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sábado, 9 de agosto de 2014

Viagem a Alemanha e Alsácia (Parte 2 - Vale do rio Mosel)


28/08/13



Visita ao Castelo de Eltz, edificação bem conservada, sendo que nunca foi atacado pelos franceses. Está na mesma família há 800 anos. Visita guiada em inglês e não se podia tirar fotografia do interior do castelo. Após, fomos para degustação no Max Ferdinand Richter.


A degustação foi muito boa, visitamos a adega datada do século 19. O dono, que nos recebeu, lembrava o "conde" pimentel", que conhecemos na viagem a Portugal. Provamos bons vinhos, em especial, os doces. O eiswien era muito bom (este é um tipo de vinho de sobremesa produzido a partir de uvas congeladas, enquanto ainda estão na videira, na Alemanha, isso ocorre em temperaturas menores que -10ºC, dessa forma os açúcares e outros sólidos não congelam, mas a água, sim, permitindo um mosto mais concentrado e que resulta num vinho muito doce.
Na sequência entramos na região do Rio Mosel, que tem características mais quentes e é ensolarada nos vários lados do rio sinuoso. Tem safras que produzem vinhos muito bons e outras nem tanto. A partir do ano de 2011 começaram a produzir vinhos com as castas: riesling e müller turgau. O solo é  xistoso (ardósia), possui algum quartzo e a poda é longa.


Foi explicada a forma de designação de qualidade do sistema de classificação dos vinhos na Alemanha:

QbA - vinho da região;
QmP - vinhos de qualidade superior, troken, halbtroken, cabinet (leves), spätlese (colheita tardia), auslese, berenauselese, troken berenauselese auslese (uva passa colheita tardia).


Provamos Graacher Himmelreich Riesling Kbinett Trocken 2011, Graacher Himmelreich Riesling Kbinett Trocken 2009, Brauneberger Juffer-Sonnenuhr Riesling Spätlese Trocken 2012, Brauneberger Juffer-Sonnenuhr Riesling Spätlese Trocken 2010, Mülheimer Sonnenlay Riesling Kabinett Fenherb 2012, Mülheimer Sonnenlay Riesling Kabinett Fenherb 2011, Erdener Treppchen Riesling Kabinett 2012, Erdener Treppchen Riesling Spätlese 2012, Brauneberger Juffer Riesling Auslese 2011 e  Mülheimer Helenenkloster Riesling Eiswein 2009.

Ficamos hospedados ao lado da vinícola, no Hotel Weinromantickhotel Richtershof.


O jantar gourmet teve como primeiro prato - sopa de cenoura com gengibre e camarão, segundo prato - lombo de porco e batata, de sobremesa foi servido sorvete e bolo de chocolate. Era uma verdadeira mesa dos cardeais com direito a cobertor...

29/08/13

Visitamos Vinoteck Markus Molitor. Esta vinícola faz vinho auslese seco (colheita feita quinze dias depois). Aprendemos mais uma palavra em Alemão, beernauslese, uva seca no pé, uva passa, colheita tardia. Provamos Wehkener Klosterberg Kabinett Riesling 2011, Zeltinger Sonnenuhr Spätlese Riesling 2007,  Wehkener Klosterberg Auslese Riesling 2011, Bernkasteler Badstube Spätlese Riesling 2011, Wehlener Klosterberg Spätlese Riesling 2006,  Wehkener Sonnenuhr Kabinett Riesling 2009, Ürziger Würzgarten Spätlese 2003, Erdener Treppchen Beerenauslese Riesling 2003.


Almoçamos na cervejaria Kloster Machern. Primeiro ouvimos a explicação sobre o processo de produção e sobre a Lei da Pureza da Cerveja de 1516 e depois degustamos três tipos de cerveja, weizen, dunkel e hellwies, não filtradas.


O almoço tipicamente alemão: sopa, schnitzel (costela de porco à milanesa com batatas fritas) e sobremesa.


De noite fomos à festa do vinho, o Weinfest der Mittelmosel. Uma grande festa, com barracas para cada cidade onde é produzido vinho, algumas tinham comidas como salsicha com pão, Flammkuchen (uma mini pizza típica, que na Alsácia se chama Tarte flambée), churrasco de porco, champignon, doces etc. Também havia várias atrações, como shows de orquestas, corais típicos e bandas covers. Tudo acontecendo numa cidadezinha medieval repleta de casas enxaimel



30/08/13

Visitamos a vinícola Von Othegrave onde planta-se uva desde 1405 e a casa é de 1850. Foi destruída na 2ª Grande Guerra, a casa e todo o vinhedo. Tiveram que replantar o vinhedo e reconstruir a casa.


Na Alemanha são usadas barricas de madeira alemã para envelhecimento, maturação ou para a fermentação malolática, com tamanhos diferentes, sendo que cada uma tem um nome diferente como Stückfaß e a fuder.

Provamos zekt Riesling brut 2009, Riesling 2012, Max 2012, Kanzem an der saar Rockstein GG 2011, Kanzem an der saar Herrenberg Riesling Kabinett 2011, Kanzem an der saar Altenberg Riesling Kabinett 2011 e Kanzem an der saar Bockstein Riesling Spätlese 2008.


Passeamos pelos jardins (impecáveis) e vimos um robô cortando a grama. Depois vimos o carro que o dono usa para entregar as garrafas de vinho, um Opel Olympia, 1954.

Visitamos Trier, cidade de 100.000 habitantes, onde nasceu Constantino e sua  mãe, Helena. Conhecemos a Porta Nigra, construção romana do século III, a casa mais antiga de Trier (do rei) é de 1230, tinha uma porta aberta para a rua somente no segundo andar (para evitar ser invadida por inimigos) e na praça principal acontecia uma feira de frutas. Também visitamos a Catedral de São Pedro, a igreja mais antiga da Alemanha.


Depois fomos ver uma escultura em pedra dos tempos do império romano que representava um barco transportando barricas de vinho. Também vimos a réplica da embarcação, que tinha acabado de zarpar. No final do dia, Birgite foi embora. Jantamos no Zeltinger Hof.

31/08/13

Visitamos a Vinoteck Bürklig-Wolf Weingut. Fomos recebidos pelo diretor de exportação para a Europa. Muito simpático, explicou a hitória da vinícola e que quando o dono morreu não tinha filhos, sendo que a vinícola ficou para o sobrinho. Até a década de 80 a preocupação era com a quantidade. O sobrinho herdeiro assumiu com 16 anos e pôs no testamento que sua filha só poderia estar a frente dos negócios com 32 anos. Ele morreu e a vinícola ficou ao encargo de um administrador, mas a qualidade caiu. A herdeira estudou enologia e administração e quando finalmente assumiu, seu objetivo era a qualidade. Eles não produzem vinhos doces.

Light Lunch na Vinoteck Bürklig-Wolf Weingut

Provamos Dr. Bürklig-Wolf Riesling Trocken 2012, Dr. Bürklig-Wolf Riesling Ruppertsberger Riesling Trocken 2012, Dr. Bürklig-Wolf Wachenhimer Gerümpel Riesling Trocken 2012,  Dr. Bürklig-Wolf Ruppertsberger Hoheburg Riesling Trocken 2012, Dr. Bürklig-Wolf Gaisböhl Riesling Trocken 2012, Dr. Bürklig-Wolf Hohemmorgen Riesling Trocken 2009, Dr. Bürklig-Wolf Pinot Noir Trocken 2011, Dr. Bürklig-Wolf Wachenheimer Böhling Riesling Trocken 2012 e Dr. Bürklig-Wolf Ruppertsberger Riesling Auslese 2010.

Seguimos para Heidelberg. Deixamos as malas no hotel e saímos para a visita ao famoso castelo. Subimos de funicular e nosso guia era um senhor alemão que tinha morado em Portugal. O castelo datado do século 13, foi destruído, saqueado, incendiado, atacado e reconstruído várias vezes. Vimos o maior barril de vinho do mundo com capacidade para 238.000 litros, para fazê-lo usaram 150 árvores de carvalho. Vimos a biblioteca, a sala do rei, a capela...

Barrica de 238.000 litros de vinho em Heidelberg

Depois andamos pela cidade, vimos a markplatz, a igreja, o afresco da nossa senhora e a universidade mais velha da Alemanha. Paramos em um restaurante para tomar uma cerveja, Perkeo.



Veja também:
Viagem para o vale do Mosel, Reno e Alsácia
Viagem à Alemanha e Alsácia (Parte 1 - Vale do Rio Reno)
Viagem a Alemanha e Alsácia (Parte 3 - Alsácia)







sábado, 26 de julho de 2014

Viagem à Alemanha e Alsácia (Parte 1 - Vale do Rio Reno)


24/08/13
O voo para Frankfurt foi tranquilo.

25/08/13

Jantamos no Apfelweinwirtschaft Wagner. Pedimos um prato com vários tipo de carne de porco, chucrute (ou em alemão Sauerkraut) e vinho tinto (Höllen Berg, 2011, 13,5%) e provamos o "vinho" feito de maçã, o Apfelwein, que não aprovou. Comemoramos o primeiro aniversário do grupo na viagem. Brindamos com espumante alemão (sekt), que curiosamente foi servido com gelo na taça.


26/08/13

Na saída de Frankfurt, Carol (guia da Vida Boa Viagens, www.vidaboaviagens.com.br) explicou que a Alemanha é uma república federativa sustentada pela força da classe trabalhadora, assim, os preços são honestos para que todos tenham acesso, além de contar com estrutura do Estado para isto.
A Alemanha tem 13 regiões vinícolas: Ahr, Baden, Franken, Hessische Bergstrasse, Mittelrhein, Mosel-Saar-Ruwer, Nahe, Pfalz, Rheingau, Rheinhessen, Saale-Unstrut, Sachsen e Württenberg.

Há vinhos na Alemanha desde o tempo dos celtas, mas a produção com mais qualidade começou com os monges cistercienses, que precisavam se manter e produziam vinhos e cervejas para vender.


Começamos nossa viagem pelo sudoeste, Vale do Reno, onde o Riesling se beneficia de um ótimo solo (xistoso) e exposição para produzir deliciosos vinhos.
Outras castas cultivadas lá são müllerthurgau (híbrido, para vinhos populares, silvanner, vinhos simples, spertburgunder (pinot noir), portugheser 63% de vinho branco.
A produção de vinho nessa região tem relação com a Borgonha, tanto histórica como vinícola.

Visita a vinícola Robert Weil

Na visita à vinícola Robert Weil, fomos recebidos pela Júlia. Vinícola grande, umas das melhores da Alemanha. O fundador estava trabalhando em Bordeaux quando começou a guerra franco prussiana em 1870. Então, ele voltou para casa, ao lado da igreja onde o tio era padre e começou a produzir vinhos. A vinícola estava em obras. Visitamos a cantina onde ela nos explicou o processo de produção um pouco diferente do que já havíamos visto, pois o mosto descansa um dia antes de parar a fermentação. Vimos ainda a adega com barricas de carvalho onde o vinho branco fica para evoluir e não para ganhar notas de madeira. Provamos nove vinhos.

Barrica típica alemã "fuder"

Os nove vinhos que degustamos foram: Weingut Robert Weil Riesling Rheingau halbtrocken 2012, Weingut Robert Weil Kiedrich Turmberg Riesling trocken 2012, Weingut Robert Weil Kiedrich Klosterberg Riesling trocken 2012, Weingut Robert Weil Kiedricher Riesling trocken 2012, Weingut Robert Weil Theingau Riesling trocken 2012, Weingut Robert Weil Kiedrich Gräfenberg Riesling Spätlese 2012, Weingut Robert Weil Rheingau Kiedrich Turmberg Riesling Spätlese 2006, Weingut Robert Weil Rheingau Kiedrich Gräfenberg Riesling Auslese 2007 e Weingut Robert Weil Kiedrich Turmberg Riesling Spätlese 2012.

A classificação dos vinhos na Alemanha conforme a quantidade de açúcar residual:
Trocken = seco
Halbtroken = meio seco
Spätlese = colheita tardia, fermentação interrompida, bloqueada (mais doce)
Auslese = colheita tardia botitrizada

Almoçamos em Rüdesheim, sopa (batatas e milho), spetzel (um macarrão) com carne assada à moda renana (molho agridoce de passas e amêndoas, acho que era tatu) e purê de maçã e de sobremesa sorvete com frutas vermelhas em calda. Para acompanhar vinho Georg Breuer Sauvage Riesling, 2012, 12%. No restaurante tinha um carrilhão que tocava sinos a cada hora. Durante nosso almoço o pianista tocou músicas brasileiras.


Tivemos tempo para passear na cidade e conhecer suas charmosas ruelas, o nome da principal é Drosselgasse. As ruas eram muito estreitas e havia muita gente visitando. Tomamos um café típico chamado Rüdesheimer Kaffee für Sie am Tisch flambiert  (€ 7,60), onde o café é misturado ao Asbach Uralt flambado na xícara.


Depois andamos de teleférico que passava por cima dos vinhedos. Fomos até o monumento da unificação da Alemanha (não da reunificação), Niederwalddenkmal. A Birgit explicou que este é um monumento construído para comemorar a criação do império germânico após a guerra franco-prussiana. A figura central com 10,5 metros é a Germânia, a “Grande Dama”.


Cruzamos o rio Reno de ferryboat até  Bingen.
Vimos o castelo de Mäuseturm, (literalmente Torre dos Ratos) é uma torre fortificada sobre uma ilha do Reno de 968 D.C., perto da cidade de Bingen.

O nome desta cidade ficou famoso, entre outras coisas, porque nela viveu e está enterrada, num convento muito próximo, Santa Hildegarda de Bingen.
A santa Hildegarda foi uma abadessa que criou uma farmácia de ervas nos tempos medievais. Hoje ainda tem uma escola de hildegards.
Esta região é mais católica que protestante.
Atravessamos o rio de ferryboat para a cidade de Bacharach.

Chegamos ao nosso hotel Augustin’s.

Jantamos no restaurante Historische Wein Wirtschaft. A comida era servida nas peças da casa. Comemos na cozinha. Era muita comida. Foram servidos sopa de cenoura com gengibre, Gefüllte Kartoffelklöße mit Pfälzer – Leberwurst Rezept (um bolo de batata recheada com fígado de porco) ou Vitela com batatas, torta mousse. Para acompanhar bebemos branco riesling Oberweseler 2012 QbA troken, Weingut Lanius-Knab Oberwesel 18,50/l e tinto Dornfelder QbA 2011 Weingut Albert Lambrich, Dellhofen 20/l.

Kartoffelklöße recheada com fígado de porco.


27/08/13

Nosso primeiro compromisso foi a visitamos a vinícola Philipps Mühler.
Fomos recebidos com sekt pelo dono e enólogo. Considerada uma das melhores da região. Ele explicou que a família trabalha com moagem de trigo hà 700 anos e que não está mais valendo a pena, irão fechar o moinho em 2 anos. Há 130 anos eles fazem vinhos para consumo próprio,sendo que ele e o irmão se formaram em enologia e estão tocando a vinícola sozinho.

Provamos 7 vinhos diferentes, servidos junto com pão (feito com trigo deles) e água com gás. Tem 3.2 hectares e produzem 22.000 garrafas.

O vinhos provados foram: Lore ley 2009 Riesling brut, Lore ley Regent Trocken Mittelrhein 2012, Lere ley Spätburgunger blanc noir trocken Mittelrhein 2012, Steilhang Müller-Thurgau trocken Mittelrhein 2012, Steilhang Riesling Trocken Mittelrhein 2012, Burgrheinfels Riesling Trocken Mittelrhein 2012,  Steilhang  Riesling Halbtrocken Mittelrhein 2012 e St. Goarer Ameisanberg Riesling Mittelrhein 2012


O primeiro foi um tinto de Müller-hurgau uva resultado da cruza de riesling com madaleine-royal. Foi uma visita instrutiva ele explicou de quais vinhedos vieram as uvas de cada vinho, idade das videiras e tipo de solo. Explicou que ali eles tem xisto (ardósia - schiefer) e que este solo de dia esquenta com o sol e de noite libera este calor de volta. Falou que tem insetos bons e outros ruins (formigas).  Explicou que a fermentação demora 3 semanas e que a poda acontece em Dezembro. Os vinhos melhores são das videiras em ardósia, que têm de raízes mais profundas.

Fizemos o passeio de barco pelo rio Reno. A Birgit, nossa guia alemã, explicou sobre a região sempre disputada pela França, por isso nas margens do rio podemos ver muitos castelos em pontos estratégicos para proteção. Falou também sobre a guerra franco-pruciana e a importância econômica do Reno. Realmente é impressionante o número de castelos e de barcos navegando pelo rio. Falou também da lenda da Loreley e das dificuldades de navegação no passado.

Diz a lenda, que a Loreley era uma moça que cantava de cima das montanha e os  barqueiros ficavam admirando e acabavam morrendo na correnteza da curva do rio. Visitamos o monumento e o museu da Lorelay.


Chegamos de barco em Koblenz e vimos o encontro dos rios Reno e Mosel, o ângulo da Alemanha (Deutsches Eck). Caminhamos pela cidade, visitamos a catedral, muito bonita, parcialmente destruída na guerra.


Chegando de volta ao hotel, caminhamos até a igreja, mas como já passava das 18h já estava tudo fechado. Andamos em um pedaço do muro medieval. A janta foi no próprio hotel. A recepcionista, também garçonete, era croata e falava bem o italiano. Foi servido trilogia de sopas, lombo com batatas e sorvete de nozes.



Veja também:
Viagem para o vale do Mosel, Reno e Alsácia
Viagem a Alemanha e Alsácia (Parte 2 - Vale do rio Mosel)
Viagem a Alemanha e Alsácia (Parte 3 - Alsácia)



Nota: Esta viagem foi organizada pela Vidaboa Viagens, a mesma que organizou a viagem para a Borgonha. Trabalhando com viagens personalizadas e focada nas regiões vinícolas da Europa (França, Itália, Portugal e Alemanha) desde 2010, a empresa Vida Boa elabora viagens enogastronômicas. Com presença no Brasil e na frança, os contatos são:
- no Brasil: Alessandra Licati, tel/fax: + 55 48 3733-7020, ale@vidaboaviagens.com.br
- na França, Carolina Licati, cel FR: 00 33 (0)6 21 41 69 45, carol@vidaboaviagens.com.br
Vidaboa viagens, skype: contato.vidaboa, contato@vidaboaviagens.com.br,

sábado, 15 de março de 2014

Viagem à Borgonha, Beaujolais, Côte du Rhône e Provence (Parte 2)

05/05/2012

Visitamos o "Hospices de Beaune", um hospital para pobres que funcionou desde 1456 até a década de 1970. É um lugar muito lindo, amplo e bem conservado.


Fomos apresentado a um Romaneé-Conti de 1980 que custava 9 mil euros. Foi uma confusão. Todos os presentes queriam tanto compra-lo que acabamos não comprando.

Fomos para,o piquenique em Savigni  Les Beaunes, onde estava ocorrendo o festival do vinho. A cidade é uma festa. O nome do evento é Savigny Portes  Ouvertes. A gente compra uma taça e sai pela cidade degustando. Não há rua que não tenha uma adega.  Em geral, são varias adegas em cada rua.


Saímos do piquenique e fomos visitar a vinícola Maison  Parigot & Richard.


Visitamos outras adegas e por final fizemos um passeio de trenzinho pra disfarçar a bebedeira.


Jantamos na Cousinerie de Bourgogne. Trata-se de umas das mais antigas confrarias da Borgonha. Todo o jantar é com muita música e cantoria pelos próprios confrades. O Eduardo foi nomeado membro da confraria  e condecorado com faixa e tudo. Foi uma overdose de vinho bom.


06/05/2012

Fomos a Cluny, onde almoçamos e visitamos a abadia de Cluny. Consta que em 910 havia nesta região mais de mil monasterios e Cluny era o mais importante. O edifício do Vaticano é uma copia desta abadia, com 4 metros a mais.


Depois paramos em Julienas e provamos o primeiro beaujolais da viagem em uma cantina regional onde foi uma igreja. A maioria não gostou do vinho, porém ficou acertado entre nos que temos que aceitar o vinho como ele é.

Chegamos ao hotel Chateau Pizay.

07/05/2012

Saímos para Hameau Duboeuf, um enopark com museu e cinema com  vários pequenos filmes sobre o tema. O ultimo deles é excepcional, 3D e interativo, a gente viaja com duas abelhinhas pela região de beujolais o nome e "vive lê bujoulais e vive lê maconais".


Degustamos quatro vinhos: Brouilly, Chiroubles, Saint Amour e Moulin à Vent.

Atravessamos o rio Ausone e chegamos a Lyon, onde o Ausone encontra o Rhone.

Pegamos o funicular e visitar a basílica de Lyon, um lugar bastante lindo, visitamos também o museu Les Enfant Terribles. Trata-se de um anfiteatro em ruínas.

Na volta para o hotel bebemos um chop belga, maravilhoso.

08/05/2012

Fomos para Avignon, no caminho paramos em Tain de Hermitage para uma rápida degustação na Maison Chapoutier. Experimentamos 3 vinhos brancos e 3 vinhos tintos os brancos são da uva Marsault e os tintos são da uva Shiraz.
Sant-Peray 2010 Anne Sophie e PIC, 13° GL, Les Meysonniers, 2011, Crozes-Hermitage, 12,5° GL (Este vinho tem braille no rotulo em homenagem ao antigo dono da parcela de onde vem o vinho, que desenvolveu o braille simplificado), Saint-Joseph Deschanps, 2011, 13,5° GL (solo da lavoura é granítico e o vinho é mais amanteigado e mineral), Les Arènes Cornas, 12 meses em barrica velha, pode guardar 10 a 15 anos, Les Becasses Côte Rôtie, 2009, 13°GL e Sizerane Hermitage, 2009, 14° GL.


Almoçamos em Chateauneuf-du-Pape, restaurante panorâmico.

Depois fomos para uma degustação no Chateau Mont-Redon, fomos atendidos pelo Phelipe, bastante simpático.


Chegamos em Avignon, deixamos as malas e fomos ao centro antigo amuralhado, visitar o palácio dos papas. No período  compreendido entre 1309 e 1377, quando a residência do papa foi alterada de Roma para Avignon. À medida que o poder real foi se fortalecendo na França, surgiram conflitos com a Igreja. Durante o reinado de Filipe IV de França, o Belo (1285-1314), registrou-se um choque entre esse soberano e o então Papa Bonifácio VIII. O Papa não permitia que o rei cobrasse tributos da igreja francesa. O sucessor do Papa Bonifácio VIII, Clemente V, foi levado (sem possibilidade de debate) pelo rei francês a residir em Avinhão, dando origem aos papas franceses que viveram naquela cidade. Este episódio é conhecido como a "Crise de Avinhão". O vinho Châteauneuf du Pape, significando "o novo castelo do Papa", tem o seu nome da nova residência do antipapa em Avignon.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Papado_de_Avinh%C3%A3o

09/05/2012

Saímos para Saint Rémy, passamos pelas ruínas de uma cidade romana que fica defronte ao "hospice" onde ficou internado o pintor holandês Van Gohg.


Após, chegamos a Saint-Rémy  onde degustamos azeite de oliva e aceto balsâmico. Passamos pela casa onde nasceu Nostradamus (1503-1566).


Fomos para a vinícola Mas de Tourelles. Esta vinícola, durante os trabalhos agrícolas descobriu que aquele local fora um sítio gallo-romano onde fabricavam ânforas, pelas descobertas arqueológicas. Na década de 90 o proprietário resolveu desenvolver dois tipos de vinificação: uma dentro dos métodos atuais e outra pelo método ancestral, através de pesquisa arqueológica. Elaboram o vinho utilizando uma prensa de madeira, um lagar de pedra e ânforas para a fermentação. O vinho tem a adição de ervas aromáticas, álcool e essências. Degustamos dois vinhos normais: Chateau dês Tourelles Cour dês  Gllycines 2007 e Chateau dês Tourelles Le Coin des Grenades. Os vinhos feito à moda romana: Mulsun, Turriculae e Carenum, este ultimo é para acompanhar sobremesa.

10/05/2012

Saimos para  Isle-Sur-la-Sorgues.

Partimos para região do Luberon, uma cadeia montanhosa.  Passamos Gordes, uma comunidade incrustada na montanha e depois pela abadia Notre Dame de Sémanque, onde cultivam lavanda.


Voltamos a Fordes para almoçar no restaurante Au Clos de Gustave.

Após o almoço fomos para Rousilon passando pelo Musée de la Lavande.

Rousillion é uma pequena comunidade sobre uma montanha de solo com alta concentração de ôcido de ferro que da uma tonalidade ocre. O extrato de ôcido, em maior ou menor concentração é usado no reboco das casas, o que da ao lugar o nome de cidade vermelha.

Após um pequeno descanso no hotel fomos jantar no Lá Mirande que fica no palácio dos papas, segundo subsolo. Visitamos a adega do restaurante e fomos apresentado a um Ramanee-Conti 1980. O jantar foi servido na cozinha do chef Jean Claude Haltmayer.

11/05/2012

Visitamos o aqueduto Pont De Gard é uma obra monumental dos romanos, do ano 50 d.c.. Transporta 40 mil metros cúbicos/dia e leva água de Uzès a Nîme, cruzando o rio Gardon. Visitamos também o museu da obra, onde explicam como foi a construção da ponte.

Em Uzès almoçamos pizzas.

Voltamos para Avignon e embarcarmos no TGV para Paris e então voltamos para casa.



Veja também:
Roteiro à Borgonha, Beaujolais, Côte du Rhône e Provence
Viagem à Borgonha, Beaujolais, Côte du Rhône e Provence (Parte 1)

quinta-feira, 6 de março de 2014

Viagem à Borgonha, Beaujolais, Côte du Rhône e Provence (Parte 1)

Nota: Esta viagem foi organizada pela Vidaboa Viagens. Trabalhando com viagens personalizadas e focada nas regiões vinícolas da Europa (França, Itália, Portugal e Alemanha) desde 2010, a empresa Vida Boa elabora viagens enogastronômicas. Com presença no Brasil e na frança, os contatos são:
- no Brasil: Alessandra Licati, tel/fax: + 55 48 3733-7020, ale@vidaboaviagens.com.br
- na França, Carolina Licati, cel FR: 00 33 (0)6 21 41 69 45, carol@vidaboaviagens.com.br
Vidaboa viagens, skype: contato.vidaboa, contato@vidaboaviagens.com.br, www.vidaboaviagens.com.br


30/04/2012 
Nosso voo chegou em Paris, então partimos para Chablis. Ao entrar na região da Borgonha, a Carol nos ofertou um Cremant de boas vindas. Os decibéis aumentaram.

A paisagem é muito bonita especialmente por que a canola estava florada com campos  amarelados.


Almoçamos escargot com alho  porró. A tarde visitamos vinícola Louis Moreau.

Fomos atendidos pela, esposa do Louis, Anne, muito simpática. Provamos um petit Chablis, um Chablis, um premier cru e um gran cru, todos chardonay. O gran cru especialmente tem gosto de compota e os demais ácidos e frescos. Nesta vinícola aprendemos que os clos são pequenos terrenos cercados de pedra, do tempo medieval e pode ter vários proprietários. O clos tem uma conotação de "pequena área" de "propriedade de qualidade", eventualmente, mais "nobre". Na região do Chablis o terroir é evidenciado no rótulo.


Após, fomos para hotel Le Vieux Moulin.
Endereço: 18 Rue des Moulins, 89800 Chablis, França
Telefone:+33 3 86 42 47 30

01/05/2012

Após o café da manha saimos para degustação na vinicola Willian Fevre. Fomos recebidos pelo Alan que iniciou falando em francês e a Carol, traduzindo. Depois ele passou a falar em Franpanhol.
Degustamos os vinhos petit Chablis, Chablis, premier cru (Vaulorent e Lês lis) e os gran cru (Lês Preuses e Valmur), todos muito bons.


Aprendemos que os anos quentes produzem vinhos com baixa acides e maior longevidade, nos anos mais frios com acidez maior e menor potencial de guarda.

Partimos para Vosne-Roumanee, no caminho visitamos Noyers-sur-Serain, cidade medieval com Torres de observação e proteção ao castelo hoje em ruína.


Almoçamos no restaurante La beursaudière em Nitry.

De tarde visitamos a catedral de Santa Madalena em Vezelay  e depois  fomos La Maison du Visiteur, fomos atendidos pela Veronique Fuegere, muito simpática, nos fez  uma demonstração de como foi construída a basílica pelos beneditinos, a posição para receber a iluminação solar durante os diversos solisticios.

A Carol distribuiu o "passaporte to burgundy wine", um resumo sobre a região da Borgonha.

02/05/2012

Antes de sairmos do hotel, a Carol fez um teste de sensibilidade do nosso paladar.  Provamos água pura, com açúcar, com sal, com acido cítrico, com baunilha, com framboesa e com amêndoa. Uma experiência nova para nós.

Fomos para Le Domaine Gros Frère et Sœur, situé à Vosne-Romanée.


Fizemos a degustação na cave pois o proprietário estava dando uma entrevista na sala de degustação.
Degustamos os Haut Côte de Nuit Rouge, Vosne Romaneé, Echezeaux, Clos Vougeot Musigni 2010, Grands Echezeaux, Richebourg e Haut Côte de Nuit Blanc. A cave desta vinícola faz divisa com a Romaneé Conti.

Após esta degustação, visitamos uma fabrica de queijos onde produzem o Epoisses de leite cru.  Degustamos o queijo servido com vinho.


Almoçamos no "Au Clos napoléon" em Fixan, um almoço excepcional.

Em Dijon degustamos mostradas.

Jantamos no Chateau de Gilly.


03/05/2012

Primeira parada,  visita às videiras da Romaneé-Conti. A Carol nos deu uma aula sobre poda, fertilização e adubação biodinâmica.


Segunda parada, visitamos o Chateau Clo de Vougeot, confraria da ordem dos cavalheiros degustadores. Lá, existem 4 prensas de uvas do século XV impressionantes.

Depois fomos para o Chateau de La Tour, onde fomos atendidos pela Cleur, degustamos os vinhos Beaune Clos DU Dessus des Marconnetes 2010, muito ácido, Beaune Premier Cru Coucherias A.O.C Rouge 2010, também ácido e potente, podendo ser guardado por até dez anos, Clos Vougeot gran cru Chateaux de la Tour, 2007, Bastante persistente.

A vinícola faz poda de controle de produção deixando 7 cachos por pé.


Amoçamos em Aloxe-Corton no restaurante da vinícola "Domaine Comte Senard", um almoço harmonizado.
Vinhos:
  1. Bourgogne Blanc 2007, vinho regional
  2. Aloxe-Corton  2009, village
  3. Aloxe-Corton Premier Cru Valozieres 2007
  4. Corton Gran Cru, Clos dês Meix 2009. Achei smelhor o premier cru.

Em Beaune fizemos degustação na vinícola Champy, fundada em 1720, possui 26 hectares de  videiras e produz 750 mil garrafas por ano.

A cidade de Beaune possui  de 15 a 16 km de caves em seu sub-solo, toda cheia de vinho, imaginem só.

Os Borgonheses se preocupam em não marcar o vinho demasiadamente com madeira.

04/05/2012


Em Haut Côte de Beaune visitamos o Chateau de Pommard. O lugar é lindo, maravilhoso, mas os vinhos não impressionaram. Degustamos o Pommard 2008, Gran Vin de Chateau Pomar 2007 e 2008, Sauvigni lês Baunes 2009 e por fim o Marc Pommanrd, um conhaque destilado do mosto de uva. A vinícola abriga um pequeno museu com obras de Salvador Dali.


Passamos por uma falésia  calcárea que dá vista a um lindo vale. Lá a Carol fez uma brincadeira conosco, com essências, onde  tínhamos que identificar o aroma. Muito boa experiência e um grande dedicação ao assunto vinho, pela Carol.

Almoçamos no restaurants do hotel Le Montrachet, talvez o melhor almoço  até o momento.

Na janta bebemos os vinhos Auxey-Duresses 2009 (branco), Chassagne-Montrachet 2009 (tinto), ambos combinaram bem com o prato. Por fim, com a sobremesa consumimos um Muscat de Beaunes de Venise.

Após o almoço saímos para o Chateau de la Velle onde tivemos uma aula interativa sobre a construção de barricas. Ficamos sabendo que a barrica de Bordeaux tem capacidade para 225 litros e espessura de 22mm e as de Borgogna tem capacidade de 228 litros e espessura de 28 mm.


http://youtu.be/K_EQVYeArhs

Usam Folhas de junco para evitar eventuais vazamentos na tampa.
Após demonstração do toneleiro formamos três equipes e montamos três barricas.

Após esta inusitada experiência, para descansar da atividade, degustamos rapidamente três vinhos brancos frescos e bastante agradáveis. Enquanto degustávamos, o dono ia nos contando que os alemães estiveram ali durante a segunda grande guerra.



Veja também:
Roteiro à Borgonha, Beaujolais, Côte du Rhône e Provence
Viagem à Borgonha, Beaujolais, Côte du Rhône e Provence (Parte 2)