terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Bordeaux

22/05/2006 Porto - Bordeaux.

Partimos do aeroporto da cidade do Porto pela Air France Regional em um avião Embraer EMB-145 para a cidade de Bordeaux que, em 2005, tinha cerca de 230.000 habitantes, sendo que a área metropolitana de Bordeaux-Arcachon-Libourne contava 996.000 residentes. O rio Garonne cruza a cidade. Fomos recebidos pela guia Lúcia e um ônibus de 40 lugares (grande demais para nosso grupo de 10 pessoas). Nosso hotel: QUALITY HOTEL SAINTE CATHERINE,  http://www.holidaycityeurope.com/quality-sainte-catherine-bordeaux/index.htm

Fomos almoçar e tivemos a tarde livre. Próximo ao hotel tinha uma FNAC, onde pudemos copiar as fotos em CD e usar a internet.
A nossa guia foi um desastre, só falava francês e um pouco de espanhol. Como o pacote incluía guia falando em português, a agência mandou um intérprete português, mas que deixou muito a desejar.

23/05/2006 – Saint-Émilion

Pela manhã visitamos o Chateau Belair, um produtor de vinhos de  Bordeaux com appellation Saint-Émilion, é classificado como Premier Grand Cru classé B na classificação de vinhos Saint-Émilion. A propriedade tem 12,5 hectares, dos quais 70% produzem Merlot, 15% Cabernet Sauvignon e 15% Cabernet Franc. Vimos onde são produzidos os vinhos e a cave. A cave é formada por túneis escavados na rocha calcária, na parte subterrânea da propriedade. A rocha calcária é muito comum e dela foram retidas as pedras para a construção da cidade.

Adega nos túneis de pedra calcária

Na degustação foi servido Chateau Belair Dubois-Challon, Premier Grand Cru Classé, Saint Emilion Grand Cru (http://chateaubelair.fr/english.aspx).


Chateau Belair

Depois passamos pela pequena comuna de Saint Emelion e fomos ao Chateu Haut Sarpe. Lá degustamos vinho retirado da barrica com pipeta. Após o passeio pela vinícola fomos conduzidos a um salão onde almoçamos entrecôte (assado sobre fogo feito em galhos de videiras) com batata cozida e pão. Para acompanhar Chateu Haut Sarpe Grand Cru Classe 2001 e Chateu De Sarpe 2003 (http://www.josephjanoueix.com/).

Chateu Haut Sarpe e
o "churrasco sapecado"


De tarde voltamos a Saint Emilion e fizemos um city tour. No século VIII, um monge chamado Emilion resolveu afastar-se do resto dos homens e escolheu um local chamado Ascumbas para viver como eremita, no entanto as boas ações e "milagres" realizados por este homem acabaram por transformar a terra num centro monástico que cresceu à volta do monge e da sua reputação. Visitamos a igreja monolítica, construída dentro de uma rocha calcária (a exemplo da adega do Chateau Belair), Le Cloître, Palais Cardinal e as catacumbas (segundo a lenda, quem beber a água e sentar no banco de pedra, engravida). Depois fomos a um bar que ficava dentro dos muros de um mosteiro semidestruído e bebemos um Crémant (um vinho espumante francês que não é da região de Champagne) e macarons (sobremesa típica francesa). Também visitamos as catacumbas e vimos a câmara mortuária de templários.

Passeio em Saint-emilion e
prova de um Crémant

23/05/2006 – Margaux

No período da manhã fomos ao Château Palmer. Lá visitamos a adega e degustamos um Château Palmer 1996, um Château Palmer 2003 e um Alter Ego 2003. A propriedade conta com 55 hectares de vinhedos sendo que  47% são Cabernet Sauvignon, 47% Merlot e 6% Petit Verdot. Ótimos vinhos.

Château Palmer 1996, Château Palmer 2003
e Alter Ego 2003


No caminho vimos o Chateau Margaux e durante o almoço bebemos um Chateau Haut-Bages Averous/Paulliac e um Château Palmer Alter Ego 2001. De tarde fomos ao Chateau Beychevelle, na região de Médoc. Este castelo tinha a frente virada para o rio por onde se chegava com barcos/navios.
Chateau Beychevelle e sua forma de virar as barricas

24/05/2006 – Baía de Arcachon

No restaurante La cabane 301 provamos ostra cruas produzidos na baia, com vinho branco bag in box de Entre duex mers. Depois tivemos tempo livre, caminhamos no calçadão a beira mar e almoçamos. De tarde subimos a maior duna da Europa, duna de Pilat, com 110 metros de altura. O interessante é que tinha escada para subir a duna. Regressamos a Bordeaux no fim da tarde.

Duna Pilat e a escada para subir
os 110 metros de altura


25/05/2006 - Dia livre

Nos encontramos com um conhecido, o Régis, natural de Bordeaux. Fomos a casa dele tomamos café e vimos alguns álbuns de fotos das viagens dele e da esposa, no deserto do Saara e na amazônia. Depois ele nos levou para um citytour a pé pela cidade de Bourdeuax. Visitamos a praça e a Igreja de Saint Pierre, a praça da bolsa, o teatro da Ópera de Bordeaux, o monumento aos republicanos, o Grosse cloche (o grande sino do século XVI), vimos a torre do Fort du Hâ, as ruínas do anfiteatro romano do século I e a casa onde morou José Bonifácio, em 1824.

Monumento aos republicanos, o Grosse cloche,
ruínas do anfiteatro romano do século I e o piquenique.
Fizemos um piquenique no jardim público de Bordeaux, bebemos um Herdade Esporão branco, um Herdade Esporão tinto, um Le Tourelles Longeville 2003 (Paulliac), um Tapada dos coelheiros e um porto Ramos Pinto 10 anos Quinta de Ervamoira.

26/05/2006 – Despedindo-se de Bordeaux

Manhã livre. Nosso voo para Paris saiu 15h05min para o Aeroporto Orly. Chegando a Paris, nossa viagem estava terminando.  Ficamos hospedados no HOTEL LE BRUM (Rue Le Brum, 33, 75013, telefone 014 7079702, 014 3362345 - hotel simples, mas que deu para o gasto). Fomos a igreja de Saint-Sulpice e lá chegando tinha uma orquestra e um coral ensaiando. Vimos a linha rosa e explicações sobre fatos e mitos do livro O Código Da Vinci.

Jantamos no restaurante 'nos ancêtres les gaulois', 39, rue Saint-Louis-en-l'Ile, Paris, França (lembrava muito as estórias do Asterix e Obelix). Foi servida uma cesta gigante de legumes e verduras cruas e também canecas de estanho para beber vinho (sendo que nós mesmos nos servíamos à vontade nos tonéis de madeira ). O serviço é um buffet de comidas simples, porém saborosas, com carnes grelhadas. A especialidade é Javali.
Cesta de legumes e verduras cruas

27/05/2006 - Voltando para casa

Fomos no museu do Rodin, na Torre Eifel, na ponte de Alexandre III (filme da Anastásia – desenho animado), no Arco do Triunfo, na Place de la Concórdia e vimos o Obelisco de Luxor. Para encerrar nossa viagem fomos ao museu do Victor Hugo.

Veja também:
Viagem para Portugal (parte 1, Alentejo)
Viagem para Portugal (parte 2, Porto e Vila Nova de Gaia)
Viagem para Portugal (parte 3, Minho e Douro)

sábado, 24 de dezembro de 2011

Feliz Natal !!!

Um presente musical aos internautas que prestigiam este blog: Andrea Bocelli cantando Nessun Dorma.
Tim, tim e Feliz Natal a todos !!!

domingo, 11 de dezembro de 2011

O cozido de Florianópolis

Cozido


Ingredientes:
  • 1 kg de peito (ou musculo)
  • 600 gr de carne seca
  • 700 gr de lingüiça tipo Blumenau
  • 1 unidade(s) de paio
  • 250 gr de linguiça calabresa defumada
  • 100 gr de bacon
  • ½ kg de aipim
  • ½ kg de batata-doce
  • ½ kg de batata salsa
  • ½ kg de cenoura
  • 2 batatas inglesa
  • 6 unidade(s) de cebola pequena(s)
  • 2 unidade(s) de chuchu
  • ½ kg de abóbora de pescoço
  • 1 maço(s) de couve manteiga
  • 2 espigas de milho verde
  • 6 unidade(s) de banana da terra
  • 1 unidade(s) de repolho pequeno
  • sal a gosto
  • pimenta-do-reino preta a gosto
  • alho a gosto
  • salsinha a gosto
  • louro a gosto
  • ½ de uma couve flor
Modo de preparo:
De véspera: Deixe de molho a carne seca cortada em pedaços. Em outro recipiente, coloque o carne de peito ou músculo também cortado em pedaços e temperado com sal, pimenta-do-reino, cebola, alho, salsinha e louro. No dia, escalde as 2 linguiças calabresas e o paio. Em uma panela grande, refogue as carnes que estiveram de molho na véspera. Cubra com água quente até levantar fervura. Adicione o aipim e a batata-doce ferva por 15 minutos. Coloque a cenoura, o e a batata em mais 10 minutos de fervura. Em seguida, as 6 cebolas e só então o chuchu e a abóbora. Adicione agora o repolho. Coloque a linguiça calabresa, o paio e o toucinho defumado. A seguir, acrescente a couve. A sequência do cozimento é fundamental para um melhor resultado. Ao atingirem o ponto de cozimento, os legumes devem ser retirados e colocados à parte. Em separado, lave as bananas, corte as pontas e cozinhe-as com a casca, no mesmo caldo da panela grande onde está o cozido. Descasque e reserve. Divida o caldo, deixando metade para fazer um pirão. A outra metade fica na panela grande, aonde retornam todos os ingredientes para serem aquecidos. Sirva a seguir, em travessas separadas: as carnes; os legumes e verduras; as bananas e o pirão.

Server de 8 a 10 pessoas.


Compatibilização com vinho:
No nosso grupo, fizemos duas degustações onde foi servido cozido.


Reunião nº 13

Dia: 24/06/2000

Tema: vinhos Merlot : "Uva adaptável que dá os grandes vinhos fragrantes e sedosos do Pomerol; juntamente com a Cabernet Sauvignon produz o Sr-Emilion; é elemento importante nos tintos de Medoc; macia e forte na Califórnia , uma coadjuvante útil na Austrália, mais leve mas freqüentemente boa no norte da Itália, Eslovênia, Argentina etc. Palhenta quando não totalmente madura." (Hugh Johnson)
"Outra uva de Bordeaux, dá vinhos mais redondos, não tão agressivos na juventude, como os da Cabernet Sauvignon. Não precisam envelhecer tanto. É plantada em Mèdoc e, em proporções maiores, nas zonas de Pomelrol e St-Emilion. No Brasil é bastante difundida, mas os vinhos são muito diferentes dos franceses." (Saul Galvão)

Vinhos:
  • Gato Negro, 12,5º Gl, ano 1997.Viña San Pedro S.A. Lontué Chile. “Um Merlot simples, descomplicado, meio herbáceo e bom. Fica na média de sua categoria.” ( Saul Galvão). Cor violeta, sabor não muito marcante, aroma agradável. Lágrimas grossas e bem definidas. Foi o que melhor acompanhou o cozido segundo a Ana (061);
  • Louis Eschenauer, 12º GL, ano 1998, vin de pays d´oc engarrafado por Louis Eschenauer Landiras França. Cor granada, aroma e sabor mais marcantes que no anterior (062);
  • Don Laurindo, 12,5º GL, ano 1998, Laurindo Vinhos Finos Ltda., Garibaldi RS, Brasil. Cor rubi, mais fechada que nos vinhos anteriores. Aroma de frutas secas, madeira. Sabor mais ácido e tânico que nos anteriores mas bastante redondo para a maioria dos participantes (063);
  • Finca Flichman, 13,5º GL, ano 1998. Finca Flichman Mendoza Argentina. Cor rubi, bem fechado, aroma de madeira, sabor mais ácido e alcóolico que nos anteriores e bem mais encorpado. “Enche” bem a boca (064);
  • Santa Helena, 12,5º GL, ano 1998, Vinhos de Chile S.A. Lantué Chile. Do mesmo produtor que o Gato Negro, é um vinho com menos personalidade. Tomado depois do Flichman fica parecendo até um pouco doce (065).
Foi servido um cozido. Estava uma delícia e os vinhos da degustação combinaram muito bem com ele, principalmente os menos encorpados como o chileno e o francês.

Reunião nº 90

Dia: 11/08/2007

Tema: Vinhos nacionais artesanais e compatibilização com cozido.

 
Vinhos:
  • Laura, 13% álcool, ano 2004, vinho tinto fino seco. Vinhedos da Barra do Ribeiro, Fazenda Castelinho, Barra do Ribeiro RS Brasil. Casta: Montepulciano. Aparência: límpido, brilhante, cor púrpura escuro. Aroma agradável, não muito intenso e de pouca duração, madeira, baunilha. Na boca agradável fresco sem muito corpo e com alguma adstringência. Acidez equilibrada. Não acompanhou bem o cozido, apresentando-se meio aguado. Este vinho é um capricho de um médico de Porto Alegre que investiu muito para preparar um terroir de produção de vinho numa região não tradicional (nº341);
  • Tormentas Cabernet Sauvignon Secundo, 13,5% álcool, ano 2004, vinho tinto fino seco. Marco Danielle, terras de Encruzilhada do Sul, RS Brasil. Casta: Cabernet Sauvignon. Aparência: límpido, brilhante, cor rubi granado lágrimas grossas. Aroma agradável, de média intensidade, madeira e frutas  Sabor agradável, corpo médio, acidez e taninos equilibrados. Cresceu bastante com os queijos e acompanhou bem o cozido. Vinho também artesanal com produção de apenas 350 garrafas (nº342);
  • Família Zuccardi Reserva Merlo-Cabernet, 14% álcool, ano 2000, vinho tinto fino seco. Santa Rosa Vineyards, La Agrícola S.A. Mendoza Argentina. Castas:30% cabernet sauvignon, 70% merlot. Aparência: límpido, rubi bem fechado.  Aroma agradável intenso, no início bastante carvalho mas com a aeração passando para frutas secas, vinho do porto. Uma garrafa foi aerada no decanter e a outra nas taças dos participantes. Não notamos diferença notável entre as duas, mas nas taças se pode acompanhar melhor a evolução dos aromas. Sabor bem agradável, bastante corpo, taninos e acidez equilibrada. Apesar de ficar 12 meses em barricas de carvalho a madeira não se sobrepõem aos outros sabores. Acompanhou maravilhosamente o cozido (nº343);
  • Esporão Quatro Castas, 14,5 % álcool, ano 2003, vinho regional alentejano tinto fino seco. Herdade do Esporão, Alentejo, Portugal. Castas: Aragonez Trincadeira, Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon. Aparência: límpido, púrpura fechado. Aroma de intensidade média, frutado. Sabor agradável elegante com taninos presente, mas equilibrados, corpo médio (nº344).
O destaque da noite foi o cozido estava fantástico.
Cozido

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Vinhos e comida polonesa

Polish food

Reunião nº 139

Dia: 04/12/2011

Tema: Vinhos e comida polonesa

Castellani Sommavite Santovino, Montecillo Crianza, Marquês de Borba, Saint Clair Vicar's Choice Sauvignon Blanc e Valkiria (Hidromel)

Vinhos:
  • Vodka SOBIESKI,  Servida como aperitivo diretamente do freezer. Macia e saborosa mesmo com alto teor de álcool; 
  • Valkiria, 10% álcool, ano 02.2011 hidromel, branco seco. Piccoli Ind. e Com. de Vinhos Ltda. Pinheiro Preto SC. Provado pela primeira vez no grupo, o Hidromel é bebida fermentada a partir do mel de abelhas, já conhecida pelos gregos e romanos, muito bebida na idade média, e até hoje apreciada na Polônia. Aroma de mel e cera de abelha. Na boca paladar um pouco estranho para quem está acostumado com vinho de uva, mas não desagradável. Tem um certo amargo no final. Combinou muito bem com a saborosa sopa de beterraba e bacon servida;
  • Saint Clair Vicar's Choice Sauvignon Blanc 13,5% álcool, ano 2010, vinho branco fino seco. Saint Clair Estate, Marlborough Nova Zelândia. Castas: Sauvignon Blanc. Amarelo palha, aromas agradáveis de frutas e ervas, na boca agradável e consistente. Boa permanência. Já nosso conhecido da degustação no barco na Nova Zelândia.  Acompanhou bem os pierogue, pasteis cozidos recheados com ricota (nº567);
  • Marquês de Borba,  14% álcool, ano 2010, vinho tinto fino seco DOC Alentejo. J. Portugal Ramos Vinhos S.A. Estremoz Portugal. Castas: Aragonez e Trincadeira.  Tem um breve estágio em meias pipas de carvalho. Rubi, escuro, agradável, fácil de gostar. Com boa acidez combinou muito bem com bigos, ensopado de lombinho de porco defumado, salsichas e repolho azedo (nº 568);
  • Montecillo Crianza,  13,5% álcool, ano 2006, vinho tinto fino secoDOC Rioja. Bodegas Montecillo, Fuenmayor, Espanha. Castas: Tempranillo. Rubi granado, com muita madeira. Ficou meio pesado com a comida, não teve muita saida (nº569);
  • Castellani Sommavite Santovino, 16% álcool, ano não indicado, vinho liquoroso branco doce. Castellani S.P.A. Pisa Itália. Castas: não indicada. Cor dourada, agradável sem muita personalidade. Já provado em 2003 e 2010 (nº182).

    barszcz (Sopa de beterraba e carne de porco), Pierogue (pasteis cozidos recheados com ricota), bigos (Charuto de folhas de repolho recheado com arros com carne, servido com de lombinho de porco defumado, salsichas e repolho azedo) e pączek (bolinhos de massa fritos tipo panqueca recheados de geléia de maçã).