sábado, 23 de novembro de 2013

Reunião nº 134 - Aniversário Mariângela

Reunião nº 134

Dia: 16/07/2011

Tema: Aniversário Mariângela



Vinhos:

  • Anna de Codorniu Cava Brut 11,5 % álcool, safra ano não indicada, vinho espumante branco seco, método tradicional. Codorniu S.A. Sant Sadurni d'Anoia.  Castas: Chardonnay, Parellada. Amarelo palha perlage fina e constante, como sempre muito agradável. "Certas coisas vale a pena repetir" (nº256);
  • Lagarejo 14% álcool, ano 2006 vinho tinto fino seco DO Serranía de Ronda. Bodegas Vitoria SL, com a colaboração do enólogo J.M.Vetas, Ronda Espanha. Castas: Tempranillo, Cabernet Sauvignon, Syrah, Merlot e Petit Verdot. Rubi com reflexos marrons. Aromas de madeira e compotas. Interessante na boca com uma acidez bem elevada. Não tem muita permanência. Não combinou com o tomate de lasanha servida, especialidade da anfitriã ("Certas coisas vale a pena repetir") (nº546);
  • Protos Crianza 13,5% álcool, ano 2007, vinho tinto fino seco DO Ribera Del Duero. Protos Bodega Peñafiel Espanha. Castas: Tempranillo. Escuro, ainda bem violeta, aromas frutas,madeira, compota bem complexo. Na boca encorpado com taninos presentes, mas não agressivos. Retro gosto e permanência muito bons. Foi o preferido da noite combinando com a lasagna e até com o chocolate da sobremesa (nº547);
  • Cascina Ballarin Dolcetto D'Alba  13% álcool, ano 2008, vinho tinto fino seco DOC Dolcetto D'Alba. Azienda Agricola Cascina Ballarin, La Morra, Itália. Castas: Dolcetto. Bela cor rubi, brilhante e cristalino. Mais leve que os anteriores também combinou com a lasanha (nº548);
  • Castiglioni Chianti  13% álcool, ano 2009, vinho tinto fino seco DOCG Chianti. Marchesi di Frescobaldi S.R.l. Firenze Itália. Castas: Sangiovezi (nº549);
  • Contini Antico Gregori, 18% álcool, ano 2007, vinho tinto DOC Vernaccia Di Oristano. Azienda Vinicola Attilio Contini S.P.A. Casta: Vernaccia. Dourado, bastante seco estilo Jerez.  (550).
Lasanha servida após a degustação

sábado, 16 de novembro de 2013

Reunião nº 127 - Vinhos orgânicos

Reunião nº 127

Dia: 20/11/2010

Tema: Vinhos orgânicos


Vinhos:

  • Saladini Pilastri Rosso Piceno,13,0 % álcool,safra ano 2008, vinho tinto fino seco DOC Rosso Piceno. Azienda Agricola Saladini Pilastri Marche Itália. Castas Sangiovese 50% e Montepulciano 50%.  Ácido e rústico  combinou com a pasta e carne de panela servidos (nº514);
  • Nativa Terra Reserva Carmenere  14 % álcool, safra ano 2008 vinho tinto fino seco. Viña Carmen S.A. Chile. Castas 90% Carmenere, 10% Cabernet Sauvignon. Agressivo não parece um Carmenere (nº515);
  • Altano Biológico Douro 14%% álcool, ano 2008, vinho tinto fino seco DOC Douro. Symington Family,Vila Nova de Gaia Portugal.Castas: Pinot Noir. Bem escuro foi considerado o melhor da noite (nº516);
  • Chivite Biológico Merlot 14,5% álcool, ano 2007,vinho tinto fino seco DO Navarra. Bodegas Julian Chivite , Espanha. Castas Merlot. Também acompanhou bem a massa. Me passou uma sensação de mentolado (nº517);
  • Antonopoulus Mavrodaphne 17,5% álcool, ano 2000. vinho tinto doce licoroso. Antonopoulos Vineyards S.A. Patras Grécia. Castas: Mavrodaphne. Vinho interessante combinou muito bem com o chocolate dos profiteroles (518).

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Reunião nº 159 - Jantar 6.0

Reunião nº 159

Dia: 27/07/2013

Tema: Comemoração de aniversário 6.0.
Descrição da janta servida no aniversário 6.0.

Local: Bistrô da Marizia.

Chef: Gustavo Adolfo Maresch e Marizia Ferreira

Amouse-bouche
Caviar de berinjela com pão italiano tostado ao azeite de oliva trufado.

Entrada
Sopa de cebola tostada, flambada com  cachaça, gratinada com queijo Gruyere.


Prato principal
Pernil de ovelha desossado, cortado em cubos, marinado em vinha d´alho,
polenta cremosa finalizada com queijo mascarpone.


Sobremesa
Creme brullé de doce de leite.


Sobre o Chef Gustavo Adolfo Maresch:
  • Formado Bacharel em gastronomia - Univali –Balneário Camboriú, no ano 2004;
  • Estágio no Institut Paul Bocuse em Lyon, França;
  • Trabalhou com o chef  3 estrelas do Guia Michelin, Marc Menau, na região da Borgonha;
  • Atuou no grupo do chef Alain Ducasse, na região do Luberon, no sul da França;
  • Trabalhou no Hotel de Paris, no restautante Luis XV,  em Monte Carlo, na cidade de Mônaco;
  • Trabalhou no Gastro-Pub The Botanist em Londres;
  • Atualmente, é professor no Instituto Federal de Santa Catarina –  IFSC – Campus Florianópolis.
Gustavo Adolfo Maresch
gustavom@ifsc.edu.br
+55(48)9619 4047

sábado, 2 de novembro de 2013

Reunião nº 161 - Zinfandel x Primitivo

Reunião nº 161

Dia: 26/10/2013

Tema: Zinfandel x Primitivo



Vinhos:

  • Château La Robertie, 13% álcool, ano 2007, vinho branco doce licoroso AOC Monbazillac. Brigitte Soulier Vigneron, Châteu La Robertie, Rouffignac-de-Sigoulés, Dordgne, França. Castas: não indicadas. Cor dourada, aromas mel compotas, na boca perfeito equilíbrio acidez-doçura. Acompanhou a entrada de foie de canard. Trazido da França pela anfitriã (nº669);
  • Crane Lake White Zinfandel, 10,5% álcool, ano 2011, vinho rose fino seco. Bronco Wine Company Crane Lake, Califórnia USA. Castas: 76% Zinfandel e 24% uvas tintas diversas. Rosa pálido, aromas frutados, boa acidez. Leve e bem fresco acompanhou a salada verde (670);
  • Morada Zinfandel, 13,5% álcool, ano 2009, vinho tinto fino seco. AH Wines, Lodi Califórnia USA. Castas: 100% Zinfandel. Rubi fechado sem muito brilho. Aromas frutas. Na boca acidez presente, taninos suaves, final longo (nº671);
  • Zinfandelic Old Vine Zinfandel, 14,9 % álcool, ano 2011, vinho tinto fino seco. Zinfandelic Wines, Ca. USA. Castas: 100% Zinfandel. Aromas de petróleo. Rubi escuro sem transparência. Acidez destacada no limite do desagradável. Não justifica ter o preço o dobro do anterior. R$119,90 na Sonoma (nº672) e
  • Sinfarosa Zinfandel, 15% álcool, ano 2007, vinho tinto fino seco DOC Primitivo di Manduria. Racemi s.l.r Manduria Itália. Castas: 100% Zinfandel, clones de cepas americanas, fazendo o caminho de volta. Aromas de compotas e frutas secas. Na boca bem encorpado, agradável. Foi o preferido da noite e acompanhou muito bem a carne de panela, como sempre ótima, da Vó Nega. Tomado no grupo em setembro 2010 com avaliação parecida (506).
Máquina para passar o vinho para o decanter sem sedimentos
Nesta reunião decantamos o vinho Zinfandelic Old Vine Zinfandel. As duas razões principais para se decantar um vinho são: para separar o liquido de seus sedimentos, em vinhos não filtrados (a borra) e para que o vinho entre em contato com o oxigênio, isto que provoca uma aceleração de sua maturação, intensifica os aromas da fruta, reduz a tanicidade do vinho, evapora um pouco do alto teor alcoólico (muito comum nos dias de hoje), perde um pouco dos eventuais exageros de madeira tanto nos aromas como sabor e ganha harmonia tornando-se mais macio e menos agressivo. Para isso usamos esta máquina, passando o vinho aos poucos e com uma iluminação por traz é possível ver quando começa a passar a borra, assim deve-se parar de passar o vinho para que não vá borra para o decanter.
http://falandodevinhos.wordpress.com/2009/03/05/decantar-vinhos-o-que-e-quando-e-porque-faze-lo/

Após a degustação foi servido um delicioso jantar. O cardápio foi:

Entrada
Amouse-bouche
Torrada com foie gras de canard
Monzillac 2007

Bouquet de folhas e flores com molho de framboesas
Crane Lake White Zinfandel 2011

Prato principal
Batatas ao forno com alecrim
Bife a role com molho

Sobremesa
Sorvete de creme com calda de frutas vermelhas





Nota sobre as uvas primitivo e zinfandel *

Primitivo - As primeiras referências à variedade na Puglia datam de 1799 quando o padre Francesco Filippo Indellicati anotou dados de uma variedade precoce, por isso chamada por ele de Primativo (do latim "primativus", ou seja que amadurece primeiro) e incentivou seu cultivo na Puglia onde se firmou por volta de 1820. O grafia Primitivo passou a ser usada a partir de 1860.

Zinfandel - Inúmeras hipóteses tentam explicar a Zinfandel na Califórnia. Desde que seria uma casta nativa, impossível pois a Vitis Vinífera não é da América, até a mais provada em que  a variedade ainda sem nome, teria chegado na América num conjunto de todas as variedades produzidas na Austria pela coleção Schonbrunn. O nome começou a aparecer em catálogos em Long Island a partir de 1820 como Zifardel, Zifendal, ou Zinfendel. A grafia moderna foi estabelecida em 1852 . Não se sabe a etimologia da palavra.

Em 1967 Austim Goheen patologista americano, em visita na Puglia, constatou a semelhança morfológica e funcional entre Zinfandel e Primitivo, gerando uma enorme polêmica e guerra comercial. Tecnicamente em 1994, por análise de DNA, Carol Meredith e John Bowers estabeleceram definitivamente a identidade entre as duas variedades, mas os interesses comerciais continuam ainda disputando o direito de usar uma ou outra denominação.

No entanto o interessante é que em 2011 Malenica et al. estabeleceram o DNA da antiga variedade autóctone croata Tribidrag, conhecida desde século 15 e que é idêntica à Primitivo e Zinfandel.

Por direito de antiguidade o nome principal da variedade deve ser Tribidrag. O interessante é que em Croata o nome da uva faz referência ao seu amadurecimento precoce com no caso da Primitivo. Daqui a pouco vão descobrir que a Tempranillo também é parente delas.

* Informações do livro Wine Grapes de Jancis Robinson, Julia Harding, e José Vouillamoz.