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sábado, 28 de julho de 2012

D.O.s da Espanha

A Espanha, detentora da maior área cultivada em vinhedos no planeta é, sem dúvida, um país de grande tradição vinícola e possui inúmeros vinhos de alta qualidade. Desconhecê-los é ignorar uma importante parte do maravilhoso mundo do vinho.

Vinhedos em Ribeira del Duero

Existem hoje na Espanha 68 regiões D.O.s (Denominación de Origen), e boa parte delas têm seus vinhos consumidos localmente ou exportados em pequenas quantidades. Nos últimos anos, tem sido crescente o interesse mundial pelos vinhos espanhóis, levando ao aumento das exportações, mas, ainda assim, são poucos os melhores vinhos disponíveis no mercado internacional e especialmente no Brasil.

Aqui são apresentadas D.O.s agrupadas nas regiões Nordeste, Noroeste, Centro, Sul, Ilhas Canárias e Ilhas Baleares, com seus principais vinhos e uvas utilizadas na sua elaboração.
Jerez DO, Tio Pepe

Os vinhos espanhóis estão classificados em três níveis de qualidade, a saber:
  1. DO de PagoDenominación de Pago: quintas individuais de reputação internacional.
  2. DOCa/DOQDenominación de Origen Calificada (Denominació d'Origen Qualificada, em catalão): regiões vinícolas de alta qualidade.
  3. DODenominación de Origen: congrega a grande maioria das regiões de vinhos de qualidade.
  4. VCPRDVino de Calidad Producido en Región Determinada: regulação menos restrita com origem geográfica específica.
Sem o estatuto de VQPRD existem ainda os Vinos de la Tierra (vinhos regionais) e os Vinos de Mesa (vinhos de mesa).

DOCa Rioja, Viña Pomal, Crianza

Outras categorias
Existem categorias baseadas no tempo de envelhecimento dos vinhos que foram utilizadas inicialmente pela região de Rioja, e são adotadas na maioria das D.O.s, a saber:
  • Vino joven ou Vino Sin Crianza ou Vino del Año - Vinho jovem, um pouco envelhecido, mas não o suficiente para ser considerado "crianza".
  • Vino de Crianza - Vinho (tinto, branco ou rosé) de melhor qualidade, envelhecido pelo tempo mínimo de 2 anos, dos quais pelo menos 12 meses em barril de carvalho para os vinhos tintos e 6 meses em barril de carvalho para os brancos e rosados.
  • Vino Reserva - Vinho superior feito nas melhores safras. Os tintos devem ser envelhecidos pelo tempo mínimo de 3 anos, dos quais pelo menos 1 ano em barril de carvalho, enquanto os brancos e rosés podem envelhecer apenas 2 anos, dos quais 6 meses em carvalho.
  • Vino Gran Reserva - Vinho superior feito nas safras excepcionais. Os tintos devem envelhecer pelo tempo mínimo de 5 anos, dos quais pelo menos 2 anos em barril de carvalho. Os vinhos brancos e rosés podem envelhecer apenas 4 anos, dos quais 6 meses em carvalho.
Existem ainda outras categorias, tais como:
  • Vino de aguja - vinho branco frisante
  • Vino de licor (generoso) - vinho doce, de sobremesa, fortificado (que sofre adição de aguardente vínica)
  • Vino dulce natural - vinho doce não fortificado também ideal para a sobremesa
  • Vino gasificado - vinho tranqüilo (não espumante) elaborado mediante a adição de gás (CO2)


Para legenda consulte http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Vinos_DO_de_Espa%C3%B1a.png?uselang=es

Fontes: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Vinos_DO_de_Espa%C3%B1a.png?uselang=es
http://pt.wikipedia.org/wiki/Denomina%C3%A7%C3%A3o_de_Origem#Espanha
Saul Galvão – Tintos e Brancos; Hugh Johnson – Guia de Vinhos 99; ABS artigos – Jerez o vinho da maturidade

sábado, 23 de junho de 2012

Viagem à cervejarias do Vale do Itajaí/SC

Em 07 e 08 de Junho de 2008, nosso grupo (solerafloripa) visitou a região do vale do Itajaí (Gaspar, Blumenau, Timbó, Rodeio) para conhecer as cervejarias artesanais.

Sábado, 7 de junho de 2008

Saímos de Florianópolis às 08:00 horas.
A primeira parada foi na Cervejaria Bierland em Blumenau.


O mestre cervejeiro que nos atendeu explicou o método e os ingredientes que são usados na fabricação da cerveja.


  • A cevada é um dos grãos usados
  • Malte é o grão que começa a germinar e então é seco
  • Lúpulo dá o amargor
  • Trigo é outro grão utilizado
  • É controlada a temperatura e o tempo do mosto
  • O levedo alimentado por aminoácidos e transforma o açúcar em álcool (fermento)
  • O amido é transformado em açúcar
O mestre cervejeiro explicou que as cervejarias do vale seguem a lei da pureza da cerveja alemã. Segundo o http://pt.wikipedia.org/wiki/Reinheitsgebot:

“A Reinheitsgebot  (lei da pureza da cerveja) foi uma lei promulgada pelo Duque Guilherme IV da Baviera, em 23 de Abril de 1516. A Lei da Pureza da Cerveja instituiu que a cerveja deveria ser fabricada apenas com os seguintes ingredientes: água, malte de cevada e lúpulo (a levedura de cerveja não era conhecida à época).”

Marreco com repolho roxo e purê de maçã

Almoçamos no Restaurante Frohsinn, em Blumenau, a comida estava maravilhosa. Após, visitamos a Cervejaria Eisenbahn e, ao entrarmos na área de produção, sentimos um cheiro forte, o qual lembrava estábulo. A visita foi interessante, apesar do apelo comercial. Provamos cerveja direto do barril de aço inox e com muita espuma; provamos a Lust (comprada a parte), cerveja feita através do método champenoase (produzida na Vinícola San Michele, em Rodeio); e, por fim, um licor de cerveja muito bom.

Toda a linha da Eisenbahn, a produção e a degustação
da cerveja Lust produzida através do método Champenoise


Seguimos viagem e fomos para Timbó.  Lá visitamos a Cervejaria Borck,  a primeira micro cervejaria do vale do Itajaí, a qual conta com tecnologia e equipamentos húngaros. Foi a única a oferecer cerveja do tipo malzbier.


Ida degustando uma malzbier ao lado
do velho equipamento húngaro
(utilizado na fabricação da cerveja).


Malzbier é um tipo de cerveja doce e com médio teor alcoólico (geralmente entre 3 e 7%), tem cor escura, é fermentada como uma cerveja normal, porém a fermentação do levedo ocorre por volta de 0°C. O gás carbônico e o açúcar são adicionados depois. A malzbier, geralmente, é usada como uma bebida energética. Muito famosa no Brasil, não possui muitos similares fora daqui. Na Alemanha, seu país de origem, nem sequer é tratada como cerveja, mas como bebida energética.

Fizemos checkin no Timbó Park Hotel, descansamos em pouco e nos encontramos na beira da piscina para tomar uma cerveja de trigo que a Didi comprou na Das Bier. Jantamos no Thapyoka, onde comemos tilápia com nozes e arroz selvagem, cansados da cerveja, bebemos vinho espanhol.


Domingo, 8 de Junho de 2008

Após o café da manhã, seguimos para Rodeio, cidade que recebeu muitos imigrantes da Região do Trento (Itália), no final do século XIX. Lá visitamos a Igreja de São Francisco. Fomos recebidos pelo Monge Antônio que nos contou a historia de São Francisco e da figura do desenho, muito bonito, feito pelo Lorenz Johannes Heilmair.


Depois visitamos a Vinícola San Michele. Na saída vimos duas borboletas azuis e uma amiga lembrou do seguinte poema da sua infância: ...pés descalços, braços nus, atrás das borboletas azuis...

Fomos degustar e comprar queijos com a Giacomina, uma italiana que parlava molto. Contou como conheceu o marido e como veio parar no Brasil.
Frase da simpática Giacomina: ...queijo é que nem a gente, envelhece, mas não estraga, fica melhor...

Nota: em novembro de 2008, soubemos da triste notícia do falecimento da Giacomina e de seu marido. Mortes provocadas pelo deslisamento de terras na propriedade deles ocasionado pelas fortes chuvas ocorridas na região do vale do Itajaí.

Almoçamos sequência de trutas: pão com patê de truta defumada, truta com castanha, pirão de truta, truta com alcaparra e champinhom, truta frita, truta com frutas (agridoce), truta ao vinagrete, truta com molho branco recheada com ervas e truta ao alho e óleo. O almoço estava delicioso!!! Inesquecível...


Já na rota de retorno para a Capital, seguimos para a Das Bier, em Gaspar.
O mestre cervejeiro chamava-se Antônio e era do nordeste. O lugar era muito agradável e com boas cervejas.




Outras informações sobre cerveja

A cerveja (do latim cerevĭsĭa, que por sua vez vem do celtico cerevisla) é uma bebida produzida a partir da fermentação de cereais, principalmente a cevada maltada, e acredita-se que tenha sido uma das primeiras bebidas alcoólicas a serem desenvolvidas pelo ser humano. A notícia mais antiga que se tem da cerveja vem de 2.600 a 2.350 a.C. Mas o vinho possui uma longa história que remonta pelo menos a aproximadamente 6.000 a.C.

O chope (do alemão Schoppen, "copo de meio - litro", pelo francês chope) é como se denomina, no Brasil, a cerveja sem pasteurização, servida sob pressão.

Via de regra, as cervejas são feitas com água, cevada maltada e lúpulo, fermentados por levedura. A água corresponde a aproximadamente 90% da composição da cerveja. Mas não importa de qual localidade ela venha, pois a água utilizada nas atuais cervejarias passa por um processo de “preparação”, que a transforma em água cervejeira.

Dentre os maltes, o de cevada é o mais frequente e largamente usado devido ao seu alto conteúdo de enzimas, mas outros cereais maltados ou não maltados também são usados, inclusive: trigo, arroz, milho, aveia e centeio.

O uso do lúpulo para dar o gosto amargo e preservar é uma invenção medieval, atribuída aos monges do Mosteiro de San Gallo, na Suíça. O mais antigo escrito remanescente a registrar o uso do lúpulo na cerveja data de 1.067 pela Abadessa Hildegarda de Bingen.

As cervejas costumam ter entre 4 a 5% de teor alcoólico, ainda que este possa variar consideravelmente conforme o estilo e o cervejeiro. De fato, existem cervejas com teores alcoólicos de 2% até mais de 20%.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Malzbier
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cerveja
http://pt.wikipedia.org/wiki/Chope

domingo, 17 de julho de 2011

Vinhos e alimentos, uma combinação prazerosa




Para a maioria dos gourmets o paraíso é ter a mesa o prazer absoluto. As sensações dos alimentos e das bebidas passeiam pela alma e estas últimas liberam a festa oculta em nos. Para permitir que estas sensações alcem vôo exige-se bom senso e um pequeno conhecimento dos dois elementos básicos: a comida, e a bebida. Estes devem casar com tal perfeição que nenhum se sobressaia ao outro. Isto se torna um exercício de concentração de nossas atenções no grande número de ingredientes que compõem um prato e das inumeráveis opções de vinhos do mundo.
Como primeira regra básica é importante o bom senso e o exercício dos sentidos, levando em consideração que não existem regras fixas que possam contrariar a maior de todas, nosso prazer. Combine o que quiser se isso lhe der prazer, mas se quiser seguir algumas dicas fique atento aos componentes básicos da comida, como a sua suculência, untuosidade, aromaticidade, condimentação, teores de gordura, acidez, doçura, sapidez e amargor. Nos vinhos considere sua maciez, efervescência, acidez, taninos, teor alcoólico, e principalmente seus aromas.
A combinação perfeita representa uma parceria onde o vinho realça o sabor do prato e o prato engrandece o vinho. Nenhum deve superar o outro, para que seja possível sentir o prazer que ambos proporcionam.
As combinações podem ser feitas por semelhança ou por oposição. Nestas combinações basicamente vinhos com aromas discretos, combinam com comidas pouco condimentadas. Os de aromas potentes requerem pratos com maior presença aromática. Vinhos jovens e frutados combinam com alimentos simples e rústicos. Vinhos velhos encorpados casam com pratos mais sofisticados. Por exemplo, uma comida untuosa, levemente adocicada, combina com um vinho que tenha tanino, que ameniza esta untuosidade, e que tenha uma acidez levemente presente para arredondar o gosto doce. Algumas combinações são consagradas pela tradição regional e acabam criando uma associação instantânea, que pode corresponder ou não a lógica da harmonização do vinho com a comida, mas são respeitadas, pois fazem parte dos hábitos de um povo.
O número de vinhos a ser servido pode contemplar até 5 tipos. Um vinho é ótimo para combinar com um prato. Um branco e um tinto são de bom tamanho para refeições entre amigos. Um branco e dois tintos sugere uma ótima refeição. Quatro ou cinco vinhos evidenciam uma refeição sofisticada, com dois brancos para a entrada ou peixe e dois tintos para a carne e o queijo complementados por um vinho de sobremesa. A ordem dos sabores deve ser dos mais delicados para os mais marcantes, tantos nos vinhos como nos alimentos. Os brancos devem ser servidos antes dos tintos, secos antes dos suaves, tintos antes dos brancos doces, jovens antes dos envelhecidos e inferiores antes dos superiores.
Em uma boa refeição a harmonia deve sempre se fazer presente, vinhos e alimentos podem se aproximar com coragem ou se afastar com alguma timidez, mas podem vir a se rivalizar, basta o excesso de uma delas imperar, comer e beber demasiadamente pode estragar todo o fantástico plano de tirar o máximo do prazer de um momento sublime.

Jean Pierre Rosier
Enólogo da Epagri

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Sobre as reuniões do grupo ...

Ao longo destes 12 anos do grupo Solerafloripa, fizemos muitas degustações.
No início, tínhamos um fornecedor que sempre nos orientava no tema das reuniões, mas com o passar do tempo, os integrantes do grupo é que passaram a decidir o tema e a providenciar a preparação das reuniões.
Os temas de nossas reuniões giram em torno do tipo de uva, tipo de vinho (denominação de origem), vinhos de um determinado produtor, degustação cega (onde é retirado ou vedado o rótulo da garrafa), harmonização de vinhos com comidas etc.
Mas também, já tivemos degustações com temas inusitados como: “Se eu fosse um vinho seria um....”, onde cada participante trouxe o vinho que, na opinião dele, teria afinidade com a sua personalidade. Os casais escolheram um dos dois para se apresentar. Outros temas interessantes: vinho e música, coquetéis com vinho, faça seu vinho (corte), vinhos e perfumes, cepas autóctones, vinhos nacionais artesanais, vinhos orgânicos, vinhos para o dia a dia e vinhos rosados.
Exemplos de reuniões que fizemos por tipo de uva são Alvarinhos, Malbec, Syrah, Pinot Noir, Riesling, Zinfandel e outras.
Vale observar que fizemos degustações de um tipo de uva de um só produtor como os malbecs da Viña Doña Paula, Salton, Don Laurindo e outros, ou de um único país ou mesmo a mesma uva de diversas partes do mundo.
Como temas de regiões ou países podemos citar Grécia, vinhos catarinenses (e os de altitudes), da África do Sul, Sicília, Vale do Rio São Francisco, assim como as áreas demarcadas como Vinhos Borgonha e Côte Du Rhone, Toscana, Bordeaux, Vinho verde e muitas outras.
Um outro tema que aparece com constância é a compatibilização de vinhos e comidas. Já aconteceram com lasanha, com comida árabe, com comida ayurvedica, sushis e sashimis e muitas outras.
Não ficamos restritos à vinhos, fizemos degustação de cervejas, uísques e sake.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Dia Estadual do Vinho

Pessoal,

Segundo a lei estadual N° 14.711/2009, ontem, o primeiro domingo de Junho, foi o dia do Vinho.

Um brinde a todos.
Tim-tim.




LEI Nº 14.711, de 03 de junho de 2009

Institui o Dia Estadual do Vinho.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA,
Faço saber a todos os habitantes deste Estado que a Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica instituído no Estado de Santa Catarina o Dia Estadual do Vinho, a ser comemorado no primeiro domingo do mês de junho.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Florianópolis, 03 de junho de 2009

Luiz Henrique da Silveira
Governador do Estado

sábado, 21 de maio de 2011

O caminho do apreciador de vinho

Ao longo da nossa história com o vinho percebemos que o caminho do apreciador de vinho é algo como:

  1. Sabe que existe vinho tinto, branco e rosado. Não conhece nenhuma regra e bebe aquele que lhe dá prazer;
  2. Descobre que existe vinho doce, suave e seco. Confunde vinho seco com vinho áspero ou ácido;
  3. Aprende que “bom bebedor de vinho só toma vinho seco”. Vinho branco doce ou suave é “vinho de mulher”. Vinho rosado “nem morto”;
  4. Descobre que existem diversos tipos de uva, algumas viníferas outras não;
  5. Aprende o que é “varietal”. “Vinho bom é cabernet sauvignon”. Vinhos sem indicação da uva ou com uvas misturadas é vinho inferior;
  6. Começa a se preocupar com o ano da safra. Acha que quanto mais velho melhor;
  7. Descobre o “envelhecido em barris de carvalho”. Quanto mais gosto de madeira, melhor o vinho;
  8. Começa a apreciar os rituais. Só bebe vinho em taça. Vinho branco se serve gelado. Vinho tinto à temperatura ambiente mesmo que seja 28º C. Não se deve agitar o champanhe antes de abrir como na formula 1. Não é bonito lançar longe a rolha;
  9. Começa a descobrir os vinhos estrangeiros. Aprecia os chilenos e tem prevenção com os argentinos;
  10. Começa a apreciar outros aspectos. Aromas, cor etc.. Aprende o que é corpo, aspereza, leveza, peso, acidez, taninos etc.. Aprende que vinhos brancos devem se bebidos jovens e que os tintos podem envelhecer;
  11. Começa a combinar vinhos e comidas. Carne vermelha com vinho tinto e carne branca com vinho branco;
  12. Começa a prestar atenção nos produtores;
  13. Descobre que vinhos muito nobres são feitos com tipos de uvas misturadas;
  14. Perde a prevenção com os argentinos e quer descobrir os vinhos do mundo todo. Alguns nesta fase radicalizam: “só tomo vinho francês”;
  15. Depois do susto da imensa variedade de vinhos do mundo descobre:
    • existem vinhos rosados muito considerados pelos conhecedores;
    • existem vinhos doces como, porto, sauterne, vin santo, passito, etc., de altíssima qualidade e com preços nas alturas;
    • existem vinhos brancos que devem envelhecer e tintos para serem bebidos bem jovens;
    • existem vinhos brancos encorpados e tintos leves. Vinhos tintos podem ser servidos refrescados e alguns tipos quase gelados. As combinações com comida são as mais variadas;
  16. Descobre que as palavras “sempre” e “nunca” não existem no mundo dos vinhos e que as regras são só orientativas: podem e devem ser quebradas, então;
  17. Relaxa, continua a experimentar e passa a beber aqueles que lhe dão prazer.

domingo, 15 de maio de 2011

Um pouco da nossa história

Solera é o nome dado ao nosso grupo, que hoje conta com 13 enófilos, que se reúnem, mensalmente, desde abril de 1999, para degustar e apreciar vinhos, mas nessa brincadeira a gente se diverte muito e aprimora nossa amizade. O embrião do grupo aconteceu anos antes (não me lembro mais em que ano), quando alguns amigos encontraram-se para estudar vinho, queijos e música. Nos 11 anos, tivemos encontros e desencontros, mas os membros atuais são cativos há pelo menos 5 anos.
Em 1999, um dos nossos integrantes (recém aposentado na época), retomou àquela ideia primeira, de se reunir para conhecer e apreciar vinhos, iniciando o Solera.
Na nossa primeira reunião tivemos uma aula básica sobre degustação de vinhos: o que apreciar, como observar as cores, os aromas e os sabores. Este nosso amigo, a quem chamamos carinhosamente de mestre, entrou em contato com um fornecedor de vinhos, que nos deu a primeira aula e acompanhou o nosso grupo por um bom tempo. Cada reunião acontecia na casa de um dos participantes, era decidido o tema e a degustação era acompanha de muita água, pães e torradas. No fim do ano tínhamos uma reunião especial, de compatibilização enogastronômica, uma palavra pomposa a qual significa que iríamos harmonizar o vinho com a comida.
Com o tempo, todas as nossas reuniões passaram a ser compatibilizações enogatronômicas, com pratos preparados com muito esmero pelo(a) anfitrião(ã).
Com o amadurecimento do grupo começamos a viajar pelos arredores e também pelo mundo, procurando novas experiências enológicas, conhecendo os processos produtivos do vinho, diferentes tipos de vinhos, degustando vinhos que não chegam no Brasil, etc...
A nossa brincadeira é dizer que vamos beber na bica.
Esta é uma breve história do nosso grupo, sempre muito informal, tanto que antes de ser chamado de Solera era 'chamado' de Não irmandade de Baco.
Solera é um sistema complexo, utilizado na produção do vinho Jerez, onde se misturam vinhos jovens e velhos semelhantes para manter a constância (Guia Ilustrado Vinhos do Mundo Todo) e esse conceito representa muito bem o nosso grupo.