24/08/13
O voo para Frankfurt foi tranquilo.
25/08/13
Jantamos no Apfelweinwirtschaft Wagner. Pedimos um prato com vários tipo de carne de porco, chucrute (ou em alemão Sauerkraut) e vinho tinto (Höllen Berg, 2011, 13,5%) e provamos o "vinho" feito de maçã, o Apfelwein, que não aprovou. Comemoramos o primeiro aniversário do grupo na viagem. Brindamos com espumante alemão (sekt), que curiosamente foi servido com gelo na taça.
26/08/13
Na saída de Frankfurt, Carol (guia da Vida Boa Viagens, www.vidaboaviagens.com.br) explicou que a Alemanha é uma república federativa sustentada pela força da classe trabalhadora, assim, os preços são honestos para que todos tenham acesso, além de contar com estrutura do Estado para isto.
A Alemanha tem 13 regiões vinícolas: Ahr, Baden, Franken, Hessische Bergstrasse, Mittelrhein, Mosel-Saar-Ruwer, Nahe, Pfalz, Rheingau, Rheinhessen, Saale-Unstrut, Sachsen e Württenberg.
Há vinhos na Alemanha desde o tempo dos celtas, mas a produção com mais qualidade começou com os monges cistercienses, que precisavam se manter e produziam vinhos e cervejas para vender.
Começamos nossa viagem pelo sudoeste, Vale do Reno, onde o Riesling se beneficia de um ótimo solo (xistoso) e exposição para produzir deliciosos vinhos.
Outras castas cultivadas lá são müllerthurgau (híbrido, para vinhos populares, silvanner, vinhos simples, spertburgunder (pinot noir), portugheser 63% de vinho branco.
A produção de vinho nessa região tem relação com a Borgonha, tanto histórica como vinícola.
Visita a vinícola Robert Weil |
Na visita à vinícola Robert Weil, fomos recebidos pela Júlia. Vinícola grande, umas das melhores da Alemanha. O fundador estava trabalhando em Bordeaux quando começou a guerra franco prussiana em 1870. Então, ele voltou para casa, ao lado da igreja onde o tio era padre e começou a produzir vinhos. A vinícola estava em obras. Visitamos a cantina onde ela nos explicou o processo de produção um pouco diferente do que já havíamos visto, pois o mosto descansa um dia antes de parar a fermentação. Vimos ainda a adega com barricas de carvalho onde o vinho branco fica para evoluir e não para ganhar notas de madeira. Provamos nove vinhos.
Barrica típica alemã "fuder" |
Os nove vinhos que degustamos foram: Weingut Robert Weil Riesling Rheingau halbtrocken 2012, Weingut Robert Weil Kiedrich Turmberg Riesling trocken 2012, Weingut Robert Weil Kiedrich Klosterberg Riesling trocken 2012, Weingut Robert Weil Kiedricher Riesling trocken 2012, Weingut Robert Weil Theingau Riesling trocken 2012, Weingut Robert Weil Kiedrich Gräfenberg Riesling Spätlese 2012, Weingut Robert Weil Rheingau Kiedrich Turmberg Riesling Spätlese 2006, Weingut Robert Weil Rheingau Kiedrich Gräfenberg Riesling Auslese 2007 e Weingut Robert Weil Kiedrich Turmberg Riesling Spätlese 2012.
A classificação dos vinhos na Alemanha conforme a quantidade de açúcar residual:
Trocken = seco
Halbtroken = meio seco
Spätlese = colheita tardia, fermentação interrompida, bloqueada (mais doce)
Auslese = colheita tardia botitrizada
Almoçamos em Rüdesheim, sopa (batatas e milho), spetzel (um macarrão) com carne assada à moda renana (molho agridoce de passas e amêndoas, acho que era tatu) e purê de maçã e de sobremesa sorvete com frutas vermelhas em calda. Para acompanhar vinho Georg Breuer Sauvage Riesling, 2012, 12%. No restaurante tinha um carrilhão que tocava sinos a cada hora. Durante nosso almoço o pianista tocou músicas brasileiras.
Tivemos tempo para passear na cidade e conhecer suas charmosas ruelas, o nome da principal é Drosselgasse. As ruas eram muito estreitas e havia muita gente visitando. Tomamos um café típico chamado Rüdesheimer Kaffee für Sie am Tisch flambiert (€ 7,60), onde o café é misturado ao Asbach Uralt flambado na xícara.
Depois andamos de teleférico que passava por cima dos vinhedos. Fomos até o monumento da unificação da Alemanha (não da reunificação), Niederwalddenkmal. A Birgit explicou que este é um monumento construído para comemorar a criação do império germânico após a guerra franco-prussiana. A figura central com 10,5 metros é a Germânia, a “Grande Dama”.
Cruzamos o rio Reno de ferryboat até Bingen.
Vimos o castelo de Mäuseturm, (literalmente Torre dos Ratos) é uma torre fortificada sobre uma ilha do Reno de 968 D.C., perto da cidade de Bingen.
O nome desta cidade ficou famoso, entre outras coisas, porque nela viveu e está enterrada, num convento muito próximo, Santa Hildegarda de Bingen.
A santa Hildegarda foi uma abadessa que criou uma farmácia de ervas nos tempos medievais. Hoje ainda tem uma escola de hildegards.
Esta região é mais católica que protestante.
Atravessamos o rio de ferryboat para a cidade de Bacharach.
Chegamos ao nosso hotel Augustin’s.
Jantamos no restaurante Historische Wein Wirtschaft. A comida era servida nas peças da casa. Comemos na cozinha. Era muita comida. Foram servidos sopa de cenoura com gengibre, Gefüllte Kartoffelklöße mit Pfälzer – Leberwurst Rezept (um bolo de batata recheada com fígado de porco) ou Vitela com batatas, torta mousse. Para acompanhar bebemos branco riesling Oberweseler 2012 QbA troken, Weingut Lanius-Knab Oberwesel 18,50/l e tinto Dornfelder QbA 2011 Weingut Albert Lambrich, Dellhofen 20/l.
Kartoffelklöße recheada com fígado de porco. |
27/08/13
Nosso primeiro compromisso foi a visitamos a vinícola Philipps Mühler.
Fomos recebidos com sekt pelo dono e enólogo. Considerada uma das melhores da região. Ele explicou que a família trabalha com moagem de trigo hà 700 anos e que não está mais valendo a pena, irão fechar o moinho em 2 anos. Há 130 anos eles fazem vinhos para consumo próprio,sendo que ele e o irmão se formaram em enologia e estão tocando a vinícola sozinho.
Provamos 7 vinhos diferentes, servidos junto com pão (feito com trigo deles) e água com gás. Tem 3.2 hectares e produzem 22.000 garrafas.
O vinhos provados foram: Lore ley 2009 Riesling brut, Lore ley Regent Trocken Mittelrhein 2012, Lere ley Spätburgunger blanc noir trocken Mittelrhein 2012, Steilhang Müller-Thurgau trocken Mittelrhein 2012, Steilhang Riesling Trocken Mittelrhein 2012, Burgrheinfels Riesling Trocken Mittelrhein 2012, Steilhang Riesling Halbtrocken Mittelrhein 2012 e St. Goarer Ameisanberg Riesling Mittelrhein 2012
O primeiro foi um tinto de Müller-hurgau uva resultado da cruza de riesling com madaleine-royal. Foi uma visita instrutiva ele explicou de quais vinhedos vieram as uvas de cada vinho, idade das videiras e tipo de solo. Explicou que ali eles tem xisto (ardósia - schiefer) e que este solo de dia esquenta com o sol e de noite libera este calor de volta. Falou que tem insetos bons e outros ruins (formigas). Explicou que a fermentação demora 3 semanas e que a poda acontece em Dezembro. Os vinhos melhores são das videiras em ardósia, que têm de raízes mais profundas.
Fizemos o passeio de barco pelo rio Reno. A Birgit, nossa guia alemã, explicou sobre a região sempre disputada pela França, por isso nas margens do rio podemos ver muitos castelos em pontos estratégicos para proteção. Falou também sobre a guerra franco-pruciana e a importância econômica do Reno. Realmente é impressionante o número de castelos e de barcos navegando pelo rio. Falou também da lenda da Loreley e das dificuldades de navegação no passado.
Diz a lenda, que a Loreley era uma moça que cantava de cima das montanha e os barqueiros ficavam admirando e acabavam morrendo na correnteza da curva do rio. Visitamos o monumento e o museu da Lorelay.
Chegamos de barco em Koblenz e vimos o encontro dos rios Reno e Mosel, o ângulo da Alemanha (Deutsches Eck). Caminhamos pela cidade, visitamos a catedral, muito bonita, parcialmente destruída na guerra.
Chegando de volta ao hotel, caminhamos até a igreja, mas como já passava das 18h já estava tudo fechado. Andamos em um pedaço do muro medieval. A janta foi no próprio hotel. A recepcionista, também garçonete, era croata e falava bem o italiano. Foi servido trilogia de sopas, lombo com batatas e sorvete de nozes.
Veja também:
Viagem para o vale do Mosel, Reno e Alsácia
Viagem a Alemanha e Alsácia (Parte 2 - Vale do rio Mosel)
Viagem a Alemanha e Alsácia (Parte 3 - Alsácia)
Nota: Esta viagem foi organizada pela Vidaboa Viagens, a mesma que organizou a viagem para a Borgonha. Trabalhando com viagens personalizadas e focada nas regiões vinícolas da Europa (França, Itália, Portugal e Alemanha) desde 2010, a empresa Vida Boa elabora viagens enogastronômicas. Com presença no Brasil e na frança, os contatos são:
- no Brasil: Alessandra Licati, tel/fax: + 55 48 3733-7020, ale@vidaboaviagens.com.br
- na França, Carolina Licati, cel FR: 00 33 (0)6 21 41 69 45, carol@vidaboaviagens.com.br
Vidaboa viagens, skype: contato.vidaboa, contato@vidaboaviagens.com.br,
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