domingo, 19 de agosto de 2012

Viagem para a Espanha (Parte 2, Rioja)

03/09/2007

Saímos de Madri e iniciamos nossa viagem à região de Rioja, o ônibus era grande e o motorista (Sr. Manolo) fumava demais. Almoçamos em Tudanco, Aranda del Duero Sur, lá tomamos o vinho da casa - Tudanco 2005, Ribera del Duero, DO, 13,5%, tinto roble, 6 meses em barrica. Comemos chuleta de cordeiro, cerdo, conijo en salsa, chorizo asado, minestra de verduras, ensaladas, fritas, natillas, helado de café.

Chegamos em Haro às 17:00 h. O dono da Casa de Legarda, Jesus, encontrou-nos na Plaza de Toros para nos guiar até Briñas, um pequeno município de 2,44 Km² e 250 habitantes.
O lugar era rodeado de vinhedos, simplesmente lindo!

Casa de Legarda

Ficamos hospedados na casa rural, Casa de legarda.

CASA RURAL DE LEGARDA
CALLE REAL 11
26290 BRIÑAS
LA RIOJA

Jesus nos recepcionou com um vinho da casa “a palo seco” (sem acompanhamento), um tempranillo, 2005, sin crianza. Em seguida, serviu um Banda Oro, crianza, 2001, panternina, 12%.
Após, convidou-nos para um passeio pelos vinhedos, pela vila, margeada pelo Rio Ebro.
Apesar da hora (19:00 h), estava muito claro, pois era final do verão e com horário especial (duas horas a mais de diferença).
Fomos ver um marco das origens da Casa de Legarda, do ano de 1639.


O passeio foi muito agradável, apesar do vento forte. Os vinhedos já estavam com os cachos (racimos) quase maduros para a vindímia.Haviam cachos no chão, em consequência do raleio.
O raleio de frutos ocorre "para obter-se produção de frutos com boa qualidade e com rentabilidade satisfatória. Em geral, a planta fixa muito mais frutos do que o necessário para a produção com qualidade. Como os frutos competem entre si e também com o crescimento vegetativo por água e nutrientes, o desenvolvimento das plantas e dos frutos fica prejudicado com o excesso de frutos." 1

Do alto da colina pode-se ver toda a região de Briñas.

Vinhedos com Briñas ao fundo.

Vimos lagares rústicos, que datavam do início do cultivo das vinhas na região, lapidados nas rocha.


Jantamos na Meson Chomin.Vinho da casa, tempranillo 2006 (não foi muito apreciado pelo grupo). Solicitamos, então, outro vinho, o Tobelos 2003, tempranillo também, 13%, vinícola La Encina.
O menu da casa era composto de sopa, minestra (legumes com ovo, como um omelete), linguiça, salada de aspargos, coelho ensopado e costeletitas de cordeiro. A sobremesa servida foi torta de whisky e profiteroles.

04/09/2007



O café da manhã foi servido no antigo lagar, decorado com um vitral desenhado pelo próprio Jesus (dono da casa), muito saboroso e bem diversificado: o pão era muito fresquinho e a cada dia foi servido um tipo diferente, havia jamon (muito gostoso) e suco de laranja, feito na hora, delicioso.

Todos, pontuais como de costume, prontos para iniciar nossa viagem ao mundo do vinho riojano.

A atendente não era de muita conversa, mas fazíamos todo barulho que tínhamos direito, pois a pousada era só nossa, ao menos nesse primeiro dia (os outros hóspedes só chegariam no dia seguinte).

VISITA A BODEGAS BILBAINAS EM HARO

Situada no bairro da Estação, ao lado de dezenas de outras bodegas, esta vinícola pertence ao grupo Codorniú desde 1997.
Em 1859 estabeleceu-se em Haro, vindo da França, de onde trouxe a cepa sauvignon.
Em 1901 tornou-se Sociedade Bilbainas.
Hoje possui 250 hectares de vinhedos próprios, tempranillo, viura e malvasia, esta última era utilizada para cava, cultivadas num solo calcário típico da região.

Um quilo de uva fornece 700 ml de vinho.
As vinhas são dispostas em vaso e espaldeira, sendo que a colheita é manual nas vinhas em vaso e mecanizada nas espaldeiras.

Em uma das dependências da bodega estavam fazendo o "trasiego", que consiste no seguinte processo: retira-se o vinho da barrica, lava-se com água quente, após, queima-se uma pastilha de enxofre para desinfetá-la e, no final, a barrica recebe o vinho novamente.
Nesta bodega é tudo automatizado, com transportadoras automáticas que fazem todo o serviço, possuem várias salas para degustação. Degustamos um Viña Pomal, crianza, 2003, 13% e La Vicalanda, Reserva, 2001, 13%, ambos de uva tempranillo, 13%

A tarde fizemos uma VISITA A BODEGAS DINASTIA DE VIVANCO

Fica em Brinhones, a 12 km de Haro.
Visitamos o Museu sobre a cultura do vinho, muito moderno e completo.
Provamos Dinastia Vivanco, crianza, 2004

Jantamos no restaurante Terete, em Haro, cozinha riojana típica, comemos carnero asado en horno a leña. Para acompanhar bebemos um vinho Terete Reserva Especial 2000.


O corderio estava desmanchando, uma delícia!

05/09/2007

Pela manhã, visitamos a Bodegas Ontañon
Esta bodega fica na cidade de Logronho e tem um museu de esculturas de deuses mitológicos gregos. Na fachada tem uma escultura grande que batizamos de "Tonhão".

"Tonhão"



Da esquerda para a direita de cima para baixo:
Cavalo, Perséfone, Noé (o primeiro borracho), Dionísio e Ariadne, vitral "Me introdujo en su bodega", Baco jovem, Centauro e Eurapion, reflexos de Perséfone no mármore.
Mais informações sobre o museu e suas obras de artes veja em http://www.ontanon.es/index.php?menu=10

Depois visitamos a Logroño que faz parte do caminho de santiago de compostela, onde vimos a Catedral Santa Maria de la redonda, a Igreja Imperial Santa Maria de Palacios, a fonte dos pelegrinos e a igreja de Santiago.

De tarde visitamos a Bodegas Marques de Riscal. As Bodegas Marqués de Riscal aliam tradição e prestígio. Sua unidade da Rioja data de 1858, tendo sido a primeira da região a adotar os métodos de vinificação de Bordeaux.
Bodega Marques de Riscal

Belíssima vinícola com o projeto de Frank Owen Gehry, arquiteto canadence que entre outas obras, assina Museu Guggenheim Bilbao. Na arquitetura temos o destaque com o uso do titânio  e que tem o rosa representando o vino tinto, o dourado a malha característica das garrafas de Riscal e o prata que representa a cápsula das garrafas.

Degustamos um Heredeiro Marques de Riscal, Rueda, branco, 13,5%, 2006 e Heredeiro Marques de Riscal Rueda, tinto, Elciego (Alava), reserva, 14%, 2003.

06/09/2007

Pela manhã visitamos a Granja Remelluri. A história da La Granja Ntra. Sra. de Remelluri remonta ao século X de onde temos uma necrópole escavada na rocha e produção de vinho no século XIV por monges Jerônimos.

Provamos um Remelure reserva, 2002, 13%.

De tarde fomos à Bodega El fabulista. Localizada em Laguardia, provincia de Álava. Degustamos Decedido blanco, 2003, 11,5%, Decidido Tinto de año, 2005, 13%, Fabulista Tinto Crianza ****, 2000, 13,5%, Decidido Tinto Selección (12.000 garrafas) e Fabula Tinto Selección (2.000 garrafas).


Voltamos para Briñas e aproveitamos nosso tempo livre para conhecer a vinícola local, a Bodegas heredad baños bezares. Degustamos Gran Bohedal blanco, fermentado em barrica, 2006, Bohedal joven, 2006, Gran Bohedal Crianza, 2002, Gran Bohedal Reserva, 2001

07/09/2007

Visitamo Vitoria-Gasteiz no País Basco, fundada em 1181. É considerada a cidade mais mais arborizada da Espanha. Lá visitamos a Basílica de San Prudencio de Armentia (cuja construção começou nas últimas décadas do século XII, em estilo românico), o Paseo de La Senda (onde vimos a casa do governador e o Museo de Bellas Artes), a Catedral de María Inmaculada (Catedral Nova - construída no século XX, em estilo neogótico, tem até gárgulas falando no telefone e no rádio), a Catedral de Santa Maria (Catedral velha, que está em processo de restauração, onde fizemos uma visita guiada na obra, onde vimos escavações arqueológicas). O Centro histórico também estava sendo restaurado e haviam murais pintados em paredes de casas medievais.

Facistol
Em Najera visitamos o Monastério de Santa María La Real e o Monasterio de San Millán de la Cogolla, fundado no século VI d.C. no município de San Millán de la Cogolla.
É composto de duas edificações San Millán de Suso (no alto da montanha) e San Millán de Yuso (em baixo, a qual visitamos, no fundo do vale) onde vimos as primeiras anotações em castelhano e basco.
Vimos também um Facistol onde é posto livros de canto da igreja. Um relicário com os restos mortais de Santo Emelion. Após, fomos para Haro onde estava tendo uma festa popular - a Festividad de Nuestra Señora la Virgen de la Vega. Lá jantamos.

Fonte:
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Pessego/PessegodeMesaRegiaoSerraGaucha/conducao.htm



Veja também:
Viagem para a Espanha
Viagem para a Espanha - As Bodas
Viagem para a Espanha (Parte 3, Ribeira del duero)

sábado, 28 de julho de 2012

D.O.s da Espanha

A Espanha, detentora da maior área cultivada em vinhedos no planeta é, sem dúvida, um país de grande tradição vinícola e possui inúmeros vinhos de alta qualidade. Desconhecê-los é ignorar uma importante parte do maravilhoso mundo do vinho.

Vinhedos em Ribeira del Duero

Existem hoje na Espanha 68 regiões D.O.s (Denominación de Origen), e boa parte delas têm seus vinhos consumidos localmente ou exportados em pequenas quantidades. Nos últimos anos, tem sido crescente o interesse mundial pelos vinhos espanhóis, levando ao aumento das exportações, mas, ainda assim, são poucos os melhores vinhos disponíveis no mercado internacional e especialmente no Brasil.

Aqui são apresentadas D.O.s agrupadas nas regiões Nordeste, Noroeste, Centro, Sul, Ilhas Canárias e Ilhas Baleares, com seus principais vinhos e uvas utilizadas na sua elaboração.
Jerez DO, Tio Pepe

Os vinhos espanhóis estão classificados em três níveis de qualidade, a saber:
  1. DO de PagoDenominación de Pago: quintas individuais de reputação internacional.
  2. DOCa/DOQDenominación de Origen Calificada (Denominació d'Origen Qualificada, em catalão): regiões vinícolas de alta qualidade.
  3. DODenominación de Origen: congrega a grande maioria das regiões de vinhos de qualidade.
  4. VCPRDVino de Calidad Producido en Región Determinada: regulação menos restrita com origem geográfica específica.
Sem o estatuto de VQPRD existem ainda os Vinos de la Tierra (vinhos regionais) e os Vinos de Mesa (vinhos de mesa).

DOCa Rioja, Viña Pomal, Crianza

Outras categorias
Existem categorias baseadas no tempo de envelhecimento dos vinhos que foram utilizadas inicialmente pela região de Rioja, e são adotadas na maioria das D.O.s, a saber:
  • Vino joven ou Vino Sin Crianza ou Vino del Año - Vinho jovem, um pouco envelhecido, mas não o suficiente para ser considerado "crianza".
  • Vino de Crianza - Vinho (tinto, branco ou rosé) de melhor qualidade, envelhecido pelo tempo mínimo de 2 anos, dos quais pelo menos 12 meses em barril de carvalho para os vinhos tintos e 6 meses em barril de carvalho para os brancos e rosados.
  • Vino Reserva - Vinho superior feito nas melhores safras. Os tintos devem ser envelhecidos pelo tempo mínimo de 3 anos, dos quais pelo menos 1 ano em barril de carvalho, enquanto os brancos e rosés podem envelhecer apenas 2 anos, dos quais 6 meses em carvalho.
  • Vino Gran Reserva - Vinho superior feito nas safras excepcionais. Os tintos devem envelhecer pelo tempo mínimo de 5 anos, dos quais pelo menos 2 anos em barril de carvalho. Os vinhos brancos e rosés podem envelhecer apenas 4 anos, dos quais 6 meses em carvalho.
Existem ainda outras categorias, tais como:
  • Vino de aguja - vinho branco frisante
  • Vino de licor (generoso) - vinho doce, de sobremesa, fortificado (que sofre adição de aguardente vínica)
  • Vino dulce natural - vinho doce não fortificado também ideal para a sobremesa
  • Vino gasificado - vinho tranqüilo (não espumante) elaborado mediante a adição de gás (CO2)


Para legenda consulte http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Vinos_DO_de_Espa%C3%B1a.png?uselang=es

Fontes: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Vinos_DO_de_Espa%C3%B1a.png?uselang=es
http://pt.wikipedia.org/wiki/Denomina%C3%A7%C3%A3o_de_Origem#Espanha
Saul Galvão – Tintos e Brancos; Hugh Johnson – Guia de Vinhos 99; ABS artigos – Jerez o vinho da maturidade

Importadora Carvalho Francês

Em 20 de Julho de 2012, atendendo a um convite do dono, nos dirigimos para mais um endereço que vende vinhos em Florianópolis, a importadora Carvalho Francês.

Na fachada já deu para perceber que se tratava um local com uma proposta diferenciada, pois a imponente porta de madeira já nos remetia à entrada de uma vinícola (o que, diga-se de passagem, temos muitas no nosso currículo).

Fomos recebidos pelo somelier da casa Queivin e mais tarde conhecemos os donos Sacha e Ivan.


Conhecemos a 'casa', a adega e o espaço onde ficam os vinhos 'ícones'.


Após, fizemos uma degustação, na qual provamos os seguintes vinhos:


Goyeneche Brut, espumante, Chardonnay - Chenin, aroma lembrando levedura, 1 mês em autoclave,  com bom equilíbrio doce-ácido, R$ 57,00
www.goyenechea.com.ar

Accuro Torrontés, Bodega Andana S.A., 2011, 13,4%, aromático, frutado, mineral no fim, acidez  presente,  pêssego,  R$ 63,90

Trisquel, Vinícola Aresti, Chile, 2010, 1 ano no carvalho, especiarias, syrah, 14% , R$56,90
www.arestichile.cl

Accuro reserva blend, Finca los alamos Upper Uco, 70% malbec  30% cabernet sauvignon, 2010, 14,8%, Mendonza, Argentina, chocolate, baunilha, couro, macio, equilibrado, tanino, R$83,90
www.accurowines.com.ar

Botalcura Nebbiolo, chile nebiolo, producao pequena, 40 ano a vinhas, 2008, 14%, 95,90, sauvigon blanca, goiaba branca,
botalcura.cl/inicio


O ambiente é muito agradável e os clientes podem comprar uma garrafa de vinho para degustar lá mesmo. A casa tem a seguinte promoção: comprando a apartir de 6 garrafas de vinho ganha-se o desconto de R$ 20,00 em cada uma.



Carvalho Francês - Vinhos de Guarda
Ro2 Comercio e Importadora Ltda.
Rodovia SC-401 KM 7563
Florianópolis - SC - 88050-000
Fones: (48) 3238-6702 e  (48) 3238-6703
Rodovia SC-401

terça-feira, 17 de julho de 2012

Viagem para a Espanha - As Bodas

Como foi dito na última publicação, em 2007 viajamos para a Espanha. Fomos convidados para o casamento do filho de uma integrante do grupo, que aconteceu em Madri.

01/09/2007
Chegada em Madrid. Hospedagem no hotel H10 VILLA DE LA REINA.
Descansamos um pouco e após o almoço fizemos um tour com o Bus Turístico Madrid.


02/09/2007
O casamento foi inesquecível...


Começou às 13h com a cerimônia religiosa e terminou de madrugada. A festa aconteceu em La hosteria del convento de Boadilla del Monte, el antiguo convento de 1674. Um ônibus ficou à disposição dos convidados do noivo. A cerimônia foi realmente diferente, com textos lidos pela mãe da noiva, pela irmã do noivo e por testemunhas, em três línguas: espanhol, italiano e português.

Igreja da paróquia dos Santos Apóstoles

Obviamente, os noivos e os pais dos noivos eram só felicidade.
E o enogrupo estava lá com toda a pompa.


Após o casamento na igreja fomos para o convento, onde fomos recepcionados com um coquetel no claustro. Foram servidas as entradas (fingerfoods).
Cardápio do almoço:

É de dar água na boca.

Merluza con bric de manzana y salsa de almejas y gambas.

 Tournedó de briey a la mostaza antigua.

Cúpula de chocolate negro con grujiente de almendras con tres sorbetes.

Foram servidos os seguintes vinhos:

  • Vino branco Raimat Casal
  • Vino tinto Viña Real Crianza
  • Cava Anna de Cordoniu Brut Nature

Terminado o almoço, os noivos presentearam as convidadas/convidados, para elas uma gargantilha e para eles uma caneta tinteiro, ambos desenhados e feitos pelo pai da noiva.

Após o almoço fomos levados para o ambiente da festa. Primeiramente, os noivos dançaram a valsa e depois a festa rolou até de madrugada.



Veja também:
Viagem para a Espanha
Viagem para a Espanha (Parte 2, Rioja)
Viagem para a Espanha (Parte 3, Ribeira del duero)

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Viagem para a Espanha

Em 2007, nosso grupo - solerafloripa, viajou para a Espanha. O filho de uma integrante do grupo casou-se em Madrid e nos convidou para o casamento.
Nosso grupo prontamente aceitou. Obviamente, depois do casório fizemos um roteiro enológico pela Espanha, visitando a região de Rioja e a de Ribeira del Duero.



Nosso roteiro na Espanha foi:


31/08/2007 - Florianópolis - Madrid.
01/09/2007 - Chegamos em Madrid, nos acomodamos no H10 VILLA DE LA REINA e descansamos da viagem.
02/09/2007 - Casamento inesquecível. Começou às 13h (cerimônia religiosa) e terminou a meia-noite. A festa foi oferecida em La hosteria del convento de Boadilla del Monte, el antiguo convento de 1674.
03/09/2007 - Viagem Madrid - Briñas. Ficamos hospedados no  Casa de Legarda
04/09/2007 - Visita às Bodegas Bilbainas, em Haro, e Bodegas Dinastia de Vivanco com  Museu sobre a cultura do vinho.
05/09/2007 - Visita às Bodegas Ontañon, em Logroño, e a Bodegas Marqués de Riscal, em Elciego.
Bodega Marques de Riscal

06/09/2007 - Visita às Bodegas Granja de Nuestra Señora de Remelluri (em Labastida) e Bodegas El Fabulista (em Laguardi).
07/09/2007 - Visita às cidades de Vitoria, Najera e San Millan.
08/09/2007 - Viagem Briñas - Valladolid. Feira de gastronomia e artesanato de Valladolid. Hopedagem Hotel Olid Melia.

HOTEL OLID MELIA, PLAZA DE SAN MIGUEL, 10. 47003 VALLADOLID. Telef. 34 983 357 200. www.solmelia.com

09/09/2007 - Visita a Bodegas Estancia Piedra em Toro. Visita  a Bodega Antaño D. O. Rueda
10/10/2007 - Viagem Valladolid - Peñafiel. Visita a Bodegas de La Abadia Retuerta.
Do alto do Castelo de Peñafiel e
bela vista dos campos de Ribeira del Duero.

Hotel Ribeira del Duero. Visita ao Museu Provincial del Vino. Visita à Bodegas Convento de San Francisco

HOTEL RIBERA DEL DUERO, AVDA ESCALONA 17. 47300 PEÑAFIEL - VALLADOLID
Telef.- 983 873 111

11/09/2007 - Visita às Bodegas Aalto, Bodegas Real Sitio de la Ventosilla (Prado rei)  e Bodegas Peñalba Lopez (Finca Torremilanos)
12/09/2007 - Visita a Bodegas Pesquera, ao Centro Interpretacion del Vino de Emira, Monastério Santa Maria de Valbuna. QUINTANILLA DE ONESIMO. Visita a Bodegas “Arzuaga Navarro”
13/09/2008 - Retorno a Madrid.


Veja também:
Viagem para a Espanha - As Bodas
Viagem para a Espanha (Parte 2, Rioja)
Viagem para a Espanha (Parte 3, Ribeira del duero)

domingo, 1 de julho de 2012

Jantar harmonizado

Vinhos degustados

Reunião nº 145

Tema: Jantar harmonizado

Local: Restaurante Brancaleone


Vinhos:
  • Don Román Cava Brut:  11,5 % álcool, vinho branco espumante brut. Bodegas y Viñedos U.V.R, Sant Sadurni D'Anoia. Espanha. Castas: Macabeo, Xarello e Parellada. Cor amarelo palha, boa intensidade de borbulhas finas. Aroma agradável, enche bem a boca e combinou muito bem com as tapas espanholas servidas (nº 598).


  • Olivier Leflaive Auxey-Duresses Grand Vin de Bourgogne: 13,5 % álcool, 2009, vinho branco fino seco AOC Auxey-Duresses. Olivier Leflaive, Puligny-Montrachet, Côte D'Or, França. Castas: 100% Chardonnay. Amarelo palha dourado, muito elegante, madeira apenas insinuada, com toques minerais e um finalzinho metálico. Foi trazido pela anfitriã da viagem feita à Borgonha (nº  599).
  • Muros Antigos:  12% álcool, 2010, vinho branco fino seco DOC Vinho Verde. Anselmo Mendes Vinhos Ltda., Melgaço Portugal. Castas: Alvarinho e Loureiro. Amarelo esverdeado, aromas intensos mel e goiaba. Boa acidez, com uma sensação doce que poderia ficar enjoativa, mas harmonizou muito bem com o espagueti ao limão e camarão servidos (nº 600).


  • StraBon Bronce: 14 % álcool, 2009, vinho tinto fino seco DO Toro. Gil Luna, Toro, Zamora, Espanha. Castas: 100% Tinta de Toro (Tempranillo). Rubi, aromas de frutas e especiarias.Na boca muito agradável, macio, taninos finos com um toque de menta achocolatada. Combinou com perfeição com o garrão (panturrilha) de ovelha ao risoto de menta e manjerona (nº 601).


  • Warre's King's Tawny Port: 19 % álcool, ano nd, vinho tinto fortificado licoroso doce. Symingon Family Estate, Porto, Portugal. Castas: Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Barroca, Tinta Roriz e Tinto Cão. Vermelho alaranjado, aromas frutas secas, compotas. Na boca poderoso, mas macio com retrogosto longo. Servido com Tiramissu ficou ótimo. (nº402)

Brancaleone, a saborosa novidade da Lagoa da Conceição

Florianópolis e a Lagoa da Conceição, ganharam um restaurante que une o melhor das cozinhas espanhola e italiana. É o Brancaleone – Trattoria e Bar de Tapas. O restaurante é fruto de uma parceria entre o jornalista enogastronômico  João Lombardo e o chef Gabriel Damasceno. Lombardo elaborou o cardápio italiano. Damasceno entrou com o conhecimento e a prática adquiridos em cinco anos trabalhando em restaurantes na Espanha. O resultado é um festival de boa mesa, com tapas, massas artesanais, carnes, peixes e frutos do mar. Sem esquecer das saborosas sobremesas. Veja tudo isto e muito mais, hoje às 16:00 horas na TVCOM canal 36. De terça a domingo, das 18:30 às 23:30 h. Rua Moacyr Pereira Jr, n 112 – Lagoa da Conceição -  Florianópolis, fone 48 3232 3002.


sábado, 23 de junho de 2012

Viagem à cervejarias do Vale do Itajaí/SC

Em 07 e 08 de Junho de 2008, nosso grupo (solerafloripa) visitou a região do vale do Itajaí (Gaspar, Blumenau, Timbó, Rodeio) para conhecer as cervejarias artesanais.

Sábado, 7 de junho de 2008

Saímos de Florianópolis às 08:00 horas.
A primeira parada foi na Cervejaria Bierland em Blumenau.


O mestre cervejeiro que nos atendeu explicou o método e os ingredientes que são usados na fabricação da cerveja.


  • A cevada é um dos grãos usados
  • Malte é o grão que começa a germinar e então é seco
  • Lúpulo dá o amargor
  • Trigo é outro grão utilizado
  • É controlada a temperatura e o tempo do mosto
  • O levedo alimentado por aminoácidos e transforma o açúcar em álcool (fermento)
  • O amido é transformado em açúcar
O mestre cervejeiro explicou que as cervejarias do vale seguem a lei da pureza da cerveja alemã. Segundo o http://pt.wikipedia.org/wiki/Reinheitsgebot:

“A Reinheitsgebot  (lei da pureza da cerveja) foi uma lei promulgada pelo Duque Guilherme IV da Baviera, em 23 de Abril de 1516. A Lei da Pureza da Cerveja instituiu que a cerveja deveria ser fabricada apenas com os seguintes ingredientes: água, malte de cevada e lúpulo (a levedura de cerveja não era conhecida à época).”

Marreco com repolho roxo e purê de maçã

Almoçamos no Restaurante Frohsinn, em Blumenau, a comida estava maravilhosa. Após, visitamos a Cervejaria Eisenbahn e, ao entrarmos na área de produção, sentimos um cheiro forte, o qual lembrava estábulo. A visita foi interessante, apesar do apelo comercial. Provamos cerveja direto do barril de aço inox e com muita espuma; provamos a Lust (comprada a parte), cerveja feita através do método champenoase (produzida na Vinícola San Michele, em Rodeio); e, por fim, um licor de cerveja muito bom.

Toda a linha da Eisenbahn, a produção e a degustação
da cerveja Lust produzida através do método Champenoise


Seguimos viagem e fomos para Timbó.  Lá visitamos a Cervejaria Borck,  a primeira micro cervejaria do vale do Itajaí, a qual conta com tecnologia e equipamentos húngaros. Foi a única a oferecer cerveja do tipo malzbier.


Ida degustando uma malzbier ao lado
do velho equipamento húngaro
(utilizado na fabricação da cerveja).


Malzbier é um tipo de cerveja doce e com médio teor alcoólico (geralmente entre 3 e 7%), tem cor escura, é fermentada como uma cerveja normal, porém a fermentação do levedo ocorre por volta de 0°C. O gás carbônico e o açúcar são adicionados depois. A malzbier, geralmente, é usada como uma bebida energética. Muito famosa no Brasil, não possui muitos similares fora daqui. Na Alemanha, seu país de origem, nem sequer é tratada como cerveja, mas como bebida energética.

Fizemos checkin no Timbó Park Hotel, descansamos em pouco e nos encontramos na beira da piscina para tomar uma cerveja de trigo que a Didi comprou na Das Bier. Jantamos no Thapyoka, onde comemos tilápia com nozes e arroz selvagem, cansados da cerveja, bebemos vinho espanhol.


Domingo, 8 de Junho de 2008

Após o café da manhã, seguimos para Rodeio, cidade que recebeu muitos imigrantes da Região do Trento (Itália), no final do século XIX. Lá visitamos a Igreja de São Francisco. Fomos recebidos pelo Monge Antônio que nos contou a historia de São Francisco e da figura do desenho, muito bonito, feito pelo Lorenz Johannes Heilmair.


Depois visitamos a Vinícola San Michele. Na saída vimos duas borboletas azuis e uma amiga lembrou do seguinte poema da sua infância: ...pés descalços, braços nus, atrás das borboletas azuis...

Fomos degustar e comprar queijos com a Giacomina, uma italiana que parlava molto. Contou como conheceu o marido e como veio parar no Brasil.
Frase da simpática Giacomina: ...queijo é que nem a gente, envelhece, mas não estraga, fica melhor...

Nota: em novembro de 2008, soubemos da triste notícia do falecimento da Giacomina e de seu marido. Mortes provocadas pelo deslisamento de terras na propriedade deles ocasionado pelas fortes chuvas ocorridas na região do vale do Itajaí.

Almoçamos sequência de trutas: pão com patê de truta defumada, truta com castanha, pirão de truta, truta com alcaparra e champinhom, truta frita, truta com frutas (agridoce), truta ao vinagrete, truta com molho branco recheada com ervas e truta ao alho e óleo. O almoço estava delicioso!!! Inesquecível...


Já na rota de retorno para a Capital, seguimos para a Das Bier, em Gaspar.
O mestre cervejeiro chamava-se Antônio e era do nordeste. O lugar era muito agradável e com boas cervejas.




Outras informações sobre cerveja

A cerveja (do latim cerevĭsĭa, que por sua vez vem do celtico cerevisla) é uma bebida produzida a partir da fermentação de cereais, principalmente a cevada maltada, e acredita-se que tenha sido uma das primeiras bebidas alcoólicas a serem desenvolvidas pelo ser humano. A notícia mais antiga que se tem da cerveja vem de 2.600 a 2.350 a.C. Mas o vinho possui uma longa história que remonta pelo menos a aproximadamente 6.000 a.C.

O chope (do alemão Schoppen, "copo de meio - litro", pelo francês chope) é como se denomina, no Brasil, a cerveja sem pasteurização, servida sob pressão.

Via de regra, as cervejas são feitas com água, cevada maltada e lúpulo, fermentados por levedura. A água corresponde a aproximadamente 90% da composição da cerveja. Mas não importa de qual localidade ela venha, pois a água utilizada nas atuais cervejarias passa por um processo de “preparação”, que a transforma em água cervejeira.

Dentre os maltes, o de cevada é o mais frequente e largamente usado devido ao seu alto conteúdo de enzimas, mas outros cereais maltados ou não maltados também são usados, inclusive: trigo, arroz, milho, aveia e centeio.

O uso do lúpulo para dar o gosto amargo e preservar é uma invenção medieval, atribuída aos monges do Mosteiro de San Gallo, na Suíça. O mais antigo escrito remanescente a registrar o uso do lúpulo na cerveja data de 1.067 pela Abadessa Hildegarda de Bingen.

As cervejas costumam ter entre 4 a 5% de teor alcoólico, ainda que este possa variar consideravelmente conforme o estilo e o cervejeiro. De fato, existem cervejas com teores alcoólicos de 2% até mais de 20%.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Malzbier
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cerveja
http://pt.wikipedia.org/wiki/Chope