sábado, 13 de agosto de 2011

Ossobuco

Ossobuco é um prato tradicional italiano da região da Lombardia, em especial da cidade de Milão. O nome significa literalmente "Osso (com) buraco”. A explicação é simples: na Lombardia esta parte do boi é cortada em rodelas junto com o osso. Cada rodela tem um pedaço de osso em forma de tubo, o "osso com buraco".

OBS: Neste buraco encontra-se o tutano que não deve ser retirado pois contém muitos nutrientes.

Ingredientes:
- 1 colher (sopa) de óleo
- 2 kg de ossobuco
- 2 cebolas médias picadas
- 4 dentes de alho picados
- 1 vidro de molho inglês
- 1 colher (sopa) de sálvia picada grosseiramente
- 1 colher (café) de pimenta-do-reino branca moída
- 1 copo de vinho tinto
- sal a gosto
- farinha de trigo

Modo de preparo:
Fazer cortes na parte exterior do ossobuco para que na hora que estiver fritando a carne, esta não encolha.
Temperar as peças de ossobuco com sal, pimenta-do-reino e alho.
Passar o ossobuco na farinha de trigo.
Fritar para dar uma selada.
Em uma panela alta doure as cebolas picadas, ponha os pedaços de ossobuco em uma panela com o vinho tinto e deixe evaporar o álcool, adicione o molho inglês.
Adicione água quente até cobrir os ossobucos e ferva-os em fogo baixo até a carne começar a se soltar do osso. Acrescente água quando necessário.

Rendimento: calcule um ossobuco por pessoa.

Acompanhamento: uma boa polenta caseira ou espaguete.
Compatibilização com vinho: por ser uma carne com muita gordura (o tutano), pede um vinho potente, encorpado e com acidez para limpar as papilas gustativas.
No grupo provamos com Tarapacá Gran Reserva Chardonnay e Tarapacá Gran Reserva Merlot. O primeiro, apesar de branco combinou perfeitamente. As impressões podem ser lidas na ata da reunião de compatibilização enogastronômica do post:

domingo, 7 de agosto de 2011

Viagem ao Chile e à Argentina



Viagem ao Chile e à Argentina
27 de Novembro de 2003
Winelovers travel to Chile and Argentina

Primeiro dia: 09/11/2003
Chegamos em Santigo e fomos visitar o Mercado Público. Muito bonito, feito de ferro fundido, foi inaugurado em 1872 e possui vários restaurantes na parte central.


No Mercado Central petiscamos locos de gosto meio amanteigado, machas ao parmesão, Jardin de Mariscos, picorocos (craca - meio arenoso), machas ao natural, gamberi (camarão) e marisco preto. Provamos estes petiscos e bebemos vinho da Casa Lapostolle, vinícola que fabrica, na França, o licor Grand Marnier, Sauvignon Blanc, 2003, 14%, Valle Rapel, um dos melhores que tomamos.

À noite fomos num restaurante próximo ao Hotel, Restaurante El Otoñal. Comemos pasta artesanal quatro quesos - ferrito (pollo, cerdo=porco, chorizo=lingüiça) - lomo na tabla (filé grelhado) - papas fritas. De sobremesa crepe recheado com doce de leite coberto com calda e sorvete de chocolate. Acompanhou o vinho Cabernet Sauvignon, 2002, 14%, Valle de Aconcagua - Corton - Panquehue - San Felipe e pisco sauer.

Segundo dia: 10/11/2003
Fizemos um city tour...

Fomos ao Jockey Club, onde vimos um sobreiro (árvore de onde é tirada a cortiça) e vimos a troca da guarda em frente ao Palácio La Moneda.


Troca da guarda no palácio La Moneda


Construção retrolift no centro de Santiago

Também visitamos Viña del Mar e Valparaíso. Lá molhamos nossos pés nas águas do Oceano Pacífico. A água estava muito gelada...

Almoçamos no Restaurante Pacífico, e bebemos um Cousiño-Macul, Doña Isidora, Riesling, 2002, 13,5%, Valle del Maipo, com salmão e mariscos grelhados a margarita (creme branco com mariscos), congrio rosa, reineta com alcaparras.

A noite fomos no Restaurante Mare Nostrum (especializado em comida peruana), Bebemos um Viu Manet, Sauvignon Blanc, 2002, 13%, excelente, acompanhando polvo com olivas em su tinta, cevichias (crus marinados em limão) de machas, corvina e lulas com milho torrado, gamberi com molho adocicado, servido em conchas de abalone - corvina com alcachofras - caranguejo e alcachofras - reineta Mil Lagos - arroz de mariscos - congrio com aspargos e champignon - postre: Suspiro Limeto – cream cheese com duraznos - torrone de chocolate.

Terceiro dia: 11/11/2003
Um brinde na Viña Undurraga

Foi uma visita técnica, onde vimos o processo de produção, vimos as máquinas desengaçadeiras e os tonéis de aço inox para a fermentação com a cinta refrigeradora para controlar a temperatura da fermentação. Degustamos um Talagante, Cabernet Sauvignon, 1999, 13%, não gostamos muito.


Visitamos uma feirinha de artesanatos e pegamos uma chuva rápida. Depois descobrimos que tivemos “sorte” de pegar a chuva, pois lá chove muito pouco.

Almoçamos no restaurante em San Jose del Pomaire - Restaurante Los Naranjos. Bebemos um vinho Concha y Toro, Casillero del Diablo, Cabernet Sauvignon, 2001, 13,5%, com empanadas assadas (massa recheada com cebola, carne moída, ovos e passas) - pastel de choclos (frango, cebola, creme de milho com cobertura adocicada) - costilla de cerdo assado (bem temperado com cominho, apimentado) - salada mista com palta=abacate e palmito. Ganhamos um regalo na saída - miniaturas em cerâmica preta.
Restaurante Los Naranjos - Sanan Jose del Pomaire
À noite fomos jantar no Restaurante Aqui esta Coco. Comemos corvina Austral (queijo roquefort e purê de palta) - arroz Coco (mariscos, legumes, shoyo, azeite, ervas) - corvina Coco (lulas, jerez, coco, champignon, chalota) - truta com centolla (caranguejo rei), salsa Thermidor (caviar), papas a vapor - creme de aspargos, salmon com marinados (frutos do mar com azeite) - postre: torrone de lucuma con salsa de nozes - manjar (praliné de nozes e molho de caramelo). Para acompanhar bebemos Montes Alpha, Chardonnay, 2002, 14,5%, Valle Casablanca – Curico, só não combinou com o roquefort; pisco sauer, pisco puro, vaina=coisa (vinho velho com cacau e canela) porto+conhaque+cacau+ovo+canela, BloodyMary.

Quarto dia: 12/11/2003

Vinícola Concha y Toro: a visita nesta vinícola foi muito diferente da que foi feita na Undurraga. Foi uma visita encantadora. Quando chegamos, cada um recebeu uma taça e fomos conduzidos pelos jardins, vinhedo e adega, em cada ambiente serviram um diferente tipo de vinho, com explicações, assim foi a degustação na Concha y Toro. Explicaram que nesta região, chove muito pouco e que as videiras são irrigados por gotejamento com a água do degelo dos Andes.

Foi falado que por causa das barreiras naturais (ao norte - o deserto do Atacama, ao leste - os Andes, ao sul - o frio antártico e a oeste - o Pacífico) a filoxera, nunca chegou ao Chile e que ali as videiras de uvas viníferas são originais, sem enxerto. Também ficamos sabendo da história da uva Carmenere, uma casta considerada extinta e que numa competição de vinhos, na França, descobriu-se que no Chile ainda existia tal variedade. Desde então, a carmenere tornou-se a uva emblemática do Chile.


Na Bodegas Concha y Toro provamos:
- Concha y Toro, Trio, Chardonnay - varietal, 2002, 13,5%, Pirque - Valle del Maipo, fermentado a 12º - cor palha claro - acidez marcada - frutado - aromas de maçã verde
- Concha y Toro, Trio, Merlot, 2001, 9 meses em barrica de carvalho francês, cor rubi, aromas de carvalho, taninos presentes, acidez
- Concha y Toro, Trio Cabernet Sauvignon, 2002, 13,5%

Terminamos a visita na adega. A porta foi fechada e no escuro ouvimos uma risada macabra. Era a gargalhada do diablo, estávamos no casillero del diablo. Falaram que no passado o dono da fazenda Concha y Toro, percebeu que os empregados estavam bebendo os vinhos da adega, então, ele se vestiu com uma capa e disse que era o diabo, assim ele conseguiu manter os melhores vinhos longe dos furtos.

Almoçamos no Restaurante El Alboro, crema fria de tomate com apio - lomo vetado com, chanfaina - juco de chirimoya.

De tarde fomos a um supermercado e fizemos compras para o piquenique no hotel em comemoração ao aniversário da Didi, cujo cardápio continha:
- queijos brie Chilayes, de cabra fresco, defumado e clássico, gorgonzola, gruyère, roquefort - salame italiano - pão amassado e francês - manteiga Nestlé - mel de palma - mix salato (amêndoas, tâmaras, etc.);
- vinho Misiones del Rengo, Cabernet Sauvignon, 2002, 13%
- vinho Misiones del Rengo Reserva, Carmenere, 2002, 13%
- vinho Casa Silva, Carmenere, 2002, 13,5%

Aniversário da Didi em Santiago do Chile
Quinto dia: 13/11/2003
Voamos para Mendoza, Argentina. Cruzamos os Andes e vimos muitos picos nevados: visão maravilhosa...


Nosso hotel era muito bom. Saímos para almoçar parillada (Restaurante Facundo), acompanhou um vinho Trapiche, Malbec, 2002, 13%.

Parrillada no Restaurante Facundo
Jantamos no Restaurante Marchigiana. Espaghetti al pesto, tagliatelli com champignon e molho provençal (alho), bife de chorizo. O postre foi doce de alcayota (tipo de abóbora – mogango). Para acompanhar pedimos o vinho Escorihuela, Gascon, Malbec, 2002. Cor de cereja madura, taninos suaves, retrogosto marcante, acidez controlada.

Sexto dia: 14/11/2003
Pela manhã visitamos a Bodegas Lopez. Provamos Lopez, Chateaux Vieux, Cabernet Sauvignon / Merlot / Pinot Noir, 1995, 12,5%, Cruz de Piedra – Maipu. Cheiro animal, adocicado, pouco carvalho.

Fomos almoçar na Bodegas Familia Zuccardi, debaixo de uma parreira.
Lá provamos:
- Zuccardi, Santa Julia, Chardonnay, 2003, 13%, Guaymallén – Maipu. Impressões: aromas de fermento, banana;
- Zuccardi, Santa Julia, Syrah, rosado, 2003, 13,5%. Impressões: aromas de azedinha, framboesa;
- Zuccardi, Santa Julia, Bonarda / San Geovese, 1999, 13%. Impressões: bem escuro, taninoso, aromas de pimentão;
- Zuccardi, Santa Julia, Viognier, 2003, 13%. Impressões: elegante, muito branco. Foi servido: bruschettas de tomate, cebolinha e azeitona preta - cenoura e batata raladas e fritas - berinjela com orégano;
- Zuccardi, Roble, Tempranillo, 2002, 13%. Impressões: granada quase rubi, aromas de madeira. Foi servido: empanadas de carne, queijo e cebola;
- Zuccardi, Roble, Malbec, 2002, 14%. Impressões: rubi. Foi servido: asado de carne a la parrilla com ensaladas regionales (salada verde, molho de tomate, salteado graúdo de alcachofras e abobrinhas);
- Zuccardi, Roble, Cabernet Sauvignon, 2002, 14%. Impressões: rubi mais escuro;
- Zuccardi, Santa Julia – tardio, 80% Torrontes / 20% Viognier, 2002, 8,5%. Impressões: aromas de graviola. Foi servido: postre duraznos al natural com dulce de leche y crema.

Fim do almoço na Vinícola Zucardi...

No fim da tarde, fomos ao Teatro Independencia ver uma apresentação de tango, só instrumental. Começou muito bom e foi indo na direção do neo-tango. O mais engraçado é que era um velhinho, tocando uma música moderna e muito esquisita (no sentido português da palavra). No intervalo, foi servido Chandon, Latitude 33, Malbec, 2003 com quesos de cabra Colina Lunlunta. Não ficamos até o fim...

De noite jantamos no Azafrán almacén de exquisiteces. Lá comemos e bebemos:
- Familia Cassone, Obra Prima, Malbec, 2000, 13,5%, com taboa de quesos e salames
- Dolium (ânfora romana), Cabernet Sauvignon, 2001, 13% com ensalada verde (servida sobre uma casquinha torrada) - cerdo laqueado
- Zuccardi, Malamado, Malbec, licoroso, como Porto, decepcionou

Sétimo dia: 15/11/2003
Fomos à Bodegas Chandon. Descobrimos que esta foi o primeiro investimento da Chandon fora da França. Lá degustamos:
- Chandon, Brut Fresco, 50% Pinot Noir / 40% Chardonnay / 10% Semillion, 2003 / 02, 12,3%, champagnoise;
- Chandon, Extra Brut, 2003 / 07, 12,6%, charmat

Almoçamos na Bodegas Nieto Senetiner em uma mesa grande depois da visita à vinícola. Vimos que lá eles colocavam lascas de carvalho nas cubas de concreto. Provamos:
- Nieto Senetiner, Chardonnay, 2003, 14%, envelhecido em roble francês, amarelo pallha, perfume frutado intenso, sabor agradável menos perfumado, acidez adequada. Servido com: empanadas de carne;
- Nieto Senetiner, Syrah, 2001, 13,5%, aromas de pimenta, taninos presentes. Servido com: pasta verde com salsa rossa;
- Nieto Senetiner, Malbec, 2001, 13,5%, ácido, aromas de fumo (cachimbo)
- Nieto Senetiner, Cadus, Malbec, 2000, 13,5%, 15 dias de maceração a 10º - fermentação por 9 dias a 24/26º - crianza por 2 anos em roble francês - mais um ano na garrafa - cor intensa, fechado, aromas de framboesa, taninos presentes.

Depois descansamos nos gramados da vinícola...

Jantamos no Restaurante 1884, restaurante especializado em chivito (cabra):
- Bodegas Escorihuela, Anphora Wines, Caves del Atelier Champaña Extra Brut, 2002, 12,6%, servido com, queijo no espeto com ervas. MR descobriu que era champagnoise;
- Altos las Hormigas, Reserva, Malbec, 2001, 13,4%, servido com ensalada verde com lulas - chivitos al horno e de la cocina - lomo al chimichirro.

domingo, 31 de julho de 2011

O quinto ano (2003)




O grupo já estava consolidado. As reuniões não eram mais somente sobre vinhos. Nossas reuniões eram divertimento. Esperávamos ansiosamente a 'publicação' das atas.

As reuniões, que no início eram focadas no vinho, com pão e água de acompanhamento, foi gradativamente transformando-se. Cada vez com mais frequência, após as degustações, era servido um jantar, normalmente oferecido pelo anfitrião e, também, passamos a experimentar os vinhos acompanhados de comidas.

Em novembro de 2003 fizemos nossa primeira viagem em grupo para visitar vinícolas, fomos para Santiago e Mendoza.

Os temas das reuniões de 2003 foram:

Vinhos brancos da serra gaúcha: Don Laurindo Malvasia de Cândida 2002, Do Lugar Trebiano 2001, Vallontano Flora 2001, Casa Valduga Gewurztraminer 2002, Casa Valduga Riesling Itálico 2002
Jantar com faisão: Cave Geisse 1998, La Consulta Syrah 2000, La Célia Reserva Cabernet Sauvignon 2000, Emery 1999, Terranova Late Harvest 2000, Chandon Excellence Reserve
Vinhos da Casa Silva: Casa Silva Syrah 2000, Casa Silva Merlot 2000, Casa Silva Carmenère 2001, Casa Silva Cabernet Sauvignon 2000
Galinha com polenta: Caleo Nero D’Avola 2001, Caleo Negro Amaro 2000
Vinhos franceses de Bordeaux: Chateau Segonnes 1999, Chateau D’Angludet 1999, Baron de Lestac 1999
Vinhos sul africanos: African Terroir -Tribal African White, African Terroir -Tribal African Red, African Terroir - Out Of Africa 2001
Vinhos da África do Sul e peixes do Pantanal: African Terroir - Out of Africa Chardonnay unfiltered 2002, African Terroir - Out Of África Sauvignon Blanc unfiltered 2002
Bistrô Varanda: Fundação Eugênio de Almeida 2001, Eborae Vitis e Vinus Singularis 2001, Roquevale Aragonez 1999
Merlots chilenos: Casa Silva Merlot 2000, Casa Mayor Merlot 2001, Ravanal El Valle Merlot 2000
Degustação cega de tintos: Bodega Septima Malbec 2002, Don Laurindo Ancellotta 2001, Tavedo 2000, Vin Santo Sommavite
Ostras e espumantes para preparar a compatibilização enogastronômica de final de ano: Codorniu Classico semi seco, Rondel Brut, Grandin, Berlucchi Cellarius 2002, Chandon Baron B. Cuvèe Speciale Extra Brut
Compatibilização enogastronômica 2003: Rondel Brut, Tarapacá Gran Reserva Chardonnay 2001, Tarapacá Gran Reserva Merlot 2001, Undurraga Late Harvest 2001, Santa Helena Late Harvest 2001

Neste ano, na nossa reunião de compatibilização enogastronômica, uma colega do grupo fez uma apresentação de dança do ventre. A ata desta reunião foi:

Entradas: salada de tomate, jabuticaba e nozes; frutas diversas com molho de laranja; endívias com molho gorgonzola. Provamos com Rondel Brut, 11,5º G.L., vinho branco espumante brut. Vinidelsa Cervello Espanha. Casta. Espumante límpido, cor amarelo esverdeado, bolhas médias. Sabor razoavelmente agradável sem ser um destaque. Não é um grande espumante, mas não compromete. Acompanhou a apresentação de dança árabe e com as saladas;

Prato principal: polenta com ossobuco. Para acompanhar tivemos Tarapacá Gran Reserva Chardonnay, 13º G.L., ano 2001, vinho branco seco. Viña Tarapacá, Isla de Maipo, Chile. Casta: chardonnay. Aparência: límpido, cor amarelo palha. Aroma muito agradável com boa intensidade e bastante persistência lembrando madeira no início, compotas e torradas após. Sabor muito agradável, macio e potente. Acidez elevada mas equilibrada fazendo um vinho muito vivo e de grande presença. Permanência alta. Para as saladas foi excessivo mas combinou maravilhosamente com a polenta com o ossobuco; e Tarapacá Gran Reserva Merlot, 13º G.L., ano 2001, vinho tinto seco. Viña Tarapacá, Isla de Maipo, Chile. Casta: merlot. Aparência: límpido, cor púrpura brilhante, de intensidade média. Aroma muito agradável com predominância de madeira. Na evolução aromas de frutas maduras e secas. Sabor potente e alcoólico. No primeiro ataque sente-se bastante corpo e maciez mas ainda deixa uma sensação de aspereza. Acidez equilibrada. Um grande vinho que deve melhorar ainda mais com a idade. Combinou com o ossobuco mas os taninos ainda presentes hostilizaram um pouco a gordura da carne;

Sobremesa: Gelatina rei Alberto e morango com suspiro. Undurraga Late Harvest, 12,5º G.L., ano 2001, vinho licoroso de sobremesa. Viña Undurraga, Valle del Maipo, Chile. Casta semillon. Aparência: límpido, cor dourada. Aroma intenso, doce, de frutas muito maduras e goiabada, muito persistente. Sabor forte lembrando goiabada mas meio enjoativo. Combinou com as sobremesas e
Santa Helena Late Harvest, 13º G.L., ano 2001, vinho licoroso de sobremesa. Viños de Chile, Valle Curicó, Chile. Casta riesling. Aparência: límpido, cor dourada. Aroma também intenso, doce, de frutas muito maduras mas lembrando uvas, muito persistente. Sabor forte com sensação maior de doce que o anterior. Combinou com as sobremesas mas alguns também o acharam enjoativo.


Neste ano provamos 44 vinhos mais um repetido. A essa altura já tínhamos provados 191 rótulos diferentes.

sábado, 23 de julho de 2011

O quarto ano (2002)

Tainha defumada


No nosso quarto ano, em 2002, experimentamos vinhos com sushi /sashimi, com peixes defumados (tainha e anchova) e com ostras, alem de temas já tradicionais como vinhos de algum país, uva ou produtor. Foram estes: Vinhos italianos II, Vinhos pinot noir - Borgonha/Austrália/ Chile, Vinhos do produtor Giacomo Borgogno – Itália e Vinhos da Nova Zelândia.
Neste ano, fizemos nossa primeira degustação de uma bebida que não era baseada em vinho, fizemos uma degustação de cervejas e terminamos o ano com a compatibilização enogastronômica

As bebidas provadas neste ano foram:
Vinhos e sushi /sashimi: Champagne De Gréville Brut, Don Laurindo, Barbadillo Jerez Fino.
Cervejas: Erdinger Weibbier, Erdinger Weibbier Dunkel, Skol cerveja Pilsen, Xingu Cerveja Escura Premium.
Vinhos italianos II: Cornalé Barbera, Dollatintino, Bolla, Camigliano.
Vinhos e peixes defumados (tainha e anchova): Champagne De Gréville Brut, Viu Manent Semillon, Barbadillo Jerez Fino, Malvasia Delle Lipari.
Vinhos pinot noir - Borgonha/Austrália/ Chile: Chateau de Davenay, Bourgogne Haute Cotes de Beaune, Pinot Noir South Australia, Santa Helena Seleccion Del Directorio Pinot Noir.
Vinhos do produtor Giacomo Borgogno - Itália: Borgono Dolcetto d'Alba, Borgogno Barbera d'Alba, Borgono Nebbiolo Langhe, Borgogno Barolo Clássico, Riserva.
Vinhos da Nova Zelândia: Hunters's Sauvignon Blanc, Palliser Estate, Sauvignon Blanc, Hunter's Pinot Noir, Brookfields Cabernet Sauvignon.
Compatibilização enogastronômica: Porto Lágrima, Pousio, Viu Manent, Cristalino, Casa Rivas Sauvignon Blanc, Riscal Tempranillo, Aurora Moscatel.
Ostras e vinhos: Codorniu Clássico Brut, Cristalino, Casa Rivas Sauvignon Blanc.

Ata da reunião de compatibilização enogastronômica:
Entrada: bolinhos de aipim com camarão e bolinhos de aipim com siri, acompanhados por Cristalino 11,5º G.L., ano 2000, vinho espumante branco brut. Jaume Serra, Finca El Padruel, Vilanova i La Geltrú, Catalunha, Espanha. Castas xareu-lo, macabeo, parellada. Aparência: límpido, cor branco, borbulhas finas. Aroma, intenso, agradável, persistência média. Sabor fresco e agradável com bom equilíbrio na acidez. Acompanhou muito bem os bolinhos servidos.
Saladas: caprese (folhas verdes, tomates e queijo de búfala molho de aceto e azeite extra virgem), natività (frutas e nozes com molho de iogurte) acompanhadas de Casa Rivas Sauvignon Blanc, 13,5º GL, ano 2002, vinho branco seco. Viña Casa Rivas, Maipo Vale, Chile. Casta sauvignon blanc. Aparência límpida, cor branca com reflexos verdes; lágrimas médias. Aroma frutado intenso e persistente. Sabor muito agradável, macio, com acidez presente mas muito equilibrada. Corpo médio. Persistência elevada.
Primeiro prato: tucunaré assado, pescado por um integrante do grupo na Amazônia, com molhos de laranja, vinagrete de shoyu e iogurte com hortelã acompanhado de arroz e farofa do Pará. Os vinhos foram Casa Rivas Sauvignon Blanc, o mesmo das saladas e Viu Manent Chardonnay, 13,5º G.L., ano 2001, vinho branco seco. Viu Manent Y Cia. Ltda.,Colchagua, Chile. Casta Chardonnay. Aparência límpida, cor amarelo palha. Aroma frutado intenso, meio adocicado lembrando banana e com persistência média. Sabor marcante mas meio perfumado demais na opinião de alguns dos participantes. Acidez média. Na opinião da maioria o Sauvignon Blanc combinou melhor com o peixe.
Segundo prato: capivara assada com batatas, acompanhada dos vinhos: Pousio e Riscal. Pousio, vinho regional alentejano, 13º G.L., ano 1999. Vinho tinto seco. Companhia Agrícola de Desenvolvimento S.A. Herdade do Monte da Ribeira, Marmelar, Portugal. Castas periquita, trincadeira, aragonez, cabernet sauvignon (5%). Aparência límpida, cor granada, denso. Aroma intenso, muito agradável, animal, couro, com um fundo de baunilha e com bastante duração. Sabor macio com bom corpo e bastante personalidade. Combinou muito bem com a capivara. Riscal Tempranillo, 13º G.L., ano 1999. Vinho de mesa tinto seco. Viños Blancos de Castilla S.A. Valladolid, Espanha. Casta tempranillo. Aparência límpida, cor púrpura escura quase negra, impenetrável. Aroma intenso de carvalho com bastante duração. Sabor macio com bastante corpo e presença de bastante carvalho. Também combinou com a capivara.
Sobremesa: ambrosia da vovó com queijo tipo minas acompanhada dos vinhos Porto Lágrima e Aurora Moscatel. Real Companhia Velha Porto Lágrima, 19º G.L., ano nd. Vinho do Porto branco doce lágrima. Real Companhia Velha, Vila Nova de Gaia, Portugal. Casta não declarada. Aparência límpida, cor âmbar. Aroma intenso alcoólico, frutas secas e compotas com bastante duração. Sabor agradável bem doce, persistente, álcool potente, bastante corpo; acidez equilibrada. Combinou muito bem com a ambrosia. Aurora Moscatel 7,5º G.L., ano nd, vinho espumante branco suave. Cooperativa Vinícola Aurora Ltda, Bento Gonçalves RS. Aparência: límpido, cor branco, borbulhas médias não muito persistentes. Aroma, fraco, agradável. Sabor agradável mas sem personalidade. Falta acidez. Não conseguiu fazer frente à ambrosia.
Neste ano provamos 37 vinhos neste ano, voltamos a provar neste ano 11 rótulos já degustados. já tínhamos degustados 149 títulos diferentes

domingo, 17 de julho de 2011

Vinhos e alimentos, uma combinação prazerosa




Para a maioria dos gourmets o paraíso é ter a mesa o prazer absoluto. As sensações dos alimentos e das bebidas passeiam pela alma e estas últimas liberam a festa oculta em nos. Para permitir que estas sensações alcem vôo exige-se bom senso e um pequeno conhecimento dos dois elementos básicos: a comida, e a bebida. Estes devem casar com tal perfeição que nenhum se sobressaia ao outro. Isto se torna um exercício de concentração de nossas atenções no grande número de ingredientes que compõem um prato e das inumeráveis opções de vinhos do mundo.
Como primeira regra básica é importante o bom senso e o exercício dos sentidos, levando em consideração que não existem regras fixas que possam contrariar a maior de todas, nosso prazer. Combine o que quiser se isso lhe der prazer, mas se quiser seguir algumas dicas fique atento aos componentes básicos da comida, como a sua suculência, untuosidade, aromaticidade, condimentação, teores de gordura, acidez, doçura, sapidez e amargor. Nos vinhos considere sua maciez, efervescência, acidez, taninos, teor alcoólico, e principalmente seus aromas.
A combinação perfeita representa uma parceria onde o vinho realça o sabor do prato e o prato engrandece o vinho. Nenhum deve superar o outro, para que seja possível sentir o prazer que ambos proporcionam.
As combinações podem ser feitas por semelhança ou por oposição. Nestas combinações basicamente vinhos com aromas discretos, combinam com comidas pouco condimentadas. Os de aromas potentes requerem pratos com maior presença aromática. Vinhos jovens e frutados combinam com alimentos simples e rústicos. Vinhos velhos encorpados casam com pratos mais sofisticados. Por exemplo, uma comida untuosa, levemente adocicada, combina com um vinho que tenha tanino, que ameniza esta untuosidade, e que tenha uma acidez levemente presente para arredondar o gosto doce. Algumas combinações são consagradas pela tradição regional e acabam criando uma associação instantânea, que pode corresponder ou não a lógica da harmonização do vinho com a comida, mas são respeitadas, pois fazem parte dos hábitos de um povo.
O número de vinhos a ser servido pode contemplar até 5 tipos. Um vinho é ótimo para combinar com um prato. Um branco e um tinto são de bom tamanho para refeições entre amigos. Um branco e dois tintos sugere uma ótima refeição. Quatro ou cinco vinhos evidenciam uma refeição sofisticada, com dois brancos para a entrada ou peixe e dois tintos para a carne e o queijo complementados por um vinho de sobremesa. A ordem dos sabores deve ser dos mais delicados para os mais marcantes, tantos nos vinhos como nos alimentos. Os brancos devem ser servidos antes dos tintos, secos antes dos suaves, tintos antes dos brancos doces, jovens antes dos envelhecidos e inferiores antes dos superiores.
Em uma boa refeição a harmonia deve sempre se fazer presente, vinhos e alimentos podem se aproximar com coragem ou se afastar com alguma timidez, mas podem vir a se rivalizar, basta o excesso de uma delas imperar, comer e beber demasiadamente pode estragar todo o fantástico plano de tirar o máximo do prazer de um momento sublime.

Jean Pierre Rosier
Enólogo da Epagri

domingo, 10 de julho de 2011

O terceiro ano

No terceiro ano, as degustações inusitadas continuaram a acontecer: fizemos uma reunião onde experimentamos coquetéis a base de vinhos; noutra comparamos vinhos de tipos de uvas diferentes; também teve degustação às cegas (com os rótulos das garrafas vedados) de vinhos Valpolicella e foi feita degustação de amostras não identificadas mais um exemplar que não era Valpolicella (Donna Fugata). Havia uma ficha onde anotávamos as avaliações de cada vinho e na ata saiu uma nota por vinho (a média das notas dos presentes).

As reuniões e os vinhos provados em 2001 foram:


Vinhos e outras bebidas – coquetéis: sem ata.
Vinhos alemães: Nordheimer Vögelein 1999, Weingut Baumann 1998, Riesling 1999, Weingut Baumann 1992.
Comparação viognier x chardonnay x sauvignon blanc: Sauvignon Blanc Don Luis 1999, Chardonnay Leon de Tarapacá 2000, Viognier Santa Julia 2000.
Vinhos portugueses do Alentejo: Borba 1999, Redondo 1999, Viognier Lagarde 1999, Convento da Vila 1999, Pousio 1998.
Vinhos Brunello di Montalcino: Chianti Batasiolo 1999, Brunello di Montalcino 1995, Brunello di Montalcino Campogiovanni1995, Brunello di Montalcino Barbi 1996.
Vinhos merlot chilenos: Don Artur 2000, Cono Sur 1999, Casa Rivas 1999, Viu Manent 1998
Vinhos cabernet sauvignon gaúchos: Casa Valduga Premium 1999, Dal Pizzol 1999, Reserva Amadeu 1999, Juan Carrau Orgânico 1999.
Vinhos Valpolicella: Valpolicella Cesari 2000, Valpolicella Anella Andreani 1999, Valpolicella Zonin 1999, Donnafugata 1996, Valpolicella Bolla 1998.
Vinhos e paella e chardonnay: Terrazas Reserva Chardonnay 1999, Viu Manent Chardonnay 2000, Finca Flichman Chardonnay 1999, Trapiche Chardonnay Roble 1997.
Compatibilização enogatronômica: Casa Rivas 2001, Angoves 2000, Trapiche Pinot Noir 1999, Cawarra 1999.

Ata da reunião de compatibilização enogastronômica:
Entradas: Saladas verde e variada . Detalhe do tempero: “uma colherinha de mel”. Escargots na casca sobre purê de batatas. Vinhos de acompanhamento: Casa Rivas. 13,5 Gl, ano 2001, branco seco, Vina Casa Rivas Chile ( Maipo). Casta chardonay. Cor amarelo muito claro com tons de verde. Aroma frutado muito agradável e intenso (abacaxi em calda). Sabor agradável bem vivo com acidez pronunciada mas não agressiva; Angoves , 13º G.L., ano 2000, branco seco, Angove’s pty ltd.Australia South. Casta chardonay. Cor amarelo palha. Aroma também frutado mas com um toque de madeira, agradável. Menos acidez e mais encorpado que o anterior mas um pouco menos vivo. Com o escargot e as saladas a preferência da maioria foi para o Casa Rivas.
Primeiro prato: lasanha de presunto com molho de tomate. Os vinhos foram os mesmos da entrada acrescidos do Trapiche Pinot Noir, 12º GL, ano 1999, Bodegas Trapiche S.A., Mendoza, Argentina. Casta pinot noir. Cor granada bem fechada Sabor agradável, macio, sem muito corpo. Acidez e taninos equilibrados. Acompanharam bem o prato o Chardonay Angove e o Pinot Noir.
Segundo prato: coelho ao molho de vinho e manjericão e arroz branco. Vinhos acompanhantes: Trapiche Pinot Noir, já descrito e Cawarra, 13,5º G.L., ano 1999, tinto, Lindemans Wines, South Eastern, Austrália. Castas shiraz (67%) e cabernet (33%). Cor intensa rubi bem fechado quase negro. Aroma de carvalho . Sabor mais encorpado que o anterior com taninos presentes mas bem equilibrados. O Cawarra se revelou com sabor muito forte e encorpado para o coelho que é uma carne delicada. O Trapiche Pinot Noir acompanhou bem.
Sobremesa: trufas de chocolate acompanhada de café tipo Sul de Minas (Café do Ponto), brandy Embrapa , cognac Napoleon e licores diversos.

No terceiro ano, 2001, provamos vinhos da Alemanha, Austrália, Argentina, Brasil, Chile, Portugal e Itália. Provamos 37 rótulos, sendo que seis já haviam sidos degustados anteriormente.
Nossa conta de títulos diferentes já somava 126.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

O segundo ano

Em 2000, o segundo ano do grupo, experimentamos temas diferentes, como degustações horizontais (quando provamos vinho de uma uva ou região e diversos produtores) e verticais (quando provamos vários vinhos de um único produtor). Testamos ainda vinhos para o verão (brancos e tintos) e outros tipos de vinhos como os espumantes e os fortificados, terminando o ano com a reunião de compatibilização enogastronômica. Tivemos alguns materiais de apoio para estudar, entender e aprender como degustar estes vinhos. Este material providenciado pelo nosso mestre e enviado por e-mail.

Neste ano a ata das nossas reuniões foram incrementadas chegando ao formato e informações que usamos até hoje. A ata da reunião de compatibilização enogastronômica é diferente, pois abordam as comidas servidas e se os vinhos combinaram.

As reuniões e os vinhos provados em 2000 foram:

vinhos no verão (brancos): Sauvignon Blanc Trapiche 1999, Riesling Itálico Casa Valduga 1999, Gewurztraminer Casa Valduga 1999, Chardonnay Carmen 1998
vinhos tintos no verão: Mateus Rosé, Don Laurindo Gamay 1999, Dal Pizzol Gamay Beaujolais 1999, Terranova Shiraz 1999, Trapiche Syrah 1996
Champanhes: De Greville Brut Essence Du Millénium, Chandon Brut Millénaire, Don Laurindo Brut, Valduga Brut, Amadeu Brut, Freixenet Brut, Codorniu Clássico Brut, Codorniu Non Plus Ultra
vinhos espanhóis: Martin Códax 1997, Ederra Crianza 1995, Torremilanos Crianza 1995, Raimat 1996, Viña Vermeta Reserva 1990, Viña Vermeta Crianza 1994
vinhos Cabernet Sauvignon argentinos e chilenos: Etchart Cabernet Sauvignon 1997, Santa Helena Reservado Cabernet Sauvignon 1996, Don Alberto Cabernet Sauvignon 1998, Trapiche Cabernet Sauvignon 1996
vinhos Merlot: Gato Negro 1997, Louis Eschenauer 1998, Don Laurindo 1998, Finca Flichman 1998, Santa Helena 1998
vinhos Malbec argentinos: Finca Flichman Malbec 1998, Terrazas Malbec 1999, Weinert Malbec 1995, Trapiche Malbec Roble 1997
vinhos fortificados: Tio Pepe, Coquinero, Pellegrino Marsala Superiore DOC secco, Pellegrino Marsala Fine DOC, Trajinero Málaga seco, Porto Adriano Tawny
vinhos de Bordeaux: Chateau Sauvage branco 1999, Chateau Lamothe branco 1998,Prince de la Garde tinto 1999, Chateau Lamothe tinto 1998, Chateau Ripeau tinto 1993, Chateau de Lamarque tinto 1994
vinhos do produtor argentino Lagarde: Viognier 1999, Malbec 1996, Syrah 1996, Crianza 1996, Cabernet Sauvignon 1995, Casal del Ronco Prosecco 1999
vinhos espumantes italianos: Casal del Ronco Prosecco 1999, Prosecco di Valdobbiaden 1999, Asti Martini, Fontanafredda Asti 1999
compatibilização enogatronômica: De Gréville Brut, Malbec Terrazas 1999, Viu Manent 2000, Cousiño 1999, Chianti Poggio al Casone 1997, Vinho do Porto, Asti Aurora 2000

Neste segundo ano, degustamos 64 vinhos, sendo que provamos 3 vinhos já degustados no ano anterior e um foi repetido no ano.

Cada vinho degustado no grupo recebe um número sequencial de degustação. Quando provamos um vinho repetido, este não recebe outro número, são colocadas as novas observações sobre o vinho e usado o mesmo número. Assim, ao término do ano, o grupo já tinha degustado 95 títulos diferentes, 35 do primeiro ano e 60 do segundo ano.

A ata da reunião de compatibilização enogastronômica de 2000 foi:

Recepção: champanhe De Gréville Brut
Entrada: Salada “Cônsul” acelga (“ os pedaços devem ficar em pé no prato”) com molho Shoyu, coroada por alho fritos no azeite. Sabor exótico e bem equilibrado ressaltado pelo crocante da acelga. A champanhe destacou-se na comparação. O outros demais vinhos perderam para o gosto e aroma forte do alho.
Primeiro prato: spaghetti com ostras ao molho de champanhe. Muito saboroso, com o tempero ressaltando o gosto delicado das ostras. Os vinhos foram os mesmos da entrada. Neste prato quem se destacou foi o Sauvignon Blanc da Cousiño-Macul. Para alguns a champanhe também acompanhou bem mas não foi consenso.
Segundo prato: carneiro ao molho de hortelã e mangerona, acompanhado de ervilhas, creme de cebolas ao vinho branco e arroz. Aromas e sabores intensos e bem equilibrados. Ambos os vinhos acompanharam muito bem a carne ficando as preferências divididas. Mesmo o Chianti que teoricamente seria mais fraco não ficou diminuído frente aos sabores do carneiro.
Sobremesa: musse de maracujá complemento ideal para as comidas, com consistência cremosa e um equilíbrio perfeito entre o doce e a acidez. O vinho do porto combinou melhor com a sobremesa. O asti da Aurora não conseguiu competir com a acidez e o sabor marcado do maracujá.