sábado, 30 de agosto de 2014

Reunião nº 168 - Vinhos e mocotó de "buteco"

Reunião nº 168

Dia: 23/08/2014

Tema: vinhos e mocotó de "buteco"



Vinhos:

  • Cristalino 11,5º G.L., ano não indicado, Cava, vinho espumante branco brut, método tradicional. Jaume Serra, Finca El Padruel, Vilanova i La Geltrú, Catalunha, Espanha. Castas Xareu-lo, Macabeo, Parellada. Tomado em novembro 2002 confirmou a avaliação da época. "Aparência: límpido, cor branco, borbulhas finas não muito intensas. Aroma intenso, agradável, persistência média. Sabor leve, fresco e agradável com bom equilíbrio na acidez." (nº 146);
  • Chaminé Branco, 12,5% álcool, ano 2012, vinho Regional Alentejano branco de mesa fino seco. Cortes de Cima S.A. Cortes de Cima, Portugal. Castas: 25% Antão Vaz, 32% Sauvignon Blanc,27% Verdelho e 16% Viognier.  Frutas cítricas, boa acidez, mineralidade com um toque de salgado e amargor. Quando na temperatura adequada conseguiu enfrentar o mocotó (701);
  • Tapada do Fidalgo Tinto, 14 % álcool, ano 2012, vinho Regional Alentejano tinto de mesa fino seco. Monte dos Perdigões, Alentejo, Portugal. Castas: Aragonez, Trincadeira, Syrah, e Alicante Bouschet. Fermentação em cubas de inox e balseiros de carvalho francês. Púrpura, frutado, macio. Apesar da boa acidez não venceu a untuosidade do mocotó. Boa relação custo-benefício (nº702);
  • Quinta da Alorna Tinto, 13,5% álcool, ano 2010, vinho Regional Tejo, tinto de mesa fino seco. Sociedade Agrícola da Alorna S.A. Tejo, Portugal. Castas: Castelão, Syrah, Alicante Bouschet, Tinta Roriz. Estagio de 4 meses em carvalho americano. Granada, aromas e sabores de frutas vermelhas e toques de madeira. Com melhor estrutura, mais encorpado e com mais taninos perceptíveis que o anterior, acompanhou bem o mocotó (703) e
  • Dom Josepi Cabernet Sauvignon, 18%  álcool, vinho tinto licoroso doce. Piccoli Ind. e Com. de Vinhos Ltda. Pinheiro Preto SC Brasil. Castas: Cabernet Sauvignon e álcool etílico potável. Acompanhou a pudim de claras com molho de ameixas pretas (nº704).

O mocotó servido foi do Bar + Arroz localizado no Córrego Grande, Florianópolis.

sábado, 9 de agosto de 2014

Viagem a Alemanha e Alsácia (Parte 2 - Vale do rio Mosel)


28/08/13



Visita ao Castelo de Eltz, edificação bem conservada, sendo que nunca foi atacado pelos franceses. Está na mesma família há 800 anos. Visita guiada em inglês e não se podia tirar fotografia do interior do castelo. Após, fomos para degustação no Max Ferdinand Richter.


A degustação foi muito boa, visitamos a adega datada do século 19. O dono, que nos recebeu, lembrava o "conde" pimentel", que conhecemos na viagem a Portugal. Provamos bons vinhos, em especial, os doces. O eiswien era muito bom (este é um tipo de vinho de sobremesa produzido a partir de uvas congeladas, enquanto ainda estão na videira, na Alemanha, isso ocorre em temperaturas menores que -10ºC, dessa forma os açúcares e outros sólidos não congelam, mas a água, sim, permitindo um mosto mais concentrado e que resulta num vinho muito doce.
Na sequência entramos na região do Rio Mosel, que tem características mais quentes e é ensolarada nos vários lados do rio sinuoso. Tem safras que produzem vinhos muito bons e outras nem tanto. A partir do ano de 2011 começaram a produzir vinhos com as castas: riesling e müller turgau. O solo é  xistoso (ardósia), possui algum quartzo e a poda é longa.


Foi explicada a forma de designação de qualidade do sistema de classificação dos vinhos na Alemanha:

QbA - vinho da região;
QmP - vinhos de qualidade superior, troken, halbtroken, cabinet (leves), spätlese (colheita tardia), auslese, berenauselese, troken berenauselese auslese (uva passa colheita tardia).


Provamos Graacher Himmelreich Riesling Kbinett Trocken 2011, Graacher Himmelreich Riesling Kbinett Trocken 2009, Brauneberger Juffer-Sonnenuhr Riesling Spätlese Trocken 2012, Brauneberger Juffer-Sonnenuhr Riesling Spätlese Trocken 2010, Mülheimer Sonnenlay Riesling Kabinett Fenherb 2012, Mülheimer Sonnenlay Riesling Kabinett Fenherb 2011, Erdener Treppchen Riesling Kabinett 2012, Erdener Treppchen Riesling Spätlese 2012, Brauneberger Juffer Riesling Auslese 2011 e  Mülheimer Helenenkloster Riesling Eiswein 2009.

Ficamos hospedados ao lado da vinícola, no Hotel Weinromantickhotel Richtershof.


O jantar gourmet teve como primeiro prato - sopa de cenoura com gengibre e camarão, segundo prato - lombo de porco e batata, de sobremesa foi servido sorvete e bolo de chocolate. Era uma verdadeira mesa dos cardeais com direito a cobertor...

29/08/13

Visitamos Vinoteck Markus Molitor. Esta vinícola faz vinho auslese seco (colheita feita quinze dias depois). Aprendemos mais uma palavra em Alemão, beernauslese, uva seca no pé, uva passa, colheita tardia. Provamos Wehkener Klosterberg Kabinett Riesling 2011, Zeltinger Sonnenuhr Spätlese Riesling 2007,  Wehkener Klosterberg Auslese Riesling 2011, Bernkasteler Badstube Spätlese Riesling 2011, Wehlener Klosterberg Spätlese Riesling 2006,  Wehkener Sonnenuhr Kabinett Riesling 2009, Ürziger Würzgarten Spätlese 2003, Erdener Treppchen Beerenauslese Riesling 2003.


Almoçamos na cervejaria Kloster Machern. Primeiro ouvimos a explicação sobre o processo de produção e sobre a Lei da Pureza da Cerveja de 1516 e depois degustamos três tipos de cerveja, weizen, dunkel e hellwies, não filtradas.


O almoço tipicamente alemão: sopa, schnitzel (costela de porco à milanesa com batatas fritas) e sobremesa.


De noite fomos à festa do vinho, o Weinfest der Mittelmosel. Uma grande festa, com barracas para cada cidade onde é produzido vinho, algumas tinham comidas como salsicha com pão, Flammkuchen (uma mini pizza típica, que na Alsácia se chama Tarte flambée), churrasco de porco, champignon, doces etc. Também havia várias atrações, como shows de orquestas, corais típicos e bandas covers. Tudo acontecendo numa cidadezinha medieval repleta de casas enxaimel



30/08/13

Visitamos a vinícola Von Othegrave onde planta-se uva desde 1405 e a casa é de 1850. Foi destruída na 2ª Grande Guerra, a casa e todo o vinhedo. Tiveram que replantar o vinhedo e reconstruir a casa.


Na Alemanha são usadas barricas de madeira alemã para envelhecimento, maturação ou para a fermentação malolática, com tamanhos diferentes, sendo que cada uma tem um nome diferente como Stückfaß e a fuder.

Provamos zekt Riesling brut 2009, Riesling 2012, Max 2012, Kanzem an der saar Rockstein GG 2011, Kanzem an der saar Herrenberg Riesling Kabinett 2011, Kanzem an der saar Altenberg Riesling Kabinett 2011 e Kanzem an der saar Bockstein Riesling Spätlese 2008.


Passeamos pelos jardins (impecáveis) e vimos um robô cortando a grama. Depois vimos o carro que o dono usa para entregar as garrafas de vinho, um Opel Olympia, 1954.

Visitamos Trier, cidade de 100.000 habitantes, onde nasceu Constantino e sua  mãe, Helena. Conhecemos a Porta Nigra, construção romana do século III, a casa mais antiga de Trier (do rei) é de 1230, tinha uma porta aberta para a rua somente no segundo andar (para evitar ser invadida por inimigos) e na praça principal acontecia uma feira de frutas. Também visitamos a Catedral de São Pedro, a igreja mais antiga da Alemanha.


Depois fomos ver uma escultura em pedra dos tempos do império romano que representava um barco transportando barricas de vinho. Também vimos a réplica da embarcação, que tinha acabado de zarpar. No final do dia, Birgite foi embora. Jantamos no Zeltinger Hof.

31/08/13

Visitamos a Vinoteck Bürklig-Wolf Weingut. Fomos recebidos pelo diretor de exportação para a Europa. Muito simpático, explicou a hitória da vinícola e que quando o dono morreu não tinha filhos, sendo que a vinícola ficou para o sobrinho. Até a década de 80 a preocupação era com a quantidade. O sobrinho herdeiro assumiu com 16 anos e pôs no testamento que sua filha só poderia estar a frente dos negócios com 32 anos. Ele morreu e a vinícola ficou ao encargo de um administrador, mas a qualidade caiu. A herdeira estudou enologia e administração e quando finalmente assumiu, seu objetivo era a qualidade. Eles não produzem vinhos doces.

Light Lunch na Vinoteck Bürklig-Wolf Weingut

Provamos Dr. Bürklig-Wolf Riesling Trocken 2012, Dr. Bürklig-Wolf Riesling Ruppertsberger Riesling Trocken 2012, Dr. Bürklig-Wolf Wachenhimer Gerümpel Riesling Trocken 2012,  Dr. Bürklig-Wolf Ruppertsberger Hoheburg Riesling Trocken 2012, Dr. Bürklig-Wolf Gaisböhl Riesling Trocken 2012, Dr. Bürklig-Wolf Hohemmorgen Riesling Trocken 2009, Dr. Bürklig-Wolf Pinot Noir Trocken 2011, Dr. Bürklig-Wolf Wachenheimer Böhling Riesling Trocken 2012 e Dr. Bürklig-Wolf Ruppertsberger Riesling Auslese 2010.

Seguimos para Heidelberg. Deixamos as malas no hotel e saímos para a visita ao famoso castelo. Subimos de funicular e nosso guia era um senhor alemão que tinha morado em Portugal. O castelo datado do século 13, foi destruído, saqueado, incendiado, atacado e reconstruído várias vezes. Vimos o maior barril de vinho do mundo com capacidade para 238.000 litros, para fazê-lo usaram 150 árvores de carvalho. Vimos a biblioteca, a sala do rei, a capela...

Barrica de 238.000 litros de vinho em Heidelberg

Depois andamos pela cidade, vimos a markplatz, a igreja, o afresco da nossa senhora e a universidade mais velha da Alemanha. Paramos em um restaurante para tomar uma cerveja, Perkeo.



Veja também:
Viagem para o vale do Mosel, Reno e Alsácia
Viagem à Alemanha e Alsácia (Parte 1 - Vale do Rio Reno)
Viagem a Alemanha e Alsácia (Parte 3 - Alsácia)