28/08/13
Visita ao
Castelo de Eltz, edificação bem conservada, sendo que nunca foi
atacado pelos franceses. Está na mesma família há 800 anos. Visita
guiada em inglês e não se podia tirar fotografia do interior do castelo. Após, fomos para degustação no
Max Ferdinand Richter.
A
degustação foi muito boa, visitamos a adega datada do século 19. O dono, que nos recebeu, lembrava o
"conde" pimentel", que conhecemos na viagem a Portugal. Provamos
bons vinhos, em especial, os doces. O
eiswien era muito bom (este é um tipo de vinho de sobremesa produzido a partir de uvas congeladas, enquanto ainda estão na videira, na Alemanha, isso ocorre em temperaturas menores que -10ºC, dessa forma os açúcares e outros sólidos não congelam, mas a água, sim, permitindo um mosto mais concentrado e que resulta num vinho muito doce.
Na sequência entramos na região do
Rio Mosel, que tem características mais quentes e é ensolarada nos vários lados do rio sinuoso. Tem safras que produzem vinhos muito bons e outras nem tanto. A partir do ano de 2011 começaram a produzir vinhos com as castas: riesling e müller turgau. O solo é xistoso (ardósia), possui algum quartzo e a poda é longa.
Foi explicada a forma de designação de qualidade do sistema de classificação dos vinhos na Alemanha:
QbA - vinho da região;
QmP
- vinhos de qualidade superior, troken, halbtroken, cabinet (leves), spätlese (colheita tardia),
auslese, berenauselese, troken berenauselese auslese (uva passa colheita
tardia).
Provamos Graacher Himmelreich Riesling
Kbinett Trocken 2011, Graacher Himmelreich Riesling Kbinett Trocken
2009, Brauneberger Juffer-Sonnenuhr Riesling Spätlese Trocken 2012,
Brauneberger Juffer-Sonnenuhr Riesling Spätlese Trocken 2010, Mülheimer
Sonnenlay Riesling Kabinett Fenherb 2012, Mülheimer Sonnenlay Riesling
Kabinett Fenherb 2011, Erdener Treppchen Riesling Kabinett 2012, Erdener
Treppchen Riesling Spätlese 2012, Brauneberger Juffer Riesling Auslese
2011 e Mülheimer Helenenkloster Riesling Eiswein 2009.
Ficamos hospedados ao lado da vinícola, no
Hotel Weinromantickhotel Richtershof.
O jantar gourmet teve como primeiro prato - sopa de cenoura com gengibre e camarão, segundo prato -
lombo de porco e batata, de sobremesa foi servido sorvete e bolo
de chocolate. Era uma verdadeira mesa dos cardeais com direito a cobertor...
29/08/13
Visitamos
Vinoteck Markus Molitor. Esta vinícola faz vinho auslese seco (colheita feita quinze dias depois). Aprendemos mais uma palavra em Alemão, beernauslese, uva seca no pé, uva passa, colheita tardia. Provamos
Wehkener Klosterberg Kabinett Riesling 2011, Zeltinger Sonnenuhr
Spätlese Riesling 2007, Wehkener Klosterberg Auslese Riesling 2011,
Bernkasteler Badstube Spätlese Riesling 2011, Wehlener Klosterberg
Spätlese Riesling 2006, Wehkener Sonnenuhr Kabinett Riesling 2009,
Ürziger Würzgarten Spätlese 2003, Erdener Treppchen Beerenauslese
Riesling 2003.
Almoçamos na cervejaria
Kloster Machern. Primeiro
ouvimos a explicação sobre o processo de produção e sobre a
Lei da Pureza da Cerveja de 1516 e depois degustamos três tipos de
cerveja, weizen, dunkel e hellwies, não filtradas.
O almoço tipicamente alemão: sopa, schnitzel (costela de porco à milanesa com batatas fritas) e sobremesa.
De
noite fomos à festa do vinho, o
Weinfest der Mittelmosel. Uma grande
festa, com barracas para cada cidade onde é produzido
vinho, algumas tinham comidas como salsicha com pão,
Flammkuchen (uma mini pizza
típica, que na Alsácia se chama Tarte flambée), churrasco de porco,
champignon, doces
etc. Também havia várias atrações, como shows de orquestas, corais típicos e bandas covers. Tudo acontecendo numa cidadezinha
medieval repleta de casas
enxaimel.
30/08/13
Visitamos a
vinícola
Von Othegrave onde planta-se uva desde 1405 e a casa é de 1850.
Foi destruída na 2ª Grande Guerra, a casa e todo o vinhedo. Tiveram que
replantar o vinhedo e reconstruir a casa.
Na Alemanha são usadas barricas de madeira alemã para envelhecimento, maturação ou para a fermentação malolática, com tamanhos diferentes, sendo que cada uma tem um nome diferente como
Stückfaß e a fuder.
Provamos
zekt Riesling brut 2009, Riesling 2012, Max 2012, Kanzem an der saar
Rockstein GG 2011, Kanzem an der saar Herrenberg Riesling Kabinett 2011,
Kanzem an der saar Altenberg Riesling Kabinett 2011 e Kanzem an der
saar Bockstein Riesling Spätlese 2008.
Passeamos pelos
jardins (impecáveis) e vimos um robô cortando a grama. Depois vimos o carro que o
dono usa para entregar as garrafas de vinho, um Opel Olympia, 1954.
Visitamos
Trier, cidade de 100.000 habitantes, onde nasceu Constantino e sua mãe, Helena. Conhecemos a
Porta Nigra, construção romana do século III, a casa mais antiga de
Trier (do rei) é de 1230, tinha uma porta aberta para a rua somente no segundo andar
(para evitar ser invadida por inimigos) e na praça principal acontecia uma feira de
frutas. Também visitamos a Catedral de São Pedro, a igreja mais antiga da
Alemanha.
Depois fomos ver uma escultura em pedra dos
tempos do império romano que representava um barco transportando barricas de vinho.
Também vimos a réplica da embarcação, que tinha acabado de zarpar. No final do dia, Birgite foi embora. Jantamos no Zeltinger Hof.
31/08/13
Visitamos
a Vinoteck Bürklig-Wolf Weingut. Fomos recebidos pelo diretor de
exportação para a Europa. Muito simpático, explicou a hitória da
vinícola e que quando o dono morreu não tinha filhos, sendo que a vinícola
ficou para o sobrinho. Até a década de 80 a preocupação era com a
quantidade. O sobrinho herdeiro assumiu com 16 anos e pôs no testamento que sua
filha só poderia estar a frente dos negócios com 32 anos. Ele morreu e a vinícola ficou ao encargo de um administrador, mas a qualidade caiu. A herdeira estudou enologia e administração e quando finalmente assumiu, seu objetivo era a qualidade. Eles não produzem vinhos doces.
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Light Lunch na Vinoteck Bürklig-Wolf Weingut |
Provamos
Dr. Bürklig-Wolf Riesling Trocken 2012, Dr. Bürklig-Wolf Riesling
Ruppertsberger Riesling Trocken 2012, Dr. Bürklig-Wolf Wachenhimer
Gerümpel Riesling Trocken 2012, Dr. Bürklig-Wolf Ruppertsberger
Hoheburg Riesling Trocken 2012, Dr. Bürklig-Wolf Gaisböhl Riesling
Trocken 2012, Dr. Bürklig-Wolf Hohemmorgen Riesling Trocken 2009, Dr.
Bürklig-Wolf Pinot Noir Trocken 2011, Dr. Bürklig-Wolf Wachenheimer
Böhling Riesling Trocken 2012 e Dr. Bürklig-Wolf Ruppertsberger Riesling
Auslese 2010.
Seguimos para Heidelberg. Deixamos
as malas no hotel e saímos para a visita ao famoso castelo. Subimos de
funicular e nosso guia era um senhor alemão que tinha morado em Portugal. O castelo datado do século
13, foi destruído, saqueado, incendiado, atacado e reconstruído
várias vezes. Vimos o maior barril de vinho do mundo com capacidade para 238.000 litros,
para fazê-lo usaram 150 árvores de carvalho. Vimos a biblioteca, a sala do
rei, a capela...
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Barrica de 238.000 litros de vinho em Heidelberg |
Depois andamos pela cidade, vimos a markplatz, a igreja, o afresco da nossa senhora e a universidade mais velha da Alemanha. Paramos em um restaurante para tomar uma cerveja, Perkeo.
Veja também:
Viagem para o vale do Mosel, Reno e Alsácia
Viagem à Alemanha e Alsácia (Parte 1 - Vale do Rio Reno)
Viagem a Alemanha e Alsácia (Parte 3 - Alsácia)