segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Reunião nº 233 - Degustação às cegas e uva Petit Verdot

Reunião nº 233

Dia: 28/08/2021

Tema: Degustação às cegas e uva Petit Verdot



Vinhos:

No inicio do encontro foi proposta uma degustação às cegas: dois vinhos brancos para identificarmos as uvas. Ninguém acertou. A pegadinha era que as cepas de ambas eram de uvas tintas vinificadas em branco.

  • Foffani Merlot Branco 12,5 % álcool, ano 2015, vinho branco seco. Azienda Agricola Foffani, Trivgnano, Itália. Castas: 100% Merlot vinificado sem as cascas.  Vinho claro, esverdeado límpido. Aromas herbáceos. Na boca um vinho amorfo, sem personalidade, desequilibrado pela ausência de acidez sem nenhuma das qualidades da cepa. Não chegamos à conclusão se esta avaliação é porque o vinho  já tem 6 anos ou se o processo de fabricação o deixa assim (970);
  • Trivento White Malbec 12% álcool, ano 2020, vinho branco seco. Trivaento Bodegas e Viñedos, Mendoza, Argentina. Castas: 100% Malbec com um prensado suave e vinificado sem as cascas. Vinho totalmente branco com um leve toque rosado. Aromas de anis e maçãs verdes. Na boca tem mais personalidade que o anterior com acidez marcada, mas nem de longe lembra a generosidade que se espera de um Malbec argentino (971); 
  • Qvevris Rkatsiteli, 12%, ano 2015, vinho laranja fino seco. JSC Tbilvino Tbilisi, Georgia. Castas: 100% Rkatsiteli. Uva muito antiga nativa da Geórgia fermentada e envelhecida com cascas em grandes ânforas de barro enterradas, no método antigo da Geórgia. Coloração ambar/amarelo dourado. Aromas de frutas secas. Na boca bom corpo e acidez presente. Gosto bem marcante lembrando para alguns o Jerez (972);
  • Suzin Petit Verdot, 14,2% álcool, ano 2019, vinho tinto fino seco. Vinícola Suzin, São Joaquim SC Brasil . Castas: 100% Petiti Verdot com passagem de 18 meses em barricas novas de carvalho francês e americano. Coloração bem escura com reflexos púrpura. Aromas no início com preponderância de álcool e após de frutas e chocolate. Na boca vinho poderoso, com bom equilíbrio de acidez, taninos e álcool. Muito boa permanência. Apesar do longo estágio em madeira esta não predomina. A princípio parecia excessivo para harmonizar com as costeletas de porco servidas mas combinou perfeitamente (973);
  • Chaski Petit Verdot, 14,5% álcool, ano 2017, vinho tinto fino seco. Vitivinícola Perez Cruz, Valle Del Maipo, Chile. Castas: 100% PetitVerdot. Coloração escura rubi com reflexos granado. Aromas de frutas e especiarias. Na boca, também encorpado e equilibrado mas um pouco menos marcante que o anterior. A boa notícia é que entre este vinho que é de uma vinícola chilena renomada e o anterior, de mesma faixa de preço, o nacional foi o preferido pela maioria (974).

Não temos tido experiências com outros tipos de vinhos brancos a partir de uvas tintas, mas aparentemente é apenas uma curiosidade que não vale a pena, com a notável exceção da uva Pinot Noir nos espumantes. 


Após a degustação foi servida uma janta deliciosa, salada, arroz negro, costelinha de porco, purê de maçã e de sobremesa pana cota com molho de frutas vermelhas. 



Reunião nº 232 - - Encontro na Pandemia Covid 19 XI

Reunião nº 232

Dia: 24/06/2021

Tema: Chianti

Local: Virtual, cada um na sua casa


Vinho:

  • Mazzei Fonterutoli Chianti Classico 13,5 % álcool, ano 2018, vinho tinto fino seco DOCG Chianti. Produzido por Marchesi Mazzei S.P.A. Agricola, Fonterutoli, comune Castellina in Chianti, Toscana Italia. Castas: 90% Sangiovese, 5% Malvasia Nera, 5% Colorino, com passagem de 12 meses em toneis de 225 a 500 litros, de carvalho francês. Vinho límpido, brilhante, transparência mediana, rubi. Aromas bem típicos do Chianti. Álcool e madeira no início e frutas, (ameixa) e especiarias depois. Sentimos cheiro de ovo (sufitos talvez?). Na boca, corpo médio, com presença acentuada da acidez o que por um lado traz um certo desequilíbrio e por outro confirma a vocação gastronômica do Chianti. De acordo com os depoimentos dos participantes o vinho combinou com diversos pratos acompanhantes confirmando sua versatilidade. Na avaliação geral o vinho foi considerado bom mas perdeu na comparação para o último Chianti que provamos em novembro 2020: Rocca delle Macie Vernaiolo Chianti que inclusive apresentou uma relação benefício-custo mais favorável (969).