sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Degustação com Arroz com feijão

Rise, beans and wines
Vinhos degustados

Reunião nº 148

Dia: 23/09/2012

Tema: Arroz com feijão

Vinhos:

  • Chateau Lagrezette, 14% álcool, ano 2004 vinho tinto fino seco. ADP SA Domaine de Lagrezette, Caillac, Cahors França. Castas: Malbec 85%, Merlot 14% e Tannat 1%. Rubi bem fechado, aromas álcool e madeira. Na boca corpo de médio a encorpado, boa acidez, com taninos presentes. Mesmo depois de aerado sente-se na boca muita madeira (nº609).
  • Tikal Amorío.14 % álcool, ano 2008, vinho tinto fino seco. Bodegas Esmeralda SA, Lujan de Cuyo, Mendoza, Argentina. Importação Mistral. Castas: 100% Malbec.  Rubi muito fechado quase negro. Aromas agradáveis de calda e caramelo. Na boca bom corpo, macio e muito agradável. Foi o que melhor combinou com os pratos servidos (nº610).
  • Melipal  14% % álcool, ano 2009, vinho tinto fino seco. Viñas Familia Aristi SA, Bodegas Melipal, Lujan de Cuyo, Mendoza Argentina. Castas: Malbec 100%. Rubi também fechado, na boca agradável e macio. Muito bom custo-benefício. Disputou com o anterior a preferência de todos (nº611).
  • Caliterra Tributo  14 % álcool, ano 2008, vinho tinto fino seco DO Valle de Colchagua. Viña Caliterra SA, Valle Colchagua Chile. Castas: Malbec 95%, Carmenere 3% e Petit Verdot 2%.. Também rubi bem fechado bom corpo e agradável. Alguma madeira nos aromas e no retrogosto (nº612).
  • Tokaji Szamorodni Száraz/Dry 12,5%  álcool, ano 2007, vinho branco licoroso seco. Tokaji Kereskedohaz. Hungria. Castas: não indicadas. Diferente da maioria dos Tokaji este vinho é seco. Amarelo palha, muito interessante, lembra um Jerez. Oferta dos anfitreões que o trouxe em sua viagem ao Leste Europeu. (nº613)
  • Tokaji Aszú 6 Puttonyos  11 % álcool, ano 1999, vinho branco licoroso doce. Tokaji Kereskedohaz. Hungria. Castas: não indicadas. Amarelo dourado, alta acidez que o faz equilibrado apesar de grande quantidade de açúcar residual. Ficou ótimo com o sagú branco com calda de morangos. Oferta dos anfitreões que o trouxe em sua viagem ao Leste Europeu (nº613).


domingo, 23 de setembro de 2012

O ano de 2009. Completamos 10 anos.

Aniversário de 10 anos do grupo solerafloripa

Neste ano nosso grupo completou 10 anos. Tivemos uma amiga que se mudou para Porto Alegre e fizemos uma reunião em Porto Alegre e outra em Brasília com os nossos amigos de viagens.

Os temas de nossas reuniões foram: vinhos e jantar ayurveda, vinhos rosados, vinhos da Toscana, Aniversário de 10 anos do grupo, Viagem a Porto Alegre, Harmonização vinho comida, Vinhos franceses e suíços, Trazidos da França, Vinhos de altitude catarinenses, Vinhos de Bordeaux, Viagem a Brasília, Vinhos e lagosta, À ESPERA DE ERICK e Fim de ano.

Os vinhos provados foram:
vinhos e jantar ayurveda: Cave Geisse 2006, Eugen Müller 2006, Colomé Torronté 2007, Villard Cardonna 2005, Warre’s King Tawny Port;
vinhos rosados: Casa Valduga Premium Blush 2006, Chateau Saint- Roch 2006, Domaine Sorin Terra Amata Rosé 2007, Infinitus Rosado 2007, Sachetto Brut Rosè, Cavaliere Rosé Rosè 2007;
vinhos da Toscana: Cesani Vernaccia di San Gimignano 2007, San Fabiano Calcinaia Chianti Classico 2006, Bellosguardo Chianti 2007, Basciano I Pini 2005;
Aniversário de 10 anos do grupo: Casa Lapostolle Clos Apalta 2005, Herdade do Mouchão Tonel 3-4 2003, Sumarroca Reserva 2005, Oremus Tokaji Dry Mandolás 2006, M. Chapoutier Belleruche Cote Du Rhone 2006, Ramos Pinto Porto 20 anos;
Viagem a Porto Alegre: Adolfo Lona, Alto Vale Natural Brut, Valmarino, Pardina 2005, Universo Patagônia Coleción 2004, Punto Final Malbec 2005, Casa Silva Microterroir de Los Lingues Carmenere 2005, Vin de Constance, François Montand Blanc de Blanc, Costa do Pacífico, Esporão Alicante Bouschet, Don Elias Cabernet Sauvignon
Harmonização vinho comida: Kriter Brut Blanc de Blancs, De Martino Legado Reserva Chardonnay 2007, Tarapacá Cosecha Sauvignon Blanc 2007, Warre’s King Tawny Port, Jean Luc Colombo Viognier La Violette    Vins Jean Luc Colombo 2006, De Martino Legado Reserva Syrah 2005;
Vinhos franceses e suiços: Peri Noix, Maitre de Chais Humagne Rouge 2006, Chateau La Fleur Plaisance 2006, Albert Bichot Pinot Noir 2006, Chateau de La Gardine 2006
Trazidos da França: Alter Ego 2006, Chateau Palmer 2004, Dezzani Barbera 2007, Basciano Chianti Rufina 2006
Vinhos de altitude catarinenses: Sanjo Núbio Sauvignon Blanc 2008, Pericó Taipa 2008, Quinta da Neve Cabernet Sauvignon 2007, Sanjo Maestrale Cabernet Sauvignon 2005, Don Jose Viño de Mora, Concha Y Toro Late Harvest Sauvignon Blanc 2004;
Vinhos de Bordeaux: Chateau Grand Mayne    AOC Saint-Émilion Grand Cru 2002, Chateau Giscours 1999, Chateau Lynch Bages 1995, Chateau des Tours 2005;
Viagem a Brasília: Quinta Lagoalva de Cima 2006, Conti Costanti Brunello di Montalcino 2003, Alion 2004, Pesquera 2005, Oremus Tokaji Aszú Tokaji 2000, Casa Valduga Gran Reserva Espumante 2002;
Vinhos e lagosta: Brumont Gros 2008, Pioche ET Cabanon Rosé 2006, Coquard Chiroubles 2006, Nederburg Nobel Late Harvest;
À ESPERA DE ERICK: Sanvilvestro Cantine 2008, AMAYNA 2008, BARBERA D'ASTI L'AVVOCATA 2006, CATENA MALBEC     2007, CHATEAU LES MINGETS SAUTERNES 2003;
Fim de ano: Casa Valduga Arte Espumante 2008, Cave Pericó espumante 2008, Caliterra Sauvignon Blanc Reserva 2009, De Martino Syrah Reserva.

Neste ano provamos 77 vinhos, sendo que repetimos 5 rótulos. Nossa contagem já estava em 468 rótulos diferentes.



Reunião nº 105

Dia: 16/01/2009

Tema: vinhos e jantar ayurveda

Vinhos:
  • Cave Geisse 12 % álcool, ano 2006, vinho branco espumante natural  brut. Método champenoise. Cave de Amadeu Bento Gonçalves RS Brasil. Casta: não indicada. Vinho espumante sem a fase de “Degorgement” ou seja sem a retirada dos fermentos da segunda fermentação. Bem apreciado combinou com o carpacio de manga com pimenta rosa. (nº398).
  • Eugen Müller Riesling, 10 % álcool, ano 2006, vinho branco fino seco Kabinett. Weingut Eugen Müller, Forst Alemanha. Casta: Riesling. Agradável, bem frutado com um leve toque mineral, açúcar residual de 12g/l, combinou bem também com o carpácio e com o strudel de verduras e legumes.  (nº399).
  • Colomé Torrontés 13,5% álcool, ano 2007, vinho branco fino seco. Bodega Colomé, Salta, Argentina. Casta: Torrontés. Muito aromático, não correspondeu no gosto. Com pouca persistência, deixou uma sensação de salgado. Não combinou com a comida. (nº400).
  • Villard Cardonnay 13,5% álcool, ano2005, vinho branco fino seco. Villard Fine Wines, Casablenca Valley, Chile. Casta: Chardonnay. Muito bom, consistente, e com final longo. Apesar de passar 10 meses em carvalho não se sente a madeira. Combinou muito bem com o arroz, feijão e cenoura ayurvédicos servidos. (nº401)
  • Warre’s King Tawny Port 19% álcool, ano não indicado, vinho fortificado. Symington Family Estates, Vila Nova de Gaia, Portugal doce. Casta: portuguesas. Agradável com bastante presença. No início um pouco alcoólico. Acompanhou bem a sobremesa de compota de carambola com creme de abacate. (nº402)
Informações sobre comidas ayurveda em http://www.h2hlatino.org/articulos.php?id=140

domingo, 16 de setembro de 2012

Viagem para a Espanha (Parte 3, Ribeira del duero)

08/09/2007 - Briñas -> Valladolid

Após o café da manhã seguimos para Valladolid. No caminho paramos em Burgos, cidade de El Cid, lá visitamos a igreja mais gótica da Espanha, a Catedral de Burgos,  onde fica a tumba de El Cid. Também visitamos a Plaza Mayor e o passeo.


Como  nosso ônibus era grande demais, quando chegamos em Valladolid fomos conduzidos por batedores da polícia até o nosso hotel.
HOTEL OLID MELIA
PLAZA DE SAN MIGUEL, 10
47003 VALLADOLID
TFNO 34 983 357 200
www.solmelia.com



Estava acontecendo a Festa Nuestra Señora de San Lorenzo, patrona de Valladolid, assim como a Feria de Folklore y Gastronomia de Valladolid. Na feira de folclore tinha danças típicas, comidas e vinhos das regiões da Espanha.

09/09/2007 - Zamora

Lá chegando deparamo-nos com uma apresentação a caminho da igreja:

Gigantes e cabezudos de Zamora.



Fizemos visita a Bodegas Estância de Piedra, em Toro.
Provamos Cantadal, 2001, 13%, verejo, 2001, 13% fermentado em barrica; azul 2006, 14%, masseração carbônica, joven e paredinas, 2001, 14%, Crianza (vinhedos de 107 anos).

Almoçamos em Toro. Após, fizemos outra visita à Bodega Antaño – Rueda e degustamos Cobranza 2004 e Señorio de Villegas. Uma bela vinícola onde visitamos a pinacoteca do proprietário.

Garrafa de cava com um manômetro marcando quase 7 bars


10/09/2007 - Valladolid -> Peñafiel


No caminho paramos para conhecer as Bodegas de La Abadia Retuerta. Localizado em um antigo convento-fortaleza de 1.146 (Monastério de Nuestra Señora Santa Maria de Retuerta).

Sistema de barricas suspensas para facilitar o trasiego

Degustamos o vinho Abadia Retuerta Primicia, 2006, o Rívola, 2004, 14,5% crianza,  o Selección especial, 2004.

No início da tarde chegamos ao Hotel Ribera del Duero. Almoçamos e fizemos uma visita a Bogega Convento San Francisco, provamos um Bodega Convento San Francisco, 2004, 14,5%. Lá funcionava o antigo convento de São Francisco em Peñafiel, edificação do século XIII.
Vimos uma pereira carregada de frutos.

Foto sob pereira carregada de frutas

À noite fizemos um piquenique no hotel. Fomos a um supermercado local e compramos algumas comidas. O hotel nos cedeu uma sala com uma mesa comprida e foi uma noite muito agradável. Nosso piquenique foi regado aos vinhos que havíamos comprado nas bodegas que visitamos até então. Aproveitamos para descarregar um pouco nossas malas, pois a viagem já estava acabando.

Comidas e bebidas do piquenique


11/09/2007 - Peñafiel

Pela manhã fizemos uma visita à Bodega Aalto. Nova e moderna, lá fomos atendidos pelo Xavier, os tanques de fermentação são troncos cônicos. Utilizam barricas de carvalho francês. Tem como proposta vinhos de alta qualidade.


Após a Bodega Aalto, visitamos a Bodega Real Sitio de La Ventosilla. Degustamos o Prado Rey Verdejo, 2006 e o Prado Rey Roble 2005, 13,7%.


Almocamos em Aranda del Duero uma deliciosa paella.

Paella

Após o almoço fizemos visita com degustação na Bodega Pañalba Lopez
No jardim da frente tinha uns falcões acorrentados e dentro vimos uma tanoaria.


Degustamos Torremilanos crianza, 2003 e o Vega Lara, 2006, 13,5%.

Ao retornarmos para Peñafiel, fomos visitar o Castelo de Peñafiel.
Um castelo do século XI em forma de navio - muito bonito. Está localizado em cima de uma montanha e de lá tem se uma bela vista da região.
Do alto do Castelo de Peñafiel e
bela vista dos campos de Ribeira del Duero.
Vista de cima do castelo de Peñafiel
Por do sol

12/09/2007 - Peñafiel

No período da manhã tivemos tempo livre para explorar Peñafiel. A plaza mayor estava preparada para um tourada.


As 12:30 h fizemos uma visita à Bodega Pesquera. A vinícola fica em Pesquera del Duero e o Centro em Valbuena del Duero.

Decantadores na Bodega Pesquera
Após o almoço visitamos a Arzuaga Navarro. Provamos  Arzuaga crianza, 2004, Pago Florentino, 2004 e La Planta, 2006.

Para facilitar a remuage

Veja também:
Viagem para a Espanha
Viagem para a Espanha - As Bodas
Viagem para a Espanha (Parte 2, Rioja)

sábado, 1 de setembro de 2012

Reunião nº 147 - Reunião Agosto 2012

Os vinhos degustados

Reunião nº 147

Dia: 11/08/2012

Tema: Polenta, galinha caipira e pasta


Vinhos:

  • Paololeo Negroamaro, 13% álcool, ano 2010, vinho tinto fino seco IGT Salento. Cantine Paololeo srl. San Donaci Italia. Castas: Negroamaro. Rubi de intensidade média, aromas agradáveis de chocolate, café, frutas secas. Na boca agradável, corpo médio boa acidez, macio. Foi o preferido da noite. Acompanhou muito bem as comidas servidas (nº606).
  • Santa Carolina Gran Reserva Petit Verdot, 14,5 % álcool, ano 2008, vinho tinto fino seco DO Valle del Rapel. Viña Santa Carolina S.A, Macul Chile. Castas:  Petit Verdot  85% e Syrah (15%).  Rubi muito fechado quase negro. Predominância excessiva de carvalho e álcool. Ma. Regina e Terezinha apreciaram o vinho em combinação com a comida (nº607).
  • Ruffino Chianti  12,5 % álcool, ano 2010, vinho tinto fino seco DOCG. Casa Vinicola Ruffino Toscana, Pontassieve, Itália. Castas: Sangiovese e outras. Rubi mais claro, acidez um pouco demasiada. Pouco aroma. Foi considerado o mais fraco da noite (nº608).
  • Chateau Ramon Monbazillac  12,5 % álcool, ano 2008, vinho branco licoroso doce AOC Monbazillac. S.C.E.A. De Grange Neuve Castaing et Fils Pomport dordogne France. Castas: Sémillon, Sauvignon, e Muscadelle. Amarelo citrino, bom equilíbrio doce-ácido, combinou com a Panacota com calda de morangos (nº307).

Galinha caipira, macarrão caseiro
polenta com linguiça



sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Reunião nº 146 - Reunião Julho 2012

Vinhos degustados
Reunião nº 146

Dia: 21/07/2012

Tema: Lasanha


Vinhos:

  • Codorniu Classico Cava Brut  11,5% álcool, ano nd, vinho branco espumante brut. Codorniu S.A, Sant Sadurni D'Anoia. Espanha. Castas: Macabeo, Xarello e Parellada  (nº050).
  • Botalcura La Porfia Gran Reserva Cab. Franc.12,5 % álcool, ano 2010, vinho tinto fino seco DO Valle del Maule. Viña y Bodega Botalcura S.A, Pencahue,Talca Chile. Castas:  Cabernet Franc (nº602).
  • Botalcura Nebbiolo  14 % álcool, ano 2008, vinho tinto fino seco DO Valle del Maule. Viña y Bodega Botalcura S.A, Pencahue,Talca Chile. Castas: Nebbiolo (nº603).
  • Intipalka  14,5 % álcool, ano 2010, vinho tinto fino seco. Santiago Queirolo S.A.C, Pueblo Libre, Lima, Peru. Castas: Malbec e Merlot. Oferta do Tero, irmão da Mariângela, que trouxe do Peru para nós. (nº604)
  • Lagarde Henry Cosecha Tardia, 12,7% álcool, ano 2010, vinho branco licoroso doce. Lagarde S.A.San Martin, Lujan de Cuyo, Mendoza, Argentina Castas: Moscato Branco. (nº605)

A mesa antes da degustação


Um brinde ao aniversário de nossa anfitriã.

Jantamos uma lasanha deliciosa





domingo, 19 de agosto de 2012

Viagem para a Espanha (Parte 2, Rioja)

03/09/2007

Saímos de Madri e iniciamos nossa viagem à região de Rioja, o ônibus era grande e o motorista (Sr. Manolo) fumava demais. Almoçamos em Tudanco, Aranda del Duero Sur, lá tomamos o vinho da casa - Tudanco 2005, Ribera del Duero, DO, 13,5%, tinto roble, 6 meses em barrica. Comemos chuleta de cordeiro, cerdo, conijo en salsa, chorizo asado, minestra de verduras, ensaladas, fritas, natillas, helado de café.

Chegamos em Haro às 17:00 h. O dono da Casa de Legarda, Jesus, encontrou-nos na Plaza de Toros para nos guiar até Briñas, um pequeno município de 2,44 Km² e 250 habitantes.
O lugar era rodeado de vinhedos, simplesmente lindo!

Casa de Legarda

Ficamos hospedados na casa rural, Casa de legarda.

CASA RURAL DE LEGARDA
CALLE REAL 11
26290 BRIÑAS
LA RIOJA

Jesus nos recepcionou com um vinho da casa “a palo seco” (sem acompanhamento), um tempranillo, 2005, sin crianza. Em seguida, serviu um Banda Oro, crianza, 2001, panternina, 12%.
Após, convidou-nos para um passeio pelos vinhedos, pela vila, margeada pelo Rio Ebro.
Apesar da hora (19:00 h), estava muito claro, pois era final do verão e com horário especial (duas horas a mais de diferença).
Fomos ver um marco das origens da Casa de Legarda, do ano de 1639.


O passeio foi muito agradável, apesar do vento forte. Os vinhedos já estavam com os cachos (racimos) quase maduros para a vindímia.Haviam cachos no chão, em consequência do raleio.
O raleio de frutos ocorre "para obter-se produção de frutos com boa qualidade e com rentabilidade satisfatória. Em geral, a planta fixa muito mais frutos do que o necessário para a produção com qualidade. Como os frutos competem entre si e também com o crescimento vegetativo por água e nutrientes, o desenvolvimento das plantas e dos frutos fica prejudicado com o excesso de frutos." 1

Do alto da colina pode-se ver toda a região de Briñas.

Vinhedos com Briñas ao fundo.

Vimos lagares rústicos, que datavam do início do cultivo das vinhas na região, lapidados nas rocha.


Jantamos na Meson Chomin.Vinho da casa, tempranillo 2006 (não foi muito apreciado pelo grupo). Solicitamos, então, outro vinho, o Tobelos 2003, tempranillo também, 13%, vinícola La Encina.
O menu da casa era composto de sopa, minestra (legumes com ovo, como um omelete), linguiça, salada de aspargos, coelho ensopado e costeletitas de cordeiro. A sobremesa servida foi torta de whisky e profiteroles.

04/09/2007



O café da manhã foi servido no antigo lagar, decorado com um vitral desenhado pelo próprio Jesus (dono da casa), muito saboroso e bem diversificado: o pão era muito fresquinho e a cada dia foi servido um tipo diferente, havia jamon (muito gostoso) e suco de laranja, feito na hora, delicioso.

Todos, pontuais como de costume, prontos para iniciar nossa viagem ao mundo do vinho riojano.

A atendente não era de muita conversa, mas fazíamos todo barulho que tínhamos direito, pois a pousada era só nossa, ao menos nesse primeiro dia (os outros hóspedes só chegariam no dia seguinte).

VISITA A BODEGAS BILBAINAS EM HARO

Situada no bairro da Estação, ao lado de dezenas de outras bodegas, esta vinícola pertence ao grupo Codorniú desde 1997.
Em 1859 estabeleceu-se em Haro, vindo da França, de onde trouxe a cepa sauvignon.
Em 1901 tornou-se Sociedade Bilbainas.
Hoje possui 250 hectares de vinhedos próprios, tempranillo, viura e malvasia, esta última era utilizada para cava, cultivadas num solo calcário típico da região.

Um quilo de uva fornece 700 ml de vinho.
As vinhas são dispostas em vaso e espaldeira, sendo que a colheita é manual nas vinhas em vaso e mecanizada nas espaldeiras.

Em uma das dependências da bodega estavam fazendo o "trasiego", que consiste no seguinte processo: retira-se o vinho da barrica, lava-se com água quente, após, queima-se uma pastilha de enxofre para desinfetá-la e, no final, a barrica recebe o vinho novamente.
Nesta bodega é tudo automatizado, com transportadoras automáticas que fazem todo o serviço, possuem várias salas para degustação. Degustamos um Viña Pomal, crianza, 2003, 13% e La Vicalanda, Reserva, 2001, 13%, ambos de uva tempranillo, 13%

A tarde fizemos uma VISITA A BODEGAS DINASTIA DE VIVANCO

Fica em Brinhones, a 12 km de Haro.
Visitamos o Museu sobre a cultura do vinho, muito moderno e completo.
Provamos Dinastia Vivanco, crianza, 2004

Jantamos no restaurante Terete, em Haro, cozinha riojana típica, comemos carnero asado en horno a leña. Para acompanhar bebemos um vinho Terete Reserva Especial 2000.


O corderio estava desmanchando, uma delícia!

05/09/2007

Pela manhã, visitamos a Bodegas Ontañon
Esta bodega fica na cidade de Logronho e tem um museu de esculturas de deuses mitológicos gregos. Na fachada tem uma escultura grande que batizamos de "Tonhão".

"Tonhão"



Da esquerda para a direita de cima para baixo:
Cavalo, Perséfone, Noé (o primeiro borracho), Dionísio e Ariadne, vitral "Me introdujo en su bodega", Baco jovem, Centauro e Eurapion, reflexos de Perséfone no mármore.
Mais informações sobre o museu e suas obras de artes veja em http://www.ontanon.es/index.php?menu=10

Depois visitamos a Logroño que faz parte do caminho de santiago de compostela, onde vimos a Catedral Santa Maria de la redonda, a Igreja Imperial Santa Maria de Palacios, a fonte dos pelegrinos e a igreja de Santiago.

De tarde visitamos a Bodegas Marques de Riscal. As Bodegas Marqués de Riscal aliam tradição e prestígio. Sua unidade da Rioja data de 1858, tendo sido a primeira da região a adotar os métodos de vinificação de Bordeaux.
Bodega Marques de Riscal

Belíssima vinícola com o projeto de Frank Owen Gehry, arquiteto canadence que entre outas obras, assina Museu Guggenheim Bilbao. Na arquitetura temos o destaque com o uso do titânio  e que tem o rosa representando o vino tinto, o dourado a malha característica das garrafas de Riscal e o prata que representa a cápsula das garrafas.

Degustamos um Heredeiro Marques de Riscal, Rueda, branco, 13,5%, 2006 e Heredeiro Marques de Riscal Rueda, tinto, Elciego (Alava), reserva, 14%, 2003.

06/09/2007

Pela manhã visitamos a Granja Remelluri. A história da La Granja Ntra. Sra. de Remelluri remonta ao século X de onde temos uma necrópole escavada na rocha e produção de vinho no século XIV por monges Jerônimos.

Provamos um Remelure reserva, 2002, 13%.

De tarde fomos à Bodega El fabulista. Localizada em Laguardia, provincia de Álava. Degustamos Decedido blanco, 2003, 11,5%, Decidido Tinto de año, 2005, 13%, Fabulista Tinto Crianza ****, 2000, 13,5%, Decidido Tinto Selección (12.000 garrafas) e Fabula Tinto Selección (2.000 garrafas).


Voltamos para Briñas e aproveitamos nosso tempo livre para conhecer a vinícola local, a Bodegas heredad baños bezares. Degustamos Gran Bohedal blanco, fermentado em barrica, 2006, Bohedal joven, 2006, Gran Bohedal Crianza, 2002, Gran Bohedal Reserva, 2001

07/09/2007

Visitamo Vitoria-Gasteiz no País Basco, fundada em 1181. É considerada a cidade mais mais arborizada da Espanha. Lá visitamos a Basílica de San Prudencio de Armentia (cuja construção começou nas últimas décadas do século XII, em estilo românico), o Paseo de La Senda (onde vimos a casa do governador e o Museo de Bellas Artes), a Catedral de María Inmaculada (Catedral Nova - construída no século XX, em estilo neogótico, tem até gárgulas falando no telefone e no rádio), a Catedral de Santa Maria (Catedral velha, que está em processo de restauração, onde fizemos uma visita guiada na obra, onde vimos escavações arqueológicas). O Centro histórico também estava sendo restaurado e haviam murais pintados em paredes de casas medievais.

Facistol
Em Najera visitamos o Monastério de Santa María La Real e o Monasterio de San Millán de la Cogolla, fundado no século VI d.C. no município de San Millán de la Cogolla.
É composto de duas edificações San Millán de Suso (no alto da montanha) e San Millán de Yuso (em baixo, a qual visitamos, no fundo do vale) onde vimos as primeiras anotações em castelhano e basco.
Vimos também um Facistol onde é posto livros de canto da igreja. Um relicário com os restos mortais de Santo Emelion. Após, fomos para Haro onde estava tendo uma festa popular - a Festividad de Nuestra Señora la Virgen de la Vega. Lá jantamos.

Fonte:
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Pessego/PessegodeMesaRegiaoSerraGaucha/conducao.htm



Veja também:
Viagem para a Espanha
Viagem para a Espanha - As Bodas
Viagem para a Espanha (Parte 3, Ribeira del duero)

sábado, 28 de julho de 2012

D.O.s da Espanha

A Espanha, detentora da maior área cultivada em vinhedos no planeta é, sem dúvida, um país de grande tradição vinícola e possui inúmeros vinhos de alta qualidade. Desconhecê-los é ignorar uma importante parte do maravilhoso mundo do vinho.

Vinhedos em Ribeira del Duero

Existem hoje na Espanha 68 regiões D.O.s (Denominación de Origen), e boa parte delas têm seus vinhos consumidos localmente ou exportados em pequenas quantidades. Nos últimos anos, tem sido crescente o interesse mundial pelos vinhos espanhóis, levando ao aumento das exportações, mas, ainda assim, são poucos os melhores vinhos disponíveis no mercado internacional e especialmente no Brasil.

Aqui são apresentadas D.O.s agrupadas nas regiões Nordeste, Noroeste, Centro, Sul, Ilhas Canárias e Ilhas Baleares, com seus principais vinhos e uvas utilizadas na sua elaboração.
Jerez DO, Tio Pepe

Os vinhos espanhóis estão classificados em três níveis de qualidade, a saber:
  1. DO de PagoDenominación de Pago: quintas individuais de reputação internacional.
  2. DOCa/DOQDenominación de Origen Calificada (Denominació d'Origen Qualificada, em catalão): regiões vinícolas de alta qualidade.
  3. DODenominación de Origen: congrega a grande maioria das regiões de vinhos de qualidade.
  4. VCPRDVino de Calidad Producido en Región Determinada: regulação menos restrita com origem geográfica específica.
Sem o estatuto de VQPRD existem ainda os Vinos de la Tierra (vinhos regionais) e os Vinos de Mesa (vinhos de mesa).

DOCa Rioja, Viña Pomal, Crianza

Outras categorias
Existem categorias baseadas no tempo de envelhecimento dos vinhos que foram utilizadas inicialmente pela região de Rioja, e são adotadas na maioria das D.O.s, a saber:
  • Vino joven ou Vino Sin Crianza ou Vino del Año - Vinho jovem, um pouco envelhecido, mas não o suficiente para ser considerado "crianza".
  • Vino de Crianza - Vinho (tinto, branco ou rosé) de melhor qualidade, envelhecido pelo tempo mínimo de 2 anos, dos quais pelo menos 12 meses em barril de carvalho para os vinhos tintos e 6 meses em barril de carvalho para os brancos e rosados.
  • Vino Reserva - Vinho superior feito nas melhores safras. Os tintos devem ser envelhecidos pelo tempo mínimo de 3 anos, dos quais pelo menos 1 ano em barril de carvalho, enquanto os brancos e rosés podem envelhecer apenas 2 anos, dos quais 6 meses em carvalho.
  • Vino Gran Reserva - Vinho superior feito nas safras excepcionais. Os tintos devem envelhecer pelo tempo mínimo de 5 anos, dos quais pelo menos 2 anos em barril de carvalho. Os vinhos brancos e rosés podem envelhecer apenas 4 anos, dos quais 6 meses em carvalho.
Existem ainda outras categorias, tais como:
  • Vino de aguja - vinho branco frisante
  • Vino de licor (generoso) - vinho doce, de sobremesa, fortificado (que sofre adição de aguardente vínica)
  • Vino dulce natural - vinho doce não fortificado também ideal para a sobremesa
  • Vino gasificado - vinho tranqüilo (não espumante) elaborado mediante a adição de gás (CO2)


Para legenda consulte http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Vinos_DO_de_Espa%C3%B1a.png?uselang=es

Fontes: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Vinos_DO_de_Espa%C3%B1a.png?uselang=es
http://pt.wikipedia.org/wiki/Denomina%C3%A7%C3%A3o_de_Origem#Espanha
Saul Galvão – Tintos e Brancos; Hugh Johnson – Guia de Vinhos 99; ABS artigos – Jerez o vinho da maturidade