A primeira reunião foi em 17/04/1999, oportunidade na qual nosso fornecedor preparou uma 'aula' para nos introduzir no mundo do Vinho: usando notebook e projetor multimídia, falou sobre os tipos de vinhos, variedades de uvas, terroirs, envelhecimento, decanters, taninos etc.
Explicou que devemos, primeiramente, olhar para o vinho, segurando o copo em frente a um fundo branco e inclinando-o para ver a cor da borda; após, 'rodopiar' a taça para que se possa sentir os aromas ali presentes; finalmente, como e o que sentir de sabores na boca.
Naquele ano aconteceram sete reuniões, em todas, com exceção de uma, o tema era sobre os vinhos de um país específico: tintos argentinos, tintos chilenos, tintos (Cabernet Sauvignon) da serra gaúcha, portugueses, franceses da região de Bordeaux e Vinhos italianos. A exceção foi a reunião de dezembro onde fizemos um “jantar de compatibilização enogastronômica”.
Os vinhos degustados foram:
Argentinos: Medrano Syrah 1998, Trapiche Malbec 1996, Etchart Cabernet Sauvignon 1995, Trapiche Cabernet Sauvignon Roble 1994;
Chilenos: Undurraga Merlot 1997, CyT Sunrise Merlot 1996, Tocornal Cabernet Sauvignon, Gran Tarapacá Cabernet Sauvignon 1995;
Cabernet Sauvignon da serra gaúcha: Dal Pizzol 1997, Marson 1997, Casa Valduga 1997, Marco Luigi 1995, Baron de Lantier 1994;
Portugueses: Evel 1995, Aliança Reserva 1995, Borba 1997, Tinto da Talha 1997, Redondo 1997;
Franceses de Bordeaux: Chateau Barbe d’Or 1998 (branco), Le Mounant 1997, Chateau Barbe d’Or 1997 (tinto), Chateau Roc de Joanin 1995, Chateau Lagüe 1996;
Italianos: Frascati Farina 1997, Lambrusco CIV & CIV 1998, Valpolicella Cesari 1998, Chianti Beni di Batasiolo 1997. Provamos, também, um Don Laurindo Tanat da adega do Anfitrião.
A reunião de fim de ano foi diferente, e pelo menos para nós que estávamos começando na arte, com um nome pomposo “jantar de compatibilização enogastronômica”.
Ata da reunião:
Entrada: ostras gratinadas na casca com molho de quatro queijos, acompanhadas de champanhes De Greville Brut, Brasil, “Essense du Millenium” e Codorniu Brut Classico, Espanha. Ostras maravilhosas com o tempero ressaltando o sabor de mar. A champanhe De Greville agradou bastante com seu aroma frutado e sabor fresco mas provada com as ostras a Codorniu cresceu e se impôs.
Primeiro(s) prato(s): lasanha de queijo e lasanha de presunto, queijo, e molho de tomate, acompanhadas de Bardolino Montresor Clássico, ano 1997, Verona, Itália e Côtes du Rhône Jean Paul Selles, França. Lasanhas deliciosas, receita de família, molho e massa feitos em casa, tempero sutil e muito equilibrado. O Bardolino foi a estrela da noite. Vinho leve, cor transparente, combinou muito bem com a comida principalmente com a lasanha com molho de tomate. O Côte du Rhône também era bom mas perdeu na comparação.
Segundo prato: codornas assadas servidas sobre massa folhada com molho de amoras e arroz branco, acompanhadas de Arnaldo Etchart 1993 (Cabernet Sauvignon, Malbec, Merlot), Cafayate, Argentina e Carmen Reserva Cabernet Sauvignon, 1997, Vale Maipo, Chile. As codornas tiveram alto impacto visual, olfativo e gustativo com o molho e a massinha combinando muito bem com a carne de gosto bem definido. Ninguém comeu arroz. O Arnaldo agradou muito. Vinho encorpado mas macio, cor intensa, muito bom o equilíbrio entre o carvalho, taninos e acidez. O Carmem é também um vinho encorpado, cor intensa. Achamos o aroma e gosto de carvalho excessivos, mascarando as qualidades e/ou defeitos do vinho.
Sobremesa: morangos e chocolate (é o nome de um filme, não? ) sobre um leito de suspiro e nata, acompanhada de champanha Chandon Demi-sec, Brasil. Sobremesa elegante, muito saborosa com um toque de limão dando um sabor diferente. A champanhe não combinou muito bem com a sobremesa, ficando com um gosto um pouco amargo.
Degustamos, no primeiro ano, trinta e cinco Vinhos e compartilhamos muitas alegrias...
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