) e 3 tintas (Periquita, Trincadeira e Aragonez).

Fomos direto à Reguengos para visitar e provar vinhos e azeites na Herdade do Esporão.
Na frente da propriedade tinha a Torre do Esporão edificada pelo Morgado D. Álvaro Mendes de Vasconcelos, entre os anos 1457 e 1490.
http://www.esporao.com/PT/Pages/Index.aspx



Visitamos as instalações da vinícola, a cave, as vinhas e as cubas de aço inox. A degustação foi maravilhosa com uma boa explicação sobre a compatibilização de vinho com comidas. Foram servidos os vinhos Linha Defesa branco, Linha Defesa Tinto com queijos de ovelha e linguiças/salsichas. Degustamos ao todo 8 vinhos, sendo 6 varietais (de uma só casta): Linha Defesa branco, Linha Defesa Tinto, Verdelho 2005, Trincadeira 2003, Aragonês 2003, Syrah 2003, Touriga Nacional 2003 e Alicante Bouschet 2003. Almoçamos lá mesmo na Herdade Esporão.

Após o almoço, seguimos para a cidade de Redondo e lá fizemos uma visita com degustação na Adega Cooperativa Redondo. É uma associação de viticultores fundada em 1956. Os vinhos provados foram Porta da Revessa branco, Anta da Serra Branco, Porta da Revessa Rosé,  Porta da Revessa Tinto, Anta da Serra Tinto 2004 e AcR Reserva 2003.

Tanques de concreto

Alguns vinhos são fermentados em tanques de concreto, pintados com tinta epóxi, redondos que ficam ao ar livre e que chamou muito a nossa atenção.

Fomos para o hotel em Évora, HOTEL DON FERNANDO, Av. Dr. Barahona, 2, 7000-756 Évora, Tel.: (+351) 266.737.990. http://www.grupofbarata.com/pt/
Quando estávamos chegando ao hotel encontramos um toureiro português devidamente trajado, então a  Berta explicou a diferença da tourada portuguesa e a espanhola: na espanhola, o touro morre no fim, e na portuguesa, não (mas depois o touro é encaminhado para um matadouro).


15/05/2006 – Evoramonte / Sousel / Estremoz / Vila Viçosa / Borba

Após o café da manhã fomos à Estremoz. No caminho visitamos a freguesia de Evoramonte e seu castelo do século XII. Uma pequena cidade murada bem preservada com as todas casinhas pintadas de branco. De lá tivemos uma bela vista do alentejo pois está situada no ponto mais alto da serra de Ossa. Vimos muitas flores e papoulas floridas, além de muitos sobreiros e azinheiros. O azinheiro e o sobreiro são árvores. Do azinheiro usa-se a madeira e o fruto, a bolota, que é dados de alimento aos animais. Destaca-se o porco negro do qual se faz na Espanha o Jamon pata negra. Já o sobrero é a árvore de onde se produz cortiça. A cortiça é a casca da árvore que é retirada inteira da árvore. Após 9 anos é possível retirar novamente a cortiça. Portugal é o maior produtor de cortiça do mundo. Após a retirada da casca, é pintado o últmo número do ano para controle da próxima “colheita”.

Evoramonte


Depois fomos à Herdade do Mouchão. Lá fomos recebidos por Paulo Laureano o enólogo da Herdade Mouchão, muito simpático e com um bigodão. Os vinhos melhores da Mouchão são os que ficam nos tonéis 3 e 4, mas já estava esgotado. Degustamos um Dom Rafael branco 2003, Dom Rafael tinto 2004, Mouchão 2002, Mouchão 1979 e Mouchão 1985. Excelentes vinhos.
http://www.mouchaowine.pt/#/home/

Degustação na Herdade Mouchão

Enólogo da Herdade Mochão


Almoçamos em Vila Viçosa. Comemos pratos típicos alentejanos, tais como Burras ao forno com batatas ao murro. A burra é a bochecha do porco. Muito interessante, foi servido com o maxilar, com dentes e tudo o mais. Bebemos um Mouchão 2002 que havíamos comprado na Herdade.

Em Estremoz, visitamos o centro histórico a Pousada de Estremoz - Rainha de Santa Isabel, a torre e a estátua da Santa Isabel.  A Santa Isabel foi infanta portuguesa do século XII, rainha de Portugal, casada com D. Dinis I de Portugal, em 1282. Após a morte do marido, ela se recolheu no Convento de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra.

Templo romano de Évora

Retornamos a Évora, onde visitamos o muro medieval, o aqueduto Água da Prata, o templo romano, a Igreja de São Francisco e a capela dos ossos. Na porta de entrada da capela estava escrito: “Nós, ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos”. Que mórbido... As paredes eram revestidas com ossos humanos, fêmures e crânios, principalmente. Tinha também uma mãe e o filho mumificados, pendurados na parede.

Capela dos ossos

De noite jantamos uma sopa verde (de coentro) e um prato de peixe.


16/05/2006 – Igrejinha

De manhã visitamos Arraiolos, no caminho vimos campos com florzinhas roxa. Lá  visitamos a fonte da pedra e na praça vimos um pelourinho e a cooperativa onde as tapeceiras fazem os famosos tapetes de arraiolo.
Então, fomos para a Herdade dos coelheiros, em Igrejinha. Esta herdade era uma antiga propriedade onde os reis de Portugal vinham para caçar. Tinha uma sala com animais empalhados. Fomos recebidos pela proprietária. Visitamos a propriedade e vimos a plantação de sobreiros, nogueiras e os vinhedos. Fizemos uma prova de vinhos e almoçamos na herdade. Os vinhos provados foram: Garrafeira 2001, Tapada dos coelheiro 2003, Vinha da Tapada 2004, Chardonnay 2004 Tapada dos coelheiros, Tapada dos coelheiros 2004. Dentre os pratos servidos, tinha carne de servo cozido. http://www.herdadecoelheiros.pt/index1.htm

Degustação na Herdade dos Coelheiros

Visitamos o Museu do Mármore em Vila Viçosa, o qual ficava em uma antiga estação de trem e havia a  exposição de esculturas feitas em mármore.



17/05/2006 – Tomar/Fátima/Porto

Após o café da manhã partimos de Évora com destino à cidade do Porto. No caminho paramos em Tomar e visitamos o Convento de cristo. Vimos na beira da estrada um senhor tirando a casca de um sobreiro. Paramos para fotografar, filmar e ver, ganhamos um pedaço da casca (a cortiça).

Extração de cortiça do sobreiro

Em Tomar, visitamos o Convento de Cristo, construção iniciada em 1160, era um castelo templário.
Hoje é um espaço cultural, turístico e devocional. A arquitetura partilha traços românicos, góticos, manuelinos, renascentistas, maneiristas e barrocos. Tivemos as devidas explicações da Berta, chamando a atenção do altar em formato octogonal, as esculturas de alcachofras nas paredes e a Janela do Capítulo, o mais conhecido exemplo de arquitetura manuelina, ilustrativo do naturalismo exótico e do uso de pormenores marítimos como cordas.

Convento de cristo, Tomar


No almoço, fizemos um pic-nic. Tínhamos pães, presunto cru, queijos, frutas e vinho, naturalmente.
Após o almoço, visitamos uma sinagoga do século XV. Nesta época os judeus foram obrigados a se converter em cristãos, os cristãos novos. Como não podiam manter as suas tradições, tiveram que ser criativos e inventaram um linguiça sem carne de porco, no lugar punham farinha com corante. Esta linguiça ainda é feita e conhecida como farinheira.
Então fomos com nosso micro-ônibus (que em Portugal é chamado de minibus) para Fátima. Visitamos a praça, a igreja de Nossa Senhora de Fátima e assistimos uma missa. Vimos em Fátima um pedaço do muro de Berlim.

Depois seguimos para a cidade do Porto e fomos direto para nosso hotel, o Porto Hotel Quality Inn, Praça da Batalha, 127, Tel.: (+351) 223.392.300, http://viajar.clix.pt/com/h.php?hid=1581&lg=pt


Veja também:
Viagem para Portugal (parte 2, Porto e Vila Nova de Gaia)
Viagem para Portugal (parte 3, Minho e Douro)
Bordeaux

domingo, 9 de outubro de 2011

O oitavo ano (2006)

Algumas castas portuguesas


Este foi um ano marcante para o grupo. Apesar de já termos realizado duas viagens, uma para o Chile/Argentina e outra para Bento Gonçalves (RS), o ano foi marcado por uma viagem para mais longe. Fomos degustar vinhos portugueses e os da região de Bordeaux. Nesta viagem, um casal de amigos de Brasíla foi junto, passando a fazer parte do grupo Solera. A viagem será assunto de posts futuros.

Tivemos uma reunião com um tema diferente e bem interessante: 'Se eu fosse um vinho seria ...'. Cada participante trouxe o vinho que, na sua opinião, teria afinidade consigo e que representasse a sua personalidade.

As reuniões de 2006 foram:
Vinho verde: Portal do Fidalgo 2004, Casal Garcia tinto 2004, Calamares 2003, Neblina 2004, Varanda do Conde 2004
Se eu fosse um vinho seria ...: Esporão Reserva 2001, Dezem Brut 2004, Freixenet Cordon Negro, Verdicchio dei Castelli di Jesi 2004, Casa Silva Los Lingues Gran Reserva Cab. Sauvignon 2002, Tio Pepe Jerez Palomino Fino, Prosecco Pisani   
Degustação às cegas no LIC: Jacob's Creek Shiraz Cabernet 2003, Boscato Reserva Merlot 2004, Dante Robino Malbec 2003, Boscato Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2002
Malbec: Finca La Linda Viognier 2005, Finca La Linda Malbec 2004, Ruca Malen Malbec 2002, Finca El Retiro Malbec 2001, De Martino Malbec 2002
Vinhos da viagem à Europa: Esporão Reserva 2001, Fino, Verdelho 2004, Muga 2005, Tapada de Coelheiros 2003, Les Tourelles de Longueville 2003, Estampa Reserve 2004, Ramos Pinto Porto Tawny 20 anos 2004
Vinhos Don Laurindo: Don Laurindo Tannat 2004/2003, Don Laurindo Brut 2004, Don Laurindo Malvasia de Cândia 2005, Don Laurindo Ancellotta 2004, Don Laurindo Malbec 2004, Don Laurindo Cabernet Sauvignon 2004, Don Laurindo Assemblage 2004
Vinhos catarinenses: Epagri Cabernet Sauvignon Videira 2004, Epagri Cabernet Sauvignon São Joaquim 2004, Panceri Cabernet Sauvignon 2004, Dal Pizzol Cabernet Sauvignon Série Limitada (cabernet sauvignon com uvas da serra catarinense) 2004, Joaquim 2004, Cartuxa 2001
Abertura do Verão 2006/2007: Espumante Krite, Terranoble chardonnay 2005, Riesling Paul Blanck 2004, Artero Rosé Tempranillo
Vinhos de uva Riesling: Paul Blanck Riesling 2004, Deinhard Riesling 2000, Luigi Bosca Riesling 2004, Robert Weil Riesling 2005, The Dray Dam Riesling 2004
Confraternização de fim de ano: De Martino Legado Reserva Chardonnay 2005, Hiragami's Cabernet Sauvignon 2004/2005, Luigi Bosca Pinot Noir 2004, Chateau Ramon 2003

Neste ano provamos 47 rótulos novos e 8 repetidos. A esta altura, já havíamos degustados 307 rótulos diferentes.

sábado, 1 de outubro de 2011

Receita de salmão ao molho de manga


Salmon with mango sauce

Ingredientes:

  • 1 filé de salmão 400g
  • 1 colher de chá de sal
  • pimenta branca
  • páprica
  • 1 cebola em rodelas finas
  • 200ml de água
  • 125ml de vinho branco
  • suco de um limão
  • meia manga média picada
  • 125ml de leite
  • 100g de creme de leite
  • 1 colher de chá de açúcar
Modo de preparo:

Tempere o salmão com a páprica, pimenta e sal.
Frite a cebola em azeite de oliva até amaciar e ficar douradinha.
Faça uma cama com a cebola num pirex e sobre ela coloque o salmão temperado.
Misture água, vinho e limão e derrame sobre o salmão.
Asse em forno médio, coberto com papel alumínio, até ficar rosado (cerca de 30 minutos).
Cozinhe a manga picada com o leite, um pouco de sal e açúcar. 
Baixe o fogo e deixe cozinhar até a manga ficar macia (pode talhar, não tem problema, vai ficar lisinho depois do liquidificador). 
Bater no liquidificador, misturar o creme de leite e o caldo que cozinhou o peixe.

A receita serve duas pessoas

Compatibilização com vinho:
Combina com vinhos brancos, mas também pode combinar com tintos leves e com menos tâninos, como um Pinot Noir e Gamay.
No grupo comemos este prato acompanhado de um Cheverny, 12,5% álcool, ano 2004, francês do Loire. Castas: chardonnay e sauvigon blanc. Aparência: límpido, cor branco esverdeado. Aroma agradável totalmente herbáceo, grama cortada. Sabor agradável, boa permanência, acidez alta mas equilibrada. Combinou com o salmão ao molho de manga.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Viagem para Bento gonçalves


Trip to Bento Gonçalves and wine taste course


10.06.2005 – Sexta-feira

Voamos de Florianópolis para Porto Alegre. Lá chegando tinha uma Van nos esperando para fazer o transfer para Bento Gonçalves . Fomos recebidos com uma cesta de piquenique na Van onde fizemos um lanche com direito à uma espumante. Na estrada para Bento Gonçalves no posto Chafariz II, comemos um “La minuta”, foi muita comida (2 bifes, dois ovos, batata frita, arroz, feijão e salada), por apenas R$ 6,00 (isso foi em 2005!). Foi uma maravilha. Foi um dos almoços que entrou para os nossos anais, muito bom e barato.

Antes de chegar à Bento Gonçalves passamos em Gramado. Lá fomos à fábrica de chocolate.
Tivemos tempo livre para passear no centro de Gramado.
Jantamos no Restaurante Belle du Valais, eleito como o “Melhor Suíço do Brasil”. Esqueceram de dizer que os preços eram salgados, também. O cardápio foi fondue, raclete, cordeiro, bacalhau, trutas. Estava tudo bem gostoso. Para comemorar nossa viagem começamos tomando duas garrafas de espumante (não lembro o nome). Os vinhos escolhidos pelo grupo foram os seguintes: Don Laurindo – Cabernet Savignon – safra 2002, Don Laurindo - Tannat – safra 2002, Altos las Hormigas – Malbec – safra 2002, Dall Pizzol –Pinot Noir – safra 2004 e Dall Pizzol- Cabernet Sauvignon- safra 2002. A conta foi salgada, mas uma coisa é certa, a comida estava uma delícia, o ambiente é fino e muito bonito. Os pratos, talheres, tudo impecável.


Depois seguimos para Bento Gonçalves e nos hospedamos no Hotel Dall`Onder Vitória.
11.06.2005 – Sábado
Neste dia fizemos um curso de degustação de vinhos e espumantes na casa Valduga. www.casavalduga.com.br
De manhã o curso foi voltado ao vinho tranquilo com o seguinte tema:
UM PASSEIO PELO MUNDO DO VINHO.
A programação foi:
  • Contexto da uva e vinho no Brasil e mundo
  • Serviço do vinho
  • Vinho e Saúde
  • Como avaliar o vinho nos parâmetros internacionais
  • As variedades de uvas e sua importância
  • Degustação: exame Visual, Olfativo – apresentação dos aromas característicos e Gustativo
  • Ficha internacional de avaliação de vinhos
  • Degustação de vinhos


Após a aula teórica foi a vez da prática com a degustação dos vinhos Malvasia (branco) - na temperatura ambiente, Malvasia (branco) – resfriado, Chardonay, Duo - Pinot Noir/Siraz – 2004, Merlot – 2000, Malbec, Cabernet Savignon -2002 – Premium


Almoçamos lá mesmo na Casa Valduga um cardápio com pratos típicos italianos (galeto, fortaia, costelinha de porco, muita massa, salada verde e sobremesa, quantas calorias!...) acompanhado de vinhos.



Após o almoço conhecemos as instalações da vinícola e fizemos o curso sobre vinhos espumantes e o tema foi: DESLUMBRANDO O MUNDO DAS BORBULHAS.
O programa:

  • Variedades de uvas que se destacam
  • Métodos de elaboração dos espumantes
  • Classificação dos espumantes com suas diferenças
  • Contexto do espumante no Brasil e no mundo
  • Serviço do espumante
  • Degustação: exame visual, exame olfativo – apresentação dos aromas característicos e exame gustativo
  • Como avaliar os espumantes no parâmetro internacional
  • Como fazer uma sabrage



Degustamos Chardonay e Pinot Noir – Estação Rose – 2002, Brut Tradicional – 2002, Chardonay (20%), Pinot (30%) e Merlot (50%) – Rouge 2002 e mais duas que não lembramos de anotar.


À noite tivemos uma janta especial na própria Casa Valduga. A janta aconteceu na adega que foi o local onde eram feitos os primeiros vinhos da família. Serviram uma taça de espumante de entrada. Em um dado momento, apagaram as luzes e entrou um grupo cantando músicas folclóricas dos colonos italianos, vestidos com roupas típica e cada um com um lampeão na mão. Após, acenderam as luzes e eles continuaram cantando e dançando. Foi servida a janta com um cardápio típico italiano, o mesmo do almoço, regado com vinhos da casa.



12.06.2005 – Domingo
Visitamos o Vale dos Vinhedos. Fomos na Casa da ovelha. Lá assistimos um vídeo sobre a empresa e depois fomos visitar o curral. Foi muito legal essa visita. Degustamos queijos e saímos todos com muitos queijos, iogurtes e geléias.

Visitamos também a casa da família Strapazoni, local onde foram filmadas algumas das cenas do filme “O Quatrilho”.

Almoçamos no Restaurante Dom Ziero da Vinícola Cordelier. Um almoço muito bom, onde foi servido cordeiro ao vinho. Para acompanhar bebemos vinhos Cabernet Sauvignon e Merlot.

Fomo também à vinícola Cave Amadeu, onde compramos 9 caixas de vinho espumante extra-brut (isso para ganharmos o frete do envio para Florianópolis) e depois fomos à Vinícola Don Laurindo onde compramos mais vinhos.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Vinho e música

Em um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, pesquisadores da Universidade de McGill (Canadá) e do Massachusetts General Hospital (Estados Unidos) relataram uma interessante descoberta em relação à música. Utilizando um aparelho de tomografia, detectaram as partes do cérebro que foram ativadas quando dez pessoas ouviram músicas que, segundo elas mesmas, lhes deram intenso prazer. Estes cientistas avaliaram a pressão sanguínea exatamente no momento em que as pessoas diziam sentir este "êxtase".
Wine and music
Verificou-se que ao ouvir música as pessoas acionaram exatamente as mesmas partes do cérebro que, em pesquisas anteriores, demonstraram relação com estados de euforia, prazer sexual, abuso de drogas e da alimentação. As partes do cérebro acionadas são tantas e trabalham com tal sintonia que se eliminou a possibilidade de coincidência. Esta pesquisa comprova definitivamente a relação biológica entre música e prazer.

Quando se menciona a combinação ou harmonização de um vinho, supõe-se que seja com comida. Saber harmonizar vinhos e alimentos com ciência é o ápice de uma educação enogastronômica. Mas por que não ir além e acrescentar mais complexidade a esta experiência sensorial? Já é notório que alimentos e bebidas evocam todos os sentidos, menos a audição. A lenda nos conta que Dioniso, deus grego do vinho e da fertilidade, teria inventado o tilintar dos copos para evocar este sentido, único ausente da degustação de um bom vinho. Teria sido essa a origem do ato de brindar.
Nossos ouvidos, contudo, merecem não apenas o som do brinde, mas boa música. O vinho é a mais abrangente das bebidas, a que tem maior variedade e nuances. É a que mais apela ao cérebro e ao coração.

Assim como harmonizar ostras com Chablis ou Sauternes com foie gras, algumas combinações de vinho e música poderiam se tornar clássicas, como tomar Champagne ouvindo standards de Cole Porter. Esta seria uma harmonização pelo glamour. Os standards do compositor americano embalaram as grandes festas dos loucos anos 20, regadas com o nobre espumante. Não esquecendo o fato de uma de suas mais famosas composições, I Get a Kick Out of You, imortalizada na voz de Sinatra, mencionar a bebida.

Outra combinação candidata a se tornar um clássico é degustar um Bordeaux Grand Cru Classé ouvindo Beethoven. São clássicos entre os clássicos, síntese do vinho e síntese da música. Como uma versão moderna dessa harmonização, poderíamos apreciar um grande Cabernet Sauvignon californiano ao som de jazz. Aqui se fala em criações mais contemporâneas, dois clássicos surgidos no século XX.

O casamento de vinho e comida por tradição é um dos métodos mais usuais. Ou seja, pratos típicos de uma região servidos com seus vinhos tradicionais. Podemos fazer o mesmo com a música. Uma combinação estimulante é de um Chianti Classico com uma boa canção popular italiana. Típico, alegre e passional. Ou ainda, pelo mesmo princípio, um Beaujolais Nouveau com La vie en rose. São leves, descompromissados e inconsequentes.

Pode-se harmonizar também por similaridade, como se faz ao servir vinho doce com a sobremesa. Usando este princípio, poderíamos degustar um Shiraz australiano ouvindo rock and roll. Ambos potentes, não ortodoxos e, de certa forma, rebeldes. Seguindo essa linha, as combinações podem ser muitas. Um grande Borgonha tinto com um de meus compositores prediletos, Chopin. São, vinho e música, finíssimos, complexos e inspiradores. Para os Borgonhas brancos amanteigados, a voz da cantora Sade, uma combinação sensual e smooth.

E o que ouvir degustando um bom Rioja? Eu acionaria play na manjada "Habanera", da ópera Carmem, de Bizet. Um pouco de exotismo cigano para harmonizar com os aromas de especiarias e carvalho do vinho.

Para o ritual que exige um Porto Vintage, algo solene como canto gregoriano. Com um Sauternes, Bach. Sua religiosidade mostra que a grandiosidade do universo e a pequenez do humano são adequadas ao vinho de meditação dourado de Bordeaux.

Para os vinhos realmente grandes, aqueles que transcendem a condição de bebida e alcançam a de obra de arte, recomendo simplesmente degustar em silêncio. Arte é o absoluto, não pode ser mensurado ou comparado. Então, para degustar obras de arte, recomendo absoluto silêncio.

As possibilidades são infinitas. Afinal, quantos tipos de vinho há no mundo? Quantos estilos musicais? Quão profundo é o oceano? Quanto alto estão as estrelas? Quantos são os sentimentos? Não espero que as pessoas concordem com minhas combinações, mas façam as suas próprias. Seja qual for seu estado de espírito, sempre haverá um vinho e uma música adequados.
Trechos retirados do livro "Vinho & algo mais" de Marcelo Copello, Editora Record

Vinho & Música
"A música não diz tudo, mas diz, de algum modo, o todo."
— José Miguel Wisnik

"Bastam umas poucas notas para que Debussy crie uma atmosfera sutil e inefável que um escritor não conseguirá jamais, qualquer que seja o número de páginas que escreva."
— Ernesto Sábato





Reunião nº 70

Dia: 14/10/2005

Tema: Vinho e música.


Vinhos:
  • Cave Geise Nature, 12,5% álcool, ano 2002, vinho branco espumante. Vinícola Cave de Amadeu Ltda., Bento Gonçalves, RS, Brasil. Castas: não indicadas. Aparência: límpido, cor amarelo esverdeado, borbulhas bem intensas de tamanho médio. Aroma agradável com intensidade de média para baixa de fermento e frutas. Sabor agradável. Como acompanhamento salada de verdes com frutas e flores. Combinou muito bem, com destaque para o morango. As músicas propostas foram: Frank Sinatra cantando Cole Porter em “Begin the Beguine” e Dick Haymes cantando “On a Slow Boat to China” e “Cheek to cheek”. Frank Sinatra foi o preferido de todos (nº231)
  • Gran Tarapacá Reserva Chardonnay, 13% álcool, ano 2003, vinho branco seco. Viña Tarapacá, Isla de Maipo Chile. Casta: chardonnay. Aparência: límpido, cor amarelo palha.  Aroma agradável de intensidade alta, adocicado e madeira. Sabor agradável, amanteigado com bastante corpo e presença de carvalho. Permanência alta. Acompanhou muito bem o arroz com brócolis e a carne recheada. Mesmo depois de comparado com o vinho seguinte, o Rioja, manteve sua posição. As músicas propostas foram: Sade cantando “The Sweetest Gift” e Greek Meditation com “Zorba’s Dance”. A primeira foi considerada que combinava com o vinho mas era muito intimista para o grupo grande. A segunda combinou bem. (nº188)
  • Don Román Rioja, 13% álcool, ano 2003, vinho tinto seco, DOC. Unión de Viticultores Riojanos, S.L. Fuenmayor, Espanha. Castas: tempranillo e outras. Aparência: límpido, cor rubi fechado. Aroma agradável frutas, madeira. Sabor agradável, macio, presença de carvalho bem pronunciada, boa permanência e corpo. Acompanhou o prato anterior combinado melhor com a carne do que com o brócolis. Acompanhou bem os queijos Gouda e Ementhal com pesto francês. Para a maioria não combinou tão bem com o Gorgonzola. Boa relação custo-benefício. As músicas Habanera e Aragoneza da ópera Carmem de Bizet foram o sucesso da noite. (nº243)
  • De Bortoli Shiraz , 13,5% álcool, ano 2001, vinho tinto seco. De Bortoli Wines, Yarra Valley Austrália Castas: shiraz.. Aparência: límpido, cor púrpura/rubi fechado. Aroma agradável de intensidade média de frutas, maracujá, goiaba, pimentão e madeira. Sabor muito agradável, potente com bastante corpo e presença marcada de taninos finos equilibrados e não agressivos. Permanência alta. Presença de carvalho mas menor que no vinho anterior. Músicas: Home Among The Gum Trees; Fibre de Verre (Paris Combo) ; I Want It All (Queen) (nº244)
  • Chateau Grillon Sauternes, 14,5% álcool, ano 2003, vinho branco doce AOC Sauternes. Roumazeilles, Gironde, France. Castas: nd. Aparência: límpido, cor amarelo dourado. Aroma muito agradável e intenso de compotas, goiaba. Sabor muito agradável, boa potência, muito doce mas não enjoativo, permanência alta com um final exótico (metálico?). Combinação fantástica com o queijo de mofo azul e boa com o pudim de leite da sobremesa. A música de Bach: Concerto para oboé d´amore em lá maior não foi comentado. (nº245)

Veja também:
Jantar “Vinho & Música” 2
Ata da reunião Vinho e música II

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O sétimo ano (2005)

Neste ano viajamos a Bento Gonçalves e ao Vale dos Vinhedos. Na Vinícola Casa Valduga fizemos um curso de degustação de vinhos e, inclusive, recebemos certificado.
Aprendemos a fazer a sabragem. A sabragem, do francês sabrage, é o ato de abrir uma garrafa de vinho espumante utilizando um sabre para degolar a parte superior da mesma. Esta técnica pode não ter sido inventada por Napoleão, mas foi por ele imortalizada.


A sabragem não é muito recomendada, nem bem vista pelos apreciadores de espumantes em geral. Ao decepar a garrafa, a pressão interna, elevada (cerca de 5 ATM), faz o vinho ser expelido violentamente e com ele vai embora parte do gás, que é a alma da bebida.
Pelo mesmo motivo, não se “estoura” a rolha, por perda efetiva de gás.
Entretanto, em momentos festivos, a brincadeira é aceitável por pura diversão.

As degustações e os vinhos provados no ano de 2005 foram:
Cervejas: Sol, Bohemia Weiss, Eisenbhan Weizenbier, Warsteiner Premium, Brahma Extra
Congraçamento com convidados italianos: Monte Velho 2002, Vinha da Defesa 2003
Vinhos da Herdade do Esporão: Monte Velho 2003, Vinha da Defesa 2002, Esporão Reserva 2001, Esporão Garrafeira 2001
Vinhos da Herdade do Esporão 2: Alandra, Alicante Bouschet 2002, Quinta do Crasto 2002, Quinta do Crasto Douro Reserva 2001
Viagem a Bento Gonçalves: Esporão 2001, Santa Helena 2002, del Poggio, Barbera D´Ast 1997, Courteiro-Mor 2002, Rio Sol 2003, Finca La Linda     2003, Valdivieso 2002, La consulta 2000.
OBS.: Reunião do tipo TSG (Traga Sua Garrafa). Segundo comentário de alguns do grupo, aproveitando a ausência do mestre vamos fazer uma misturança de vinhos. Os dados aqui listados foram retirados dos rótulos das garrafas. Os vinhos foram acompanhados com tábuas de frios (queijos, copa e salame), pasta de berinjela, homus e torradas e sopa de capelete (especialidade de Ida).

Compatibilidade com lasanha de camarão: Dal Pizzol Gamay Beaujolais 2005, Mumm Cuvée Speciale, Cave Geisse Nature 2002, Casal Garcia 2004, Elderton Sauvignon Blanc/ Verdelho 2003
Sopa de piranha e peixes de rio: Finca La Linda Viognier 2004, Finca La Linda Chardonnay 2004, Terra Noble Sauvignon Blanc 2004, Dal Pizzol Pinot Noir 2005, Finca La Linda Tempranillo 2003
Pasta, polenta e galinha com italianos: I Castei 2002/2003, Pervini 1999, Pietrafitta 2001, Santa Cristina 2003
Vinho e música: Gran Tarapacá Reserva Chardonnay 2003, Cave Geise Nature 2002, Don Román Rioja 2003, De Bortoli Shiraz 2001, Chateau Grillon Sauternes 2003
Jantar da Cida: Gran Tarapacá Chardonnay 2003, Tarapacá Espumante 2003, Lavaque Pinot noir 2001, Santa Helena Selección del Directorio 2002, Terrazas de los Andes 2004
Reunião extra: DON ROMAN 2003, ANNA DE CODORNIU 1999, DOURO VIDIGAL 1999, PORCA DE MURÇA 2003, OBIKWA 2004, TERRA NOBLE 2004
OBS.: os posts onde relato nossas reuniões, estas são as oficiais e baseadas nas atas das reuniões. Em diversas oportunidades nós fizemos reuniões extras pelos mais diversos motivos (preparação de viagens, viagens, casamentos, ofertas de fornecedores, …). Estas reuniões extras, não tem atas e os vinhos provados não são numerados, mas acho que por um lapso, esta reunião apesar de extra teve ata. Então resolvi pô-la no post.
Compatibilização de fim de ano: Undurraga Late Harvest 2002, Lillet    Lillet Freres, Miolo Brut 2004, Portal do Fidalgo Alvarinho 2003, Cheverny    Delaille Viticulteurs 2004, Domaine Conte Cabernet Merlot 2001





Nossa ata da reunião de compatibilização enogastronômica:

Reunião nº 72

Dia: 09/12/2005

Tema: Compatibilização de fim de ano.

Vinhos:
  • Lillet, 17% álcool, ano n.d., aperitivo a base de vinho, oferta da Didi. Lillet Freres, Pondensac, Bordeaux, França. Castas: n.d. Aparência: bastante suspensão, cor granado. Aroma e sabor lembrando uma mistura entre um vermute e um vinho do porto. Servido gelado combinou muito bem com as frutas frescas e secas. (nº251)
  • Miolo Brut, 12% álcool, ano 2004, vinho branco espumante seco. Vinícola Miolo Ltda. Bento Gonçalves Brasil . Castas: chardonnay e pinot noir. Aparência: límpido, cor amarelo palha, borbulhas de tamanho médio/grande, intensas com boa permanência. Aroma agradável, de intensidade média, de fermento. Sabor agradável, sem ter uma presença de muito destaque. Não fez feio frente às ostras gratinadas e o creme frio de couve-flor e salada com molho de iogurte. (nº252)
  • Portal do Fidalgo Alvarinho, 12% álcool, ano 2003, vinho branco seco, DOC Vinho Verde. Produtores de vinhos Alvarinho de Monção Ltda Portugal. Casta: alvarinho. Aparência: límpido, cor amarelo palha claro. Aroma marcante de maçãs verdes e lembrando chardonnay chileno. Sabor agradável, com boa permanência. Acidez alta mas não agressiva. Não apresentou as agulhas frisantes tradicionais no vinho verde. Para a maioria combinou com as tortas de siri. Alguns acharam o sabor fraco em comparação com gosto do siri. (nº253)
  • Cheverny, 12,5% álcool, ano 2004, vinho branco seco AOC Cheverny. E.A.R.L. Delaille Viticulteurs, Fougères sur Bièvre, Loire France. Castas: chardonnay e sauvigon blanc. Aparência: límpido, cor branco esverdeado. Aroma agradável totalmente herbáceo, grama cortada. Sabor agradável, boa permanência, acidez alta mas equilibrada. Combinou com o salmão ao molho de manga. (nº254)
  • Domaine Conte Cabernet Merlot, 14,5% álcool, ano 2001, vinho tinto seco. Beringer Blass Wine Estates Chile. Castas: cabernet e merlot. Aparência: límpido, cor rubi bem fechado. Aroma dominado por carvalho. Sabor marcado, também dominado pelo carvalho, considerado excessivo por alguns. Boa potência, taninos presentes e ainda agressivos, permanência alta. Apesar das características, achamos que combinou com o salmão.  (nº255)
  • Undurraga Late Harvest, 12,5º G.L., ano 2002, vinho licoroso de sobremesa. Viña Undurraga, Valle del Maipo, Chile. Casta semillon. Aparência: límpido, cor dourada. Aroma intenso, doce, de frutas muito maduras e goiaba, muito persistente. Sabor forte lembrando goiabada e vinhos botrytizados. Combinou com as sobremesas: doce de coco e docinhos de chocolate e frutas. Trazido do Chile quando de nossa viagem. (nº190).

Neste ano provamos 5 cervejas, 8 vinhos TSG (traga sua garrafa), 8 vinhos repetidos e 43 rótulos novos.
Até dezembro de 2005 já havíamos provado 260 rótulos diferentes de vinhos.

Sábias palavras de Napoleão Bonaparte sobre o champanhe: Na vitória é merecido, na derrota, necessário.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Reunião nº 135 - Pot-Pourrí de vinhos

Wine potpourri tasting


 



Na nossa 135ª reunião, referente ao mês de Agosto/11, degustamos vinhos trazidos de diferentes viagens dos anfitriões:
- do Hawaii degustamos um Sparkling Pineapple Wine e um vinho tinto da uva syrah,
- do Peru, um vinho branco feito com a uva pinot blanc e um tinto tannat,
- de Málaga, um vinho tinto,
- da Ilha da Madeira, um branco e um tinto,
- da Itália, um espumante da uva pignoletto e, finalmente, do Brasil, experimentamos um vinho produzido por um conhecido nosso.
Segue a ata:

REUNIÃO Nº 135

TEMA : Pot-Pourrí de vinhos
HULA O'MAUI - Sparkling Pineapple Wine: Espumante produzido com abacaxi da ilha de Maui, Hawaii. Muito doce, lembra tão somente calda de compota de abacaxi. A experiência serviu para reforçar o nosso conceito de que vinho se faz com uva. Conclusão: este espumante não deveria trazer o nome "Wine" grafado no rótulo. (Nº 551)
PIGNOLETO EXTRA DRY - Produtor: Charli & Figli, Azienda Agricola Castelvetro. 12% álcool, safra não indicada, perlage muito fina, cor palha claro. Uva pignoletto, também conhecida como Grilli. Bom equilíbrio, agradável e combinou com o ceviche de linguado e camarões preparados pelos anfitriões. (Nº 552)
PICASSO PINOT BLANC - Produtor: Irmãos Picasso, Bodega Vista Alegre, 12,5% álcool, cor dourado claro, brilhante e límpido. Bastante frutado lembrando maçã e melão. Acidez equilibrada e bom final de boca. Combinou perfeitamente com o ceviche. Foi uma agradável surpresa. (Nº 553)
VETAS SELECCION 2003 - Produtor: Bodega Juan Manuel Vetas, Ronda, Málaga, Espanha. 13,5% álcool. Uvas: 60% petit verdot e no restante foi utilizado Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc. Vinte meses em barrica de carvalho francês novo e quinze meses descansando na garrafa. Um vinho de bom corpo, equilibrado. Agradou a todos. Foram engarrafadas apenas 3.560 garrafas. (Nº 554)
PLANTATION RED - MAUI COUNTY SYRAH - Produtor: Tedescchi Wineyards, Ulupalakua, Ilha de Maui, Hawaii. 14,5% álcool. Um vinho sem muita expressão. Bastante ácido. Ano 2009. (Nº 555)
INTIPALKA - Produtor: Santiago Queirolo, 2009, Vale do Ica, Peru. 14% álcool. Varietal tannat. Aroma desagradável. Um tanto ácido, não agradou. (Nº 556)
CAUIM - Cabernet Sauvignon, safra 2009, 13% álcool, uva produzida em São Joaquim (SC), engarrafado pela Vinícola San Michele (Rodeio-SC). Iniciativa de um conhecido que adquiriu um lote de uvas e vinificou na San Michele. Um vinho que corresponde ao padrão nacional, pouco expressivo, mas melhor do que esperávamos. (Nº 557)
VINHOS MADEIRA BRANCO E TINTO - Produtor Henriques & Henriques, 19% álcool, Reserva meio doce, envelhecido durante cinco anos. Ambos combinaram com a sobremesa estrogonofe de nozes (MARAVILHOSA!!!). (Nos 558 e 559)
Nota de esclarecimento: os vinhos foram adquiridos em diversos locais do mundo, durante diferentes viagens, já destinados para o deleite do grupo Solera.
Foto:  http://vinhoporfavor.blogspot.com/2011/05/degustacao-henriques-henriques-full.html