quarta-feira, 27 de março de 2013

Gambas al ajillo

Gambas al ajillo (Camarão com alho) é uma receita muito fácil, mas muito deliciosa.

É uma tapa espanhola. Pode-se fazer variações como só com camarão, só polvo, assim como com couve-flor ou batatas e outros.

Preferencialmente usar camarões frescos. Se for feito com camarões congelados, descongelar com antecedência, pois o excesso de água é ruim para elaborar este prato.


Gambas al Ajillo
Ingredientes para fazer Gambas al Ajillo (para 2 pessoas):
  • 150 gramos de camarão sem casca
  • 10 dentes de alhos
  • 1 pimenta dedo de moça (cortado ao meio e sem as sementes)
  • 8 colheres de azeite de oliva
  • sal
Mode de preparo:
  1. Aqueça o óleo em uma panela ou frigideir;
  2. Adicione a pimenta e o alho descascado em fatias. Adicioná-los para a panela;
  3. Quando o alho começar a mudar de cor adicione os camarões e uma pitada de sal. Deixe no fogo até que o camarão mudar de cor (cerca de dois minutos será necessário);
  4. Servir em uma caçarola de cerâmica. Mergulhar pão no óleo e comer com o camarão.
Dicas:
Como se vê, esta receita é realmente muito fácil. A única precaução que você deve tomar é Usar camarões novos para que não façam água quando estão sendo cozidos no azeite.

Você também deve ter cuidado para não deixar o alho muito tempo, pois eles podem queimar. Um bom truque é que quando o alho estiver dourado, retire-os (com uma escumadeira ou colher) antes de adicionar o camarão. Este óleo já terá apanhado o sabor do alho e camarão pode fazer sem medo que você queima. Então você só tem que voltar a adicionar o alho no último minuto e servir seus camarões alho.

http://www.vinovernaccia.com/?page_id=240
 
Camarão e polvo ao alho e batatas ao murro
Para acompanhar, servir vinho branco. O grupo solerafloripa provou este prato na reunião  sobre vinhos do canadá.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Reunião de degustação nº 154

Reunião nº 154

Dia: 17/03/2013

Tema: Amigos do Rio Vermelho


Vinhos:

  • Louis Perdrier Brut Excellence, 12%, ano ND, vinho branco espumante brut, Patriache Père & Fils, Borgonha, França. Castas: Ugni Blanc, Chenin, Folle Blanche. Vinho leve e frutado, com paladar cremoso, típico dos espumantes. O aroma é marcado por frutas brancas e leve nota de torradas (nº 641);
  • Minuzzi Lorena, 10,5 %, ano ND, vinho branco de mesa, vinho artesanal produzido pela família Minuzzi, Jaguari, RS, Brasil. Casta: BRS Lorena, coloração límpida, amarelo-palha, aroma delicado e intenso. BRS Lorena é uma casta de uva criada pela Embrapa Uva e Vinho em 2001, a partir do cruzamento de malvasia bianca e seyval (nº 642);
  • Chateau D'or et de Gueules, ano 2010, vinho tinto fino, Château d’Or et de Gueules -Chemin des Cassagnes, Costières de Nîmes AOC, Saint-gilles, França. Castas: 50% Grenache, 20% Carignan, 20% Syrah e 10% Mourvèdre. Rubi com leves reflexos púrpura. Aromas firmes mesclando frutas negras (amoras, mirtilos, passas e cerejas morello). Na boca é redondo, agradável, com taninos sedosos. As frutas mostram seus sabores como geleia, em um conjunto harmônico e agradável. No nariz, lembrou fumaça (nº 643);
  • Villavid tinto Roble, 13,5%, ano 2010, vinho tinto fino, D.O. Manchuela, Bodegas Villavid, Calle la Manchuela, Villarta, Espanha. Castas: 100% bobal. No nariz aroma de frutos maduros (amora e cereja) e toques de passas e tostados. Na boca os taninos não são agressivos, madeira e acidez alta. A Carmen comentou que este vinho tinha aroma de butiá e todos concordaram (nº 644);
  • Saint Felicien, 13,9%, ano 2007, Bodega Catena Zapata, Agrelo, Luján de Cuyo, Mendoza, Argentina. Castas: 100% Sémillon. Cor dourada com leves tons de amarelo, no nariz com citrinos, mel, anis e baunilha. O paladar lembra frutas em calda e sabores cítricos. A acidez é equilibrada. Oferta dos anfitriões (nº 645).


Como entrada foi servido pão caseiro (feito pela anfitriã), queijo catupiry, azeite saborizado com alho. Após, feita a degustação, foi servida salada verde, purê de batata doce, ossobuco e músculo. Na sobremesa, tivemos creme brulee.

domingo, 10 de março de 2013

Viagem para a Itália (Parte 6 - Sardenha)

03-05-2010

Costa Esmeralda.

Após a travessia, chegamos a Sardenha, fizemos um passeio pela Costa Esmeralda.  A Ju (nossa guia) falou sobre o beco dos bilionários, Graziano Mesina e seus sequestros e sobre o pane Carasau (ou pão carta de música) que é um pão muito fino em formato de disco (como pizza) e quando comemos faz barulho ao se quebrar na boca, dai o motivo do nome.

Restaurante em Su Gologone.

Almoçamos num dos lugares mais característicos da Sardenha, SU GOLOGONE. Um restaurante bonito, longe de tudo, sendo que, segundo nos foi falado, é necessário reservar com antecedência de um ano e meio. Lá comemos um churrasco assado em uma lareira grande. O lugar era uma vila, tinha até museu de arte, muito bonito.


Fizemos uma visita à cantina CANTINA OLIENA, simpática, mas os produtos não impressionaram. Na Sardegna, além do italiano, é falada a língua sarda, que tem influência do italiano e do catalão, inclusive, têm algumas palavras que lembra o português.



Vimos nossos primeiros Nuragues (mais detalhes em italiano), que são construções de pedra em formato circular feitas por uma civilização anterior a dos romanos (a qual viveu entre 1.800 e 1.100 a.C). Os nuragues eram habitações, também servindo de fortaleza para se defenderem dos inimigos.
Na sequência,  seguimos até Oristano, onde ficamos hospedados no Hotel Mariano IV.

04-05-2010


Na visita à CANTINA CONTINI fomos muito bem recebidos pela Sra. Giovana. Cantina particular, com 115 anos. Destaque para os Vernaccia di Oristano que tem, no mínimo, 15° de álcool.
Ali têm vinhos brancos envelhecidos 40 anos pelo sistema parecido com o do Jerez, o solera. O barril é preenchido com apenas ¾ da capacidade, sendo assim, uma camada, que aparenta espuma e é conhecida como flor, se desenvolve na superfície do vinho. Trata-se de um fungo conhecido como saccharomyces cerevisiae.

Reparem na superfície do vinho.

Fomos visitar a praia Is Arutas, na Península del Sinis, cuja areia é composta de pequenas bolinhas de pedras de quartzo brancas e rosadas, sendo que há outra praia com “areia” completamente rosa, mas está fechada para visitação.


Nosso almoço foi no restaurante SA PISCHERA, onde foram servidas comidas típicas pene, miggine e fregula e muito peixe. A fregula é uma comida típica da Sardenha e consiste em pequenas bolinhas feitas de sêmola parecido com cus-cus israeliano.


Visita à cantina social DELLA VERNACCIA di Oristano (cooperativa de porte médio).
Fomos comer doces sardos com Vernaccia di Oristano.

05-05-2010

Fizemos uma visita à cidade de Alghero e visita à cantina SANTA MARIA LA PALMA (cooperativa grande com muitos rótulos). Boa recepção.

06-05-2010

Transfer para o aeroporto para o voo de retorno à Florianópolis.

Veja também:
Viagem para a Itália (parte 1)
Viagem para a Itália (parte 2)
Viagem para a Itália (Parte 3 - Trento)
Viagem para a Itália (Parte 4 - Veneto)
Viagem para a Itália (Parte 5 - Toscana)

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Viagem para a Itália (Parte 5 - Toscana)

29/04/2010 (Toscana)

A caminho da Toscana, visitamos uma fábrica de queijo reggiano padano. No processo de cura havia muito mais peças de queijo do que na Lattebusche (visitada anteriormente). O aroma era maravilhoso.




Vinicola Medici Ermete, a administração é familiar, com uma grande produção, tem muitos rótulos disponíveis. O diferencial é a produção do Aceto Balsâmico Clássico. Artesanalmente, produzem o tradizionale em sistema de solera, com barricas de diversas madeiras, sendo que o padrão Ouro fica até 30 anos em barrica para atingir os requisitos da denominação. Recepção muito hospitaleira, com a Mama preparando gnocco frito - que é uma massa de pastel frita, diferente do popular gnocchi. Também foi servido queijo Parmeggiano Reggiano, Prosciuto di Parma e mortadela di Bologna. Contaram que quando nasce o(a) filho(a), os pais começam a produzir um barril de aceto balsâmico que lhe é dado como dote de casamento.

Produção de aceto balsâmico clássico

Chegamos em Montalcino somente no final da trade, quando fomos presenteados com um belo por do sol. Estávamos, literalmente, sob o sol da Toscana.

Vista da sacada do hotel, em Montalcino, Toscana.

30/04/2010

No dia seguinte, pela parte  da manhã, visitamos a cantina CIACCI PICCOLOMINI D’ ARAGONA. Bela propriedade herdada pelo pai dos atuais proprietários (Lucia e Paolo), que era um "faz tudo" da antiga Condessa proprietária. A propriedade é histórica e muito bonita. Foi construída para o Bispo Fabius de Montalcino. Tem 40 hectares e produz 200.000 garrafas/ano. Apresentada pela Martina, que lembrava a Claudia Raia.


Depois fizemos visita à cantina CAPRILI. Empresa familiar fundada em 1965, 70 .000 garrafas por ano, bons vinhos. Os Brunelos passam três anos na barrica de carvalho. O furo da barrica para inspeção dos vinhos na parte superior, é chamado de colmatore, são de vinho e tem uma tampa com água. A medida que evapora o vinho, o nível da água baixa, indicando a possível manutenção do nível do vinho. Fizemos a degustação e o almoço no pátio da vinícola. Foram servidas crostatas muito saborosas de morango e figo. Durante o almoço, lembro que alguém soltou a seguinte expressão: - Que chiqueleza!!!



Enquanto estávamos degustando e provando excelentes vinhos Brunello di Montalcino, nosso enomotorista, que não podia beber, ficou chupando o dedo, só na vontade.



Fizemos uma visita a um borgo medieval de Bagno Vignoni, com suas termas datada da época dos romanos.


Após, seguimos para o CASTELO BANFI, vinícola famosa e de grande porte. Propriedade histórica muito bonita, com um museu do vidro interessante.
O atendimento foi frio, impessoal e um pouco apressado, mas os produtos agradaram. Os vinhos das linhas top são bem caros e investem muito em pesquisa. Não demos conta dos queijos, prosciutos, salames, specks etc. que foram servidos com a degustação. Produz vinho desde 1888 e hoje pertence a um ítalo-americano. A área com vinhedos tem 30.000 hectares (produzindo 10 milhões de garrafas por ano).
A casta san giovesi é plantada há cerca de 3.000 anos (desde os etruscos) e são usadas barricas de 350 litros.


01/05/2010

Fizemos uma visita à cidade de San Giminiano, conhecida como a cidade das torres.
Em San Giminiano estava tendo o maior festejo, pois era 1º de maio, dia do trabalhador. A guia explicou que as torres foram feitas para secar os panos tingidos de vermelho e que esta cidade tinha uma técnica desconhecida de outras na idade média. Também servia para observação de inimigos.

Visitamos a cantina CESANI. Empresa familiar, 25 hec, 130.000 garrafas por ano. Recebidos pela Maria Luisa, filha do dono. Tem também produção de açafrão. Produzem principalmente vernaccia e san giovesi. Para os vinhos DOC e DOCG não pode ter irrigação. Usam barrica de concreto, para os vinhos tintos. Segundo Maria Luisa, mantêm a temperatura mais constante. A uva vernaccia é conhecida por produzir um vinho tinto vestido de branco, pois é encorpado e difícil extrair aromas.

A vinícola está em conversão para o processo biológico, usando pouco SO4. Todas as barricas são de carvalho francês, usadas por, no máximo, 2 a 3 anos. Cada uma custa entre 500 e 600 euros.

Produzem também óleo de oliva e as variedades de oliva são frantoio, coratina, leccino. Fomos os primeiros clientes a provar um vinho rose de san giovesi (produção daquela safra). A garrafa vem com "rolha" de vidro.

Fizemos um passeio à Siena, onde visitamos o duomo do século XIII, com seu lindo piso em mosaico. A catedral de Siena está inacabada, pois a população da época reduziu muito por causa de uma peste. Chegamos na véspera da disputa do palio, uma corrida de cavalo na praça principal, e a cidade estava toda enfeitada com as bandeiras das contradas, times que disputam o palio de Siena.


Fizemos uma degustação na Enoteca de Siena. Provamos uma vinho Falanghina, da região de Campagna, um Moreder da região de Marche, um Rosso de montalcino e um Vino nobile de montepulciano. Degustação muito ruim, impessoal e com vinhos mais ou menos.

No jantar bebemos um Brunelo 1995. Foi servido gnocchi, farfale a bolognesa e porco (carne branca e costela). Depois bebemos na sobremesa o vinho riceta e vinho santo (e molhamos o biscoito), o riceta era muito melhor (ambas as garrafas compradas em nossas visitas às vinícolas).

02/05/2010

Acordamos com chuva, estava frio. Caminhamos um pouco por Montalcino, iríamos embora neste dia. Fechamos a conta do hotel e fizemos uma visita à CANTINA DEL REDI. Cantina dentro da cidade de Montepulciano, no Palazzo Ricci, construção renascentista feita sobre castelo medieval que, por sua vez, também foi construída sobre construções etruscas. Pode-se ver todas as fases na cantina. Muito interessante.


Visitamos a cantina RELAIS DI ROCCA DELLE MACIE NEL CHIANTI, onde fomos recebidos pela Valentina, amiga da Ju, muito simpática. Produção média para grande de 4,5 milhões de garrafas ao ano (600 hectares de vinhedos). A primeira fermentação é feita em tanques de inox que estão ao tempo e a malolática é feita em tanques de concreto no interior da cantina para manter a temperatura estável. Utilizam barrica de carvalho esloveno (que tem pouca celulose), as quais tem mais de 30 anos. Já as barricas de carvalho francês (da cote d'azur) e são trocadas a cada 12/15 anos e são utilizadas somente para os supertoscanos. Os chiantis só ficam na barrica pelo tempo determinado na lei do DOC ou DOCG.

O dono da vinícola é um ator de hollywood. Não é usada irrigação. Produzem também olivas, sendo que na Itália existem mais de 60 variedades de oliveiras. Em 1999, após um frio muito intenso, as oliveiras morreram e, na Toscana, todas as oliveiras são novas. Produzem 20.000 garrafas de extra virgem de qualidade.

Rocca delle macie - força da pedra da idade media.

E, depois de algumas taças de vinho, saiu a seguinte 'máxima': - “A gente é rico, mas é feliz”.

Na lojinha desta vinícola, encontramos a venda um vinho brasileiro, o Rio Sol, da Vinicola Santa Maria.
O dono da Rocca delle macie, em passeio pelo Brasil, achou muito interessante a produção de vinho na latitude 8º sul, onde viu três linhas de videiras e cada uma num estágio de produção (dormência, com flor e com fruto). Achou tão curioso que resolveu vender na Itália o vinho desses vinhedos.

Tempo livre em MONTEPULCIANO, chovia e estava frio. Quando chegamos paramos para visitar a Igreja de San Biagio e tinha um coral cantando, foi muito emocionante.
As casas da cidade estavam enfeitadas com flores e vimos escavações mostrando restos da civilização etrusca para visitação dentro de uma loja.


Viajamos para Livorno, onde embarcamos para Olbia, Sardegna. Chegamos de noite e ficamos esperando na fila para poder entrar no navio. Lá tínhamos quartos reservados para passar a noite, enquanto era feita a a travessia (o navio transportava carros, ônibus e caminhões).



Veja também:
Viagem para a Itália (parte 1)
Viagem para a Itália (parte 2)
Viagem para a Itália (Parte 3 - Trento)
Viagem para a Itália (Parte 4 - Veneto)
Viagem para a Itália (Parte 6 - Sardenha)

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Reunião sobre vinhos do Canadá

Reunião nº 153

Dia: 31/01/2013

Tema: Vinhos do Canadá da vinícola Colaneri


Vinhos:
  • Tapada do Fidalgo, 13,5% álcool, ano 2011, vinho branco de mesa fino seco, vinho regional Alentejano. Monte dos Perdigões, Portugal. Castas: Verdelho, Arinto e Antão Vaz. Branco esverdeado, aromas agradáveis de cítricos. Na boca, muito fresco e agradável com acidez alta, mas equilibrada. Combinou muito bem com o caldo de camarão da entrada e com o fantástico Pulpo y Gambas al ajillo (nº636).
  • Colaneri Stellucha Riesling, 11,3 % álcool, ano 2009, vinho branco de mesa fino seco, VQA (Vintners Quality Alliance) Niagara Peninsula. Colaneri Estate Winery, Niagara-on-the-Lake, On, Canadá. Castas: Riesling. Aroma marcante de petróleo. Na boca, mineral e untuoso. Num primeiro "ataque" é meio estranho, mas o retrogosto é agradável. Combinou muito bem com frutos do mar. CAN$15,95 na vinícola no Canadá, adquirido e ofertado pelos anfitriões (nº637).
  • Colaneri Unita Cabernet Franc, 14,9 % álcool, ano 2010, vinho tinto de mesa fino seco, VQA Niagara Peninsula, Appassimento Style. Colaneri Estate Winery, Niagara-on-the-Lake, On, Canadá. Castas: Cabernet Franc.  Granado escuro sem transparência. Apesar de ser 2010, passou a sensação de um vinho com bastante tempo de guarda. Talvez seja isto o tal "Apassimento Style". Ausência de taninos e acidez. Não agradou muito. CAN$ 20,00 na vinícola no Canadá. Oferta dos anfitriões  (nº638).
  • Colaneri Insieme, 14,3 % álcool, ano 2010, vinho tinto fino seco,VQA Niagara Peninsula, Appassimento Style. Colaneri Estate Winery, Niagara-on-the-Lake, On, Canadá. Castas: Carbenet Sauvignon, Syrah, Merlot, Carbenet Franc e Petit Verdot. Granado escuro com reflexos marrons. Aromas agradáveis, mas pouco acentuados. Taninos finos perceptíveis. Mais corpo e equilíbrio que o anterior. CAN$ 34,95 na vinícola no Canadá. Oferta dos anfitriões  (nº639).
  • Mike Weir Wine Icewine, 11 % álcool, ano 2011, vinho branco licoroso doce VQA Niagara Peninsula. Mike Weir Wine, Ontário, Canadá. Castas: Vidal. Dourado claro com perfeita harmonia entra a alta doçura e alta acidez. Perfeito na sobremesa. CAN$ 25,00 no Freeshopping Canadá. Oferta dos anfitriões  (nº640).

Após a degustação foi servido caldo de camarão (feito pela Carminha), como entrada; na sequência, pulpo con gambas al ajillo, com muito azeite de oliva português (Eugênio Almeida, 0,2 % de acidez), acompanhado de batatas ao murro e pães variados. Para finalizar, foram servidos pastéis de nata (a receita original é um segredo exclusivo da Fábrica dos Pastéis de Belém, em Lisboa) e sorvete (creme de baunilha e choco chips da Amoratto).

Pulpo con gambas al ajillo


sábado, 26 de janeiro de 2013

Viagem para a Itália (Parte 4 - Vêneto)

27/04/2010

Iniciamos nosso dia passando pela estrada VALSSUGANA até Conegliano.

Piave ouro da LATTEBUSCHE

No caminho fizemos uma visita na fábrica de queijos LATTEBUSCHE (na cidade de FELTRE), onde vimos o processo produtivo, a cura do queijo e fizemos uma rápida degustação do queijo Piave Ouro.

É impressionante as centenas/milhares de peças de queijo nas prateleiras, curando. O aroma é, simplesmente, ma-ra-vi-lho-so.

Também passamos por Beluno, uma cidade medieval, murada, que fica no alto de um morro, sendo que para visitarmos seu centro histórico, o ônibus ficou estacionado nos arredores da cidade e tivemos subir três escadas rolantes grandes, um desnível realmente grande. Chegamos por volta do meio-dia e a cidade estava toda fechada para a siesta (descobrimos que a Itália também tem disto, não é só a Espanha).

De tarde fizemos uma visita com degustação na Cantina Fasolmenin. A cantina  é familiar, produzindo 100.000 garrafas por ano, é administrada por Máximo e Silvana, sendo que seu símbolo é um divertido camaleão. A recepção foi muito amistosa. Conhecemos o vinhedo.  A vinícola expõe obras de arte e também promove encontros de músicos, tudo regado a vinho.
Lá provamos Vinho Base Prosecco, L’Extra dry e Il Brut.

Dormimos no Hotel Tergozo.

28/04/2010

Pela manhã visitamos a Vinícola Serego Aliglieri, muito charmosa, sediada num edifício histórico (é associada da Masi, uma potência que produz 10 milhões de garrafas/ano), mais parece uma  boutique e produz 800 mil garrafas/ano. Fomos recebidos pela Sra. Marta, que além de ser simpática, encantou-nos com sua fala. Bons vinhos, de fato. Marta contou que em 1353 o filho de Dante Alighieri comprou esta propriedade. Explicou, ainda, que na propriedade existem videiras de 1875, as quais escaparam da filoxera. Nesta vinícola usam bote (barricas italianas que não estão no padrão bordalês de 225 litros), armazenam 500 litros de vinho, havendo botes de cerejeira, além dos de carvalho.

Degustação na Vinícola Serego Aliglieri


Depois fizemos uma visita na Cantina Tessari, mais uma cantina familiar no roteiro (30 mil garrafas/ano), lá fomos recepcionados pela Sra. Corneglia (o nome não faz jus à beleza da moça). Almoçamos risoto de aspargos feito pela mama Bianca. Recepção com espumante de Garganega, 12% de álcool, muito interessante.
Próxima visitação - Cantina  CARPENÈ – MOLVOLTI. Empresa de porte grande, cuja principal produção é o espumante Prosecco, produzindo 5 milhões de garrafas/ano.
A visita foi alterada de dia pelo falecimento do decano da família. Fomos atendidos pelas Sras. Luiza e Antonella e o enólogo Sr. Spinazzi. Produz espumante prosseco (nos métodos clássico e charmat), grapa e conhaque. A diferença entre a grapa e a o conhaque é que a grapa é destilado do bagaço e o conhaque é destilado de vinho. O conhaque fica no barril de 7 a 21 anos, a grapa reserva fica 2 anos na barrica de carvalho esloveno ou francês.

Interior da Carpene Molvolte

No jantar (do hotel) foi servido minestra de fagiole, talharini de carne moída e faraona ripiena (recheada).



Veja também:
Viagem para a Itália (parte 1)
Viagem para a Itália (parte 2)
Viagem para a Itália (Parte 3 - Trento)
Viagem para a Itália (Parte 5 - toscana)
Viagem para a Itália (Parte 6 - Sardenha)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Rosados Argentinos

Reunião nº 152

Dia: 11/01/2013

Tema: Rosados arrhentinos



Vinhos:

  • Animal Espumante Brut Nature: 12,6% álcool, ano não indicado, vinho rosado espumante brut nature, de vinhedos selecionados por Ernesto Catena. Método Charmat. Tikal, Bodega Nº Co80551 para Puerto Ancona S.A. Argentina. Castas: Syrah de cultivo orgânico. Bela cor rosa dourada, aroma suave de fermentos e pão, borbulhas finas e com boa persistência. Leve e agradável. Agradou geral (nº630);
  • Jean Bousquet Rose: 14,5% álcool, 2011, vinho rosado fino seco. Domaine Jean Bousquet S.A. Tupoungato Mendoza Argentina. Castas: 50% Malbec, 50% Cabernet Sauvignon. Praticamente sem aromas, tem um rosado claro. Leve e com boa acidez, agrada bem na boca. Fresco e com um leve amargor no final (nº631);
  • Coquena Malbec Rosado:  14,7% álcool, 2011, vinho rosado fino seco. Elaborado e engarrafado por Yacochuya S.A. para Cardon del Vale. Salta Argentina. Casta: Malbec.  Rosado bem escuro (lembrou a cor de "capilé" - popular xarope dos anos 60). Amargo e com gosto de remédio francamente desagradável. Ninguém gostou (nº 632);
  • Avarizza Canari Rosado: 13,8% álcool, 2012, vinho rosado fino seco Agostina Astegiano/Fabrizio Hernandes. Bodega Nº A- 73316 Mendoza Argentina. Castas: Canari. Rosa cereja, aromas e sabores de tutti-fruti. Enjoativo. Também não agradou (nº633);
  • Finca La Anita Rosado: 13,8%  álcool, 2011, vinho rosado fino seco. Finca La Anita S.A. Mendoza Argentina. Castas: Petit Verdot. Bela cor, aromas frutados. Corpo médio, mais agradável que os anteriores (nº634);
  • Red Ginseng Wine: 12,4% álcool, ano não indicado, produzido na Coréia, foi um presente de uma amiga para Didi e Leal (que trouxeram para compartilhar conosco). Apelidada de "A Coisa", tem aromas e gosto muito particulares. A Ida lembrou do Marmite, popular pasta da Austrália e Nova Zelândia, que quando provada, desperta fortes sentimentos de amor ou ódio;
  • Saurus Pinot Noir Tardio: 16% álcool, 2008, vinho licoroso doce. Bodega Família Schoereder. Neuquem Patagônia Argentina. Castas: Pinot Noir. Cor âmbar escuro, aromas e sabores complexos. Bem interessante quando tomado só. Não combinou com a sobremesa de sorvete de creme com calda de laranja e sementes de romã (nº635).
Após a degustação, foi servida uma deliciosa paella de frutos do mar preparada pelo cozinheiro Décio (contato pelo telefone (048) 8450-0330).


sábado, 5 de janeiro de 2013

Viagem para a Itália (Parte 3 - Trento)


Gostaria de compartilhar algumas histórias da viagem que fizemos à Itália no ano de 2010:

Nosso grupo, sempre muito alegre, fica ainda mais alegre quando o assunto é viajar para degustar novos vinhos, conhecer novas culinárias e novos lugares.
E, ‘embevecidos’ nessa experiência ímpar é comum acontecer situações engraçadas, contarem piadas que, ou já foram contadas, ou de tão sem graça, passam a ser engraçadas...
Para ver a relação completa dos vinhos degustados nesta viagem vejam em
http://solerafloripa.blogspot.com.br/2011/06/viagem-para-italia-parte-2.html

24/04/2010 (Milão - Trento)

Fomos recepcionados, em Milão, por Ruggero (nosso motorista durante toda a viagem) e pela guia Ju, que organizou um passeio mais que especial. Eles também apreciavam um bom vinho e boas comidas. Fizemos uma pequena viagem até chegar na pequena cidade trentina onde ficamos hospedados (Hotel Alpenrose) em Vattaro. Passamos por belas paisagens, vimos muitas videiras, vales, castelos e montanhas nevadas. Chamou nossa atenção os campos de flores amarelas, era a plantação de colza, planta da qual se faz o óleo de canola (canadian oil).


Durante a viagem o Ruggero comentou que pelo vale em que passávamos, o lado direito tem solo calcário e é onde se planta a uva cabernet sauvignon e, do lado esquerdo, que tem solo sedimentar, planta-se merlot. Na região trentina colhe-se, por determinação legal, até sete toneladas de uva por hectare e a condução das videiras é feita em 'V', chamada de pérgola trentina. Para a produção das uvas brancas a forma de condução é outra. No Trento existe uma uva típica chamada Marzemino, autóctone e muito forte. Nosso hotel ficava ao pé um uma montanha dos dolomites com pico nevado, um lugar maravilhoso. O primeiro jantar servido no hotel teve lasanha de urtiga e torteloni de speck (pernil defumado com ervas) servido com nozes; bebemos vinho tinto Concilio, DOC, marzenino trentino, 13%, 2008.


25/04/2010 (Trento)

Visitamos a cantina ELENA WALCH, região do Alto Adige. Bela vinícola, fomos bem recepcionados e os vinhos eram equilibrados e elegantes. A cantina tinha sido um mosteiro. As caves tem 400 anos e eram antigas cisternas (de vinho), pois, antigamente, preferia-se quantidade e há 25 anos preferem qualidade. Os tonéis de aço inox foram montados nas caves.

Almoçamos na beira do Lago de Caldaro, no Castel Chiaro. Ao fundo, um grande vinhedo e no alto de uma montanha podíamos ver um castelo com uma bandeira panejando. No final da tarde fomos conhecer a cidade de Trento, jantamos numa pizzaria e, para variar, bebemos cerveja.

26/04/2010 (Trento)

Pela manhã fizemos uma visita ao SPUMANTIFICIO FERRARI de TRENTO (a visita nos decepcionou, pois esperávamos mais). Atendimento frio e sem cuidado. O espumante servido já estava aberto desde o dia anterior. Depois fomos à Cantina Pisoni, estabelecimento familiar, com agricultura biológica, recepção cordial, serviram, além dos vinhos, produtos locais, como: queijos, salames etc. Muito saborosos. Porém, é mais conhecida pela produção de grapas e licores. Um lugar muito bonito, na base de uma montanha que era uma imensa rocha.


De tarde fomos à vinicola Di toblino, cuja especialidade é a produção de "Vino Santo", por isso os vinhos normais não impressionaram muito.
Esta vinícola fica a beira do lago Toblino, onde tem o castelo Toblino (explicaram que quando o castelo tem bandeira é porque tem alguém morando nele. Nesta vinícola vimos "bombas" (como as de gasolina nos postos), só que eram de vinho e as pessoas levam suas garrafas/garrafões para abastecer.


Nesta vinícola foi explicado que lá as videiras estão plantadas em um lugar que tem o vento da hora. O vento que vem do Lago di Garda e que mantem seco o vinhedo e as uvas, além de manter a temperatura. Este vento tem esse nome porque vem sempre na mesma hora.

Uma pessoa do nosso grupo tropeçou e caiu; após a visita, caiu novamente, e outro amigo falou: “cuidado, na terceira vez Cristo foi crucificado”, rimos muito.

Cantucci e o Vino Santo

Após provarmos o vinho santo o Rugero nos explicou que em Siena este vinho é servido com um biscoito (chamado cantucci) que é comido molhado no vinho. Então, as piadas foram inevitáveis: “vamos molhar o biscoito (no vinho santo)”.

O vino santo é feito com a uva nosiola, e tem esse nome porque é pisado (espremido para fazer o mosto) na semana santa. Da colheita até a espremedura a uva seca e o vinho é feito desta uva passa.
É um vinho de sobremesa (doce).
Também visitamos a casa onde a Madre Paulina nasceu em Vigolo Vattaro (moradora de Nova Trento em Santa Catarina), considerada a primeira santa brasileira.


Os vinhos da Cantina Francesco Moser foram degustados no Hotel Alpenrose. Foi apresentado pelo Rudgero nosso Enoautista (no bom português eno motorista), pois o dono da vinícola não pode ir, mas mandou os vinhos. A janta foi panqueca com funghi e queijo, risoto de teroldego, filé de vitela à pimenta verde, salada e tiramisu. Depois de tanto vinho chegamos a conclusão que estávamos fazendo “enodialise” (besteirol).
Descobrimos os três pecados capitais da Itália:
  1. roubar para os outros;
  2. tomar vinho ruim e
  3. arranjar uma amante mais feia que a esposa.


Veja também:
Viagem para a Itália (parte 1)
Viagem para a Itália (parte 2)
Viagem para a Itália (Parte 4 - Veneto)

Viagem para a Itália (Parte 5 - toscana) Viagem para a Itália (Parte 6 - Sardenha)